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O presente caso prático envolve uma análise cuidadosa das questões relacionadas ao direito do mar,
conforme estabelecido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS). O caso
apresenta um cenário complexo envolvendo a soberania do estado costeiro, o direito de passagem
inofensiva de navios estrangeiros, e a necessidade de assistência médica urgente em alto-mar. Serão
abordados os principais pontos da UNCLOS relevantes para a compreensão e resolução do caso, bem
como serão exploradas as responsabilidades e direitos das partes envolvidas.
Objetivos:
Propor uma conclusão fundamentada com base nas normas e princípios do direito do mar, visando
determinar se houve violação da soberania moçambicana e se as ações do navio estavam em
conformidade com a UNCLOS.
Além disso, o Artigo 23 estabelece que "o Estado costeiro não pode impedir a passagem inofensiva de
navios estrangeiros pelo mar territorial" (UNCLOS, Artigo 23).
Em relação à soberania moçambicana, a UNCLOS estipula que os estados costeiros exercem soberania
sobre seu mar territorial, mas essa soberania não é absoluta. O Artigo 2 define o mar territorial como "o
mar situado entre as águas territoriais e o mar alto" e estabelece que "o Estado costeiro exerce
soberania sobre o mar territorial" (UNCLOS, Artigo 2).
No entanto, o Artigo 17 reitera que "todos os Estados têm o direito de passagem inofensiva pelo mar
territorial" (UNCLOS, Artigo 17). Portanto, a passagem do navio pelas águas territoriais moçambicanas
para fins médicos não viola a soberania de Moçambique, pois está em conformidade com a passagem
inofensiva garantida pela UNCLOS.
convenção que determina a soberania do estado costeiro é a Convenção das Nações Unidas sobre o
Direito do Mar (UNCLOS).
Quanto à largura do mar territorial definida pela UNCLOS, o Artigo 3 estabelece que "cada Estado tem o
direito de estabelecer a largura de seu mar territorial até um limite máximo de 12 milhas náuticas,
medidas a partir das linhas de base a partir das quais a largura do mar territorial é medida" (UNCLOS,
Artigo 3). Portanto, de acordo com a UNCLOS, o mar territorial de um estado costeiro é geralmente
definido até uma largura de 12 milhas náuticas
Bibliografia:
Trindade, Antônio Augusto Cançado. "Curso de Direito Internacional Público". Editora Saraiva, 2019.
Roach, J. Ashley, Smith, Robert W. "International Law". Oxford University Press, 2019.
Borgese, Elisabeth Mann. "Ocean Governance: Sustainable Development of the Seas". Island Press,
2012.
Treves, Tullio, Voiculescu, Aurora, Filomeno, Giuseppe. "The Oxford Handbook of the Law of the Sea".
Oxford University Press, 2016.