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ATIVIDADE

1) A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar – CDUDM III, negociada
no período de 1973 a 1982 e em vigor internacionalmente a partir de 1994, constituiu-
se em um marco legal internacional e um novo paradigma na relação dos países com
os espaços marítimos. Descreva em breves palavras o que a Convenção trouxe de
garantias aos países bem como os objetivos da citada Convenção.
 Promover a ordem jurídica marítima das comunicações e promover o uso
pacífico do oceano, Uso justo e eficaz de seus recursos para proteger Pesquisa,
proteção e preservação dos recursos biológicos e do meio marinho;

2) Descreva os limites do mar territorial e das demais zonas dos países segundo a
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar – CNUDM III,
 Mar territorial é a faixa de mar que se estende desde a linha de base, até uma
distância de 12 milhas marítimas. A jurisdição do Brasil no mar territorial é
soberana, exceto no que tange a jurisdição civil e penal em navio mercante
estrangeiro em passagem inocente, cuja jurisdição é do Estado de bandeira.

 A Zona Contígua consiste em uma segunda faixa de mar de 12 milhas,


adjacente ao mar territorial.

 A Zona Econômica Exclusiva consiste em uma faixa adjacente ao Mar


Territorial, que se sobrepõe à ZC. O limite máximo da ZEE é de 188 milhas
marítimas a contar do limite exterior do Mar Territorial, ou 200 milhas, a
contar da linha de base deste.

3) Descreva as medidas de fiscalização que os países podem adotar nas ZONAS


CONTÍGUAS ao seu mar territorial, bem como os DIREITOS que podem ser
exercidos em sua ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA.

 Na ZC, o Estado Costeiro é destituído de soberania, mas tem jurisdição legal


específica para os fins de fiscalização no que tange à alfândega, saúde,
imigração, portos e trânsito por águas territoriais.

 Na ZEE, além da exploração e gestão dos recursos naturais, o país costeiro


exercerá nesta zona a jurisdição no que concerne ao

 estabelecimento e utilização de ilhas artificiais, instalações e estruturas; à


investigação científica marinha; e à proteção e preservação do meio marinho.
Apesar da exclusividade dada ao país costeiro na área, todos os outros Estados
gozam da liberdade de navegação e sobrevoo, da colocação de cabos e dutos
submarinos, e outros usos lícitos do mar.

4) Considere a situação de Carola Rackete, capitã do navio humanitário Sea Watch 3, de


bandeira alemã, depois de esperar em águas internacionais do mar Mediterrâneo por
mais de duas semanas com 41 migrantes recolhidos nos mares ao largo da Líbia, decidiu
entrar no porto de Lampedusa, no dia 29 de junho, ignorando a proibição do então
ministro Salvini. A Capitã invocou o estado de necessidade dos resgatados e reiterou o
pedido de desembarque imediato, tendo em vista o grave estado de saúde em que se
encontravam e sem as mínimas condições de tratamento a bordo da embarcação. Então,
não obtendo resposta, decidiu forçar a proibição e entrou no porto. Terminava, assim
uma viagem de 17 dias, sem que a capitã conseguisse autorização para que os migrantes
a bordo pudessem sair do barco e receber tratamento. Na manobra, um barco de patrulha
da Guardia di Finanza foi abalroada pois, seguindo as ordens superiores, posicionou-se
no trajeto da embarcação Sea Wacht, visando impedir que iniciasse a manobra de
atracação no berço do porto de Lampedusa. Ninguém ficou ferido no acidente da
navegação, por não obedecer às ordens das forças navais e abalroando o barco patrulha.
Em consequência deste ato, a Capitã foi detida pelas autoridades italianas responsáveis
pelo controle do acesso marítimo e entraram no navio e prenderam a capitã, sob a
acusação de "resistência e violência contra navios de guerra", um crime que na Itália
prevê entre três e dez anos de prisão. Diante dessa situação e à luz da Convenção dos
Direitos do Mar, discorra sob uma hipotética decisão do juízo acerca do pedido de
libertação da Capitã efetuado pelos advogados da ONG responsável pelo navio Sea
Watch com base na Convenção do Direito do Mar em contraposição ao pedido da
promotoria de condená-la sob a acusação de tráfico de pessoas e abalroamento
proposital de embarcação de guerra.

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