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Moçambique fica situado na costa leste da África Austral, entre as latitudes 10º 27´ e 26º 52´
S, e entre as longitudes 30º 12´ e 40º 51´ E, faz fronteira com a República Unida de Tanzânia
ao Norte; com as Repúblicas do Malawi, da Zâmbia, do Zimbábue, da África do Sul e, Reino
do Eswathini a Oeste, e pelo oceano Indico a Leste. A orientação geral da linha de costa, com
cerca de 2.700 km e NE-SW, sendo a terceira maior costa de um país de África. A plataforma
continental Sudeste inserida neste contexto regional contém os maiores e mais importantes
portos do país, as principais Baías, além de possuir o maior fluxo de barcos.
O presente trabalho tem como objectivo principal falar do Espaço do Mar e sua legislação a
qual se aplica, não só como também determinar quais são as instituições intervenientes e suas
respectivas competências no Mar.
1. Mar territorial
2. Zona Contigua
4. Alto Mar
5. Plataforma Continental
Ao falarmos destes todos elementos temos que ter em conta a Constituição da República que
e a Lei Mãe , as Milhas Naúticas que elas ocupam e qual e a legislação ou Convenção que é
usada para fins de litígios ou de gestão dos Espaços do Mar sob pena de incorremos ou
inflingirmos a lei.
a atravessar o mar sem entrar nas aguas interiores nem fazer escala num ancoradouro do
porto localizado nas aguas interiores.
Direitos Internacionais
2. As normas de direito internacional tem na ordem jurídica interna o mesmo valor que
assumem os actos normativos infraccionais emanados da Assembleia da República e do
Governo, constante a sua respectiva forma de recepção.
Política de Paz
Competências
Artigo 158 no domínio do governo
Artigo 158
CAPITULO II
Artigo 199
Capitulo II
Competências e Responsabilidade
Falar de direitos e obrigações dos estados costeiros colocar a convenção das UNU a lei 94
que aprova a lei do mar; para exercer a soberania plena lei 20 /2019
1. Espaço mar territorial e o espaço marítimo que se estende da linha de baixa mar ate
12 milhas náuticas segundo Artigo 3 e 4 da convenção. O regime do mar territorial do
estado costeiro exercem direitos soberanos quase de forma absoluta.
Os estados costeiros devem partilhar a passagem inofensiva de embarcações
estrangeiros para efeitos de navegação.
Quando falamos de passagem inofensiva e atravessar sem penetrar nas aguas
interiores e nem fazer escalas.
Os deveres dos estados costeiros e não impor navios estrangeiros obrigações que
tenham práticas de negar ou dificultar esta passagem inofensiva.
O estado costeiro em função da sua soberania pode adaptar leis e regulamentos sobre
o mar.
2. Zona contigua e o espaço adjacente ao mar territorial que se estende ate 24 milhas
náuticas medidas a partir da linha de base nesta zona par se navegar obedece-se as
regras internacionais.
São direitos dos estados costeiros
1. Evitar as intenções de violações das leis tais como aduaneiras,sanitárias, fiscais e
de emigração do seu território.
2. O direito de repressão as infracções das leis e regulamento referente a tributação e
migração.
3. Zona económica exclusiva e o espaço marítimo adjacente ao mar territorial e
que se estende ate 200 milhas náuticas .
4. O estado costeiro tem como direitos aproveitamento , exploração e conservação
de recursos marinhos vivos e não vivos, das aguas adjacentes ao leito do mar e seu
subsolo, e outras actividades de exploração da zona.
Os estados costeiros tem jurisdição de tornar as ilhas artificiais, para mais
variados fins de investigação, pesquisa, instalações,estruturas e preservação do
meio ambiente.
Os estados costeiros podem aprender e propor medidas judiciais para garantirem
medidas e conformidades com a convenção das Nações Unidas.
Em suma nesta zona económica exclusiva os direitos de estados costeiros são
explorar o recursos vivos e não vivos.
O estados costeiros e que licenciam os estados não costeiros a fazerem o uso do
mar.
4. Plataforma continental e o prolongamento natural que compreende o leito e o
subsolo das aguas submarinas que se estendem alem do mar territorial até 200
milhas náuticas.
Os Estados costeiros têm como direitos o seguinte꞉
Exerce direitos soberanos quanto ao aproveitamento e exploração dos recursos.
O estado costeiro estabelece condições ou regras para colocação de cabos que
penetram no seu território.
O estados não costeiros tem o direito de colocarem duques e cabos submarinos.
5. Alto mar e o espaço adjacente a zona económica exclusiva e aberto a todos
estados,nenhum estado pode impor a sua jurisdição. Nesta zona tem como
direitos os seguintes꞉
Liberdade de navegação no mar,direito de sobrevoar o espaço aéreo, direito a
colocação de cabos e ductos submarinos e construção de ilhas artificiais e outras
instituições, liberdade cientifica.
Segundo a convenção no alto mar os navios são obrigados a ter uma
nacionalidade,cada estado estabelece requisitos para registos de cada navio.
A nacionalidade de um navio e de nacionalidade que a bandeira esta usando,
excepto navios das Nações Unidas.
No alto mar são deveres dos estados꞉
Repreender o trafico ilícito de drogas, manter o registo de controle do navio( de
onde vem e para aonde vai).
Prestar assistência a navegação.
Impedir o trafico de escravos /humanos e órgãos humanos.
Usar o alto mar para fins pacíficos.
Não poluir o alto mar.
Respeitar as regras internacionais de pesca e manutenção do meio ambiente.
Cooperar na repreensão da pirataria no alto mar.
Reprimir transmissões não autorizados.
Os estados não devem controlar ꞉
A marinha de guerra, porque esta tem imunidade de jurisdição no alto mar.
Os navios em serviços oficiais não comerciais gozam de completa imunidade.
Área e o espaço marítimo que compreende os fundos marinhos , o solo e subsolo
do alto mar.
Estes espaços e seus recursos são património da humanidade. Faz com que
nenhum estado , ou singular ou colectiva possa reivindicar a soberania na área ,
isto porque todos recursos pertencem a humanidade inteira.
Nestes espaços marítimos os estados tem os seguintes deveres꞉
Zelar pelas actividades desenvolvidas pelos estados ou empresas estatais e ou
privadas de qualquer estado.
Nesta zona e exclusivamente autorizada para fins pacíficos.
O desenvolvimento de actividades em benefícios da humanidade em geral e em
particular os estados em vias de desenvolvimento.
A autoridade internacional de fundos do mar e que assegura as actividades no alto
mar.
Moçambique como um estado costeiro tem todos direitos sobre o mar.
O direito marítimo internacional e que regula os seguintes
componentes꞉navegação, disputa fronteiriças,exploração de recursos e resolução
de acidentes.
Estado costeiro para estado marítimo
Fica estado marítimo aquele que faz o que lhe cabe como estado costeiro.
O poder marítimo do estado costeiro estabelece um poder marítimo integrado das
forcas militares e civis que faca face a sua soberania no mar e exercícios
soberanos no mar, isto e capacidade política , militar e económico no mar.
Convenção das Nações Unidas sobre o direito do mar foi realizado em Genebra em
1958/1960 que acentua a necessidade de uma nova convenção sobre o direito do mar de
aceitação geral.
ARTIGO 2
Regime jurídico do mar territorial, seu espaço aéreo sobrejacente, leito e sobsolo.
A soberania do Estado costeiro estende se alem do seu território e das suas águas interiores e,
no caso do Estado, das suas arquipelágicas, uma zona de mar adjacente designada pelo mar
territorial.
2. Esta soberania estende se ao espaço aéreo sobrejacente ao mar territorial, bem como o leito
e ao sobsolo deste mar.
ARTIGO 5
Alinha de base normal para medir a largura do, mar territorial e a linha de baixa-mar ao longo
da costa, tal como indicada nas cartas marítimas de grande escala, reconhecidas oficialmente
pelo Estado costeiro.
ARTIGO 24
1. O Estado costeiro não deve dificultar a passagem inofensiva de navios estrangeiro pelo
mar territorial, a não ser de conformidade com a presente convenção em especial na aplicação
da presente convenção ou de quaisquer leis e regulamentos adoptados de conformidade com a
presente convenção, o Estado não deve:
Impor navios estrangeiros obrigações que tenham na pratica o efeito de negar ou dificultar o
direito de passagem inofensiva, ou
Fazer discriminação de direito ou de facto contra navios de determinado Estado ou contra
navios que transportem cargas provenientes de determinado Estado ou a ele destinadas ou por
conta determinado Estado.
2. O Estado costeiro dará a devida publicidade a qualquer perigo de que tenha conhecimento
e que ameaça a navegação no seu mar territorial.
ARTIGO 25
O Estado costeiro pode tomar, no seu mar territorial as medidas necessárias pra impedir toda
passagem que não seja inofensiva.
No caso de navio que dirijam a águas interiores ou a escala numa instalação portuária situada
fora das águas interiores, o Estado costeiro tem igualmente o direito de adaptar as medidas
necessárias para impedir qualquer violação das condições a que esta sujeita a admissão destes
navios nessas águas interiores ou nesta instalação portuária.
O Estado costeiro pode, sem fazer discriminação de direito ou de facto entre os navios
estrangeiros, suspender temporariamente em determinadas áreas do seu mar territorial o
exercícios do direito de passagem inofensiva dos navios estrangeiros, se esta medida
territorial pa5ra detenção de uma pessoa ou para proceder a investigações relacionadas com
qualquer infracção de caracter penal que tenha sido cometida antes o navio ter entrado no seu
mar territorial, se esse navio, procedente de um porto estrangeiro, sem encontrar só de
passagem pelo mar territorial sem entrar Nas águas interiores.
ARTIGO 26
(Poderes do Estado)
O Estado moçambicano exerce soberania no mar territorial, incluindo o seu leito, subsolo e
espaço aéreo subjacente, nos termos do disposto no artigo 2 da convenção.
ARTIGO 27
(Critério pessoal)
c) tenha sido solicitada a intervenção das autoridades locais, pelo capitão do navio, pelo
representante diplomático ou pelo funcionário consular do Estado de bandeira;
ARTIGO 28
(Critério material)
1. O Estado moçambicano exerce jurisdição civil sobre navio estrangeiro que transite pelo
seu mar territorial em casos excepcionais, só podendo tomar sobre os mesmos navios
medidas executórias ou medidas cautelares de matéria civil, por obrigações assumidas pelo
navio, ou de responsabilidades que o mesmo haja incorrido durante a navegação ou devido a
esta, quando da sua passagem por águas jurisdicionais moçambicanas.
2. O Estado moçambicano exerce jurisdição penal sobre os navios que passam pelo seu mar
territorial, nos termos do disposto nos artigos 19, 20, 21, 22, 23 e 27 da Convenção, por
violações do direito de passagem inofensiva nos casos em que igual regime seja aplicável,
nos termos do disposto nos artigos 21, 22, 23 e 27 da convenção.
ARTIGO 29
ARTIGO 30
(Passagem inofensiva)
1. Nos termos previstos na presente Lei, os navios de qualquer Estado costeiro, insular ou
sem litoral, gozam do direito de passagem inofensiva pelo mar territorial do Estado
moçambicano, que consiste em:
a) atravessar o mar territorial de forma contínua e rápida, sem entrar nas águas interiores
marítimas do Estado moçambicano, nem fundear, fazer escala numa ilha artificial, num
ancoradouro ou instalação portuária ou outras instalações, estruturas situadas fora das águas
interiores;
b) dirigir-se para as águas interiores marítimas, ou delas sair ou fazer escala num desses
ancoradouros ou instalações portuárias.
2. O acto de passagem inofensivo inclui, ainda, o parar e o fundear, apenas quando estes
resultem de incidentes comuns de navegação ou sejam impostos por motivos de força maior
ou por dificuldades graves ou tenham por fim a prestar auxilio a pessoas, navios ou aeronaves
em período ou em dificuldade grave.
h) trabalho marítimo;
5. Com vista a garantir a segurança da navegação, o órgão do Governo responsável pela área
do mar pode exigir que os navios estrangeiros que exerçam o direito de passagem inofensiva
pelo mar territorial moçambicano, utilizem as rotas marítimas e os sistemas de separação de
tráfego designados ou prescritos na regulamentação da passagem.
ARTIGO 31
ARTIGO 33
(Submarinos)
O Estado moçambicano, por via das entidades competentes do Governo, deve exigir que os
submarinos referidos no número 2 do presente artigo saiam imediatamente do mar territorial.
ARTIGO 34
(Direito de perseguição)
ARTIGO 33
1. Numa zona ao seu mar territorial, denominada zona contígua, o Estado costeiro pode tomar
as medidas de fiscalização necessárias a:
2. A zona contigua não pode estende-se além de 24 milhas marítima, contadas a partir das
linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.
ARTIGO 35
1. O Estado moçambicano exerce plena jurisdição sobre a actuação das embarcações não
nacionais, bem como sobre a actuação individual dos seus tripulantes, na zona contígua, nos
termos do direito internacional.
(Critério pessoal)
ARTIGO 37
(Critério material)
1. O Estado moçambicano exerce jurisdição civil sobre os navios estrangeiros que se achem
na sua zona contígua, nos termos do disposto na alínea a) do número 1 do artigo 33 da
convenção, através de medidas cautelares em matéria civil para evitar infracções a legislação
aduaneira, fiscal, de imigração ou sanitária em vigor na República de Moçambique.
ARTIGO 38
ARTIGO 55
ARTIGO 56
2. No exercício dos seus direitos e no cumprimento dos seus deveres na zona económica
exclusiva nos termos da presente convenção, o Estado costeiro terá em devida conta os
direitos e deveres dos outros Estados e agira de forma compatível com as disposições da
presente convenção.
3. Os direitos enunciados no presente artigo referentes ao leito do mar e ao seu subsolo
devem ser exercidos de conformidade com a parte VI da presente convenção.
ARTIGO 57
A zona económica exclusiva não se estendera além de 200 milhas marítimas das linhas de
base a partir das quais se mede a largura do mar territorial.
ARTIGO 58
1. Na zona económica exclusiva, todos Estados, quer costeiros quer sem litoral, gozam, nos
termos das disposições da presente convenção, das libertardes de navegação e sobrevoo e de
colocação de cabos e dutos submarinos, aqui se refere o artigo 87, bem como usos de mar
internacionalmente líquidos, relacionados com as referidas libertardes, tais como os ligados a
operação de navios, aeronaves, cabos e dutos submarinos e compatíveis com as demais
disposições da presente convenção.
3. No exercício dos seus direitos e no cumprimento dos seus deveres na zona económica
exclusiva, naos termos da presente convenção, os Estados terão em devida conta os direitos e
deveres do Estado costeiro e cumpriram as leis e regulamento por ele adoptados de
conformidade com as disposições da presente convenção e demais normas do direito
internacional na medida em que não seja incompatíveis com a presente parte.
ARTIGO 59
Nos casos em que a presente convenção não atribua direitos ou jurisdição ao Estado costeiro
ou a outros Estados na zona económica exclusiva, e surja um conflito entre os interesses do
Estado costeiro e os de qualquer outro Estado ou Estados, conflito deveria ser solucionado
numa base de equidade e a luz de todas as circunstancias pertinentes, tendo em conta a
importância respetiva dos interesses em causa para as partes e para o conjunto da comunidade
internacional.
ARTIGO 39
ARTIGO 40
(Direitos de jurisdição)
2. O Estado moçambicano exerce jurisdição penal, com as limitações impostas nos artigos 73
e 220, ambos da Convenção, os quais, em geral, não admitem a aplicação de penas privativas
de liberdade.
ARTIGO 41
1. Na zona económica exclusiva todos os Estados, quer sem litoral, gozam, sem prejuízo das
disposições da presente Lei, de liberdade de navegação, sobrevoo e colocação de cabos e
ductos submarinos, bem como de outros usos lícitos do mar, relativos a tais liberdades.
2. No exercício dos direitos referidos no número 1 do presente artigo, os Estados têm o dever
de cumprir a legislação adoptada pelo Estado moçambicano, em conformidade com o
disposto no número 3 do artigo 58 da Convenção.
ARTIGO 42
3. Compete ao Governo, quando tenha sérios motivos para suspeitar que determinada
embarcação que se ache no espaço marítimo nacional violou regras e normas internacionais
aplicáveis para prevenir, reduzir e controlar a poluição do meio marinho, bem como a
degradação dos ecossistemas, inter alia, no exercício dos seus poderes de jurisdição civil ou
criminal:
b) proceder à inspecção material da embarcação, quando tenha sérios motivos para acreditar
que cometeu alguma das infracções referidas no número 3 do artigo 220 da Convenção, que
tenha tido como resultado uma descarga substancial que provoque ou ameace provocar
poluição grave ao meio marinho e essa embarcação se tenha negado a fornecer informações,
ou se as informações fornecidas estiverem em manifesta contradição com a situação factual
evidente;
5. Para efeitos do presente artigo, entende-se por acidente marítimo o abalroamento, encalhe
ou incidente de navegação ou acontecimento a bordo de uma embarcação ou no seu exterior,
de que resultem danos materiais ou ameaça eminente de danos materiais à embarcação ou à
sua carga.
ARTIGO 43
ARTIGO 44
ARTIGO 46
b) determinação das espécies que podem ser capturadas e a fixação de kotas de captura:
c) regulamentação das épocas e zonas de pesca do tipo, tamanho e número de aparelhos, bem
como do tipo, tamanho e número de embarcações de pescas que podem ser utilizados;
d) fixação de idade e tamanho dos peixes e de outras espécies que podem ser capturadas;
e) indicação de informações que devem ser fornecidas pelas embarcações da pesca, incluindo
estatísticas das capturas e do esforço de pesca e informações sobre a posição das
embarcações;
ARTIGO 47
ARTIGO 48
a) ilhas artificiais, instalações e estruturas, plataformas fixas e moveis para os fins previstos
na alínea a) do número 1 do artigo 56 da convenção e para outras finalidades económicas que
não interfiram no exercício dos seus direitos na sua zona económica e exclusiva;
b) instalações e estruturas que possam interferir no exercício dos seus direitos na sua zona
económica e exclusiva.
ARTIGO 50
(Actividades de fiscalização e direito de visita e inspecção)
O Estado moçambicano, no âmbito das actividades de fiscalização exerce, nos teros de direito
interno e do direito internacional, o direito de fiscalização, e de visita e inspecção na zona
económica exclusiva sobre todos navios, embarcações ou outros dispositivos flutuantes e
submersos nacionais ou estrangeiros, à excepção daqueles que gozem de imunidade, no
quadro: do direito de soberania relativo à exploração, ao aproveitamento, à conservação e à
gestão dos recursos naturais, vivos ou não vivos e à exploração e aproveitamento desta zona
para fins económicos do exercício de jurisdição no que concerne à protecção e à preservação;
do meio marinho, investigação científica, ilhas artificiais, instalações e outras estruturas.
PLATAFORMA CONTINENTAL SEGUNDO A CONVENÇÃO
ARTIGO 76
2. Plataforma continental de um Estado costeiro não se deve estender além dos limites
previsto nos parágrafos 4° a 6°.
4. a) Para os fins da presente convenção, o Estado costeiro deve estabelecer o bordo exterior
da margem continental, quando essa margem se estender alem das 200 milhas marítimas das
linhas de base, a partir das quais se mede a largura do mar territorial, por meio de:
Uma linha traçada de conformidade com o paragrafo 7°, com referencia apos pontos fixos
mais exteriores em cada um dos quais a espessura das trochas sedimentares seja pelo menos
1% da distância mais curta entre esse ponto e o pé do talude continental; ou
Uma linha traçada de conformidade com o parágrafo 7°, com referencia a pontos fixos
situados a não mais de 60 milhas marítimas do pé do talude continental.
b) Salvo prova em contrário o pé do talude continental deve ser determinado como o ponto de
variação máxima do gradiente na sua base.
5. Os pontos fixos que constituem a linha dos limites exteriores da plataforma continental no
leito do mar, traçada de conformidade com as subalíneas i) e ii) da alínea a) do paragrafo 4°,
devem estar situados a uma distancia que não exceda 350 milhas marítimas da linha de base a
partir da qual se mede a largura do mar territorial ou a uma distancia que não exceda 100
milhas marítimas da isóbata de 2500 metros, que e uma linha que une profundidades de 2500.
6. Não obstante as disposições do parágrafo 5°, no caso das cristas submarinas o limite
exterior da plataforma continental não deve exceder 350 milhas marítimas das linhas de base
das quais se, mede a largura no mar territorial. O presente parágrafo não se aplica a elevações
submarinas que sejam componentes da margem continental tais como os seus planaltos,
elevações continentais, topes, bancos e esporões.
7 O Estado costeiro deve traçar o limite exterior da sua plataforma continental, quando esta se
estender além de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura
do mar territorial unindo, mediante linhas rectas, que não excedam 60 milhas marítimas,
pontos fixos definidos por coordenadas e latitude e longitude.
8. Informações sobre os limites da plataforma continental, além das 200 milhas marítimas das
linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial, devem ser submetidas
pelo Estado costeiro a Comissão de Limites da plataforma Continental, estabelecida de
conformidade com o anexo II, com base numa representação geográfica equitativa. A
Comissão fará recomendações aos Estados costeiros sobre questões relacionadas com o
estabelecimento dos limites exteriores da sua plataforma continental. Os limites da
plataforma continental estabelecida pelo Estado costeiro com base nessas recomendações
serão definitivos e obrigatórios.
9. O Estado costeiro deve depositar junto de Secretario Geral das Nações Unidas mapas
informações pertinentes, incluindo dados geodésicos, que descrevem permanentemente os
limites exteriores da sua plataforma continental. O Secretario Geral deve dar a esses
documentos a devida publicidade.
ARTIGO 77
O Estado costeiro exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental para efeitos de
exploração e aproveitamento dos seus recursos naturais.
Os direitos a que refere o paragrafo 1° são exclusivos no sentido de, o Estado costeiro não
explora a plataforma continental ou não aproveita os recursos naturais da mesma, ninguém
pode empreender estas actividades sem o expresso consentimento desse Estado.
Os direitos do Estado costeiro sobre a plataforma continental são independentes da sua
ocupação, real ou fictícia, ou de qualquer declaração expressa.
Os recursos naturais a que se referem as disposições da presente parte são recursos e outros
recursos não vivos do leito do mar e subsolo bem como os organismos vivos pertencentes a
espécies sedentárias, isto e, aqueles que no período de captura estão imóveis no leito do mar
ou no seu subsolo ou só podem mover-se em constante contacto com esse leito ou subsolo.
ARTIGO 78
Os direitos do Estado costeiro sobre a plataforma continental não afectam o regime jurídico
das águas sobrejacentes ou do espaço aéreo acima dessas águas.
O exercício dos direitos do Estado costeiro sobre a plataforma continental não deve afectar a
navegação ou outros direitos e liberdades de mais Estados, previstos na presente convenção,
nem ter como resultado uma ingerência injustificada neles.
ARTIGO 86
As disposições da presente parte aplicam-se a todas as partes do mar não incluídas na zona
económica exclusiva, no mar territorial ou nas águas interiores de um Estado, nem nas águas
arquipelágicas de um Estado arquipélago. O presente artigo não implica limitações alguma
das liberdades de que gozam todos os Estados na Zona Económica exclusiva de
conformidade com o artigo 58.
ARTIGO 87
O alto mar sesta aberto a todos Estados, quer costeiro quer sem litoral. A liberdade do alto
mar e exercida nas condições estabelecidas na presente convenção e nas demais do direito
internacional Compreende, intera lia, para os Estados quer costeiros quer sem litoral:
a) Liberdade de navegação,
b) Liberdade de sobrevoo,
c) Liberdade de colocar cabos e ductos submarinos nos termos da parte VI,
d) Liberdade de construir ilhas artificias e outras instalações permitidas pelo direito;
internacional nos termos da parte VI,
e) Liberdade de pesca nos termos das condições enunciadas na secção 2,
f) Liberdade de investigação científica, nos termos das partes VI e XIII
Tais liberdades devem ser exercidas por todos Estados, tendo em devida conta os interesses
de outros Estados no seu exercício da liberdade do alto mar, bem como os direitos relativos
as actividades na área previstos para a presente convenção.
ARTIGO 88
ARTIGO 89
Nenhum Estado pode legitimamente pretender submeter qualquer parte do alto mar na sua
soberania.
ARTIGO 90
Direito de navegação
Todos os Estados, quer costeiros quer sem litoral, tem o direito de fazer navegar no alto mar
navios que arvorem a sua bandeira.
ARTIGO 91
Todo o Estado deve fornecer aos navios a que tenha um concedido o direito de arvorar a sua
bandeira os documentos pertinentes.
ARTIGO 92
Os navios devem navegar sob a bandeira de um só Estado e, salvo nos caso excepcionais
previstos expressamente em tratados internacionais ou na presente convenção, devem
submeter-se no alto mar a jurisdição exclusiva desse Estado. Durante uma viagem ou em
porto de escala um navio não pode mudar de bandeira, a não ser no caso de transferência
efectiva de propriedade ou de mudança de registo.
Um navio que navegue sobre a bandeira de dois ou mais Estados, utilizando-as segundo as
conveniências, não pode reivindicar qualquer dessas nacionalidades perante um terceiro
Estado que pode ser considerado como navio sem nacionalidade.
ARTIGO 93
Navios arvorando a bandeira das Nações Unidas, das agências especializadas das
Nações Unidas e da agência internacional de energia atómica
Os artigos precedentes não prejudicam a questão dos navios que estejam ao serviço oficial
das Nações Unidas das Agencias Especializadas das Nações Unidas e da agência
internacional de Energia Atómica, arvorando a bandeira da organização.
ARTIGO 94
1. Todo Estado deve exercer de modo efectivo, a sua jurisdição e seu controle em questão
administrativa, técnicas e sociais sobre navios que arvoram a sua bandeira.
3. Todo o Estado deve tomar para os navios que arvoram a sua bandeira as medidas
necessárias para a segurança no mar, no que se refere intera lia a:
a) construção, equipamentos e condições de navegabilidade do navio;
b) composição, condições de trabalho formação das tripulações, tendo em conta os
instrumentos internacionais aplicados;
c) utilização de sinais, manutenção de comunicações e prevenção de abalroamentos.
4. Tais medidas deve incluir as que sejam necessárias para assegurar que:
Cada navio, antes do seu registo e posteriormente, a intervalos apropriados, seja examinado
por um inspector de navio devidamente qualificado e leve a bordo as cartas, as publicações
marítimas e o equipamento e os instrumentos de navegação apropriados a segurança da
navegação do navio.
5. Ao tomar as medidas a que se referem os parágrafos terceiro e quarto, todo o Estado deve
agir em conformidade com os regulamentos, procedimentos e praticas internacionais
geralmente aceites, e fazer o necessário, para garantir a sua observância.
6. Todo Estado que tenha motivos sérios para acreditar que a jurisdição e o controle
apropriado sobre um navio não foram exercidos pode comunicar os factos ao Estado de
bandeira. Ao receber tal comunicação, o Estado de bandeira investigará o assunto e, se for o
caso, deve tomar todas as medidas necessárias para corrigir a situação.
ARTIGO 96
ARTIGO 97
3. Nenhum apresamento ou detenção de navio pode ser ordenado, nem mesmo como medida
de investigação, por outras autoridades que não as do Estado de bandeira.