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Tema: Análise De Passagem Dos Submarinos E Das Aeronaves Nos Espaços Marítimos
e Aéreo
Abril, 2021
1. Introdução
O estudo deste trabalho está centrado em apresentar uma Análise de passagem dos
submarinos e das aeronaves nos espaços marítimos e aéreo, ao decorrer do trabalho
buscamos abordar da forma clara e ao mesmo tempo objectiva, todos os temas
pertinentes ao tema. Porém, antes de desenvolver o tema em questão, é pertinente
salientar que, o mar, desde épocas mais remotas da história mundial, revela-se o espaço
que mais se destaca no desenvolvimento económico global. Considerando a importância
desse espaço, e a sua relevância jurídica a Sociedade Internacional, resolveu através do
Direito Internacional que define as responsabilidades legais dos Estados em sua conduta
uns com os outros, e o tratamento dos indivíduos dentro das fronteiras do Estado,
estabelecer normas sobre Direito Internacional do mar.
Portanto, o Direito Internacional do Mar é parte integrante do Direito Internacional
Público, constituindo-se durante muito tempo como um conjunto de normas
costumeiras. Os primeiros tratados sobre Direito do mar foram as Convenções de
Genebra de 1958 sobre o mar territorial e zona contígua, sobre alto-mar e sobre a
plataforma continental. Normas que já não conseguiam dar conta das mudanças
provocadas pela internacionalização da economia e do progresso científico.
2.Conceito
Passagem inocente constituída pelo direito costumeiro internacional, é aquela
considerada contínua e rápida por águas territoriais internacionais, sob pena de
caracterizar ilícito internacional.
Passagem Dos Submarinos
Quanto ao espaço marítimo do território do Estado, e aí para facilitar a remissão legal e
convencional inclui-se também a plataforma continental, constata-se que a soberania do
Estado costeiro não é exercida na mesma intensidade, no mesmo grau, em todas as
zonas que o compõem. Há limitações e especificidades de grande relevância, além do
aparecimento de outros sujeitos (Estados terceiros: Estados sem litoral ou
geograficamente desfavorecidos) que se habilitam ao exercício de direitos, antes
exclusivos do Estado costeiro.
2.1 Desenvolvimento
A CONVENÇÃO DE MONTEGO BAY E OS LIMITES MARÍTIMOS
A Convenção de Montego Bay regula uma grande província do Direito Internacional,
o direito do mar, que compreende não apenas as regras a cerca da soberania do estado
costeiro sobre as águas adjacentes, mas também as normas a respeito de gestão dos
recursos marinhos e do controle da população.
Delimitar e regular o espaço marítimo como domínio público internacional foi a
finalidade da Terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que se
reuniu pela primeira vez em Nova York em Dezembro de 1973, convocada pela
Resolução n° 3.067 da Assembleia Geral da ONU, de 16 de Novembro do mesmo ano.
Participaram da Conferência mais de 160 estados.
Contudo, foi somente em 1982, em Montego Bay, na Jamaica, que foi celebrada a
Convenção sobre Direito do Mar, chamada de Convenção Montego Bay, que é um
tratado multilateral que define os conceitos herdados do Direito Internacional
costumeiro, como mar territorial, zona económica exclusiva, plataforma continental e
outros, e estabelece os princípios gerais da exploração dos recursos naturais do mar,
como os recursos vivos, os do solo e os do subsolo.
O objectivo principal da Convenção, foi estabelecer um novo regime legal abrangente
para os mares e oceanos e, no que concerne às questões ambientais, estabelecer regras
práticas relativas aos padrões ambientais, assim como o cumprimento dos dispositivos
que regulamentam a poluição do meio ambiente marinho; promover a utilização
equitativa e eficiente dos recursos naturais, a conservação dos recursos vivos e o estudo,
a protecção e a preservação do meio marinho.
A Convenção, além de criar o direito do mar, que compreende não apenas as regras
sobre a soberania do estado costeiro sobre as águas adjacentes, como também as normas
sobre gestão dos recursos marinhos e controle da poluição, criou também o Tribunal
Internacional do Direito do Mar, com competência para julgar as controvérsias sobre a
interpretação e aplicação da Convenção.
Não será considerada passagem inocente, dentre outras, quando no transito do navio
pelo mar territorial este desenvolver qualquer atividade que não esteja diretamente
relacionada com a passagem.
Na passagem inocente pelo mar territorial, submarinos ou quaisquer outros veículos
submergíveis deverão navegar pela superfície e hastear o pavilhão de seu Estado de
origem.
Se por outro lado, um navio estrangeiro, cruzando o mar territorial, viola as normas
estabelecidas pelo estado ribeirinho, poderá este vir a exercer o seu direito de
perseguição. Tal perseguição, no entanto, só poderá ser iniciada quando o infrator se
encontrar em aguas interiores, no mar territorial, ou zona contigua. E uma vez iniciada,
a perseguição poderá estender se ao alto mar, devendo ser interrompida quando o
perseguido alcançará aguas territoriais de seu pais ou de um estado terceiro.
REZEK, Jose Francisco. Direito Internacional Público: Curso Elementar. 17. ed. São
Paulo: Saraiva, 2018.
GUERRA, Sidney. Curso de Direito Internacional Público. 10. ed. São Paulo: Saraiva,
2016.
Disponívelem:https://jus.com.br/artigos/9959/o-direito-internacional-e-as-
zonascosteiras/1.Acesso em: 12 Abr. 2022
PLANALTO CENTRAL. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8617.htm. Acesso em: 12 Abr. 2022.
PORTAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. Disponível em:
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1990/decreto-99165-12-marco-1990-
328535-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 12 Abr. 2022.