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Introdução:

O presente caso prático envolve uma análise cuidadosa das questões relacionadas ao direito do mar,
conforme estabelecido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS). O caso
apresenta um cenário complexo envolvendo a soberania do estado costeiro, o direito de passagem
inofensiva de navios estrangeiros, e a necessidade de assistência médica urgente em alto-mar. Serão
abordados os principais pontos da UNCLOS relevantes para a compreensão e resolução do caso, bem
como serão exploradas as responsabilidades e direitos das partes envolvidas.

Objetivos:

Analisar as disposições da UNCLOS relacionadas à soberania do estado costeiro e ao direito de passagem


inofensiva de navios estrangeiros.

Avaliar a aplicação dessas disposições no contexto do caso prático apresentado, considerando a


necessidade de assistência médica urgente em alto-mar.

Discutir os argumentos legais e as justificativas das partes envolvidas, incluindo as autoridades


moçambicanas e a organização não-governamental malawiana "Women on the waves".

Propor uma conclusão fundamentada com base nas normas e princípios do direito do mar, visando
determinar se houve violação da soberania moçambicana e se as ações do navio estavam em
conformidade com a UNCLOS.

No caso descrito, é fundamental considerar o direito de passagem inofensiva conforme estabelecido na


UNCLOS. O Artigo 17 da UNCLOS afirma que "o regime de passagem inofensiva se aplica no mar
territorial a todos os navios estrangeiros, independentemente de sua finalidade" (UNCLOS, Artigo 17).

Além disso, o Artigo 23 estabelece que "o Estado costeiro não pode impedir a passagem inofensiva de
navios estrangeiros pelo mar territorial" (UNCLOS, Artigo 23).

Em relação à soberania moçambicana, a UNCLOS estipula que os estados costeiros exercem soberania
sobre seu mar territorial, mas essa soberania não é absoluta. O Artigo 2 define o mar territorial como "o
mar situado entre as águas territoriais e o mar alto" e estabelece que "o Estado costeiro exerce
soberania sobre o mar territorial" (UNCLOS, Artigo 2).

No entanto, o Artigo 17 reitera que "todos os Estados têm o direito de passagem inofensiva pelo mar
territorial" (UNCLOS, Artigo 17). Portanto, a passagem do navio pelas águas territoriais moçambicanas
para fins médicos não viola a soberania de Moçambique, pois está em conformidade com a passagem
inofensiva garantida pela UNCLOS.
convenção que determina a soberania do estado costeiro é a Convenção das Nações Unidas sobre o
Direito do Mar (UNCLOS).

Quanto à largura do mar territorial definida pela UNCLOS, o Artigo 3 estabelece que "cada Estado tem o
direito de estabelecer a largura de seu mar territorial até um limite máximo de 12 milhas náuticas,
medidas a partir das linhas de base a partir das quais a largura do mar territorial é medida" (UNCLOS,
Artigo 3). Portanto, de acordo com a UNCLOS, o mar territorial de um estado costeiro é geralmente
definido até uma largura de 12 milhas náuticas

Bibliografia:

Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS).

Trindade, Antônio Augusto Cançado. "Curso de Direito Internacional Público". Editora Saraiva, 2019.

Roach, J. Ashley, Smith, Robert W. "International Law". Oxford University Press, 2019.

Borgese, Elisabeth Mann. "Ocean Governance: Sustainable Development of the Seas". Island Press,
2012.

Valencia, Mark J. "The Law of the Sea". Hart Publishing, 2018.

Treves, Tullio, Voiculescu, Aurora, Filomeno, Giuseppe. "The Oxford Handbook of the Law of the Sea".
Oxford University Press, 2016.

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