Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
a de Proibi
io sid ção
Cur
Desejo o nha
Verg
ran ça
Prazer se gu
In
Sexualidade e gênero no cotidiano do
Ensino Fundamental
O ano está chegando ao fim em uma escola do Ensino
Fundamental.
Todos estão participando da organização de uma
festa de formatura para as turmas do quarto ano.
Os alunos e alunas demonstram muitas ansiedades e
expectativas com relação a esse momento, que será
de comemoração e despedida.
Cena 9
As meninas escolheram uma música para dançarem
na festa e se reuniram para preparar e ensaiar a
coreografia.
Ao apresentarem para a professora a música
escolhida e a dança que planejaram, ela fica muito
decepcionada e incomodada, pois se trata de um
funk, e repreende:
- Se vocês dançarem isso na festa, o que as famílias
vão pensar da escola? Que aqui nós formamos
vadias? Que estamos preparando vocês para rodar
bolsinha na esquina? O que é isso, vocês precisam
saber se comportar, daqui a pouco vão começar a
namorar e garoto nenhum vai levar a sério
meninas que não prestam!
Cena 10
As meninas, frustradas e irritadas, se reúnem para
pensar uma nova música.
Danilo, que faz aulas de jazz fora da escola, pede
para participar e ajudar na coreografia. Quando os
outros meninos veem Danilo ensaiando com as
colegas, começam a cantar, em coro “bichinha,
viadinho, bichinha, viadinho”, e colam um desenho
do garoto vestido de bailarina dizendo “sou a
Danila”.
Cena 11
A professora da turma conta para a professora de
educação física sobre a situação e pede para que ela
mesma escolha a música e monte a coreografia, para
evitar novos conflitos. As duas decidem que para
que tanto meninas quanto meninos participem, o
melhor é fazer uma dança em pares, como uma valsa,
e que, para impor que todos(as) participem, a
apresentação valerá nota na matéria de educação
física (continua).
Cena 11
Os(as) alunos(as) não ficaram muito contentes com a
decisão das professoras. Na hora de escolher os
pares, novo conflito: os meninos em sua maioria não
querem dançar, as meninas querem escolher com
quem dançarão e muitas delas querem dançar com o
mesmo menino, e começam a brigar entre si. As
professoras decidem que os pares serão de acordo
com o tamanho e um menino reage de forma
agressiva, dizendo:
- Eu não quero ficar perto dessa menina preta, gorda
e horrível. Ela fede!
A garota começa a chorar.
Cena 12
Uma aluna demonstra irritação e desânimo, não quer
participar dos ensaios nem da festa de formatura.
Quando as professoras perguntam o porquê, ela fica
em silêncio, se retrai, não quer explicar. Outra aluna
da escola, que é sua vizinha, conta para a professora
de educação física, em tom de fofoca:
- Os pais dela se separaram ano passado, e agora a
mãe dela está morando com uma mulher, virou
sapatão. Ela está com vergonha, com medo de que
elas venham na festa e todos descubram esse
segredo.
Cena 13
⚫ Paula, Maria e Rita são três alunas do nono ano
que moram em um abrigo, para onde se mudaram
quando eram mais novas por terem sofrido alguma
forma de negligência e violência na família.
Naquela semana, era aniversário da mãe de Rita,
que ela não via há 3 anos. Quando recebeu o
convite de formatura, escrito “Prezados pais”, Rita
começou a chorar e as amigas tentaram consolá-la.
Cena 14
⚫ No dia da festa de formatura, a diretora fez um
discurso, antes da apresentação da dança. Diz:
- Essa é a primeira de muitas conquistas. Hoje, estão
se formando no primeiro ciclo do Ensino
Fundamental, logo terminarão o Ensino Médio,
farão faculdade e terão um emprego em algo que
gostam muito. Escolhemos para a dança um baile
para representar também algo que acreditamos
muito: no amor, nos laços que ligam a família.
Encontrar alguém que ame, casar e ter filhos
também serão futuras conquistas, em uma vida
repleta de realização e felicidade. Palmas para a
entrada e para o futuro dos formandos!
Objetivos da educaçã o sexual
Respeitar a diversidade de valores,
crenças e comportamentos
relativos à sexualidade,
reconhecendo e respeitando as
diferentes formas de atração
sexual e o seu direito à expressão
Compreender a busca de
prazer como um direito e
uma dimensão da
sexualidade humana
Conhecer seu corpo,
valorizar e cuidar de sua
saúde como condição
necessária para usufruir
prazer sexual
Identificar e repensar tabus e
preconceitos referentes à
sexualidade, evitando
comportamentos discriminatórios
e intolerantes e analisando
criticamente estereótipos
Reconhecer como construções
culturais as características
socialmente atribuídas ao
masculino e ao feminino,
posicionando-se contra
discriminações a elas associadas
Identificar e expressar
seus sentimentos e
desejos, respeitando os
sentimentos e desejos
do outro
Reconhecer o
consentimento mútuo
como necessário para
usufruir prazer numa
relação a dois
Proteger-se de
relacionamentos sexuais
coercitivos ou
exploradores
Agir de modo solidário em relação
às pessoas que vivem com HIV e de
modo propositivo em ações
públicas voltadas para prevenção e
tratamento das doenças
sexualmente transmissíveis/Aids
Conhecer e adotar práticas
de sexo protegido, desde o
início do relacionamento
sexual, evitando contrair
ou transmitir doenças
sexualmente
transmissíveis, inclusive o
vírus da Aids
Evitar uma gravidez não
planejada, procurando
orientação e fazendo uso
de métodos contraceptivos
Consciência crítica e
tomar decisões
responsáveis a respeito
de sua sexualidade
Educaçã o sexual no Brasil
* 1998: Sexualidade como conteú do
curricular para o Ensino Fundamental,
segundo os Parâ metros Curriculares
Nacionais