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Sexualidade, gênero e educaçã o

sexual no contexto escolar


Sobre o consentimento

Fonte da imagem: site da revista Lampeã o


Sobre o consentimento

Fonte da imagem: site da revista Lampeã o


Sobre o consentimento

Fonte da imagem: site da revista Lampeã o


Sobre o consentimento

Fonte da imagem: site da revista Lampeã o


A importâ ncia do diá logo
◦ Romper o silenciamento
◦ Dialogar para prevenir
◦ Receber informaçõ es e esclarecimentos como fator de proteçã o
◦ Importâ ncia de espaços de diá logo e confiança para que as violaçõ es
possam ser identificadas e os direitos possam ser protegidos
◦ Enfrentamento à s diferentes formas de violência
◦ Problematizaçã o da naturalizaçã o da violência
Projeto Unbreakable
“É fofo como você resiste assim, agindo como se você nã o
quisesse”.
Projeto Unbreakable
“No dia seguinte ele me falou: ‘Você disse nã o, mas seu corpo
me disse sim’. Eu pensava que era minha culpa. Ele tinha 28
anos, eu tinha 18”.
Projeto Unbreakable
“Você nã o pode beber algo com alguém e esperar que isso
nã o aconteça”.
Projeto Unbreakable
“‘O que você estava vestindo? Por que você nã o lutou para ele se
afastar ou gritou? Você geralmente leva garotos em casa?’ – o
policial”.
Fonte das imagens: série “Os treze porquês”
Fonte das imagens: série “Os treze porquês”
Fonte das imagens: série “Os treze porquês”
Fonte das imagens: série “Os treze porquês”
A importâ ncia da escuta
◦ Escuta atenta, sensível e confidencial
◦ Transmitir confiança
◦ Informar sobre os direitos
◦ Problematizar movimentos frequentes de culpabilizaçã o e julgamentos
negativos
Prevençã o à violência sexual
contra crianças
Imagine que você trabalha em uma escola, com crianças.
Imagine que Nara, uma das crianças, tem se comportado de um jeito diferente.
Está mais retraída, evita brincar com as outras crianças. Se assusta quando
uma pessoa nova entre na escola. Fica apreensiva quando alguém se aproxima
dela.
Fonte das imagens: vídeo “O segredo”.
Em uma atividade com a turma toda, você pede para que façam um desenho.
Ao observar Nara desenhando, vê que está nervosa, agitada. Quando termina
seu desenho. Nara rasga a folha de papel, com raiva.

Fonte das imagens: vídeo “O segredo”.


Você nã o sabe o que está acontecendo com Nara, mas se preocupa, imaginando
que as atitudes que ela têm tido podem ser a forma que encontrou de pedir
ajuda.

Fonte da imagem: vídeo “O segredo”.


Assim como Nara, muitas crianças que sofrem violência têm medo de contar
para alguém. Elas podem ter sido ameaçadas, chantageadas. Elas podem ter
medo de serem punidas, ou de ninguém acreditar nelas.
Fonte da imagem: vídeo “O segredo”.
“Como posso ajudar Nara?” – você se pergunta.
No vídeo sobre a histó ria de Nara, a professora se aproxima e começa a
conversar com ela.
Fonte da imagem: vídeo “O segredo”.
- Nara, eu gostaria de saber por que você rasgou o
seu desenho.
- Eu rasguei para o homem mal nã o pegar a
menininha de novo.
- E por que o homem estava perseguindo a
menina?
- Ela iria revelar um segredo. Um terrível e
doloroso segredo.
...

- Essa menina que estava na sua histó ria, será por


acaso alguém que eu conheço.
- Conhece.
- Ah, que interessante. E ela é da nossa escola?
- Sim.
- E ela é da nossa turma?
- É.
- Só mais uma pergunta. – e cochicha no ouvido de Fonte do diá logo e das
Nara – eu estou segurando a mã o dessa menina? imagens: vídeo “O segredo”.
A professora a abraça e diz que deve ter sido muito difícil para Nara passar
por tudo o que passou. Nara está assustada, sente-se culpada. A professora
repete, com sensibilidade, que Nara nã o fez nada de errado, que nada é culpa
dela. Diz que conversará com seus pais para que seus direitos possam ser
protegidos.

Fonte da imagem: vídeo “O segredo”.


O que a histó ria de Nara nos mostra sobre
situaçõ es de violência sexual contra
crianças?
◦ O pedido de segredo é algo muito comum em situaçõ es de violência
sexual. Pode acontecer com promessas ou com chantagens e
ameaças.
◦ Na maior parte das ocorrências de violência sexual, o agressor é
uma pessoa pró xima, que a criança conhece.
◦ Um importante fator de proteçã o é que as crianças saibam que
podem contar sobre o que acontece com elas para alguém em quem
confiam.
◦ Saber em que situaçõ es é necessá rio nã o guardar segredo é algo
que pode ser conversado na família e na escola.
Exemplo: Livro “Sem mais segredo”
Fonte: livro “Sem mais segredo”
Fonte: livro “Sem mais segredo”
Estatuto da Criança e do Adolescente

Artigo 13: “Os casos de suspeita ou


confirmaçã o de maus-tratos contra criança
ou adolescente serã o obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da
respectiva localidade, sem prejuízo de
outras providências legais”.
Atitudes importantes
• Conversar com a criança em um espaço que
tenha privacidade
• Transmitir confiança
• Valorizar que a criança fale sobre o que está
acontecendo
• Ressaltar que a criança tem direitos e que
esses direitos devem ser protegidos
• Contar sobre os encaminhamentos
necessá rios

Atitudes a serem evitadas


• “Você tem certeza que isso aconteceu
mesmo?”
• “Pode confiar em mim, eu nã o vou contar
para ninguém!”
• “Prometo que vai ficar tudo bem!”
Fonte das imagens:
• “Que monstruosidade! Estou horrorizada!” vídeo “O segredo”.
Quais sã o as formas de violência
contra as crianças e adolescentes?
◦ Negligência
◦ Violência física
◦ Violência psicoló gica
◦ Violência institucional
◦ Violência sexual
◦ Exploraçã o sexual
Como acontece a violência sexual
contra crianças?
◦ A violência sexual nã o vem necessariamente acompanhada
de violência física
◦ Pode ser que a aproximaçã o aconteça com promessas de
presentes e recompensas relacionados a situaçõ es agradáveis
e desejadas pela criança
◦ Pode ser que a aproximaçã o aconteça com chantagens e
ameaças
◦ Um traço em comum é o pedido de segredo, a instruçã o de
que a criança nã o pode contar para ninguém o que está
acontecendo
O que é a violência sexual contra
crianças?
◦ Quando o corpo da criança é tocado ou estimulado de outras formas com a
finalidade de obtençã o de prazer sexual por parte do adulto;
◦ Quando a pessoa adulta pede para que a criança toque o corpo dela ou
estimule de outras formas com a finalidade de obtençã o de prazer sexual;
◦ Penetraçã o na vagina;
◦ Penetraçã o no â nus;
◦ Exibiçã o de imagens ou vídeos com conteú dos sexuais;
◦ Gravaçã o de vídeos ou imagens da criança com conteú dos de nudez e/ou
em situaçõ es sexuais;
◦ Quando as prá ticas acontecem com finalidades comerciais, de obter lucro,
sã o chamadas de exploraçã o sexual.
◦ Alguns exemplos relacionados à exploraçã o sexual sã o o trá fico de pessoas,
o turismo sexual e a pornografia infantil.
Disque 100
O Disque 100 funciona 24 horas, inclusive nos finais de semana e
feriados. As denú ncias podem ser anô nimas, o sigilo é garantido. As
ligaçõ es podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem
direta e gratuita para o nú mero 100 ou pelo site
www.disque100.gov.br.
Com que frequência acontece a
violência sexual?
Segundo dados de 2015 identificados a partir das ligaçõ es ao Disque
100:
• 18% das denú ncias de violaçã o de direitos das crianças e
adolescentes correspondem à violência sexual
• 45% das crianças e adolescentes que sofreram violência sexual
eram meninas, 39% meninos e em 15% dos casos nã o foi
registrada a informaçã o
• Os agressores eram familiares em 75% dos casos
• As situaçõ es de violência aconteceram em casa em 72% dos casos
Projeto Unbreakable
◦ A seguir serã o apresentadas imagens do “Projeto Unbreakable”,
com frases que foram ouvidas por diferentes pessoas em situaçõ es
de violência sexual.
◦ As imagens exemplificam aspectos que sã o comuns em situaçõ es
de violência.
Projeto Unbreakable
“Querida, o que te faz acreditar que você tem o direito de
dizer nã o para mim? Eu sou uma pessoa adulta e você é
uma criança”.
Projeto Unbreakable
“Se você contar para alguém, eu demito seu papai”.
Projeto Unbreakable
“Se você me deixar tocá -la ____ vezes por dia, eu deixarei suas irmã s em paz.
Mas... Você nã o pode contar nunca!” – Ele estava dizendo a mesma coisa para
minhas irmã s mais novas. Eu sou a mais velha e foi no meu aniversá rio de 11
anos que tudo começou.
Obrigada ‘papai’ = ( ”
Projeto Unbreakable
“Você nã o é nada”.
Projeto Unbreakable
“Seja uma boa garota. Nã o diga nada, ok?” Silêncio.
Projeto Unbreakable
“Me dê um beijo de boa noite”.
Projeto Unbreakable
“Eu te amo”.
Diá logo sobre sexualidade como
fator de proteçã o
◦ Quando a sexualidade é transmitida como um tema proibido,
cercado por censuras e tabus, a criança encontrará dificuldades
para saber sobre seus direitos e para reconhecer as situaçõ es em
que precisa de ajuda
◦ O diá logo sobre sexualidade propicia o aprendizado de
informaçõ es sobre o pró prio corpo, sobre o desenvolvimento,
sobre a saú de e sobre os direitos, com espaço para que a criança
possa esclarecer dú vidas com pessoas em quem confia
◦ O diá logo sobre sexualidade pode acontecer de forma didá tica, em
uma linguagem simples e acessível para a criança
Exemplo: www.pipoefifi.com.br
Fonte: www.pipoefifi.com.br
Fonte: www.pipoefifi.com.br
Fonte: www.pipoefifi.com.br
Fonte: www.pipoefifi.com.br
Fonte: www.pipoefifi.com.br
Fonte: www.pipoefifi.com.br
Fonte: www.pipoefifi.com.br
Fonte: www.pipoefifi.com.br
Fonte: www.pipoefifi.com.br
Fonte: www.pipoefifi.com.br
A escola como um espaço de
promoçã o e proteçã o dos direitos
Por que o diá logo sobre sexualidade é o
um fator de proteçã o?
◦ O diá logo sobre sexualidade com as crianças favorece que elas sejam
capazes de identificar uma situaçã o na qual seus direitos sã o violados
◦ Transmitir informaçõ es sobre o seu corpo e sobre o direito à privacidade,
em linguagem clara e acessível, promove condiçõ es para que as crianças
compreendam que é errado quando alguém pede para tocá -las ou faz
outras aproximaçõ es e pedidos dizendo que o que acontece deve ser
mantido em segredo
O diá logo sobre sexualidade é
importante porque abrange:
◦ A transmissã o de informaçõ es sobre o corpo, sobre a saú de e sobre o
desenvolvimento humano;
◦ A valorizaçã o das mú ltiplas expressõ es humanas, com o reconhecimento
de diversas formas de ser, agir, sentir e construir relaçõ es;
◦ A problematizaçã o de estereó tipos, preconceitos e discriminaçõ es;
◦ A conscientizaçã o sobre direitos e a prevençã o de situaçõ es em que
direitos sã o violados, como nas situaçõ es de violência sexual.
Cenas sobre sexualidade e
gênero na escola
A) Como os temas sexualidade e gênero estã o presentes nas cenas
relatadas?
B) O que as crianças ou adolescentes aprendem sobre sexualidade e
gênero a partir de experiências como estas?
C) As cenas poderiam ser diferentes? Se sim, como?
Sexualidade e gênero na educação infantil

⚫A semana estava muito quente e as crianças


estavam agitadas. As educadoras
decidiram que, na sexta-feira, a atividade
seria “banho de esguicho”.
⚫Escreveram para as famílias pedindo que
fossem trazidos biquínis e sungas.
⚫As crianças adoraram a proposta e
chegaram alegres à escola naquele dia.
Cena 1
⚫ Na rotina da escola, as meninos e meninas
tomavam banho e se trocavam em banheiros
separados. As educadoras não imaginavam como
tomar banho juntos pela primeira vez geraria
tantas reações diferentes.

⚫ No momento em que estavam se trocando, alguns


meninos se esconderam para assistir as meninas,
atentamente. Foi quando a professora repreendeu:
- Podem parar com isso, como vocês são sem-
vergonha!
Cena 2
Enquanto se trocavam, algumas crianças
diziam, umas para as outras:
- Se você mostrar o seu pipi eu te mostro
minha perereca!
Quando a professora entrou na sala, uma
aluna perguntou a ela:
- Por que as meninas não têm pipi?
A professora sentiu-se constrangida e,
tentando mudar de assunto, respondeu
rispidamente:
- Porque sim, porque são meninas, você
trouxe a sua toalha, onde está?
Cena 3
Uma aluna do grupo 5 se escondeu, quieta, no canto
da sala.
Depois que todas as crianças saíram a professora foi
conversar com ela. A criança parecia triste e
envergonhada.
A professora perguntou sobre o motivo da aluna não
querer participar do banho de esguicho, e ela
respondeu:
- Estou muito gorda, todos vão rir de mim!
A professora buscou consolá-la dizendo:
- Você é muito nova para se preocupar com isso!
Cena 4
⚫ Um dos meninos, que tinha por volta de 4 anos, se
afastou do grupo e ficou em um canto, mexendo e
brincando com o próprio pênis. Uma funcionária,
ao nota-lo, repreendeu imediatamente:
- Pode tirar a mão daí! Tão pequeno e já é tarado
desse jeito!
Cena 5
⚫ Os meninos das turmas mais velhas iniciaram uma
brincadeira: todos deviam abaixar a sunga,
rapidamente e o desafio é que as educadoras não
percebessem. Mas logo elas estranharam tantos
risos e, sem identificarem exatamente do que a
brincadeira se tratava, resolveram intervir e
anunciaram que todos estavam de castigo, sem
poderem continuar a participar do dia do banho.
Cena 6
As crianças estavam no pátio, eufóricas. Começaram
a fazer bolinha de sabão usando o shampoo. Duas
amigas começaram a ensaboar uma a outra, e as
outras crianças começaram a imitá-las.
Uma das funcionárias interrompeu a brincadeira,
gritando, nervosa:
- Podem parar! Isso não se faz!
Ao ver que dois meninos estavam se ensaboando,
repreendeu:
- O que é isso? Vocês estão parecendo dois
viadinhos!
Cena 7
⚫Um aluno do grupo três está brincando no
banho com um urso de borracha cor-de-
rosa. O irmão dele, do grupo seis, quando o
vê, tira o brinquedo da mão dele e joga no
chão dizendo:
- Esse urso é um urso gay!
Cena 8
⚫ No final do dia, quando as crianças já tinham ido
para a casa, as educadoras conversavam sobre
como o dia tinha sido cansativo. Uma das
professoras sugeriu:
- Acho que não devemos mais propor atividades
como esta, causam muita confusão!
Uma funcionária ressaltou:
- Essas crianças estão muito precoces, não sei o que
acontece, devem estar assistindo muita televisão e
as famílias não fazem nada!
As outras concordaram e lamentaram, uma delas
falou:
- O mundo está perdido!
O que é a educaçã o sexual?
* Processo que acontece toda a vida
* Aprendizado sobre concepçõ es, significados, valores e atitudes em
relaçã o à sexualidade e ao gênero
* Engloba açõ es intencionais e nã o intencionais
* Ocorre por meio de diversas instâ ncias como a família, o meio
social, a escola, os meios de comunicaçã o e outros espaços da
cultura.
Educaçã o sexual

a de Proibi
io sid ção
Cur

Desejo o nha
Verg

ran ça
Prazer se gu
In
Sexualidade e gênero no cotidiano do
Ensino Fundamental
O ano está chegando ao fim em uma escola do Ensino
Fundamental.
Todos estão participando da organização de uma
festa de formatura para as turmas do quarto ano.
Os alunos e alunas demonstram muitas ansiedades e
expectativas com relação a esse momento, que será
de comemoração e despedida.
Cena 9
As meninas escolheram uma música para dançarem
na festa e se reuniram para preparar e ensaiar a
coreografia.
Ao apresentarem para a professora a música
escolhida e a dança que planejaram, ela fica muito
decepcionada e incomodada, pois se trata de um
funk, e repreende:
- Se vocês dançarem isso na festa, o que as famílias
vão pensar da escola? Que aqui nós formamos
vadias? Que estamos preparando vocês para rodar
bolsinha na esquina? O que é isso, vocês precisam
saber se comportar, daqui a pouco vão começar a
namorar e garoto nenhum vai levar a sério
meninas que não prestam!
Cena 10
As meninas, frustradas e irritadas, se reúnem para
pensar uma nova música.
Danilo, que faz aulas de jazz fora da escola, pede
para participar e ajudar na coreografia. Quando os
outros meninos veem Danilo ensaiando com as
colegas, começam a cantar, em coro “bichinha,
viadinho, bichinha, viadinho”, e colam um desenho
do garoto vestido de bailarina dizendo “sou a
Danila”.
Cena 11
A professora da turma conta para a professora de
educação física sobre a situação e pede para que ela
mesma escolha a música e monte a coreografia, para
evitar novos conflitos. As duas decidem que para
que tanto meninas quanto meninos participem, o
melhor é fazer uma dança em pares, como uma valsa,
e que, para impor que todos(as) participem, a
apresentação valerá nota na matéria de educação
física (continua).
Cena 11
Os(as) alunos(as) não ficaram muito contentes com a
decisão das professoras. Na hora de escolher os
pares, novo conflito: os meninos em sua maioria não
querem dançar, as meninas querem escolher com
quem dançarão e muitas delas querem dançar com o
mesmo menino, e começam a brigar entre si. As
professoras decidem que os pares serão de acordo
com o tamanho e um menino reage de forma
agressiva, dizendo:
- Eu não quero ficar perto dessa menina preta, gorda
e horrível. Ela fede!
A garota começa a chorar.
Cena 12
Uma aluna demonstra irritação e desânimo, não quer
participar dos ensaios nem da festa de formatura.
Quando as professoras perguntam o porquê, ela fica
em silêncio, se retrai, não quer explicar. Outra aluna
da escola, que é sua vizinha, conta para a professora
de educação física, em tom de fofoca:
- Os pais dela se separaram ano passado, e agora a
mãe dela está morando com uma mulher, virou
sapatão. Ela está com vergonha, com medo de que
elas venham na festa e todos descubram esse
segredo.
Cena 13
⚫ Paula, Maria e Rita são três alunas do nono ano
que moram em um abrigo, para onde se mudaram
quando eram mais novas por terem sofrido alguma
forma de negligência e violência na família.
Naquela semana, era aniversário da mãe de Rita,
que ela não via há 3 anos. Quando recebeu o
convite de formatura, escrito “Prezados pais”, Rita
começou a chorar e as amigas tentaram consolá-la.
Cena 14
⚫ No dia da festa de formatura, a diretora fez um
discurso, antes da apresentação da dança. Diz:
- Essa é a primeira de muitas conquistas. Hoje, estão
se formando no primeiro ciclo do Ensino
Fundamental, logo terminarão o Ensino Médio,
farão faculdade e terão um emprego em algo que
gostam muito. Escolhemos para a dança um baile
para representar também algo que acreditamos
muito: no amor, nos laços que ligam a família.
Encontrar alguém que ame, casar e ter filhos
também serão futuras conquistas, em uma vida
repleta de realização e felicidade. Palmas para a
entrada e para o futuro dos formandos!
Objetivos da educaçã o sexual
Respeitar a diversidade de valores,
crenças e comportamentos
relativos à sexualidade,
reconhecendo e respeitando as
diferentes formas de atração
sexual e o seu direito à expressão
Compreender a busca de
prazer como um direito e
uma dimensão da
sexualidade humana
Conhecer seu corpo,
valorizar e cuidar de sua
saúde como condição
necessária para usufruir
prazer sexual
Identificar e repensar tabus e
preconceitos referentes à
sexualidade, evitando
comportamentos discriminatórios
e intolerantes e analisando
criticamente estereótipos
Reconhecer como construções
culturais as características
socialmente atribuídas ao
masculino e ao feminino,
posicionando-se contra
discriminações a elas associadas
Identificar e expressar
seus sentimentos e
desejos, respeitando os
sentimentos e desejos
do outro
Reconhecer o
consentimento mútuo
como necessário para
usufruir prazer numa
relação a dois
Proteger-se de
relacionamentos sexuais
coercitivos ou
exploradores
Agir de modo solidário em relação
às pessoas que vivem com HIV e de
modo propositivo em ações
públicas voltadas para prevenção e
tratamento das doenças
sexualmente transmissíveis/Aids
Conhecer e adotar práticas
de sexo protegido, desde o
início do relacionamento
sexual, evitando contrair
ou transmitir doenças
sexualmente
transmissíveis, inclusive o
vírus da Aids
Evitar uma gravidez não
planejada, procurando
orientação e fazendo uso
de métodos contraceptivos
Consciência crítica e
tomar decisões
responsáveis a respeito
de sua sexualidade
Educaçã o sexual no Brasil
* 1998: Sexualidade como conteú do
curricular para o Ensino Fundamental,
segundo os Parâ metros Curriculares
Nacionais

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