Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE ABERTA -UNISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAS E HUMANAS

CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

MÓDULO DE DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO E PÚBLICO

Tema: Trabalho de campo: Caso Prático

Beu Augusto Sandiangane

Chimoio, Março de 2024


Índice

1. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) e a Soberania


Costeira ....................................................................................................................................... 2

2. A soberania Moçambicana foi violada? .............................................................................. 2

3. Convenção que Determina a Soberania do Estado Costeiro ............................................... 2

4. Largura do Mar Territorial Definido pela Convenção ........................................................ 3

5. Referencias Bibliográficas .................................................................................................. 4


1. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) e a
Soberania Costeira

De acordo com Direito ISCED (2019) p.69, “ Zona Económica Exclusiva (ZEE) é
uma zona situada além do mar territorial e a este adjacente, sujeita ao regime jurídico
especifico estabelecido no art. 55 e ss da convenção das Nações Unidas sobre direito do Mar,
segundo o qual os direitos e a jurisdição do estado costeiro e os Direitos e liberdades dos
demais Estados são regidos pelas disposições da convecção”. Visto que a soberania do Estado
costeiro não é absoluta como no caso do território ou das águas interiores, existe uma certa
ponderabilidade para a passagem de navios com bandeiras estrangeiras, desde que seja
inofensiva (Direito ISCED,2019).

2. A soberania Moçambicana foi violada?

Hipoteticamente falando, o navio “Women on the Waves” violou a soberania


moçambicana ao adentrar as águas territoriais moçambicanas sem autorização. Essa acção
constitui uma violação da soberania do Estado costeiro, conforme estabelecido pela CNUDM,
pois, pela razão do Estado moçambicano ter jurisdição na área, é necessário que fique a par do
que ocorre em toda a sua área de jurisdição. A passagem do navio de bandeira zimbabueana
nas águas territoriais moçambicanas, sem autorização prévia das autoridades locais, constitui
uma violação do princípio de soberania costeira reconhecido internacionalmente. Embora o
propósito da passagem pudesse ser considerado inofensivo devido à emergência médica, isso
não exime o navio de cumprir as leis e regulamentos do Estado costeiro. Todavia, a tripulante
que deu à luz durante a navegação enfrentava uma emergência médica que exigia tratamento
imediato. Nesse contexto, os direitos humanos à vida, saúde e dignidade devem ser
considerados prioritários. A recusa de assistência médica poderia colocar em risco tanto a mãe
quanto o recém-nascido.
Em última análise, a resolução desse impasse exigirá uma análise cuidadosa da
legislação nacional e internacional, bem como uma consideração dos direitos humanos
envolvidos. As partes envolvidas podem precisar recorrer a arbitragem internacional ou
negociações diplomáticas para encontrar uma solução que respeite os interesses de todas as
partes e garanta o bem-estar da mãe e do bebé.

3. Convenção que Determina a Soberania do Estado Costeiro

Segundo More, R. F. (2013), “a convenção que determina a soberania do Estado


costeiro é a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), adoptada em
2
1982 e em vigor desde 1994”. Esta convenção estabelece os direitos e responsabilidades dos
Estados costeiros em relação aos seus espaços marítimos, incluindo o mar territorial, a zona
contígua, a zona económica exclusiva e a plataforma continental. Ela estabelece os princípios
gerais para a exploração dos recursos naturais do mar e regula questões como o mar
territorial, a zona económica exclusiva e a plataforma continental.

4. Largura do Mar Territorial Definido pela Convenção

Segundo Direito ISCED (2019) p.68 “foi em 1976, que Moçambique definiu os
direitos sobre os recursos económicos do mar adjacente á costa da Republica Popular de
Moçambique, através do Decreto- lei nº 31/76, declarando assim a largura do Mar territorial
12 milhas (aproximadamente 22,2 km) a partir da linha de base costeira e da Zona económica
exclusiva 200 Milhas”.

3
5. Referencias Bibliográficas

de Sousa Cruz, J. M. (2019). O Papel Das Instituições De Formação Inicial De Professores


Na criação e Desenvolvimento De competências Tic: O Caso Do Isced-
Benguela (Doctoral dissertation, Universidade de Lisboa (Portugal)).
More, R. F. (2013). Regime jurídico do mar. Revista da EGN, 19(1), 79-109.
Prodanov, C. C., & De Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e
técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico-2ª Edição. Editora Feevale.
Smith, J. (2005). Soberania costeira: uma análise do direito do mar. Revista de Direito
Internacional, 10(2), 245-261.

Você também pode gostar