Em princípio, toda a pessoa ou coisa que se encontre no território está sujeita à
suprema autoridade do estado e nenhuma autoridade estrangeira tem o direito de aí exercer qualquer jurisdição, salvo, excepcionalmente, em casos admitidos e regulados pelo direito internacional. Mesmo ante a incoerência de limite legalmente delimitado, o exercício extraterritorial da jurisdição, por qualquer estado, no território de outro, deve subordinar-se aos imperativos da comitas gentium, da boa convivência entre os estados. Portanto, a soberania de Estado costeiro sobre o seu mar territorial abrange não apenas as águas, mas também o leito do mar, seu subsolo e o espaço aéreo correspondente, devendo tal Estado, contudo, admitir o direito de passagem inocente de navios mercantes ou de guerra de qualquer outro Estado. Ora, perante a esta passagem acima citada compreendo que, as autoridades moçambicanas ao apreenderam o navio e os seus ocupantes alegando que foi violada a convenção internacional e respectivamente a soberania moçambicana, alegando que a convenção fixou que todos os Estado têm o direito de fixar a largura de seu mar territorial até o limite de 12 milhas a partir da linha baixa-mar ao longo da cota e que a soberania do estado será exercida não só sobre o mar aéreo e o subsolo desse mar, as autoridades Moçambicanas violaram o direito de passagem inocente de navios mercantes ou de guerra de qualquer Estado. Nesta senda a soberania do Estado costeiro só não é absoluta, como no caso do território ou das aguas interiores, porque sofre um restrição ditada pela norma internacional a passagem inofensiva, reconhecida aos navios de qualquer bandeira (mercante ou guerra), que poderão atravessar as águas territoriais desde que façam de maneira rápida e ininterrupta (continua), seja em direcção ao seu atrancamento na costa seja em direcção as águas interiores para atracar num porto seja simplesmente para sair delas. O limite exterior do mar territorial é definido por uma linha em que cada um dos pontos fica a uma distância do ponto mais próximo da linha de base á largura do mar territorial.
2. A soberania Moçambicana não foi violada, apesar de a convenção fixar que
todos os Estado têm o direito de fixar a largura de seu mar territorial até o limite de 12 milhas, portanto este princípio sofre uma restrição ditada pela norma internacional a passagem inofensiva, reconhecida aos navios de qualquer bandeira (mercante ou guerra) 3. A convenção que determina a soberania do estado Costeiro e a convenção de 1982 4. Convenção fixou que todos os Estado têm o direito de fixar a largura de seu mar territorial até o limite de 12 milhas a partir da linha baixa-mar ao longo da cota
Mazzouli, Valério de Oliveira (2011) – Curso de Direito Internacional Publico, 5ª ed.
Editora dos Tribunais, São Paulo. Accioly, Hildebrando, (2012) – Manual de Direito Internacional Publico, 20a Ed. Saraiva Editora, São Paulo.