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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E

PRIVADO

TERRITÓRIOS, FRONTEIRAS, DOMÍNIOS E


POPULAÇÃO
Amanda Kathleen Harrison

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Olá!
Você está na unidade Territórios, Fronteiras, Domínios e População. Conheça aqui as definições de território

e sua formação, as fronteiras e seus limites e os domínios marítimo e aéreo.

Aprenda o que é população, o conceito de nacionais e estrangeiros e o reconhecimento do Estado soberano.

Entenda como as normas internacionais agem sobre as organizações e como acontecem as cooperações.

Compreenda de uma forma mais aprofundada sobre a Organização das Nações Unidas - ONU, sua origem,

estrutura e objetivos.

Bons estudos!

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1 O território e suas formas de aquisição
Sabemos que os Estados são formados por seu povo, governo, soberania, finalidade e território. O território de

um Estado é seu espaço físico, o local onde está baseado, onde estão localizados todos os demais elementos

constitutivos. Para Abad (1968, p.49):

O território é o limite de terra, ar e água (mares e rios) onde se assenta a soberania do Estado, e

também onde exerce sua jurisdição.

Não é importante o tamanho do território para o Direito Internacional, mas ele deve existir, já que a perda do

território extingue o Estado. Seus limites partem de acordos ou de elementos históricos e não há regra para

delimitação. O domínio de cada Estado é dado por linhas imaginárias e seus limites podem ser naturais ou

artificiais.

Quando nos referimos à aquisição de território, podemos dizer que um Estado pode adquirir de quatro formas:

P O R É a apropriação de um espaço que não seja de domínio de nenhum outro. Ocupa e exerce

OCUPAÇÃO sua soberania.

P O R Acontece um acréscimo ao território existente por um fato natural, como uma formação de

ACESSÃO ilha, ou artificial com a construção de um dique.

Acontece uma transferência de território de um Estado para outro por meio de acordo,
POR CESSÃO
pode ser total ou parcial, voluntária ou involuntária.

Pode ser equiparada à usucapião, pois essa aquisição se dá com o domínio pacífico e
P O R
ininterrupto por longo tempo. Dessa forma, presume-se a aquisição e a renúncia do
PRESCRIÇÃO
soberano anterior.

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2 Fronteiras e limites
Muitas vezes encontramos a definição para limites e fronteiras como sinônimas, porém não são. Vamos conhecê-

las:

• LIMITE

Deve nos dar a ideia de uma linha definida e precisa em um terreno.

• FRONTEIRA

É mais abrangente e deve dar ideia de região ou faixa de terra, dessa forma são diferentes e distintos.

Fronteiras são faixas de terra localizadas entre países e são estabelecidas de diversas formas, seja por ocupação,

por acordo, por conquista, e, historicamente, são formadas por fatores relacionados à língua (idioma), cultura e

etnia da população que ocupa esses espaços terrestres.

Houve também em momentos mais recentes o estabelecimento de fronteiras de forma artificial. Por exemplo, na

colonização do Oriente Médio, países europeus que determinaram essas fronteiras não deram nenhuma

importância aos fatores étnicos, linguísticos e religiosos dos povos, tanto que temos conflitos persistentes por

conta dessas fronteiras. Um exemplo que perdura por longos anos é a guerra entre palestinos e israelenses para

determinar o território de cada um.

Os limites são estabelecidos por acordos ou tratados entre dois ou mais Estados em que determinam o fim de um

território e o início do outro. Podem ser naturais, como rios, mares, montanhas ou artificiais, que são os muros

ou linhas imaginárias, instituídos com o intuito de determinar o que pertence a cada Estado. Um exemplo de

limite natural é o Rio Iguaçu, que delimita os territórios do Brasil, Paraguai e Argentina; as Cataratas do Iguaçu

dividem numa linha imaginária o Brasil e a Argentina e determina qual o lado lhes pertence.

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2.1 Domínio terrestre e domínio fluvial

O domínio terrestre se confunde com o próprio território de um Estado, portanto podemos definir que o

domínio terrestre é a área geográfica constituída pelo solo e o subsolo de uma base contínua ou não e até mesmo

de ilhas. o domínio fluvial é entendido pelos rios e cursos d’água que passam pelo território, podendo ser

nacional ou internacional. Nacional quando está integralmente em território nacional, ou seja, seu início e fim se

dá dentro do mesmo Estado.

Internacional quando passam por mais de um Estado (sucessivo) ou quando separam dois ou mais Estados

(contíguo).

No que tange à navegação por rios e cursos d’água, devemos separar os nacionais dos internacionais, uma vez

que no primeiro o Estado ao qual pertence exerce sua soberania e, portanto, regula a navegação da forma que lhe

for conveniente. No segundo, é preciso considerar a existência e a vigência de acordos entre os Estados em que

passam os rios, já que envolve não somente a navegação em si, mas a circulação de bens e riquezas, o

aproveitamento da via fluvial para fins inúmeros, como contratação de empregados, incidência de impostos,

entre outros.

No caso de pesca, o produto pertence ao Estado que exerce o domínio, mesmo que seja sucessivo ou contíguo,

mas é preciso que esteja em conformidade com os acordos e tratados firmados entre os Estados.

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2.2 Domínio marítimo

O domínio marítimo do Estado é compreendido em águas interiores, mar territorial, zona econômica exclusiva,

plataforma continental, solo marítimo, estreitos e canais. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar

(CNUDM) – ratificada pelo Brasil em 22 de dezembro de 1988 - regula todos esses conceitos e determina quais

são suas extensões e o domínio dos Estados. A Lei n. 8.617/93 determina os limites marítimos brasileiros de

acordo com a CNUDM e a determina a extensão do mar territorial brasileiro em 12 milhas marítimas.

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Figura 1 - Ilustração do domínio marítimo
Fonte: Wikimedia Commons.

#PraCegoVer:A área da Amazônia Azul foi definida em uma convenção internacional e o Brasil ainda pleiteia

uma extensão do seu domínio marítimo.

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As águas interiores não podem ser confundidas com lagos, cachoeiras, riachos, entre outros. Nada mais são do

que porções de água do mar que avançam para além da linha de base, como se formassem uma bolsa (baía). A

linha de base é traçada na maré baixa e contorna a costa, deltas e portos. A soberania do Estado nas águas

internas é ilimitada, nenhuma embarcação pode acessar sem autorização.

O mar territorial consiste na faixa de mar em volta da costa e compreende as águas internas. Sua medida

é contada em 12 milhas marítimas ou 22 quilômetros a partir da linha base. O Estado possui direitos

soberanos sobre o território, exerce sua jurisdição e aplica suas leis para uso e exploração como lhe for

conveniente. Possui direitos como a pesca, a exploração e extração do leito e subsolo, o transporte de pessoas e

mercadorias de um porto a outro, porém existe uma limitação com relação às embarcações estrangeiras civis ou

militares, de modo que a passagem destas não seja uma ameaça e nem viole lei do Estado, que deve conceder o

chamado “direito de passagem inocente”, isentar navios de guerra de jurisdição local, mas poderá cumprir sua

jurisdição penal para efetuar prisão, dar instruções a bordo de navios estrangeiros em passagem.

É o que chamamos de alto-mar. Possui a extensão de 12 milhas marítimas a partir da linha


ZONA
de bordo, ou 24 milhas marítimas a contar da linha base. Nesse espaço, o Estado pode
CONTÍGUA
exercer sua jurisdição com a fiscalização sanitária, fiscal, aduaneira e de imigração.

ZONA
Localizada além da zona contígua, não pode passar das 200 milhas marítimas partindo da
ECONÔMICA
linha base. Nessa área, todos os Estados possuem liberdade para navegar, sobrevoar,
EXCLUSIVA
instalar cabos, dutos e exercer outras atividades lícitas.
(ZEE)

Exerce sua soberania para fins de exploração, aproveitamento, conservação e gestão dos

recursos naturais no leito e no subsolo. Pode também utilizar para fins econômicos como a
ESTADO
produção de energia pelo uso da água, das correntes e do vento. Tem o direito exclusivo de
COSTEIRO
instalar ilhas artificiais e outras estruturas, realizar estudos técnicos, proteger e conservar

o meio marinho.

Quanto aos demais Estados, embora tenham o direito de navegação, sobrevoo e outras atividades, são sujeitos à

jurisdição do Estado costeiro e devem seguir as normas internacionais da CNUDM para essa área.

O Estado costeiro também determina e regulamenta a pesca na zona econômica exclusiva, sendo responsável por

determinar as épocas de pesca, zona de pesca, quais espécies podem ser pescadas e quantidade permitida,

tamanho mínimo de peixes, tipo de embarcação a ser utilizada e modalidade de pesca. Os outros Estados

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poderão exercer a atividade de pesca, desde que autorizados e respeitando as regras impostas pelo Estado

costeiro.

Assista aí

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Fique de olho
A zona econômica exclusiva do Brasil possui 3,6 milhões de quilômetros quadrados além de
muitas riquezas naturais e minerais, como o petróleo. A exploração da Bacia de Campos e do
Pré-Sal correspondem a pelo menos 80% da produção brasileira. Por conta disso, o Brasil
reivindica o aumento de sua ZEE em 150 milhas marítimas. Nas referências desta unidade
disponibilizamos um link para que você possa se aprofundar mais no assunto.

É definida pela faixa de terra submersa de todo o litoral de um continente que dá origem

PLATAFORMA ao talude continental (uma pequena elevação). Pode ter entre 70 a 90 km de extensão e,

CONTINENTAL aproximadamente, 200 metros de profundidade. Essa área engloba os golfos e mares não

profundos.

O artigo 76 da Convenção da ONU sobre o direito do mar define a plataforma continental como:

A plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas

submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento

natural do seu território terrestre, até ao bordo exterior da margem continental, ou até uma

distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar

territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância.

No Brasil, a plataforma continental se confunde com a Zona Econômica Exclusiva. Na verdade, a ZEE engloba a

plataforma continental, uma vez que a primeira possui 200 milhas marítimas e a segunda deve se restringir a

essa medida. Portanto, nesse caso, ambas estão localizadas na mesma área de domínio do Estado costeiro. A vida

marítima dessa área é bem farta, por isso grande parte da pesca em todo mundo é feita nessa zona, além da

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existência de petróleo e gases provenientes de rochas submersas. O Estado costeiro tem o direito de soberania

exclusivo de exploração e aproveitamento, o que nos faz entender que se não o exerce, nenhum outro Estado

poderá fazê-lo sem o consentimento expresso daquele que tem a soberania.

É também conhecido por plataforma submarina. Nada mais é do que uma planície

submersa, que começa na linha de base e se estende pelo mar para poder visualizar.

Imagine um suave declive partindo da praia para dentro do mar. A Convenção Sobre os
SOLO
Direitos do Mar diz que a plataforma submarina está a partir de 200 metros de
MARÍTIMO
profundidade e que abrange todas as partes do mar. No Brasil, os decretos n. 28.840/50 e

n. 63.164/68 declaram que o solo submarino é integrado ao território nacional e, portanto,

exerce sua soberania sobre ele.

São porções de água doce circulados por terra e recebem o mesmo tratamento dado ao
LAGOS
domínio fluvial.

São vias de comunicação entre mares sobre os quais o Estado exerce soberania. Se

estiverem em locais onde cada lado é de um Estado, estes dividem a soberania. De toda
ESTREITOS
forma, o trânsito de navios será por direito de passagem inocente. A diferença entre
E CANAIS
estreito e canal é pura e simplesmente o fato de um ser formado por meios naturais e o

outro ser construído com a intervenção do homem.

Não pertence a nenhum Estado em que o princípio da liberdade é vigente. O que significa

que qualquer Estado tem a liberdade de navegar, sobrevoar, instalar cabos e dutos,
ALTO-MAR
construir ilhas artificiais, pescar, fazer pesquisas cientificas, ou seja, tudo, desde que seja

para fins pacíficos e não coloque em risco à soberania de outros Estados.

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2.3 Domínio aéreo e espaço exterior

Antigamente, o Direito Internacional só tratava do domínio terrestre e marítimo, mas com a invenção de Santos

Dumont, passou a considerar o domínio aéreo. Apesar de não ser demarcado, o Estado possui domínio do espaço

aéreo entendido pela atmosfera que estiver acima de seu território e mar territorial, o que estiver fora é livre. O

direito de passagem e circulação de aeronaves é livre com algumas ressalvas no que tange às regras de polícia de

interesse público e privado e o ordenamento jurídico do país ao qual a aeronave pertence.

A Convenção de Chicago (1944) estabelece o regime internacional para o transporte aéreo civil e

consequentementecinco regras para voos internacionais:

• DIREITO DE SOBREVOO

Equiparado ao direito de passagem inocente do Direito Marítimo.

• DIREITO DE ESCALA TÉCNICA PARA REPARAÇÕES

Direito de pousar para abastecimento e reparos em território de outro Estado.

• DIREITO DE EMBARCAR

Em Estado diverso de sua origem, mercadorias, passageiros e correspondências com destino ao seu

Estado de origem.

• DIREITO DE DESEMBARCAR

Em Estado diverso de sua origem,mercadorias, passageiros e correspondências que tenham sido

embarcados no Estado de que a aeronave é nacional.

• DIREITO DE EMBARCAR E DESEMBARCAR

Passageiros, mercadorias e correspondências com destino ao território de qualquer Estado contratante

mesmo que seja diverso de seu Estado de origem.

Essas três últimas liberdades são fundamentais para o comércio internacional. Se a aeronave estiver em solo

estrangeiro, estará sujeita às leis do Estado em que está “hospedada”. Se em voo ou se for uma aeronave militar,

as leis aplicadas serão do Estado ao qual a aeronave pertence.

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2.4 A Antártica e sua especial condição

A Antártica possui uma condição muito particular. Localizada no Polo Sul, formada por ilhas e coberta de gelo,

faz fronteira com muitos países e três oceanos: Pacífico, Atlântico e Índico. O Tratado da Antártica, assinado

pelos Estados Unidos e outros 11 países em 1959, declarou o território um local neutro de utilização somente

para fins pacíficos.

Esse tratado foi criado, para encerrar as reivindicações pela soberania da Grã-Bretanha, Noruega, Nova Zelândia,

Austrália, Chile, Argentina e França. Determinou-se então como espaço neutro e nenhum país exerce soberania

sobre esse continente.

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3 A População, nacionais e estrangeiros
Segundo o Dicionário Michaelis, o conceito de população é “a totalidade de indivíduos que habitam uma

localidade, um país, um território, o mundo”. Considerando essa definição, podemos concluir que cada Estado

possui sua população, constituída de indivíduos nacionais e estrangeiros e tem jurisdição sobre todos eles.

Como dito, a população não é necessariamente constituída somente de nacionais.

Daí então surge a curiosidade, o que é nacionalidade?

Podemos entender que nacionalidade é uma questão de dependência do indivíduo perante o Estado ao qual

pertence, e que o Estado determina a nacionalidade pelo nascimento, concede a naturalização para estrangeiros

e estabelece em que circunstâncias se perde a nacionalidade.

Em relação ao Direito Internacional Público, sabendo que também regula as relações entre indivíduos, é de

extrema importância que se conheça sua nacionalidade para estabelecer a diferença entre nacional e estrangeiro,

já que possuem direitos diferentes. Em casos de proteção diplomática, esta vai depender da nacionalidade da

pessoa.

É a condição jurídica e política de um indivíduo em relação ao Estado. O indivíduo

adquire sua nacionalidade ao nascer (naturalidade) ou ao se naturalizar

NACIONALIDADE (naturalização). A Declaração Universal dos Direitos Humanos determina que todo

indivíduo tem direito a uma nacionalidade. No Brasil, a nacionalidade é discutida no

artigo 12 na Constituição Federal.

O nacional é o indivíduo submetido à soberania do Estado; possui direitos e deveres e é protegido pelo seu país

perante os demais países do mundo. No Brasil, o nacional é o brasileiro nato ou naturalizado.

Todo indivíduo ao nascer adquire a nacionalidade de seus genitores ou do país em que nasceu. Existem aqueles

que chamamos de polipátridas que possuem a nacionalidade adquirida de seus pais e também pelo local de

nascimento. É o que acontece quando a mãe dá à luz uma criança em um Estado que não é o de sua

nacionalidade. No Brasil, todos os nascidos em território nacional são brasileiros natos, mesmo que seus pais

sejam estrangeiros, assim como filhos de brasileiros nascidos em outros países, desde que requerida a

nacionalidade antes da maioridade.

Fique de olho

Você sabe o que é cidadania? Qual a diferença entre nacionalidade e cidadania? Acesse a

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Você sabe o que é cidadania? Qual a diferença entre nacionalidade e cidadania? Acesse a
matéria de Maria Carolina de Assis Nogueira sobre “Cidadania e nacionalidade têm conceitos
distintos”, disponibilizada nas referências desta unidade e fique por dentro.

O estrangeiro é o indivíduo que possui nacionalidade de um Estado, mas que está em outro território e sob sua

jurisdição de forma permanente ou temporária. No Brasil, é denominado como o indivíduo nascido fora do

território nacional, que não adquiriu nacionalidade brasileira, que pode ser residente ou não residente. O

estrangeiro residente integra a população brasileira, sujeita-se às suas regras jurídicas e possui direitos e

deveres que estão expressos na Lei n. 13.445/17(Estatuto do Estrangeiro).

Para receber o visto e entrar ao Brasil, o estrangeiro deve atender às condições do Estatuto. Ao ingressar, estará

sujeito às regras de extradição, expulsão e deportação. O direito de permanência estará vinculado ao tipo de

visto concedido. Ao estrangeiro turista, o prazo máximo é de noventa dias, mas esse prazo pode variar de acordo

com a reciprocidade que o Brasil possui com o país de origem desse estrangeiro.

Já o estrangeiro residente é aquele que por motivo de trabalho, por casamento com nacional entre outros

motivos se fixa em território nacional por determinado período que pode ser prorrogado e até mesmo se

transformar em permanente, não sendo obrigado a se naturalizar.

Assista aí

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3.1 Asilo político e extradição

O asilo político é uma condição em que um estrangeiro perseguido por um Estado é acolhido por outro Estado,

sem a necessidade de cumprir requisitos de ingresso, já que em muitas vezes o candidato ao asilo ingressa sem

nenhuma documentação.

É uma situação totalmente ligada ao Direito Internacional Público. Acontece quando um indivíduo sofre

perseguições, normalmente de seu país de origem, por delitos políticos ou ideológicos e pede asilo em outro país

para se proteger. As condições para dar asilo são discutidas no ordenamento interno de cada país, mas baseadas

em Direitos Humanos e na solidariedade internacional. No Brasil, é regulado pelo Estatuto do Estrangeiro, que

providencia documentos para o asilado quando necessário, e este não poderá sair do país sem autorização

expressa, ou perderá a condição de asilado e não será mais aceito.

É importante saber que o asilo não evita a extradição. As convenções internacionais que discutem o asilo

político colocam algumas condições para os casos em que o asilado tenha cometido crimes em seu país de

origem, e a extradição é uma delas. O país que concede o asilo pode ser obrigado a escolher entre punir o asilado

ou extraditá-lo para que seja castigado em seu país de origem.

Existe também o asilo diplomático, conhecido como asilo político provisório. É mais praticado na América

Latina, situação na qual o candidato ao asilo se refugia em embaixada localizada em seu próprio país. Todo

Estado pode conceder asilo, mas não é obrigado, nem deve se justificar caso se negue e não há reciprocidade

entre os Estados. Não é permitido conceder asilo a pessoas que tenham cometido crimes, foram julgadas,

condenadas ou tenham fugido para não cumprir a pena, nem para desertores das forças militares, a não ser que

o pedido de asilo tenha como base caso expresso de caráter político. A extradição é o ato em que o Estado

entrega um indivíduo acusado ou condenado à justiça do Estado reclamante para julgá-lo e puni-lo de acordo

com suas leis, desde que garantidos os direitos humanos do extraditado. O objetivo principal é evitar que o

indivíduo deixe de pagar por seus crimes, por isso normalmente a extradição acontece com base em tratados

entre as partes. Quando não existe, é feita por meio de uma declaração de reciprocidade entre os países que

estão tratando a extradição.

Na prática, não se extradita indivíduos que sejam acusados de crimes políticos, religiosos ou militares

em seu país de origem, e aqueles condenados à morte deverão ter suas penas transformadas em

privativa de liberdade. A Constituição Federal do Brasil impede que se extradite brasileiro nato e naturalizado,

a não ser que o crime tenha sido cometido antes da naturalização ou em casos de crime de tráfico de drogas.

O pedido formal de extradição é encaminhado pelo Estado requerente ao Ministério das Relações Exteriores, que

passa para o Supremo Tribunal Federal decidir a respeito. Este primeiramente faz a prisão do extraditando, que

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terá direito de defesa garantido, porém, sem análise do mérito, o seu processo será analisado e então se a

extradição for negada, o acusado será solto e o Estado requerente comunicado da decisão, se deferida, o Estado

requerente deverá aceitar algumas condições que garantam os direitos do extraditado. Formado o compromisso,

terá 60 dias para retirá-lo. Caso contrário, o indivíduo será colocado em liberdade sem renovação do processo de

extradição.

3.2 Expulsão e deportação de estrangeiros

A expulsão de um estrangeiro residente se configura por retirá-lo do território nacional por cometimento de

delito ou infração por meio de um processo que visa a defesa e a ordem interna. Não deve ser entendida como

pena, mas uma medida de prevenção, mesmo que o estrangeiro tenha sido condenado. Essa medida não é

arbitrária, ela é aplicada à estrangeiros que provoquem ameaça, perigo ou inconveniência aos interesses do

Estado que o expulsa. Em geral, ofensas à dignidade do Estado, desordem, espionagem, conspiração e ingresso

de forma ilícita.

A expulsão no Brasil é tratada na Constituição Federal. Faz-se por decreto presidencial e é vedada quando o

estrangeiro for casado com nacional ou tiver filho que seja seu dependente econômico. Porém, em caso de

adoção posterior ao fato motivador, divórcio ou abandono do filho, o estrangeiro poderá ser expulso. Uma vez

expulso, não será permitido seu regresso, a não ser que um decreto revogue a expulsão. O brasileiro nato não

pode ser expulso e a constituição não permite que seja banido. A diferença entre a expulsão e a extradição é

simples, a primeira acontece quando o crime é cometido no território nacional. A segunda quando o

crime é cometido em outro país e este solicita o envio do estrangeiro para que seja processado, julgado e

condenado de acordo com as leis do país requerente.

A deportação do estrangeiro que estiver em território nacional de forma irregular se dá de forma compulsória

sem o envolvimento do governo. É feita pelas autoridades locais, no Brasil, pela Polícia Federal, que decide pela

deportação caso não seja um caso que possa ser regularizado. Por exemplo, o estrangeiro que necessita de visto

antes de ingressar e não o fez, ou aquele que permaneceu além do prazo de seu visto e não possua motivo

plausível para renová-lo. Diferente da expulsão, não há cometimento de nenhum crime, basta que esteja

irregular em sua entrada ou permanência no território nacional para que seja deportado e seu retorno é

permitido, desde que regularize a documentação para reingresso.

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4 O Governo Soberano e seu reconhecimento
Para a história não há um meio formal de reconhecimento de um Estado. No Direito Internacional Público ele

se dá de forma livre, em que um ou mais Estados reconhecem a existência de um Estado, seu território e

a sociedade organizada existente. O reconhecimento, feito por atos diplomáticos, constata a existência de um

Estado soberano e cabe a este decidir integrar a sociedade internacional.

A partir do momento em que figuram no cenário internacional, também são reconhecidas sua soberania e

independência. No Direito Internacional, o reconhecimento de um Estado passou por três momentos até o que

temos atualmente.

PRIMEIRO
Com a Paz de Vestfália, que reconhece a independência dos Estados e surge então a ideia de soberania, que nada

mais é do que o fato dos Estados não serem subordinados a nenhum órgão superior e serem livres para

reconhecer outros Estados como seus semelhantes. Essa condição fez com que o Direito Internacional não

regulamente o reconhecimento de novos Estados.


SEGUNDO
Momento vem com o nascimento da Organização das Nações Unidas - ONU, que cria regras para a nova ordem

mundial.
TERCEIRO
Momento, parte do fim da Guerra Fria em 1989 até a atualidade, com o surgimento de novos Estados a partir do

fim da União Soviética e o desenvolvimento de novas regras internacionais de reconhecimento de Estado.

A ONU passa a ser envolvida nas declarações de independência, porém com a ausência de normas que proíbam

um Estado de declarar sua independência, resta a cada Estado da sociedade internacional reconhecer ou não a

existência de um novo Estado.

A melhor definição para Governo Soberano é que se trata de um elemento de condução do Estado que

possui e exerce o poder emanado de seu povo. Juridicamente falando, é a capacidade única de criar leis e

mantê-las em vigência.

Assista aí

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5 As organizações internacionais como destinatárias das
normas internacionais
Mesmo não existindo um conceito para definir as organizações internacionais, podemos entender que se tratam

de entidades criadas e compostas de forma voluntária por sujeitos de Direito Internacional, por meio de um ato

constitutivo, com institutos próprios e finalidade determinada pelas partes.

As organizações internacionais, possuem algumas características próprias:


• São criadas por Estados de forma voluntária;
• Sua constituição é dada em forma de tratados multilaterais;
• Sua personalidade jurídica é distinta de seus membros e é internacional;
• Possui órgãos próprios e independentes e seu estatuto regula as relações entre eles;
• Possui privilégios e imunidades para poder exercer suas funções.

Fique de olho
A Convenção de Viena, sobre o direito dos Tratados, dá direito às organizações internacionais
de celebrar tratados com outros Estados e outras organizações internacionais.

Quanto aos privilégios e imunidades, as organizações internacionais os possuem para garantir sua atuação. A

carta da ONU determina que as organizações devem ter privilégios e imunidades em todos os territórios de seus

membros, caso se instale em todos eles, assim como seus representantes e funcionários para o exercício de suas

atividades.

A Corte Internacional de Justiça reconhece a capacidade das organizações internacionais de ingressar demandas

contra Estados que tenham lhe causado danos, e tendo personalidade jurídica, também poderão ser sujeitas a

demandas de outras organizações ou Estados.

Um aspecto importante é como se financiam para poder existir, já que são organizações sem fins lucrativos.

Dessa forma, a manutenção é feita por contribuições dos Estados membros que pagam as despesas da

organização. Essas contribuições, sua periodicidade, montante, são determinadas no estatuto da

organização e deverão ser seguidas por todos os membros.

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5.1 Institucionalização da cooperação internacional

A cooperação internacional é um auxílio entre sujeitos de Direito Internacional com objetivo comum, que pode

ser político, cultural, humanitário, econômico e até estratégico e que beneficiará todas as partes. Podemos

classificar as cooperações como:

• BILATERAL

Operada entre dois sujeitos no mínimo.

• PLURILATERAL

Quando se estabelece entre mais de dois sujeitos.

• JUDICIÁRIA

Acontece para atender demanda judicial, atualmente para repressão de crimes como o tráfico de drogas,

armas, pessoas, e lavagem de dinheiro.

• TÉCNICA

Quando uma ou mais partes compartilha tecnologia, conhecimento ou experiência de que é titular. Pode

ser tanto de forma gratuita como onerosa.

• TÉCNICA-CIENTÍFICO

Quando existe interesse conjunto e uma pesquisa específica, as partes cooperam para pesquisar,

desenvolver, inovar em determinado assunto.

• FINANCEIRA

Quando uma parte recebe valores para desenvolver uma atividade de objetivo comum.

• HUMANITÁRIA

A cooperação tem finalidade de ajudar países que estejam em dificuldades de quaisquer naturezas,

guerra, fome, desastres.

• CULTURAL

A cooperação é para divulgação, promoção, disseminação de cultura de todos os seguimentos.

• ECONÔMICA

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Ajuda material para países que estejam passando por dificuldades de ordem material causadas por

qualquer razão.

A cooperação internacional de qualquer natureza contribui para o desenvolvimento mundial e é de extrema

importância para a integração dos sujeitos de Direito Internacional.

5.2 Organizações de cooperação e de integração

Falamos até agora das organizações internacionais. Dentre elas, existem as organizações de integração, também

chamadas de organizações de integração regional, que podemos entender como uma organização constituída

por Estados de uma determinada região. Grandes exemplos dessas organizações são a OEA – Organização dos

Estados Americanos, a União Europeia e o Mercosul.

Essas organizações são formadas com a finalidade de se integrarem em um bloco e cooperarem entre si para

alcançar objetivos comuns econômicos principalmente. De acordo com Petri e Weber (2006, p. 14):

Depois da formação do Mercado Comum Europeu, ou União Europeia, em 1993, outros blocos se

constituíram, cada qual reunindo um conjunto de países geralmente vizinhos ou territorialmente

próximos entre si. [...] Buscando uma integração maior ou menor entre seus membros, notadamente

econômica, o bloco seria a maneira dos países se fortalecerem em conjunto, evitando enfrentar

isoladamente a concorrência internacional.

Já as organizações de cooperação também podem ser de constituição regional ou até mesmo internacional. Sua

forma de cooperação é voltada para determinado assunto, por exemplo educação, cultura, ciência e economia. A

OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico é uma organização para cooperação e

desenvolvimento econômico, seus membros cooperam entre si para estimular investimentos e conseguir

reformas econômicas, além de outros temas comerciais, sociais e ambientais.

A OTCA – Organização do Tratado de Cooperação Amazônica é composta de oito países latinos com o

objetivo de incentivar o desenvolvimento sustentável e a inclusão social na Região Amazônica. O tratado

tem por princípio a pesquisa científica e o compartilhamento de informações de modo amplo e internacional. Seu

objetivo é fortalecer as capacidades tecnológicas e científicas para pesquisa da Floresta Amazônica e a criação de

ações e modelos de desenvolvimento sustentável e a minimização dos impactos ambientais.

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6 ONU: origem, transformação, estrutura orgânica,
princípios e objetivos
A Organização das Nações Unidas se originou logo após o fim da Segunda Guerra Mundial por meio da Carta da

ONU assinada em junho de 1945 com o principal propósito de manter a paz e a segurança entre as nações,

fomentar relações amistosas com base no respeito e na igualdade de direitos, cooperar para a solução de

problemas econômicos, culturais e humanitários, preservar os direitos humanos e a liberdade.

Hoje possui 193 países-membros, sendo 51 deles chamados originários, que são aqueles que

participaram da assinatura da Carta da ONU. O Brasil é um deles, e os demais países são chamados

membros admitidos ou eleitos, que são aqueles que passaram a integrar a organização após sua

constituição.

Figura 2 - Bandeira das Nações Unidas


Fonte: Yuriy Boyko, Shutterstock, 2020.

#PraCegoVer: A imagem apresenta a bandeira (emblema oficial) das Nações Unidas em branco num fundo azul.

O emblema consiste na projeção azimutal equidistante do mapa mundo (exceto a Antártica) centrada no Polo

Norte e rodeada de ramos de oliveira. Esses ramos simbolizam a paz, e o mapa mundo representa toda a

humanidade.

Sua estrutura é organizada em 5 órgãos independentes, que são definidos no artigo 7º da Carta.

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PRIMEIRO É Assembleia Geral da ONU, composta dos estados-membros. É o foro de discussões mais

ÓRGÃO importante do mundo e pode ser considerado como o “órgão legislativo”, pois o que é

discutido em seus encontros se concretiza na forma de resoluções. Além disso, é na

Assembleia Geral que são eleitos os membros dos Conselhos de Segurança e Econômico e

Social, além de decidir sobre a admissão, suspensão e expulsão de membros.

É o Conselho de Segurança, formado por cinco países permanentes que possuem direito a

veto (Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, Rússia e França) e dez países eleitos pela

Assembleia Geral por um período de dois anos sem chance de reeleição. É o único órgão

SEGUNDO que possui poder de decisão em que todos os demais Estados deverão seguir à risca, suas

ÓRGÃO demandas precisam ser aprovadas com nove votos favoráveis em que os cinco Estados

permanentes devem ser unânimes. Sua principal atribuição é pedir que os Estados

apliquem as determinações e medidas que afastem qualquer agressão e fazer

recomendações à Assembleia quanto à admissão, expulsão ou suspensão de membros.

É a Corte Internacional de Justiça, que é o órgão máximo, o tribunal mais representativo da

humanidade. Com sede em Haia, é formado por quinze juízes de diversas nacionalidades,
TERCEIRO
eleitos pela Assembleia com mandato de nove anos. Sua competência se refere a todos os
ÓRGÃO
tipos de litígio que os sujeitos de Direito Internacional lhe submeterem, além de emitir

pareceres sobre questões jurídicas a pedido da Assembleia ou do Conselho de Segurança.

É o Secretariado, que nada mais é do que o setor administrativo da organização. É aquele

QUARTO que atende os demais órgãos em suas demandas administrativas. É conduzido por um

ÓRGÃO secretário-geral com mandato de cinco anos e eleito pela Assembleia geral. Sua função

principal é ser intermediário entre os Estados e a ONU.

É o Conselho Econômico e Social, formado por cinquenta e quatro países eleitos na

QUINTO Assembleia Geral por um período de três anos, divididos em comissões para cada

ÓRGÃO continente. Tem o objetivo de criar políticas e condições de estabilidade econômica e bem-

estar social necessárias para manter a paz entre as nações.

Além desses órgãos, a ONU também possui organismos especializados criados por meio de acordos com Estados

para tratar dos mais diversos temas, como trabalho, economia, cultura, bem-estar, direitos humanos, saúde,

educação, ciência, alimentação, entre outras. Com o principal objetivo de promover e assegurar a paz mundial,

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atualmente a ONU possui muitos outros objetivos, como erradicar a fome e a pobreza em todas as suas formas,

alcançar segurança alimentar e promover agricultura sustentável, assegurar uma vida saudável para todos,

alcançar igualdade de gênero e empoderar mulheres, assegurar saneamento básico para todos, promover

crescimento econômico inclusivo e produtivo, reduzir a desigualdade, combater mudanças climáticas, conservar

oceanos e mares, entre outros voltados para questões ambientais, de conservação de recursos naturais e

sustentabilidade.

Para alcançar esses objetivos, são pautados os princípios como o da igualdade soberana de seus

membros, o princípio da boa-fé no cumprimento das obrigações assumidas.

Os Estados-membros devem resolver suas discussões por meios pacíficos, que não ameacem a paz, a segurança e

a justiça internacionais. Todos os Estados devem evitar uso de força uns contra os outros e todos devem oferecer

assistência às ações da ONU.

é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• aprofundar seu conhecimento sobre o Direito Internacional Público;
• aprender a distinção de território, fronteiras e limites;
• conhecer sobre os diversos tipos de domínio de um Estado Soberano;
• estudar sobre nacionalidade, população e estrangeiros;
• conhecer mais sobre as organizações internacionais e as formas de cooperação.

Referências
ABAD, R. R. El Estado em el desarrollo de la comunidad. Buenos Aires: Club de Lectores, 1968. (Tradução da

autora).

BRASIL. Presidência da República, Decreto Nº 28.840 de 08 de novembro de 1950 – Declara integrada ao

território nacional a plataforma submarina. Brasília: D.O.U. 1950.

BRASIL. Presidência da República, Decreto Nº 65.164 de 26 de agosto de 1968 – Dispõe sobre exploração e

pesquisa na plataforma submarina. Brasília: D.O.U. 1968.

BRASIL. Presidência da República, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: 1988.

BRASIL. Presidência da República, Lei Nº 8.617 de 04 de janeiro de 1993 – Dispõe sobre o mar territorial, a

zona contígua exclusiva e plataforma continental brasileiros. Brasília: D.O.U. 1993.

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BRASIL. Presidência da República, Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015 – Dispõe sobre o novo código de

processo civil. Brasília: D.O.U. 2015.

BRASIL. Presidência da República, Lei nº 13.445 de 24 de maio de 2017 – Estatuto do Estrangeiro. Brasília: D.

O.U. 2017.

CÂMARA DOS DEPUTADOS. Estatuto da Corte Internacional de Justiça. Disponível em: https://www2.camara.

leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/comite-brasileiro-de-direitos-humanos-

e-politica-externa/EstCortIntJust.html. Acesso em 01 mai. 2020.

GONÇALVES, J. B. Direitos brasileiros de zona econômica exclusiva e de plataforma continental em torno do

arquipélago de São Pedro e São Paulo. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/130 Acesso

em: 13 mai. 2020.

MICHAELIS. Moderno dicionário da língua portuguesa. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/moderno

/portugues/index.php. Acesso em: 10 mai. 2020.

NAÇÕESUNIDAS. Carta da ONU. Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2017/11/A-

Carta-das-Na%C3%A7%C3%B5es-Unidas.pdf. Acesso em 02 mai. 2020.

NOGUEIRA, M. C. A. Cidadania e nacionalidade têm conceitos distintos. Disponível em: https://www.conjur.com.

br/2009-jun-11/apesar-proximidade-cidadania-nacionalidade-conceitos-distintos. Acesso em: 13 mai. 2020.

PETRI, F. C.; WEBER, B. T. Os efeitos da globalização nos processos de integração dos blocos econômicos.

Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Integração Latino-Americana – UFSM, Volume 2, Número

2, 2006.

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