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Plataforma Continental.
Quelimane
2023
Dércio José Salato
Catija Arvai Amade Mucoteia
Inaquita Júlio Dramusse
Isabel Afonso Augusto Picardo
João Bernardo Alfaica
Richad António Manuel
(4.º Grupo)
Quelimane
2023
Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
2. Registo comercial como obrigação do empresário.................................................................4
2.1 Breve contextualização.....................................................................................................4
2.2 Organização do registo comercial.....................................................................................5
2.2.1 Competência territorial das conservatórias do registo comercial..............................6
2.2.2 Os suportes de registo................................................................................................6
2.2.3 Formas de registo.......................................................................................................7
2.2.4 Registos provisórios e definitivos..............................................................................8
2.3 Os princípios norteadores do registo comercial................................................................8
2.3.1 Princípio da obrigatoriedade......................................................................................8
2.3.2 Princípio da instância.................................................................................................9
2.3.3 Princípio da legitimidade...........................................................................................9
2.3.4 Princípio da legalidade...............................................................................................9
2.3.5 Princípio da prioridade.............................................................................................10
2.3.6 Princípio da eficácia.................................................................................................10
2.3.7 Princípio da oponibilidade a terceiros......................................................................10
2.3.8 Princípio da publicidade..........................................................................................10
2.4 Factos sujeitos a registo..................................................................................................11
3. Conclusão..............................................................................................................................14
4. Referências Bibliográficas....................................................................................................15
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1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa, com o tema Plataforma Continental, busca analisar,
no escopo do Direito do Mar, o rol de direitos à que, por força de convenções internacionais e
da lei interna, os Estados costeiros têm sobre a plataforma continental.
Não obstante a análise do quadro legal que disciplina a matéria em estudo, o trabalho é
igualmente realizado à luz das análises apresentadas por doutrinadores como Wagner
Menezes (2015), na sua obra O Direito do Mar, que advoga, em tópicos específicos, sobre a
matéria que mais a frente debruçaremos nesta pesquisa.
2. Plataforma continental
2.1 Breve definição
Para efeitos do presente trabalho há que considerar, a principio, a definição legal de
plataforma continental de um Estado costeiro, introduzida pelo n.º 1 do artigo 76.º da
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que dispõe que:
compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do
seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu
território terrestre, até ao bordo exterior da margem continental, ou até uma
distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se
mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da
margem continental não atinja essa distância.
Esta definição, que também foi amplamente acolhida na legislação interna, impõe certos
limites e obrigações aos Estados costeiros, mormente no que respeita ao dever do Estado
costeiro estabelecer o bordo exterior da margem continental, quando essa margem se estender
além das 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar
territorial e de não exceder 350 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede
a largura do mar territorial, nos termos dos n.ºs 4 e 6 do artigo 76.º da Convenção.
Como se destaca na definição legal supra, entende Menezes (2015), que a definição da
plataforma continental pelos Estados obedece a dois critérios fundamentais:
O critério da plataforma no sentido geológico: até a borda exterior da margem
continental;
O critério de extensão de duzentas milhas desde as linhas de base: para satisfazer
os Estados que careciam de plataforma no sentido geológico e que tinham escassas
dimensões.
De acordo com Marffy (1980), citado por Menezes (2015), a delimitação da plataforma
continental entre Estados deve ser amplamente publicada e exposta a partir de cartas de
escalas e listas de coordenadas geográficas, com as linhas do limite exterior, apresentadas ao
Secretário Geral das Nações Unidas, conforme resulta do n.º 9 do artigo 76.º da Convenção da
ONU sobre o Direito do Mar.
Contudo, podem verificar-se, e não é incomum, casos de Estados com costas adjacentes
ou frente a frente, impossibilitando a aplicação dos critérios supra mencionados +para a
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delimitação das respectivas plataformas continentais. Para estes casos, entende Barboza
(2003), citado por Menezes (2015), que deverá observar-se primeiro a existência de algum
Tratado Internacional entre os Estados envolvidos. Na inexistência, recorrer-se-á ao Direito
Internacional para o alcance de uma solução equitativa. Persistindo a controvérsia, deverão
encontrar-se alternativas pacificas para a solução da controvérsia, especialmente os caminhos
diplomáticos. Aliás, tal necessidade de delimitação da plataforma continental por acordo entre
Estados, quando haja sobreposição, sejam adjacentes ou situados do lado oposto uma da
outra, encontra largo acolhimento no artigo 19 da Lei do Mar, com a ressalva de, em caso de
persistência de controvérsia, recorrer-se ao Direito Internacional e aos procedimentos
previstos na Convenção que temos vindo a citar.
Dispõe o n.º 1 do artigo 51 da Lei do Mar que o Estado moçambicano exerce, sobre a
plataforma continental, direitos dominais próprios e de raiz, sobre a própria plataforma,
incluindo o seu leito e subsolo, bem como sobre os recursos vivos e não vivos nela existentes.
Na linha filosófica introduzida por Menezes (2015), segundo a qual os Estados detêm
direitos soberanos exclusivos sobre a plataforma continental, independentemente de
declaração expressa, veio o legislador firmar tal convicção, enunciando no n.º 3 e 4 do artigo
51 supra citado, que tais direitos “são independentes da sua ocupação real ou fictícia ou de
qualquer declaração expressa” e que “se o Estado moçambicano não explora a plataforma ou
não aproveita os seus recursos naturais, ninguém podem empreender essas actividades, sem o
seu expresso consentimento”.
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estudará no próximo tópico. Distribui-se, assim, parte dos recursos obtidos a todos os Estados,
especialmente àqueles que mais necessitam, como os menos desenvolvidos e os sem litoral.
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3. Conclusão
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4. Referências Bibliográficas
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.