Você está na página 1de 11

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade De Gestão De Recursos Naturais E Mineralogia

Tema: Análise De Passagem Dos Submarinos E Das Aeronaves Nos Espaços Marítimos
e Aéreo

Nomes dos integrantes do grupo;


Belvina Manuel
Crenaldo Arnaldo
Ema Da luz Aníbal
Lisa Jaime

Trabalho de investigação da cadeira de Direito do Mar e Recursos Híbridos, do curso de


Direito, 3º ano- laboral, por orientação do docente Sérgio Baptista.

Abril, 2021
1. Introdução
O estudo deste trabalho está centrado em apresentar uma Análise de passagem dos
submarinos e das aeronaves nos espaços marítimos e aéreo, ao decorrer do trabalho
buscamos abordar da forma clara e ao mesmo tempo objectiva, todos os temas
pertinentes ao tema. Porém, antes de desenvolver o tema em questão, é pertinente
salientar que, o mar, desde épocas mais remotas da história mundial, revela-se o espaço
que mais se destaca no desenvolvimento económico global. Considerando a importância
desse espaço, e a sua relevância jurídica a Sociedade Internacional, resolveu através do
Direito Internacional que define as responsabilidades legais dos Estados em sua conduta
uns com os outros, e o tratamento dos indivíduos dentro das fronteiras do Estado,
estabelecer normas sobre Direito Internacional do mar.
Portanto, o Direito Internacional do Mar é parte integrante do Direito Internacional
Público, constituindo-se durante muito tempo como um conjunto de normas
costumeiras. Os primeiros tratados sobre Direito do mar foram as Convenções de
Genebra de 1958 sobre o mar territorial e zona contígua, sobre alto-mar e sobre a
plataforma continental. Normas que já não conseguiam dar conta das mudanças
provocadas pela internacionalização da economia e do progresso científico.
2.Conceito
Passagem inocente constituída pelo direito costumeiro internacional, é aquela
considerada contínua e rápida por águas territoriais internacionais, sob pena de
caracterizar ilícito internacional.
Passagem Dos Submarinos
Quanto ao espaço marítimo do território do Estado, e aí para facilitar a remissão legal e
convencional inclui-se também a plataforma continental, constata-se que a soberania do
Estado costeiro não é exercida na mesma intensidade, no mesmo grau, em todas as
zonas que o compõem. Há limitações e especificidades de grande relevância, além do
aparecimento de outros sujeitos (Estados terceiros: Estados sem litoral ou
geograficamente desfavorecidos) que se habilitam ao exercício de direitos, antes
exclusivos do Estado costeiro.
2.1 Desenvolvimento
A CONVENÇÃO DE MONTEGO BAY E OS LIMITES MARÍTIMOS
A Convenção de Montego Bay regula uma grande província do Direito Internacional,
o direito do mar, que compreende não apenas as regras a cerca da soberania do estado
costeiro sobre as águas adjacentes, mas também as normas a respeito de gestão dos
recursos marinhos e do controle da população.
Delimitar e regular o espaço marítimo como domínio público internacional foi a
finalidade da Terceira Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que se
reuniu pela primeira vez em Nova York em Dezembro de 1973, convocada pela
Resolução n° 3.067 da Assembleia Geral da ONU, de 16 de Novembro do mesmo ano.
Participaram da Conferência mais de 160 estados.
Contudo, foi somente em 1982, em Montego Bay, na Jamaica, que foi celebrada a
Convenção sobre Direito do Mar, chamada de Convenção Montego Bay, que é um
tratado multilateral que define os conceitos herdados do Direito Internacional
costumeiro, como mar territorial, zona económica exclusiva, plataforma continental e
outros, e estabelece os princípios gerais da exploração dos recursos naturais do mar,
como os recursos vivos, os do solo e os do subsolo.
O objectivo principal da Convenção, foi estabelecer um novo regime legal abrangente
para os mares e oceanos e, no que concerne às questões ambientais, estabelecer regras
práticas relativas aos padrões ambientais, assim como o cumprimento dos dispositivos
que regulamentam a poluição do meio ambiente marinho; promover a utilização
equitativa e eficiente dos recursos naturais, a conservação dos recursos vivos e o estudo,
a protecção e a preservação do meio marinho.

A Convenção, além de criar o direito do mar, que compreende não apenas as regras
sobre a soberania do estado costeiro sobre as águas adjacentes, como também as normas
sobre gestão dos recursos marinhos e controle da poluição, criou também o Tribunal
Internacional do Direito do Mar, com competência para julgar as controvérsias sobre a
interpretação e aplicação da Convenção.

Na Convenção se estabelece os limites do mar, como as águas interiores, o mar


territorial, a zona contígua, a zona económica exclusiva e a plataforma continental.
Águas interiores, segundo Sidney Guerra (2016, p. 216), são “aquelas localizadas entre
a costa e o limite interior do mar territorial. O limite interior é a linha base a partir de
onde começa a medida da largura do mar territorial”.
Da soberania que os estados exercem no mar territorial decorrem os direitos exclusivos
sobre o solo e o subsolo e ao espaço aéreo, região que no sentido geográfico
normalmente corresponde à plataforma continental, mas, para Francisco Rezek (2018, p.
189), o regime geográfico não corresponde ao regime jurídico, que continua sendo
próprio do solo, subsolo e aéreo e não o da plataforma.
O Artigo 17º estabelece a mais importante restrição à soberania no mar territorial que
é o de passagem inocente, que assegura aos navios de qualquer estado o direito de
passagem inofensiva, sem colocar em risco a segurança do Estado pelo mar territorial,
“salvo disposição em contrário da presente Convenção”:
ARTIGO 17º
(Direito de passagem inocente)
Salvo disposição em contrário da presente Convenção, os navios de qualquer Estado,
costeiro ou sem litoral, gozarão do direito de passagem inocente pelo mar territorial.

1. O Direito De Passagem Inocente


Mesmo reconhecendo ao Estado costeiro soberania plena na faixa denominada de mar
territorial, convém frisar que há uma restrição a essa soberania, que é o chamado direito
de passagem inocente, formado via costume internacional ao longo dos séculos, e,
inclusive, reconhecido nos termos do art.17º a 21º, da própria Convenção de Montego
Bay.
A passagem inocente significa a navegação pelo mar territorial com o fito de:
a) Atravessar o mar sem penetrar nas aguas interiores nem fazer escala num
ancoradouro ou instalação portuária situada fora das aguas interiores.
b) Dirigir se para as aguas interiores ou delas sair ou fazer escala num desses
ancoradouros ou instalações.
A passagem deverá ser continua e rápida. No entanto, a passagem compreende o parar e
fundear, mas apenas na medida em que aquelas ações constituam incidentes comuns de
navegação ou sejam impostos por motivos de forca maior ou por dificuldades grave ou
tenham por fim prestar auxílio a pessoas, navios ou aeronaveis em perigo ou em
dificuldades grave.
No art. 19, diz a Convenção que a passagem é inocente desde que não seja prejudicial à
paz, à boa ordem ou à segurança do Estado costeiro. Já nas águas interiores (art.8º), ou
seja, as águas situadas no interior da linha de base do mar territorial, em decorrência do
traçado do litoral, como nos portos (art. 11) e nos ancoradouros, (art.12) a soberania do
Estado costeiro é plena, não havendo o direito de passagem inocente, salvo se o traçado
da linha de base considerar como águas interiores parte do mar anteriormente
considerada como mar territorial. Com a fixação da largura do mar territorial em 12
milhas, na conformidade do art.3 º da Convenção, e para não afastar das negociações e
da Convenção aqueles Estados que anteriormente haviam ampliado o seu mar para 200
milhas, foi criada a zona económica exclusiva – ZEE (correspondente a até 188 milhas).
Diz o art.55, da Parte “V”, da Convenção de Montego Bay: “A zona económica
exclusiva é uma zona situada além do mar territorial e a este adjacente, sujeita ao
regime jurídico específico estabelecido na presente Parte, segundo o qual os direitos e a
jurisdição do Estado costeiro e os direitos e liberdades dos demais Estados são regidos
pelos disposições pertinentes da presente Convenção”. E, no art. 57, está estabelecido
que a largura da ZEE não se estenderá além de 200 milhas marítimas das linhas de base
a partir das quais se mede a largura do mar territorial.

Não será considerada passagem inocente, dentre outras, quando no transito do navio
pelo mar territorial este desenvolver qualquer atividade que não esteja diretamente
relacionada com a passagem.
Na passagem inocente pelo mar territorial, submarinos ou quaisquer outros veículos
submergíveis deverão navegar pela superfície e hastear o pavilhão de seu Estado de
origem.

O Estado poderá adotar lei e regulamentos, em conformidade com a convenção e


demais normas de direito internacional, que disciplinem o transito inocente em relação a
preservação do meio ambiente do Estado costeiro e prevenção, redução e controle da
sua poluição. O Estado poderá, ainda, tomar, em seu mar territorial, as medidas
necessárias para impedir toda a passagem que não seja inocente.

A principal restrição a soberania de Estado soberano sobre o seu mar territorial é


causada, pois, pelo direito de passagem inocente, reconhecido a todos os navios
estrangeiros em tempo de paz. O reconhecimento deste direito origina em alguns casos a
servidão internacional, da qual são exemplos os estreitos turcos de Dardanellos, o mar
de mamara e o bosporus, caminhos naturais de rota de mediterrâneo e o mar negro,
além, também, do Estreito de Magalhaes, no extremo do sul do chile, dentre outros.

O direito de passagem inocente só se justifica pelo interesse universal que a liberdade de


comercio e navegação apresente. E porque este interesse não está presente na função
precípua dos vasos de guerra, e, também, por se ter como regra que navios de guerra em
mar territorial são uma ameaça potencial para o estado costeiro ribeirinho, se impõe
certa restrição de direito de passagem inocentes dos navios armados no mar territorial.
E o direito de passagem inocente implica que o Estado ribeirinho, soberano, não institua
medidas de caráter voltadas a segurança, ordem pública, interesse fiscais, ou
fiscalização de navios estrangeiros em suas aguas territoriais.

Se por outro lado, um navio estrangeiro, cruzando o mar territorial, viola as normas
estabelecidas pelo estado ribeirinho, poderá este vir a exercer o seu direito de
perseguição. Tal perseguição, no entanto, só poderá ser iniciada quando o infrator se
encontrar em aguas interiores, no mar territorial, ou zona contigua. E uma vez iniciada,
a perseguição poderá estender se ao alto mar, devendo ser interrompida quando o
perseguido alcançará aguas territoriais de seu pais ou de um estado terceiro.

2. A Extensão Do Direito De Passagem Inocente A Navios


De Guerra
Nem a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982, nem a Lei n°
8.617 de 1993, que dispõe sobre o mar territorial, a zona contígua, a zona econômica
exclusiva e a plataforma continental, falam sobre a extensão, ou não, do direito de
passagem inocente a navios de guerra.

De fato, o direito de passagem inocente é imprescindível para o bom convívio


marítimo e para as boas relações internacionais. No entanto, tal direito deve ser aplicado
a todos os tipos de navios, ou existe uma categoria especifica de navios que merece uma
abordagem mais cuidadosa. Há uma categoria que se enquadra nesta descrição: são os
navios de guerra.
Um navio de guerra é qualquer tipo de embarcação, fluvial ou marítima que possa
ser utilizada em combate. E aqui, pode se destacar, alguns tipos de navios de guerra:
fragatas, corvetas, porta-aviões, submarinos e etc. levando-se em consideração a
capacidade destrutiva de um navio de guerra, o instituto do direito de passagem
inocente, não deve ser aplicado, em razão de expor o Estado a uma ameaça potencial à
sua Soberania e sua Segurança Nacional.
Muito país entende que a passagem independe de autorização prévia. Isto vale mesmo
para navios guerra, embora exista outros que não partilham dessa interpretação e exijam
autorização ou notificação nesses casos.
Quanto às aeronaves, além das regras previstas na Convenção da Aviação Civil
Internacional, das normas aplicáveis ao espaço aéreo, na Convenção de Montego Bay,
várias convenções internacionais foram especificamente celebradas visando ao
estabelecimento de jurisdição em certos crimes. No tocante às aeronaves militares, o
regime é de imunidade, como também são aplicáveis às aeronaves estatais civis as
mesmas regras dos navios da mesma espécie. O Estado pode, entretanto, estabelecer
regras sobre transporte de armamentos, evitar acrobacias, etc. Por uma questão de
segurança de vôos, o Estado fixa as rotas aéreas que devem se respeitas pelas aeronaves,
mesmo quando utilizando o direito de sobrevôo. A jurisdição competente em relação
aos actos praticados durante o sobrevôo ou no alto mar, a bordo de aeronaves privadas,
embora aparentemente simples, não é, na prática, de fácil determinação. Quando o ato é
praticado no espaço aéreo de um Estado, evidente que sendo o espaço aéreo parte do seu
território, e sobre ele exercendo sua soberania plena, o princípio da territorialidade é
aplicável como regra geral. Mas, levando-se em conta os aspectos técnicos, a rapidez
com que os aparelhos modernos cruzam o espaço aéreo de um Estado, de modo especial
em determinadas regiões com Estados de pequena dimensão territorial, tornar-se-ia
difícil e impreciso fazer a exacta correlação entre o momento em que o fato foi
praticado e o Estado subjacente. Igualmente poderia não existir interesse por parte deste
em fazer incidir a sua jurisdição, até porque o aparelho não, necessariamente, teria nele
pouso previsto. Daí há os que defendem a competência do primeiro Estado onde houver
aterragem, aplicando-se a lei do captor. Outros opinam pela aplicação da lei do Estado
da nacionalidade do aparelho, o que seria uma fixação prévia da jurisdição, ou ainda o
da nacionalidade do autor, ou ainda, a da vítima. Em razão da grande frequência de
delitos praticados a bordo de aeronaves, com ameaças a pessoas, com prática de lesões
corporais e de homicídios, com desvios de rotas e vários incidentes de graves
proporções, que já na sua época levou o Prof. Haroldo Valladão a considerar o
surgimento de um novo delito em Direito Internacional, a pirataria aérea, houve uma
convergência internacional para o estabelecimento de uma Convenção sobre infracções
e certos outros actos praticados a bordo de aeronaves.

3. Direito De Passagem Supervisionada


De certo, o direito de passagem inocente é fundamental para o direito marítimo, sem o
qual seriam praticamente impossível o comércio e a navegação. E por fim, tentar
suprimir tal direito acarretaria sérios problemas internacionais.
Por outro lado, é possível modificar tal instituto, sem violar nenhuma convenção
internacional, costume internacional e os princípios gerais do direito, que juntos, de
acordo com o art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, de 1920, são
considerados as fontes do Direito Internacional. A doutrina e a Jurisprudência são meios
auxiliares, não constituindo fontes em sentido técnico. Aliás, a própria Convenção das
Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982, prevê:
ARTIGO 21º
(Leis e regulamentos do Estado costeiro relativos à passagem inocente)
1. O Estado costeiro pode adotar leis e regulamentos, de conformidade com as
disposições da presente Convenção e demais normas de direito internacional, relativos à
passagem inocente* pelo mar territorial sobre todas ou alguma das seguintes matérias:
a) segurança da navegação e regulamentação do tráfego marítimo;
Em se tratando de navios de guerra, o que poderia ser adotado é o Direito de Passagem
Supervisionada, que consiste todo e qualquer navio de guerra, militar ou não, de
combate, de patrulha ou policial, de qualquer Estado, costeiro ou sem litoral, deverá
informar, pedir e aguardar autorização e escolta, para então poder passar pelo mar
territorial, sob pena de sofrer medidas defensivas.
O navio de guerra, sabendo e/ou necessitando navegar no mar territorial de outro
Estado, deve prontamente e sem demora, informar, pedir e aguardar autorização e
escolta, para então passar pelo mar territorial.
Conclusão
Contudo, faz-se necessária a realização de um amplo debate sobre o tema, de certo, o
direito de passagem inocente é fundamental para o direito marítimo, sem o qual seria
praticamente impossível o comércio e a navegação e tentar suprimir tal direito
acarretaria sérios problemas internacionais. Porém, não deve ser aplicado a navios de
guerra, e sim, a navios civis: cargueiros, petroleiros e etc. aplica-se o regime da
passagem inocente se o estreito situar-se entre uma porção de Alto-Mar ou Zona
Económica Exclusiva e o mar territorial de um Estado estrangeiro ou se ele estiver
entre uma ilha do Estado ribeirinho e seu território continental e for possível navegar
por outra rota marítima do outro lado da ilha . Essa passagem independe de autorização
prévia. O tráfego marítimo será regido pelas leis do Estado costeiro, que mantém a
prerrogativa de legislar sobre protecção de cabos e dutos, conservação de recursos vivos
do mar, prevenção da poluição e investigação científica, entre outros temas incluídos no
art. 21 . A permissão de passagem não dá direito à cobrança de taxas dos navios
estrangeiros .
Na prática, o direito de passagem inocente sofre limitações não previstas expressamente
pela Convenção. Além da autorização exigida para a passagem de navios militares, as
restrições à passagem inocente atingem também a passagem de navios causadores de
poluição ambiental e portadores de material nocivo e material nuclear.
Referências Bibliográficas
BASTO LUPI, Andre Lipp Pinto. O direito internacional e as zonas costeiras. 2007.

MOREIRA, Adriano. “Teoria das Relações Internacionais”. 6ª Edição. Edições,


Almedina, Coimbra 2008.

REZEK, Jose Francisco. Direito Internacional Público: Curso Elementar. 17. ed. São
Paulo: Saraiva, 2018.

MATIAS, Nuno e MARQUES, Viriato. “Políticas Publicas do Mar” Academia das


Ciências de Lisboa e Fundação Gulbenkian

GUERRA, Sidney. Curso de Direito Internacional Público. 10. ed. São Paulo: Saraiva,
2016.

Disponívelem:https://jus.com.br/artigos/9959/o-direito-internacional-e-as-
zonascosteiras/1.Acesso em: 12 Abr. 2022
PLANALTO CENTRAL. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8617.htm. Acesso em: 12 Abr. 2022.
PORTAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. Disponível em:
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1990/decreto-99165-12-marco-1990-
328535-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 12 Abr. 2022.

Você também pode gostar