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Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental

Estudo da Diversidade Microbiana em Ecossistemas Naturais e seu Papel na


Estabilidade Ambiental

oisaV éDvJ divaD

Beira

2023
Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental

Estudo da Diversidade Microbiana em Ecossistemas Naturais e seu Papel na


Estabilidade Ambiental

oisaV éDvJ divaD

Trabalho científico a ser apresentado na UnISCED,


Faculdade de Economia e Gestão, Curso de Licenciatura
em Gestão Ambiental, Cidade da Beira para obtenção de
classificação disciplina de Biotecnologia Ambiental.

Os Tutores: Msc. Eliote Mujui

Msc. Geraldo Jamisse Hodela

Beira

2023
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Índice

Introdução ........................................................................................................................................ 4

Objectivos ........................................................................................................................................ 4

Procedimentos Metodológicos ........................................................................................................ 4

1. Diversidade Microbiana .............................................................................................................. 5

2. Funções dos Microrganismos nos Ecossistemas Naturais ........................................................... 5

3. Interacções entre Microrganismos e outros Organismos ............................................................. 6

4. Factores que afectam a Diversidade Microbiana ......................................................................... 7

5. Importância da Diversidade Microbiana para a Estabilidade Ambiental .................................... 8

Conclusão ........................................................................................................................................ 9

Referência Bibliográfica ................................................................................................................ 10


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Introdução

O presente trabalho de pesquisa da disciplina de Biotecnologia Ambiental tem como tema Estudo
da Diversidade Microbiana em Ecossistemas Naturais e seu Papel na Estabilidade Ambiental.
Como sabemos, a diversidade microbiana é fundamental para a estabilidade dos ecossistemas
naturais. Ecossistemas com alta diversidade microbiana são mais resilientes a mudanças
ambientais, como variações na disponibilidade de nutrientes ou alterações climáticas. Isso ocorre
porque uma maior diversidade de microrganismos permite uma maior variedade de funções e
interacções biológicas, aumentando a capacidade do ecossistema de se adaptar a mudanças e
manter seu funcionamento.

Objectivos

Geral:

 Estudar a Diversidade Microbiana em Ecossistemas Naturais e seu Papel na Estabilidade


Ambiental.

Específicos:

 Identificar os microrganismos com potencial biotecnológico;


 Compreender o papel dos microrganismos na estabilidade ambiental.

Procedimentos Metodológicos

Para elaboração desse trabalho usar-se-á o método de Pesquisa Bibliográfico. De acordo com
Marconi & Lakatos (1991) o método de Pesquisa Bibliográfico é desenvolvido essencialmente
por material já elaborado, como Livros e Artigos científicos.
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1. Diversidade Microbiana

Antes de mais nada, importa realçar que, a riqueza de uma comunidade bacteriana é caracterizada
pelo número de espécies presentes. Daí que, de acordo com Silva (2012), a diversidade
microbiana reflecte quantas espécies diferentes se encontram em uma amostra, considerando a
uniformidade com que essas espécies estão distribuídas.

Esta definição segundo Albuquerque (2013), abarca os grupos das bactérias, arqueas, fungos,
protozoários e vírus. A diversidade microbiana, considerando-se os parâmetros de diversidade de
espécies e diversidade genética, suplanta, em algumas ordens de magnitude, a diversidade
existente em todos os demais grupos de seres vivos.

2. Funções dos Microrganismos nos Ecossistemas Naturais

De acordo com Ferreira (1986), Microrganismos são seres vivos de tamanho extremamente
reduzido, impossíveis de serem percebidos a olho nu. Presentes no planeta há milhões de anos,
povoam todas as regiões da Terra de forma complexa e variada. Alguns exemplos de
microrganismos bastante conhecidos são as bactérias, vírus, fungos e os protozoários.

Guimarães (2000) diz que, embora sejam muitas vezes associados a doenças – de facto, muitos
microrganismos são responsáveis por patologias que afectam animais e seres humanos –, estes
seres minúsculos também são muito importantes para a manutenção do equilíbrio ambiental.

Segundo Silva (2012), eles estão presentes em uma série de processos, como o ciclo do carbono e
o ciclo do nitrogénio. E, se pensamos de forma mais ampla, a grande transformação da vida se dá
exactamente através do trabalho de microrganismos, já que são eles que realizam a reciclagem de
restos mortais através da decomposição.

Segundo o autor acima citado, alguns microrganismos trabalham ainda em parceria com seres
multicelulares. Um bom exemplo são as bactérias presentes em nossa flora intestinal, um grupo
de seres invisíveis que sobrevivem em nosso corpo e, ao mesmo tempo, auxiliam no equilíbrio de
seu funcionamento.
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Os microrganismos do solo actuam directamente nos ciclos biogeoquímicos de macronutrientes,


micronutrientes e outros elementos vitais para o crescimento das plantas e da vida animal. O
conjunto de microrganismos presentes no solo, como fungos, bactérias e vírus é conhecido como
microbiota do solo.

3. Interacções entre Microrganismos e outros Organismos

De acordo com Silva (2012), as interacções entre uns microrganismos e outros podem ser de
diferentes tipos. Para as entender melhor, vamos agrupá-las por interacções positivas
(comensalismo, sinergismo e mutualismo), interacções negativas (competência e amensalismo) e
interacções positivas para uma população, mas negativas para a outra (depredação e parasitismo).
Podemos dizer que as interacções positivas aumentam a taxa de crescimento de uma população e
que as negativas causam o efeito contrário.

O Comensalismo é o tipo de interacção na qual um dos intervenientes é beneficiado e o outro não


obtém nada. Estas são relações estáveis e duradouras. Nos habitats terrestres, por exemplo,
muitas bactérias dependem da produção de vitaminas por parte de outras populações microbianas
(Guimarães, 2000).

Nas relações de sinergismo (ou protocooperação), ambas as populações são beneficiadas pela
interacção. São capazes de sobreviver sem a presença da outra, mas a associação de ambas
oferece vantagens mútuas, como a capacidade de acelerar o ritmo de crescimento da outra. Este
tipo de relações é muito comum entre os microrganismos fixadores de nitrogénio da rizosfera
(Idem).

Noutro patamar encontram-se as relações de mutualismo entre duas populações microbianas.


Nestes casos, a relação é obrigada e ambas as populações beneficiam.

Ao contrário das interacções positivas, as interacções de competência baseiam-se numa relação


negativa entre duas populações. A competência ocorre quando essas populações lutam pela
obtenção dos mesmos recursos, quer seja o espaço (nicho ecológico) quer seja um nutriente
limitado. Ambas são prejudicadas.
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Segundo Albuquerque (2013), o amensalismo ocorre quando uma população é prejudicada, ao


passo que a outra não sofre qualquer alteração. Produz-se habitualmente quando um dos
microrganismos gera substâncias tóxicas ou condições intoleráveis ou inibidoras para outros
microrganismos. Este é o caso da bactéria Bacillus, que, no seu processo de formação de esporas,
segrega antibióticos que inibem o crescimento de outras populações microbianas.

E, por último, encontra-se o grupo das interacções positivas para uma população, mas negativas
para a outra. Aqui encontram-se as interacções de depredação e parasitismo, cujas diferenças são,
em muitos casos, difíceis de discernir. A depredação é o tipo de interacção na qual intervêm dois
organismos, de distintas espécies, chamados depredador e presa. Ocorre quando uma espécie
precisa de caçar, engolir ou digerir a outra para subsistir. São relações de curta duração. Os
microrganismos mais expostos a elas são as bactérias por protozoários, fungos e algas (Idem).

Nas interacções de parasitismo, a população que beneficia, o parasita, toma do organismo


hospedeiro os nutrientes que necessita, sendo este último prejudicado. São relações relativamente
longas.

4. Factores que afectam a Diversidade Microbiana

De acordo com Albuquerque (2013), a diversidade microbiana se encontra directamente


relacionada com um conjunto de factores, nomeadamente:

 Abióticos: atmosfera, temperatura, água, pH, potencial redox, fontes nutricionais, entre
outros;

 Bióticos: genética microbiana, a interacção entre os microrganismos, entre outros, que


permitem o desenvolvimento microbiano e a estruturação.

A interacção entre esses factores influencia directamente a ecologia, a actividade e a dinâmica


populacional de microorganismos e evidencia a importância de estratégias ambientais
sustentáveis que visem a manutenção e a conservação da diversidade e funcionalidade da
comunidade microbiana.
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5. Importância da Diversidade Microbiana para a Estabilidade Ambiental

Segundo Ferreira (1986), a Microbiologia Ambiental é uma área da ciência que se dedica ao
estudo da fisiologia, genética, interacções e funções dos microrganismos no ambiente, e faz uso
deste conhecimento com o objectivo maior de manter a qualidade ambiental e contribuir para o
desenvolvimento sustentável da sociedade moderna.

De acordo com Guimarães (2000), no solo, a diversidade microbiana é responsável pela


mineralização da matéria orgânica, circulação de componentes, síntese de proteínas e ácidos
nucleicos, bem como transformação de nutrientes presentes no solo. A diversidade microbiana no
solo actua na decomposição da biomassa, circulação de elementos empregados na síntese das
estruturas biológicas, disponibilização de nutrientes para as plantas, biodegradação de impurezas
e manutenção da estrutura do solo.

No mar, os fitoplânctons (organismos aquáticos microscópicos fotossintetizantes), encontrados


principalmente em algas, são responsáveis por grande parte da produção de oxigénio. Os
plânctons, que englobam o fitoplâncton e o zooplâncton (organismos aquáticos microscópicos
não-fotossintetizantes) formam a base de toda a cadeia alimentar nos sistemas aquáticos (Idem).

Portanto, a diversidade microbiana é ser útil para gerar novos produtos bioactivos de importância
na agricultura, como os herbicidas, descobrir novos genes com resistência à seca e resistência à
salinidade, novos antibióticos, substâncias anticancerígenas e até enzimas.

Pois, os microrganismos são seres microscópicos e estão em todos os lugares. Contribuem de


forma essencial na manutenção do meio ambiente e dos seres vivos. Fazem parte de nosso
quotidiano e estão envolvidos em processos como a fermentação, reciclagem da matéria, na
fabricação de alimentos e bebidas, medicamentos e vacinas.
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Conclusão

Terminado o presente trabalho conclui-se que, a diversidade microbiana reflecte quantas espécies
diferentes se encontram em uma amostra, considerando a uniformidade com que essas espécies
estão distribuídas. Esta definição abarca os grupos das bactérias, arqueas, fungos, protozoários e
vírus. A diversidade microbiana, considerando-se os parâmetros de diversidade de espécies e
diversidade genética, suplanta, em algumas ordens de magnitude, a diversidade existente em
todos os demais grupos de seres vivos.

Microrganismos são seres vivos de tamanho extremamente reduzido, impossíveis de serem


percebidos a olho nu. Presentes no planeta há milhões de anos, povoam todas as regiões da Terra
de forma complexa e variada. Alguns exemplos de microrganismos bastante conhecidos são as
bactérias, vírus, fungos e os protozoários. Embora sejam muitas vezes associados a doenças – de
facto, muitos microrganismos são responsáveis por patologias que afectam animais e seres
humanos –, estes seres minúsculos também são muito importantes para a manutenção do
equilíbrio ambiental.

As interacções entre uns microrganismos e outros podem ser de diferentes tipos. Para as entender
melhor, vamos agrupá-las por interacções positivas (comensalismo, sinergismo e mutualismo),
interacções negativas (competência e amensalismo) e interacções positivas para uma população,
mas negativas para a outra (depredação e parasitismo). Podemos dizer que as interacções
positivas aumentam a taxa de crescimento de uma população e que as negativas causam o efeito
contrário.

A diversidade microbiana se encontra directamente relacionada com um conjunto de factores,


nomeadamente: Abióticos: atmosfera, temperatura, água, pH, potencial redox, fontes nutricionais,
entre outros; Bióticos: genética microbiana, a interacção entre os microrganismos, entre outros,
que permitem o desenvolvimento microbiano e a estruturação. A interacção entre esses factores
influencia directamente a ecologia, a actividade e a dinâmica populacional de microorganismos e
evidencia a importância de estratégias ambientais sustentáveis que visem a manutenção e a
conservação da diversidade e funcionalidade da comunidade microbiana.
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Referência Bibliográfica

Albuquerque, M. (2013). Microorganismos. 3 ª Ed. Artmed. São Paulo.

Ferreira, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª Ed. Nova Fronteira. Rio
de Janeiro.

Guimarães, Mauro (2000). Educação Ambiental. Papirus. Campinas.

Marconi & Lakatos, Maria de Andrade, Eva Maria. (1991). Metodologia Científica. 2ª Ed.
Ática. São Paulo.

Silva, D. G. (2012). Estudo sobre o Ambiente. Artmed. São Paulo.

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