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REVISÃO DIREITO PENAL MILITAR

 Objetivo do Direito Penal Militar: O militar está diretamente subordinado


ao código penal militar, incidindo normas que não são aplicadas aos
cidadãos “comuns”;
 Código Penal Militar cabe apenas às forças armadas e às polícias e
bombeiros militares;
 Princípios do militarismo: Hierarquia, dever, a autoridade e o serviço
militar;
 CPM: Lei nº 1001/69;
 Art 124: A justiça militar cabe processar e julgar os crimes militares
definidos em lei;
 Art 4: Cabe à justiça militar processar e julgar os militares dos estados
nos crimes definidos em lei, assim como os crimes que são
considerados crimes militares (Crimes civis, as cometidos por militares).
Crimes contra a vida, tentados ou consumados, com vítima civil, haverá
tribunal do júri;
 Bens jurídicos Tutelados: Autoridade, disciplina, a hierarquia, o
serviço, função e dever militar;
 Conselho de Disciplina: Praças;
 Conselho de Justificação: Oficiais;
 Duvida de crime: Sindicância;
 Certeza de crime: IPM;
 Princípio da anterioridade: Art 1 do CPM, não há crime sem lei anterior
que o define e nem pena sem prévia cominação legal;
 Princípio da retroatividade da lei penal benéfica: Art 2 do CPM, A lei
não pode retroagir para abranger uma situação já consolidada, exceto
se a lei penal for benéfica ao réu. Art 1º A lei posterior que favorece o
agente, aplica-se retroativamente, ainda quando a sentença
condenatória irrecorrível;
 Princípio da legalidade ou reserva legal: O crime só pode ser criado
por meio de lei (Sentido formal), ou seja, tem de haver crime expresso
em lei;
 Princípio da personalidade: A sansão, em matéria penal, não deve
passar da pessoa do réu (Não se estender à familiares ou terceiros) EX:
Irmão criminoso, candidato é reprovado em investigação social do CFO;
 Princípio da individualização da pena: A pena não pode ser
padronizada, tabelada, cabendo a cada pessoa a exata medida punitiva
pelo o que fez. Mesmo que duas pessoas pratiquem o mesmo crime em
coautoria, a pena aplicada deve ser diferente entre elas.
 Princípio da humanidade: O direito penal deve tratar o réu com
humanidade, respeito a sua integridade física e moral, sendo proibido a
aplicação de penas cruéis e degradantes;
 Princípio da intervenção mínima: A lei penal deve ser utilizada como
última opção (ultima ratio), devendo outras sanções que não penais
sejam utilizadas. Transgressões disciplinares, por exemplo;
 Princípio da taxatividade: As condutas definidas como crime devem
ser claras e bem definidas para que não haja espaço para dúvidas,
ambiguidades ou equívocos;
 Princípio da proporcionalidade: As penas aplicadas devem ser de
acordo com a gravidade do crime cometido, não devendo haver
exageros, as também deve-se evitar a extrema liberdade na cominação
das sanções penais;
 Princípio da dignidade da pessoa humana: Devem ser respeitados os
direitos dos indivíduos às condições mínimas de sobrevivência e
dignidade;
 As forças armadas são instituições permanentes e que possuem a
função de defesa da pátria;
 Às forças auxiliares cabe a função ostensiva/repreensiva e a
preservação da ordem pública visando prevenir a ocorrência de crimes
ou infrações administrativas;
 Crime: Infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de
detenção, isoladamente ou cumulativamente de pena de multa;
 Contravenção: Pena de prisão simples ou multa ou ambas;
 Crime X Contravenção penal: Crime>> pena de reclusão ou detenção
Contravenção>>Prisão simples ou multa
 Elementos do crime: Tipicidade, ilicitude e culpabilidade;
 Conceito analítico do crime: Fato típico + ilícito + culpável;
 Fato típico:
1. Conduta: Entendido pela ação ou omissão humana;
2. Nexo causal: Relação de causalidade. “O resultado de que
depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe
deu causa”;
3. Resultado: É o resultado de uma conduta, havendo um nexo
causal entre a conduta e o resultado de tal conduta;
4. Tipicidade: É a previsão legal daquela conduta como sendo um
delito;
 Ilicitude: No geral, todo fato típico é um ato ilícito, salvo em casos de
excludentes de ilicitudes;
 Excludentes de ilicitude:
1. Legítima defesa: Direito de reação a uma injusta agressão
humana, atual ou iminente, utlilizando-se dos meios necessários
e moderados para fazer cessar a agressão; SOMENTE CONTRA
A CONDUTA HUMANA; não é culpado quem, para proteger
direito próprio ou de pessoa a quem está ligado por estreitas
relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual.
2. Estrito cumprimento do dever legal: Capacidade que possui os
agentes públicos, no exercício de suas atividades, de interferis na
esfera privada de cidadãos para assegurar o cumprimento da lei;
3. Estado de necessidade: Quem pratica o fato para salvar de
perigo atual, que não provocou, nem podia evitar de outro modo,
direito próprio ou alheio;
4. Exercício regular do direito: Não há crime quando o agente
pratica no exercício de sua atividade laboral;
 Culpabilidade: Juízo de reprovação sobre a ação do autor de um fato
típico e antijurídico; A culpabilidade é formada por:
1. Dolo ou culpa: Doloso, onde o agente quis o resultado ou
assumiu o risco de produzi-lo; culposo, quando o agente, não
prevê o resultado.
2. Imputabilidade;
3. Potencial consciência da ilicitude;
4. Exigibilidade de conduta diversa;
 Particularidades do código penal militar:
1. Militar da reserva ou reformado: O militar da reserva, ou
reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do
posto ou graduação, para efeito da aplicação da lei penal militar;
os militares da reserva remunerada estão sujeitos à convocação.
Militar reformado não está sujeito à pena disciplinar.
OBS: Reserva: É um período transitório, sujeito à reversão ao
serviço ativo em casos específicos.
Reformado: São os policiais em situação de inatividade
definitiva
2. Crimes praticados em tempo de guerra: Aplicam-se as penas
cominadas para o tempo de paz, com o aumento de um terço;
3. Assemelhados: Servidor, efetivo ou não, das forças armadas ou
submetidos a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou
regulamento. Não existem mais no ordenamento jurídico para
fins penais;
4. Pessoa considerada militar: Qualquer pessoa que, em tempo
de paz ou guerra, seja incorporada às forças armadas;
5. Equiparação a comandante: Toda autoridade com função de
direção;
 Crime propriamente militar x crime impropriamente militar:
Propriamente militar: São aqueles que têm como bens jurídicos
interesses exclusivos da vida militar. EX: a autoridade, a disciplina, a
hierarquia, o serviço, a função e o dever militar

Impropriamente militar: São aqueles que relacionam aos interesses


típicos militares com outros bens jurídicos que são comuns. EX: Crimes
“comuns” cometidos por militares

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