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SUJEITOS DO DIP:

Os sujeitos do DIP são os Estados e as Organizações Internacionais, incluindo-


se a Santa Sé, que é um Estado anômalo, pois, falta-lhe o povo.

ESTADOS: Tem personalidade originária, uma vez que, o Estado existe


quando tem os seguintes elementos:
Povo
Território delimitado
Governo
Para o direito internacional há um quarto elemento que é a capacidade de se
relacionar com os demais Estados.

O Estado independe de reconhecimento para existir, basta ter os três


elementos acima.

TERRITÓRIOÉ: é a porção da superfície do solo, de modo, a abranger terras,


subsolo e a coluna do ar, como o espaço aéreo.
A extensão do domínio terrestre do Estado demarca-se por linhas imaginárias
e seus limites, podendo estes ser naturais ou artificiais (aqueles que seguem
os traços físicos do solo, artificiais, intelectuais os criados pelo ser humano).
Desse modo temos o território terrestre, o marítimo, o fluvial, o aéreo e o ficto.

TERRITORIO TERRESTRE ou real – porção que se encontra sobre o solo.

TERRITORIO MARITIMO: DIREITO DO MAR


CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O DIREITO DO MAR – EM
MONTEGO BAY – JAMAICA – CNUDM-10.12.1982. TEM 320 ARTIGOS E
OUTROS ANEXOS.
16.11.1994 ENTROU EM VIGOR.
Brasil ratificou em dezembro de 1.988.
Introduziu em nosso direito interno com o Decreto 99.155, de 22/8/1.995.
Lei 8.617, de 4/11/1993 reduz o mar territorial para 12 milhas.
Essa Convenção refere-se às águas do mar aberto.
A soberania do Estado Costeiro (banhado pelo mar) estende-se, além de seu
território e de suas águas interiores a uma zona de mar adjacebte designada
pelo nome de mar territorial, alcançando, também, o leito do mar, do
respectivo subsolo e ainda o espaço aéreo sobrejacente.
PASSAGEM INOCENTE: Nesse caso a soberania não é absoluta, É permitido
aos navios que necessitam navegar pelo mar território para alcançar seu
destino, devendo ser rápida, contínua e não colocar em risco a segurança
nacional.
Os submarinos devem navegar na superfície e arvorar seu pavilhão
(indicação de sua origem – de que que Estado).
O Estado costeiro tem o direito de regulamentar as normas para a passagem
inocente,

Navio de guerra: imunes a jurisdição local, podem receber a ordem de


imediata retirada do mar territorial quando afrontarem a respectiva disciplina.
MAR TERRITORIAL:12 milhas marítimas a contar da linha de base.
Uma milha marítima equivale a 1,8 km.
12 milhas marítimas = 22 km
Linha de base: conta-se da distância em que a maré baixa atinge o território
terrestre.

ZONA CONTÍGUA: 24 milhas marítimas da linha de base, ou 12 milhas do


término do mar territorial. O Estado nessa zona efetua a fiscalização referente
à alfândega, imigração, à saúde e tráfico, dentre outras irregularidades que
possam ocorrer.

ZONA ECONOMICA EXCLUSIVA – ZEE: inicia-se quando termina a zona


contígua e se estende até duzentas milhas.

A zona econômica exclusiva é uma zona situada além do mar territorial e a este
adjacente..." (CNUDM, art. 55) e "...não se estenderá além de 200 milhas
marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar
territorial" (CNUDM, art. 57).
A Convenção garante ao Estado costeiro "...direitos de soberania para fins de
exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou
não vivos das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu
subsolo..." (CNUDM, art. 56, par. 1, alínea a).

Com o objetivo de promover a utilização ótima dos recursos vivos da ZEE, o Estado
costeiro fixará as capturas permissíveis desses recursos. "Quando o Estado costeiro
não tiver capacidade para efetuar a totalidade da captura permissível deve dar a
outros Estados acesso ao excedente desta captura, mediante acordos ou outros
ajustes..." (CNUDM, art. 62, par. 2) entre as partes.

PLATAFORMA CONTINENTAL

A plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas


submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do
prolongamento natural do seu território terrestre, até ao bordo exterior da margem
continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das
quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem
continental não atinja essa distância.” (CNUDM, Artigo 76 (1)).
A profundidade da plataforma continental é de 200ms., quando a plataforma
continental de um Estado não atinge 200ms. De profundidade, na extensão das
200 milhas marítimas, acresce-se mais 150 milhas marítimas de extensão, no
máximo.

ESPAÇO AEREO – espaço sobre a área terrestre de um Estado, e, até o mar


territorial.

Alto-mar
Um ponto interessante que deve observar este instituto é que não pertence a
nenhum Estado, dando a liberdade de navegar, pescar, colocar cabos e
oleodutos submarinos, construir ilhas artificiais, sobrevoar, mas desde que
com a finalidade pacifica, ou seja, que não coloque em risco a soberania de
outros Estados Internacionais.
O Ato-mar vige ao princípio da liberdade, ou seja, não podem os Estados
usarem de forma arbitraria, contra a liberdade de cada Estado, agindo
somente livremente, sem prejuízos aos demais componentes da comunidade
internacional. Como exemplos deste instituto com tais liberdades:
a) Liberdade de navegação;
b) Liberdade de sobrevôo;
c) Liberdade de colocar cabos e tubos submarinos;
d) Liberdade de construir linhas artificiais, desde que permitidas pelo Direito
Internacional;
e) Liberdade de pesca, conforme permite o Direito Internacional e suas
regras;
f) Liberdade de Investigação cientifica.

Direitos do Estado em alto-mar:


1) Jurisdição do estado de bandeira sobre o navio: sobre navios que arvorem
sua bandeira em alto-mar;
2) Direito de visita em alto-mar: trata-se de um direito, quando o navio de
guerra pretende identificar a identidade de um navio comercial estrangeiro,
tido suspeito. Tal instituto pode ser denominado também como o direito de
aproximação, quando em casos de suspeita de pirataria, tráfico de escravos,
transmissões não autorizadas, falta de nacionalidade, uso de bandeira falsa.
Assim, aquele que não tenha fundamento para tanto, deverá pedir
indenização por perda ou dano que tenha sofrido;
3) Direito de perseguição: Tem direito o Estado perseguir o navio estrangeiro
que violar as normas do estado soberano do mar territorial, devendo iniciar no
mar-alto ou nas águas internas, chamada de zona contigua até o mar-alto,
cessando somente quando o navio perseguido entrar em mar territorial de
terceiro ou no seu mar territorial;
4) Direito à autodefesa: pode o Estado interferir em navios comerciais
estrangeiros, quando infringidos seus direitos.

Domínio aéreo
Inexiste demarcação visível de fronteiras, por isto, não há demarcação, mas
não quer dizer que inexista proteção de seu espaço aéreo pelo Estado devido
à soberania, daí dizer que tem pleno domínio.
Entende-se por espaço aéreo, superior a atmosfera, havendo o direito natural
de passagem, desde que seja inofensiva, aplicando subsidiariamente a regra
territorial.
A questão do domínio internacional na atualidade
Ponto interessante, diga-se de passagem, em relação ao domínio
internacional, pois apenas dois territórios atualmente, são considerados
internacionalmente.
O primeiro é a Antártida, que pode ser definida como uma terra acobertada
por gelo. Em 1958, os EUA trataram com os países interessados sobre a
Antártida com onze Estados, tendo por conseqüência em um acordo,
denominado Tratado da Antártida de 1959. O objetivo deste tratado é declarar
que a Antártida seja um campo neutro, sendo utilizada apenas para fins
pacíficos.
Outro território é o Ártico que, é um oceano acobertado de gelo. Muitos
Países tinham interesses neste território, devido ao valor cientifico e
econômico em sua região, portanto, seis países reivindicaram seus direitos,
entre eles os EUA, Finlândia, Noruega, Dinamarca, Canadá e Rússia, porém,
ficou todo em aberto, mas por enquanto ainda vige a Convenção sobre Direito
do Mar, datado em 1982, concedendo a liberdade do alto-mar.
Direito de navegação
Alto-mar
Um ponto interessante que deve observar este instituto é que não pertence a
nenhum Estado, dando a liberdade de navegar, pescar, colocar cabos e
oleodutos submarinos, construir ilhas artificiais, sobrevoar, mas desde que
com a finalidade pacifica, ou seja, que não coloque em risco a soberania de
outros Estados Internacionais.
O Ato-mar vige ao princípio da liberdade, ou seja, não podem os Estados
usarem de forma arbitraria, contra a liberdade de cada Estado, agindo
somente livremente, sem prejuízos aos demais componentes da comunidade
internacional. Podes citar exemplos deste instituto com tais liberdades:
a) Liberdade de navegação;
b) Liberdade de sobrevôo;
c) Liberdade de colocar cabos e tubos submarinos;
d) Liberdade de construir linhas artificiais, desde que permitidas pelo Direito
Internacional;
e) Liberdade de pesca, conforme permite o Direito Internacional e suas
regras;
f) Liberdade de Investigação cientifica.
Expostas as características apresentadas acima, quanto ao alto-mar, surge
uma indagação: O Estado tem Direitos em alto-mar?
A resposta é afirmativa. Mas para que sejamos mais didáticos, listaremos tais

Direitos do Estado em alto-mar:


1) Jurisdição do estado de bandeira sobre o navio: sobre navios que arvorem
sua bandeira em alto-mar;
2) Direito de visita em alto-mar: trata-se de um direito, quando o navio de
guerra pretende identificar a identidade de um navio comercial estrangeiro,
tido suspeito. Tal instituto pode ser denominado também como o direito de
aproximação, quando em casos de suspeita de pirataria, tráfico de escravos,
transmissões não autorizadas, falta de nacionalidade, uso de bandeira falsa.
Assim, aquele que não tenha fundamento para tanto, deverá pedir
indenização por perda ou dano que tenha sofrido;
3) Direito de perseguição: Tem direito o Estado perseguir o navio estrangeiro
que violar as normas do estado soberano do mar territorial, devendo iniciar no
mar-alto ou nas águas internas, chamada de zona contigua até o mar-alto,
cessando somente quando o navio perseguido entrar em mar territorial de
terceiro ou no seu mar territorial;
4) Direito à autodefesa: pode o Estado interferir em navios comerciais
estrangeiros, quando infringidos seus direitos.
Domínio aéreo
Inexiste demarcação visível de fronteiras, por isto, não há demarcação, mas
não quer dizer que inexista proteção de seu espaço aéreo pelo Estado devido
à soberania, daí dizer que tem pleno domínio.
Entende-se por espaço aéreo, superior a atmosfera, havendo o direito natural
de passagem, desde que seja inofensiva, aplicando subsidiariamente a regra
territorial.

A questão do domínio internacional na atualidade


Apenas dois territórios atualmente, são considerados internacionalmente.

O primeiro é a Antártida, que pode ser definida como uma terra acobertada
por gelo. Em 1958, os EUA trataram com os países interessados sobre a
Antártida com onze Estados, tendo por consequência em um acordo,
denominado Tratado da Antártida de 1959. O objetivo deste tratado é declarar
que a Antártida seja um campo neutro, sendo utilizada apenas para fins
pacíficos.

Outro território é o Ártico que, é um oceano acobertado de gelo. Muitos


Países tinham interesses neste território, devido ao valor cientifico e
econômico em sua região, portanto, seis países reivindicaram seus direitos,
entre eles os EUA, Finlândia, Noruega, Dinamarca, Canadá e Rússia, porém,
ficou todo em aberto, mas por enquanto ainda vige a Convenção sobre Direito
do Mar, datado em 1982, concedendo a liberdade do alto-mar.

TERRITORIO FICTO: ocorre por extensão, ficção. O Estado tem soberania no


território ficto.
Consideram-se território ficto:
As embaixadas.
Navios e aeronaves de guerra ou públicos.
Navios e aeronaves particulares em alto mar e/ou espaço aéreo internacional.
Acampamentos militares.

TERCEIRO ELEMENTO DO ESTADO:


GOVERNO:
É o conjunto de órgãos que servem para que o Estado manifeste sua vontade
no cenário interno e internacional. Os órgãos são compostos por indivíduos.
Governo é a autoridade política do Estado, o conjunto de poderes do Estado,
englobando os três poderes.
RECONHECIMENTO DE GOVERNO
Ocorre essa situação quando há dúvidas quanto ao caráter legítimo da
autoridade jurídica de um Estado. Um Estado pode se manifestar sobre a
legitimidade da autoridade jurídica de um Estado? Algumas teorias a respeito
da matéria existiram, como:
DOUTRINA DE TOBAR
Carlos Tobar (1.853-1920) Foi ministro das relações exteriores do Edquador
no início do século XX, em 1.907, tendo proferido uma declaração nos termos
seguintes: “...que a única forma para evitar golpes de Estado na região
americana seria a comunidade internacional se recusar a reconhecer os
governos golpistas como legítimos, rompendo as relações diplomáticas e
formando contra eles uma declaração de não-reconhecimento, até que aquele
governo fosse confirmado nas urnas. Essa doutrina foi aplicada por muitos
países, e, até o presente momento. Em uma demonstração de retrocesso
continua a ser aplicada.

DOUTRINA DE ESTRADA
A doutrina Tobar perde forças em 1930, quando Genaro Estrada (1.887-1937)
ministro das relações exteriores do México profere uma nova declaração sobre
o assunto. Afirma que a declaração expressa seria uma ofensa à soberania
interna do Estado, que um governo independe de reconhecimento para iniciar
suas atividades. Encerra afirmando que se o Estado não concorda com
determinado governo tem a opção de romper as relações diplomáticas.
Essas teorias só se aplicam na América Latina.

TEORIA MODERNA> a nenhum Estado é dado o direito de se manifestr sobre


o reconhecimento de um governo. Um governo é legítimo desde que tenha
governabilidade, autodeterminação. Somente cabe ao Conselho de Segurança
da ONU intervir em governo em que não haja governabilidade e afronta direta
aos direitos humanos, conforme reza um dos princípios gerais do DIP.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS (OIs)


As organizações internacionais são ao lado do Estados sujeitos do DIP.
A partir da Convenção de Viena II sobre Tratados 1986 as OIs passaram a ter
direito de assinar tratados. Nesse caso, para ter direito de assinar tratados faz-
se necessário que no texto sobre aquela OI esteja expressamente escrito que a
mesma tem competência para assinar tratados, sua personalidade jurídica
depende desse ato.
Sua natureza é derivada, pois, nasce de um tratado.
O Tratado de Assunção 26.03.1991-não criou o Mercosul com personalidade
jurídica
Protocolo de Ouro Preto 17.12.1994 – deu competência ao Nercosul de assinar
tratados – personalidade jurídica.

ÓRGÃOS DE UMA OI
Assembleia geral – em que todos os Estados Membros tem voz e voto. Tem
competência legislativa. Não é permanente. Assembleia Geral Ordinária – uma
vez em cada exercício. Extraordinária – sempre que necessário. Servidores
integrantes devem ser neutros em relação à política dos Estados membros -
particularmente a de seus Estados patriais.
Conselho permanente, principalmente em situações de urgência. caráter
político. Exerce competência executiva. Pode compor-se com um membro de
cada Estado membro, nesse caso, confunde-se com a assembleia.
Modelo alternativo: aquele em que o conselho se compõe de representantes dd
alguns Estados membros, eleitos em assembleia geral por prazo certo, ou
acaso dotado de mandato permanente. Dessas duas formas conjugadas
integra-se o Conselho de Segurança da ONU, como ocorreu com sua
antecessora a SDN ou Liga das Nações.
Exemplo Conselho de Segurança da ONU: 5 membros permanentes: China,
Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia e 10 não permanetes.
SEDE das OIs: não tem base territorial. A organização celebra acordo bilateral
com o Estado em que fixará sua sede.
A ONU tem sua sede principal em Nova York, Corte Internacional de Justiça –
em Haia (Holanda) e Escritório – sede europeia da ONU em Genebra (Suíça).

CLASSIFICAÇÃO DAS OIs QUANTO AO ALCANCE E QUANTO AO


DOMINIO:
Quanto ao alcance:
Universal – ONU, OIT, FMI, etc.
Regional: MERCOSUL, OTAN, OEA etc

Quanto ao domínio:
Político: ONU, LIGA DAS NAÇÕES ÁRABES, OUA, OEA, OTAN
Exemplos:
Alcance universal e domínio político:
SDN ou Liga das Nações – Criada pelo Tratado de Versailles: 1919
ONU- Carta de São Francisco 1.945

Alcance Universal e domínio específico:


OIT -Organização Internacional do Trabalho -sede em Genebra
UNESCO -Organização das Nações Unidas para a educação, a Ciência e a
Cultura-1946 – sede Paris.
FAO -Organização para a Alimentação e Agricultura-1945 – sede em Roma

Alcance regional e domínio político:


OEA -1951 -sede Washington
Liga das Nações àrabes -LEA 1945
OUA Organização da Unidade Africana – 1963
OTAN Organização do Atlântico Norte -1949

Alcance regional domínio específico


União Euroéia -1992
Comunidade Europeia do Carvão CECA – 1952
MERCOSUL
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
FONTES DO DIP

Costumes
Tratados
Fontes secundárias
Princípios gerais
Atos unilaterais
Doutrina
Jurisprudência (internacional)

TRATADOS
Primeiro tratado de que se tem notícia foi o Tratado de Paz assinado entre o
Rei Hattusili III dos Hititas e o faraó do Egito Ramsés II em 1269 A.C.
(Hattusili ou Hattousili) Tratado de Kadeshi
Introdução
Em 1269 a.C., no 21.º
Os Faraós como ano do reinado de Ramsés
Deuses II (c. 1290 a 1224 a.C.),
egípcios e hititas firmaram
Os Faraós como um tratado de paz e
Guerreiros fraternidade que
estabeleceu uma aliança
Os Faraós como defensiva. Tanto a versão
Governantes em hieróglifos quanto a de
caracteres cuneiformes
Os Faraós como desse pacto foram
Seres Humanos encontradas pelos
arqueólogos. Como é
Os Nomes compreensível, na versão egípcia foi o rei hitita, Hattousil III, que mandou emissários
dos Faraós para implorar a paz a Ramsés II, o touro dos governantes, que havia posto sua
fronteira onde quis em todos os países. Já para os hititas foi Ramsés que tomou a
O Poder iniciativa de propor a paz.
dos Faraós

A Justiça Conforme nos ensina o professor John A. Wilson, o documento original, do qual
dos Faraós vemos uma reprodução acima, foi escrito em caracteres cuneiformes acádios, que era o
idioma das relações internacionais daquela época. Muito provavelmente o tratado foi
As Vestimentas formulado na capital hitita com a assistência dos embaixadores egípcios. O texto foi
dos Faraós em seguida gravado em uma placa de prata e levado ao Egito, onde Ramsés II deve ter
feito algumas alterações em favor do prestígio nacional. Novamente gravado em duas
As Sandálias placas de prata, uma delas foi devolvida e depositada aos pés do deus das tormentas
dos Faraós hitita. A outra placa foi posta aos pés do deus Rá do Egito. Ela mostra o rei hitita
abraçado ao seu deus das tormentas e a rainha hitita abraçada a uma deusa daquele
O Casamento país. Apresenta ainda os selos do rei, da rainha, do deus do Sol e do deus da tormenta
dos Faraós hititas. Nos dois países os soberanos prestaram juramento diante de seus respectivos
deuses, de maneira que o tratado ficava avalizado pela sanção das autoridades divinas.
As Famílias
dos Faraós
O acordo está dividido em cinco partes. A introdução fala da chegada dos
A Corte mensageiros hititas e relembra as guerras e tratados anteriores entre os dois países,
dos Faraós afirmando que os dois soberanos atuais desejavam a paz.

O Palácio Um mensageiro real chega trazendo uma tabuleta de prata que lhe dera o grande
dos Faraós chefe de Khéta, Hattousil, para que fosse entregue ao faraó Vida-Saúde-Força, a fim
de implorar a paz junto à Majestade do Rei do Alto e do Baixo Egito, Usermaatre-
O Lazer setepenre, o filho de Rá, Ramsés-amado-de-Amon, dotado de vida para a eternidade e
dos Faraós infinita duração, como seu pai Rá, cada dia.
De agora em diante e por toda a eternidade as relações do grande príncipe do Egito
Os Faraós no com o grande chefe de Khéta serão tais que o deus suspendeu a hostilidade entre eles
Além-túmulo por meio de um tratado. Mas na época de Mouwattali, o grande chefe de Khéta, meu
irmão, ele combateu contra Ramsés, o grande príncipe do Egito. Portanto, de agora
Os Faraós no em diante, a partir de hoje, Hattousil, o grande chefe de Khéta, está ligado por um
Além-túmulo tratado para estabelecer relações duráveis que Rá e Seth instituiram para o país do
Parte 2 Egito com o país de Khéta, para não mais permitir que as hostilidades nasçam entre
eles e assim, para sempre.
Os Túmulos A segunda parte contém garantias mútuas de não agressão.
dos Faraós O grande chefe de Khéta não entrará no país do Egito — até a eternidade — para
pilhar o que quer que seja. Do mesmo modo, Ramsés, o grande príncipe do Egito, não
Mulheres entrará no país de Khéta para pilhar o que quer que seja — até a eternidade.
no Trono
É preciso que se entenda que as palavras acima não estavam se referindo às terras do
Biografias Vale do Nilo, nem às terras hititas da Anatólia, mas sim aos territórios disputados na
dos Faraós Palestina e na Síria. O tratado, entretanto, não estabelece fronteiras entre as pretensões
egípcias e as hititas, talvez porque já houvesse um limite reconhecido pelos dois
Apêndices países.

A terceira parte do acordo estipula uma aliança defensiva contra um inimigo externo
que viesse a ameaçar as possessões de ambos e, também, contra rebeliões locais em
qualquer dos espaços dominados.

Se um outro inimigo voltar-se contra o país de Ramsés, o grande príncipe do Egito, e


ele disser ao grande chefe de Khéta: "Venha em meu socorro contra ele!", o grande
chefe de Khéta virá e o grande chefe de Khéta vencerá esse inimigo. Mas se não for da
vontade do grande chefe de Khéta vir ele mesmo, enviará sua infantaria e seus carros
de combate e vencerá o inimigo.
Ou então, se Ramsés-amado-de-Amon estiver encolerizado contra súditos que lhe
pertençam e que tenham cometido contra ele algum outro delito, ele partirá para
massacrá-los. Então o grande chefe de Khéta agirá de acordo com ele para abater
aquele, quem quer que seja, contra quem eles devem se irritar.
A quarta parte do pacto trata da extradição de refugiados políticos, sejam eles de alta
estirpe ou cidadãos comuns.
Se homens do país de Ramsés, o grande príncipe do Egito, se refugiarem junto ao
grande chefe de Khéta, este não os receberá e fará com que sejam enviados de volta à
Usermaatre-setepenre, o grande príncipe do Egito.
Ou ainda, se um homem ou dois homens, que não sejam conhecidos, fugirem do país
do Egito para o país de Khéta, para tornarem-se súditos de um outro, não lhes será
permitido que se instalem no país de Khéta e eles serão enviados de volta a Ramsés-
amado-de-Amon, o grande príncipe do Egito.
Ou então, se um homem ou dois homens, que não sejam conhecidos, fugirem e se
refugiarem no país do Egito, para tornarem-se súditos de um outro, Usermaatre-
setepenre, o grande príncipe do Egito, não lhes permitirá que se instalem e
providenciará para que sejam mandados de volta para o grande chefe de Khéta.
A pessoa deportada teria que ser tratada com humanidade na pátria para a qual era
devolvida. Nenhum crime poderia ser cometido contra ela, ou seja, não poderia ser
morta ou mutilada, nem ser privada da própria família e de sua moradia. Havia já,
portanto, um código de direito internacional: a pessoa e os bens do refugiado estavam
protegidos, ainda que ele não mantivesse seus cargos e privilégios anteriores.
A quinta e última parte do tratado seguia o mesmo modelo dos demais documentos
legais antigos, ou seja, continha os nomes das testemunhas do acordo, as quais, nesse
caso, eram divindades.

E quanto a estas palavras do contrato que firma o grande chefe de Khéta com
Ramsés-amado-de-Amon, o grande príncipe do Egito, elas estão escritas sobre esta
tabuleta de prata.
Para estas palavras, um milhão de divindades dentre os deuses e deusas — daqueles
das terras de Khéta — e um milhão de divindades dentre os deuses e deusas—
daqueles das terras do Egito — estão comigo na qualidade de testemunhas destas
palavras.
As palavras que estão sobre esta tabuleta de prata valem para o país de Khéta e para
o país do Egito.
Aquele que não observar estas palavras, um milhão de deuses das terras de Khéta e
um milhão de deuses das terras do Egito destruirão sua casa, seu país e seus súditos.
Quanto àquele que observar as palavras que estão sobre esta tabuleta de prata, seja
ele de Khéta ou do Egito, e que não as negligenciar, um milhão de deuses das terras
de Khéta e um milhão de deuses das terras do Egito farão com que ele seja próspero e
farão com que ele viva com o conjunto dos que moram em sua casa, com seus filhos,
com seus súditos.
A seguir vem uma nominata dos deuses, encabeçada pelos deuses do Sol e da tormenta
e encerrando-se com os deuses masculinos, os deuses femininos, as montanhas, os rios
da terra do Egito, o céu, o solo, o grande mar, os ventos e as nuvens. Tendo os dois
reis jurado solenemente diante de tão seleta platéia, é claro que violar o acordo seria
praticamente impensável. https://www.fascinioegito.sh06.com/tratado2.htm

Os aspectos legais desse tratado demonstram que os dois países já haviam passado
por um longo período de relações internacionais, durante o qual os princípios de mútua
ajuda militar e de extradição política haviam amadurecido.
No 34.º ano do reinado de Ramsés II, cerca de 1256 a.C., o matrimônio do faraó com
uma princesa htita ratificou o acordo. Tanto quanto sabemos, o pacto nunca foi
revogado. Cincoenta anos mais tarde, o sucessor de Ramsés II, o faraó Merneptah (c.
1224 a 1214 a.C.), enviou grãos aos hititas para que não morressem de fome, o que
demonstra que a ajuda mútua ainda estava sendo respeitada naquela época. Segundo a
historiadora Bernadette Menu, esse documento apresenta o excepcional interesse de
constituir o primeiro tratado conhecido celebrado de Estado para Estado. Podemos
considerá-lo como o texto fundador do direito internacional.

Clique aqui para ler notícia sobre recente descoberta relacionada com este tratado.

LEGISLAÇÕES PARA NORMATIZAÇÃO DOS TRATADOS


CONVENÇÃO DE HAVANA 1.928
No Brasil intriduzida pelo Decreto 18.956, de 22.10.1929
Países membros: Brasil, Equador, Haiti, Honduras, Nicarágua, Panamá Peru e
República Dominicana.
Conhecida como Código de Bustamante..

CONVENÇÃO DE VIENA I sobre tratados 1968/1969


Desde 1949 iniciou-se a conferência diplomática programada para negociar
uma convenção de âmbito universal sobre tratados . Seu texto foi ultimado
em23 de maio de 1.969..
110 Estados participaram e somente 35 ratificaram até a data da ratificação.
Entrou em vigor na sociedade internacional em 27.01.1980.

CONVENÇÃO DE VIENA II sobre Tratados – março de 1986


Conferência sobre o Direito dos Tratados de Organizações Internacionais. –
concede a competência de assinar tratados, para as Organizações
Internacionais.

Conceito de tratado:

Accioly: “Tratado é o ato jurídico por meio do qual se manifesta o acordo de


vontade entre duas ou mais pessoas internacionais”.

Rezek: “Tratado é todo acordo formal concluído entre sujeitos de direito


internacional público e destinado a produzir efeitos jurídicos”.

Convenção de Viena I sobre tratados: Tratado refere-se a “um acordo


internacional celebrados por escrito entre Estados e regido pelo Direito
Internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais
instrumentos conexos, qualquer que seja a denominação particular”.

Daí que, tratado é o gênero, podendo ter diversas nomenclaturas conforme sua
forma, seu conteúdo, seu objeto ou seu fim.
Exemplos:
Acordo de sede; Compromisso arbitral; Convenção; Declaração; Pacto; Troca
de Notas; Notas Reversais; Acordo-compromisso; Ajuste ou convênio;
Protocolo; Modus vivendi; Arranjo, Memorando; Carta; Conferência, etc..

IDIOMAS OFICIAIS PARA OS TRATADOS


Árabe, Chinês, Espanhol, Francês, Inglês e Russo.(6)

CONDIÇÕES DE VALIDADE DOS TRATADOS.

1.AS PARTES: Estados, Organizações Internacionais e Santa Sé


2. OS AGENTES: estejam habilitados ou habilitação dos signatários. A
representatividade exterior do Estado é matéria de direito internacional prevista
na Convenção de Viena.
a) Chefes de Estado e Chefes de Governo: representatividade originária.
b) representatividade derivada:
Ministros das Relações Exteriores prescindem de apresentar Carta de
Plenipotenciário, documento que lhe outorgado pelo Chefe de Estado ou ;chefe
de Governo com poderes para assinar tratado.
Os demais representantes devem apresentar a Carta de Plenipotenciário.
Exceção: Quando o Embaixador do Estado acreditante assinar tratado bilateral
entre o Estado acreditante e o Estado acreditado prescinde de Carta de
Plenipotenciário.
Estado acreditante: que envia o embaixador. Estado acreditado: o que recebe o
Embaixador estrangeiro.
Exemplo: O embaixador do Brasil no Paraguai, assinará um tratado bilateral
entre os dois países, representando o Brasil, nesse caso prescinde de carta de
plenipotenciário.
Esse mesmo embaixador sediado no Paraguai vai assinar um tratado bilateral
entre Brasil e Argentina, nesse caso precisa de carta de plenipotenciário.

c) Delegações nacionais – precisam de carta de plenipotenciário. Atuam na


gênese do tratado. Precisam de carta de plenipotenciário,

plenipotenciário= plenos poderes.

3. Consentimento mútuo: Como o trabalho é um acordo de vontades a


adoção de seu texto efetua-se pelo consentimento de todos os estados que
participam de sua elaboração. Quando se trata de tratado multilateral
negociada em uma conferência internacional, a adoção do termo efetua-se pela
maioria de 2/3 dos Estados presentes e votantes. A assinatura é tão somente o
consentimento do nascimento do tratado, não obriga, nem traz efeitos jurídicos
aos signatários.
SIGNATÁRIOS: Estados que assinaram o tratado,

EXPRESSÃO DO CONSENTIMENTO

Ocorre após o nascimento do tratado (acima explicado).


É necessária a expressão do consentimento para que o tratado passe a existir
na sociedade internacional. Pode ser:
Ratificação
Adesão
Troca de notas
Assinatura

As duas primeiras modalidades se aplicam aos tratados multilaterais.

RATIFICAÇÃO
É um ato externo, político, do chefe de Estado ou do Chefe de governo.
Consiste em um documento em que o Estado signatário comunica que ratifica
os termos da norma internacional assinada.
Pode transcrever o texto na íntegra, ou, tão-somente o primeiro artigo (e/ou
outros) e o último, e, ao final assinar juntamente com o Ministro das Relações
Exteriores.
Atualmente, a certa de ratificação é enviada à secretaria da ONU que se
encarrega de comunicar a todos os Estados o recebimento de cada ratificação,
e, no momento em que atingir o quórum de ratificação, o tratado nasce para a
sociedade internacional e é obrigatório seu cumprimento para os Estados-
membros.

O quórum e prazo da ratificação é da resolução das partes, no momento em


que assinam o trarado. Não há lei determinando qual o quórum mínimo;

A adesão funciona como a ratificação, coma diferença de que os Estado não


signatários é que podem aderir.

Não há consequência legal para o Estado signatário que não ratificar o tratado,
mas, a Convenção de Viena dispõe em seu art. 18:
“Embora o tratado só entre em vigor após sua ratificação, um Estado deve
abster-se da prática de qualquer outro ato capaz de frustrar o seu objetivo e
finalidade”.

TRATADOS BILATERAIS:
Entram em vigor conforme seu texto preveja. Pode ser troca de notas: as
partes trocam os textos assinados por cada um ou pela assinatura, nesse caso
entra em vigor no ato da assinatura do mesmo.

CLASSIFICAÇÃO DOS TRATADOS.

1º quanto ao número de parte:


a .Bilateral: dois Estados
b. multilateral: mais de dois Estados.

2. Quanto a sua natureza


A. Tratados contratos: geralmente bilaterais procuram regular os interesses
recíprocos dos Estados e, podem ser:

A1:Tratados contratos Executados também chamados transitórios ou de efeitos


limitados_ devem ser logo executados. Exemplo: Tratado de cessão, permuta
ou venda de território, delimitação de fronteira.

A2. Tratados Contratos Executórios- também chamados permanente ou de


efeitos sucessivos, preveem atos a serem executados regularmente todas as
vezes em que se apresentem as condições necessárias. Exemplo: tratado de
extradição, Tratado de comércio etc..

B- Tratados Leis ou Normativos. Geralmente celebrados entre muitos E com


o objetivo de fixar as normas do DIP. Ex. convenção de Viena sobre Tratados,
os de criação de uniões internacionais administrativas, como ex.: União Postal
Internacional, Organização Mundial da Saúde, etc.
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Os tratados são escritos em um ou mais idiomas oficiais, conforme decidem as


partes.
Cada Estado membro escolhe em que idioma irá adotar. Nesse caso fará a
tradução para o idioma pátrio. O texto deve e=ser adotado na íntegra.
Em caso de não concordância sobre alguma matéria pode fazer Reserva.
Quando fizer a reserva significa que sobre o tema adotará as regrar=s de seu
direito interno. O Tratado traz em seu conteúdo sobre que assuntos se pode
fazer reserva. No Brasil a reserva é efetuada no momento de sua recepção
pelo Parlamento.

Os tratados de direitos humanos não admitem reservas.

TRATADOS NO BRASIL

Presidente assina pessoalmente ou por representante – ato externo


Recebe o tratado e envia ao Congresso Nacional (ao interno)
Congresso Nacional: as duas casas de lei devem aprovar recepcionando.
Aprovando envia mediante decreto legislativo ao Executivo. (ato interno)
Presidente recebe e ratifica ou adere quando não for signatário.(ato externo)
Presidente por meio de Decreto introduz como norma no direito interno.

NOTA: não há prazo para o Presidente enviar ao parlamento, para ratificar e


para introduzir no direito interno.

Conforme o inciso I do art. 49 da Constituição Federal somente os tratados que


gravem ou onerem o tesouro nacional é da competência do Congresso.
Há milhares de tratados bilaterais assinado prlo presidente que não passaram
pelo parlamento brasileiro.

Tratados de direitos humanos


§3º do art. 5º da Constituição Federal:
Os tratados de direitos humanos aprovados por 3/5 pelo congresso entra serão
equivalentes à emenda constitucional.
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Esse material é apenas um resumo de parte do conteúdo para a prova P1 – há


outro material anterior nesta página.
O resumo é resultado de consulta e compilação das obras de Francisco Rezek,
Hildebrando Accioçy e Valério de Oliveira Mazzuolli.

Será postado ainda os princípios gerais do DIP

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