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DIR046 - DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO - SEMESTRE 2022.

1 - T04

ATIVIDADE 09 - CONVENÇÃO DA ONU DE DIREITO DO MAR

DISCENTES: Sasha Joela dos Santos Ferreira, Jadi Beatriz dos Santos Paulo, Vinícius
Andrade Sousa, Maria Eduarda Mascarenhas

QUESTÕES:

1. Que significa poluição do meio marinho? (art. 1º)

É a introdução pelo homem, direta ou indiretamente, de substâncias ou energia no


meio marinho, incluindo estuários, sempre que a mesma provoque ou possa vir provocar
efeitos nocivos, tais como danos aos recursos vivos e à vida marinha, riscos à saúde do
homem, entrave às atividades marítimas, incluindo a pesca e as outras utilizações legítimas
do mar, alteração da qualidade da água do mar, no que se refere à sua utilização, e
deterioração dos locais de recreio.
Uma das principais vias naturais de transporte de poluentes para o ambiente
marinho consiste no escoamento superficial de continentes, rios e a atmosfera (poluição por
fonte não-pontual). Por outro lado, em alguns casos, o despejo de poluentes é realizado por
fontes pontuais como emissários submarinos, plataformas petrolíferas, tubulações de
efluentes urbanos e industriais, entre outros, que lançam os contaminantes diretamente no
mar, afetando a comunidade biótica local de forma significativa.

2. Quais os direitos de proteção do Estado costeiro? (art. 25)

Elencados no art. 25 da Convenção da ONU de Direito do Mar, os direitos de


proteção do Estado costeiro consistem em: a) tomar as medidas necessárias para impedir
toda a passagem que não seja inocente no seu mar territorial; b) adotar as medidas
necessárias para impedir qualquer violação das condições a que está sujeita a admissão
desses navios nessas águas interiores ou instalação portuária; c) suspender
temporariamente em determinadas áreas do seu mar territorial o exercício do direito de
passagem inocente dos navios estrangeiros, desde que esta medida seja indispensável
para proteger a sua segurança e desde que não faça discriminação de direito ou de fato
entre navios estrangeiros. Vale ressaltar que tal suspensão só produzirá efeitos depois de
ter sido devidamente tornada pública.
Como funciona a jurisdição civil em relação a navios estrangeiros (art. 28)?

A jurisdição do Brasil no mar territorial é soberana, exceto no que tange a jurisdição


civil e penal em navio mercante estrangeiro em passagem inocente, cuja jurisdição é do
Estado de bandeira. É vedado o desvio de rota de um navio estrangeiro que passe pelo mar
territorial pelo Estado costeiro com o intuito de exercer a sua a sua jurisdição civil em
relação a uma pessoa que se encontre a bordo.

Além disso, o Estado costeiro não pode aplicar contra esse navio medidas
executórias ou medidas cautelares em matéria civil, salvo se essas medidas sejam tomadas
por força de obrigações assumidas pelo navio ou de responsabilidades em que o mesmo
haja incorrido durante a navegação ou devido a esta quando da sua passagem pelas águas
do Estado costeiro.

3. Quais os direitos dos Estados geograficamente desfavorecidos (art.


70)?

Os Estados geograficamente desfavorecidos terão direito a participar, numa


base Equitativa, no aproveitamento de uma parte apropriada dos excedentes dos
recursos vivos das zonas econômicas exclusivas dos Estados costeiros da mesma
sub-região ou região, tendo em conta os fatores econômicos e geográficos
pertinentes de todos os Estados interessado
Estados geograficamente desfavorecidos significa os Estados costeiros,
incluindo Estados ribeirinhos de mares fechados ou semi-fechados, cuja situação
geográfica os torne dependentes do aproveitamento dos recursos vivos das zonas
econômicas exclusivas de outros Estados da sub-região ou região para permitir um
adequado abastecimento de peixe para fins nutricionais da sua população ou de
parte dela, e Estados costeiros que não possam reivindicar zonas econômicas
exclusivas próprias.
Os Estados geograficamente desfavorecidos terão direito a participar no
aproveitamento dos recursos vivos só nas zonas econômicas exclusivas dos
Estados costeiros desenvolvidos da mesma sub-região ou região tendo na devida
conta a medida em que o Estado costeiro, ao dar acesso aos recursos vivos da sua
zona econômica exclusiva a outros Estados.

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