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UNIVERSIDADE LICUNGO
LICENCIATURA EM DIREITO
Beira
2023
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Beira
2023
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 4
Objectivos ........................................................................................................................................ 4
1.1. Contratos................................................................................................................................... 5
Conclusão ...................................................................................................................................... 12
Introdução
O presente trabalho de pesquisa da disciplina de Direito de Energia, tem como tema Contractos
do Sector de Petróleo. Como sabemos, Direito de Energia é o ramo do Direito Público que estuda
e disciplina as relações jurídicas referentes ao em prego e utilização da energia. É entendido
ainda como o estudo das relações jurídicas envolvendo a alocação de direitos e obrigações
referentes a exploração de recursos energéticos em suas diversas formas, emerge desse processo
como uma disciplina autónoma, relacionada a outras diversas áreas do direito. Em consequência,
constitui-se objecto do Direito de Energia qualquer espécie de energia transformada, seja atómica
ou mesmo humana.
Objectivos
Geral:
Compreender como são celebrados os Contratos do Sector de Petróleo.
Específicos:
Apresentar conceitos de Contratos e Petróleo;
Procedimentos Metodológicos
1. Marco Conceitual
1.1. Contratos
De acordo com Ferreira (1986), a palavra Contrato vem do latim Contractu, que significa tratar
com. Nada mais é do que a junção de interesses de pessoas sobre determinada coisa.
Segundo Bitencourt (2011), Contrato é um negócio jurídico que envolve a vontade consensual de
duas partes (bilateral) ou mais (plurilateral) sobre um mesmo objecto, criando, modificando ou
extinguindo direitos e obrigações.
Para Campos (2000), considera-se Contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da
Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de
vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
Portanto, entende-se assim que, o Contrato, independente do tipo, é caracterizado como negócio
jurídico com a finalidade de gerar obrigações entre as partes.
1.2. Petróleo
Para A. G. da Cunha (2008) citado por Bitencourt (2011), Petróleo teve sua primeira aparição em
1844, viria do francês pétrole, que tem sua origem no latim médio Petroleum, por sua vez
formado de Petrae + Oleum, isto é, “óleo da pedra”.
Segundo o Artigo 28° da Lei n.º 21/2014, de 18 de Agosto, a realização de operações petrolíferas
está sujeita à prévia celebração de um contrato de concessão, de acordo coma presente Lei, que
atribuem direitos de:
De acordo com o Artigo 4°, da Lei n.º 21/2014, de 18 de Agosto, O Estado controla a prospecção,
pesquisa, produção, transporte, comercialização, refinação e transformação de hidrocarbonetos
líquidos e gasosos e seus derivados, incluindo actividades de petroquímica e Gás- Natural
Liquefeito (GNL) e Gás para Líquidos (GTL) O Estado pode, ainda, dedicar-se directa ou
indirectamente às actividades complementares ou acessórias às referidas no número anterior.
Assim, o Estado, as suas instituições e demais pessoas colectivas de Direito Público têm uma
acção determinante na promoção da avaliação do potencial petrolífero existente, de forma a
permitir um acesso- aos benefícios da produção petrolífera e contribuir para o desenvolvimento
económico e social do país.
O Estado assegura que parte dos recursos petrolíferos nacionais seja destinada à promoção do
desenvolvimento nacional. O Governo garante o financiamento da Empresa Nacional de
Hidrocarbonetos, Empresa Pública (ENH, EP),seu representante exclusivo, para investir na
melhoria e estabilização da sua participação nos negócios de petróleo e gás.
De acordo com o Decreto n.º 34/2015, de 31 de Dezembro Artigo 4°, o contrato de concessão
deve prever a cessação ordenada das operações petrolíferas e a sua desmobilização nos termos de
um plano de desmobilização aprovado.
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Assim, o direito de exercício de operações petrolíferas ao abrigo da Lei dos Petróleos será
atribuído à pessoa que demonstrar competência técnica, experiência e meios financeiros
adequados e suficientes para a sua realização e gestão. No entanto, todas as concessionárias
devem, após a data de aprovação de qualquer plano de desenvolvimento, estar inscritas na Bolsa
de Valores de Moçambique, nos termos da legislação aplicável.
Ainda segundo o Decreto n.º 34/2015, de 31 de Dezembro Artigo 4°, os contratos de concessão
devem ser redigidos em língua portuguesa. A tramitação do pedido de contrato de concessão está
sujeita ao pagamento de uma taxa, nos termos do presente regulamento.
Segundoo Lei n.º 21/2014, de 18 de Agosto, Artigo 5, os contratos de concessão para a realização
de operações petrolíferas resultam de concurso público cujos procedimentos devem ser
publicados quer nos jornais de maior circulação no país quer electronicamente no portal do
Governo. Os procedimentos do concurso para a outorga de contratos de concessão devem incluir,
no mínimo os seguintes:
Os prazos mínimos para submissão dos pedidos, que não devem ser inferiores a 3 meses
no caso do contrato de concessão de reconhecimento e 6 meses para os restantes contratos
de concessão;
O contrato de concessão modelo.
Segundo a Lei n.º 21/2014, de 18 de Agosto Artigo 5, os contratos de concessão para a realização
das operações petrolíferas podem ainda resultar de negociação simultânea ou directa, em relação
à:
De acordo com Lei n.º 21/2014, de 18 de Agosto Artigo 18, o contrato de concessão de pesquisa
e produção é atribuído em regime de exclusividade, dividido em dois períodos:
2.4. Prorrogação
A renovação só pode ser concedida em casos excepcionais, desde que os termos económicos
oferecidos pela concessionária se revelem favoráveis para o interesse nacional.
Segundo a Lei n.º 21/2014, de 18 de Agosto, Artigo 21, para efeitos do presente artigo, a área de
descoberta não inclui nenhuma área, relacionada com uma descoberta, relativamente à qual:
Considera-se que a concessionária renunciou a todos os direitos sobre a área de descoberta, caso
não tenha submetido declaração de comercialidade até ao final do período de pror rogação
concedido. Qualquer área renunciada deve ser contígua e delimitada por meridianos e paralelos
expressos em minutos.
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Conclusão
Terminado o presente trabalho conclui-se que, a palavra Contrato vem do latim Contractu, que
significa tratar com. Nada mais é do que a junção de interesses de pessoas sobre determinada
coisa. Contrato é um negócio jurídico que envolve a vontade consensual de duas partes (bilateral)
ou mais (plurilateral) sobre um mesmo objecto, criando, modificando ou extinguindo direitos e
obrigações. O Petróleo é um líquido natural, inflamável, oleoso, de cheiro característico e com
densidade menor que a da água. É uma mistura complexa de hidrocarbonetos, ou seja, de
substâncias orgânicas formadas apenas por hidrogénio e carbono. Na sua maioria são
hidrocarbonetos alifáticos, alicíclicos e aromáticos.
Segundo o Artigo 28° da Lei n.º 21/2014, de 18 de Agosto, a realização de operações petrolíferas
está sujeita à prévia celebração de um contrato de concessão, de acordo coma presente Lei, que
atribuem direitos de: Reconhecimento: concede o direito não exclusivo de realizar trabalhos
preliminares de pesquisa e avaliação na área do contrato de concessão, através de levantamentos
aéreos, terrestres e outros, incluindo estudos geofísicos, geoquímicos, paleontológicos,
geológicos e topográficos. Pesquisa e produção: concede o direito exclusivo para conduzir
operações petrolíferas, bem como o direito não exclusivo de construir e operar infra-estruturas de
produção e transporte de petróleo, a partir de uma área de contrato de concessão, salvo se houver
disponibilidade de acesso a um sistema de oleoduto ou gasoduto ou outras infra-estruturas já
existentes sob termos e condições comerciais aceitáveis. Construção e operação de sistemas de
oleoduto ou gasoduto: concede o direito de construir e operar sistemas de oleodutos ou gasodutos
para efeitos de transporte de petróleo bruto ou gás natural, nos casos em que estas operações não
estejam cobertas por um contrato de concessão de pesquisa e produção. Construção e operação
de infra-estruturas: concede o direito de construir e operar infra- estruturas para produção de
petróleo, tais como de processamento e conversão, que não estejam cobertas por um plano de
desenvolvimento de pesquisa e produção aprovados.
Referências Bibliográficas
Bitencourt, Circe M. Fernandes. (2011). Manual de Conceitos. São Paulo. 4ª Ed. Cortez.
Ferreira, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª Ed. Nova Fronteira. Rio de
Janeiro.
Gil, António Carlos. (1989). Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4ª Ed. São Paulo. Atlas.