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Universidade Aberta UNISCED

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Licenciatura Em Administração Pública

Trabalho de Campo

Arsénio Sadique Aualo

Lichinga, Março de 2024


Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Licenciatura Em Administração Pública

Trabalho de Campo

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura
Em Administração Pública da UnISCED.

Arsénio Sadique Aualo

Lichinga, Março de 2024


Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 4

1. Objectivos ............................................................................................................................... 4

1.1. Geral ................................................................................................................................ 4

1.2. Específico ........................................................................................................................ 4

2. Resolução ............................................................................................................................... 5

2.1. Descrição argumentativa sobre o caso prático ................................................................ 5

2.2. Ponto de vista sobre a violação da soberania Moçambicana ........................................... 5

2.3. Identificação da convenção que determina a soberania do Estado Costeiro ................... 6

2. 4. Largura do mar territorial definido pela Convenção que trata sobre Direito do Mar ..... 6

3. Conclusão ............................................................................................................................... 7

4. Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 8


1.0 Introdução
Este trabalho é referente ao módulo de Direito Internacional Público e Privado, têm como
principal objectivo fazer com que o estudante reflecta questões ligados a soberania do Estado
Costeiro, tanto como a violação da soberania Moçambicana, também procura identificar a
convenção que determina a soberania do estado Costeiro e por fim, destacar a largura do mar
territorial definido pela Convenção que trata sobre Direito do Mar. Aqui, o estudante é chamado
a reflexão mediante um caso prático envolvendo matéria do Direito Internacional Público e
Privado. No entanto, é possível aferir o caso em epígrafe aborda sobre o direito do mar, porém,
em duas vertentes, ou seja, particularmente retrata o contexto do direito do mar moçambicano
e assim como uma abordagem mais abrangente em torno essa matéria. Ademais, coloca o futuro
administrador público numa situação de constante reflexão sobre a soberania Moçambicana, no
que diz respeito a violação e/ou não da faixa marítima Moçambicana, por parte de estrangeiros.
Naturalmente, essa matéria é tida como profunda, pelo facto dessa retratar do direito do mar,
por conseguinte, julga-se que a sua natureza é meramente diferente da fronteira/limite terrestre.
Contudo, são evidenciados pontos que podem levar o estudante a ter o conhecimento puramente
aprofundado em torno da convenção que determina a soberania do Estado Costeiro, tanto como,
uma reflexão abrangente sobre a largura do mar territorial definido pela Convenção.

1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
❖ Analisar e compreender o direito do mar através do caso hipotético em epígrafe.
1.1.2. Específico
❖ Apresentar argumentos em torno do caso hipotético;
❖ Aferir se foi cometido o crime de violação da soberania Moçambicana;
❖ Identificar a convenção que determina a soberania do estado Costeiro.

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2.0 Resolução
2.1. Descrição argumentativa sobre o caso prático
Diante do pressuposto de que qualquer pessoa e/ou uma coisa que encontra-se num determinado
território sempre é sujeita a uma certa autoridade do Estado, por conseguinte, não pode em
momento algum aparecer autoridade de um outro país, alegando que têm o direito de exercer
ou mesmo legislar a jurisdição. Porém, abre-se excepção, quando existem aqueles casos que
são admitidos e regulados pelo direito internacional, ou seja, há casos em que pode haver
intervenção doutros Estados, tal como é o caso do direito do mar, é matéria que de certa forma
une vários continentes, países.
Seguindo tal lógica, mesmo antes da incoerência de limite legalmente delimitado, o exercício
extraterritorial da jurisdição, por qualquer Estado, no território de outro, deve subordinar-se
aos imperativos da comitas gentium, da boa convivência entre os Estados. Isto é, pesa embora
haja essa deliberação de intervenção por parte doutros Estados num determinado Estado, é
pertinente ambos tenham boas relações, cooperação, no sentido de efectivar-se esse aspectos de
cooperação mútua no certo tipo de interesse de ambos estados. Portanto, a soberania de Estado
costeiro sobre o seu mar territorial abrange não apenas as águas, mas também o leito do mar,
seu subsolo e o espaço aéreo correspondente, devendo tal Estado, contudo, admitir o direito
de passagem inocente de navios mercantes ou de guerra de qualquer outro Estado.
Diante da passagem exposta no enunciado compreendo que a autoridade moçambicana ao
apreenderam o navio e os seus ocupantes alegando que foi violada a convenção internacional e
respectivamente a soberania moçambicana, terá violado o direito de passagem inocente de
navios mercantes ou de guerra de qualquer Estado.
Ora vejamos, e a convenção fixa que todos os Estados têm sim o direito de fixar aquilo que
podemos chamar de largura de seu mar territorial, até o limite de doze (12) milhas. Por
conseguinte, este princípio sofre uma restrição regida pela norma Internacional aquando da
passagem inofensiva de um navio, desde que esteja devidamente identificado e reconhecido
com navio de um determinado país, podendo muito bem apresentar qualquer bandeira, esses
navios pode ser de mercante ou guerra.

2.2. Ponto de vista sobre a violação da soberania Moçambicana


Pelo contrario, a soberania Moçambicana não foi violada, apesar de que a convenção fixa que
todos os Estados têm sim o direito de fixar aquilo que podemos chamar de largura de seu mar
territorial, até o limite de doze (12) milhas. Por conseguinte, este princípio sofre uma restrição
regida pela norma Internacional aquando da passagem inofensiva de um navio, desde que esteja
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devidamente identificado e reconhecido com navio de um determinado país, podendo muito
bem apresentar qualquer bandeira, esses navios pode ser de mercante ou guerra.

Eventualmente, uma abordagem idêntica á que foi destacada nesse ponto, consta nas diferentes
Convenções Internacionais e em uso internacional, que de certa forma subsidia a resposta dada,
ora vejamos, as autoridades locais são chamadas a intervir a bordo de um navio estrangeiro se
por ventura, a ordem pública for perturbada ou mesmo o comandante do navio for a solicitar a
intervenção do Estado.

Outrora, no que diz respeito ao mar territorial, admite-se o seguinte, todo navio nacional e/ou
estrangeiro está sujeito, em princípio à aquilo que pode-se chamar de jurisdição do Estado
Costeiro. Pesa embora que esta jurisdição, apresenta algumas limitações em relação a jurisdição
que vela sobre os navios estando nas águas interiores, uma vez que os navios têm direito de
passagem inofensiva. Todavia, falar da passagem inofensiva trata-se da navegação percorrida
pelo mar territorial, com objectivo de atravessar o mar, porém, sem efectuar a penetração nas
águas interiores, muito menos, escalar num ancoradouro e/ou porto situado fora das águas
interiores.

2.3. Identificação da convenção que determina a soberania do Estado Costeiro


A convenção que determinou a Soberania do Estado Costeiro é a convenção de 1982. Pois, foi
possível aferir que antes existiram as duas primeiras Convenções sobre o mar, de 1958 e 1960,
que por sua vez, terram inauguradas as tentativas de desenvolver a relação que tinham por
objecto o mar, porém, só veio consolidar-se somente em 1982, através da Convenção sobre o
mar três. Contudo, na ausência de consenso, esse processo só foi alcançado a partir da limitação
universal do espaço marítimo, isto em 1982.

2. 4. Largura do mar territorial definido pela Convenção que trata sobre Direito do Mar
Naturalmente, a Convenção Internacional sobre o Direito do Mar revela que “todos os Estados
evidentemente têm o direito de fixar aquilo que podemos muito bem considerar como a largura
de seu mar territorial, isto é, até o limite de 12 milhas, haja vista o anterior, a partir da linha de
baixa-mar ao longo da sua costaˮ. Portanto, em virtude disso, julgamos que foi nesse contexto
que Moçambique, em 1976 viu-se na necessidade de definir os seus direitos, sobretudo, sobre
os recursos económicos do mar adjacente á costa da República Popular de Moçambique, através
do Decreto Lei nº 31/76, que por sinal, declara assim a largura do Mar territorial doze (12)
milhas, assim como da Zona económica exclusiva duzentas (200) Milhas.

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3.0 Conclusão
Diante dos argumentos acima arrolados, concluiu-se que a soberania do Estado costeiro por
conta da sua natureza não é taxativamente absoluta, tal como é o caso do território e/ou das
águas localizadas nos interiores, isto porque, a área costeira têm a tendência de sofrer uma certa
restrição advinda da norma internacional, no que diz respeito a passagem inofensiva, que por
sua vez, é reconhecida aos navios de quase todas, se não qualquer bandeira reconhecida a nível
internacional, pode ser de (mercante ou mesmo de guerra). Ambos podem sim atravessar as
águas territoriais, de Moçambique, por exemplo, desde que a movimentação destes seja de
forma rápida e ininterrupta, ou seja, continua, pode ser em direcção ao seu atrancamento na
costa, ou simplesmente, seja em direcção as águas interiores para atracar num porto. Contudo,
sabe-se que o limite exterior do mar territorial define-se por uma linha em que fica em cada um
dos pontos a uma distância do ponto mais bem próximo da linha de base á largura do mar
territorial.

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4.0 Referências Bibliográficas
1. Accioly.; Hildebrando. (2012). Manual de Direito Internacional Publico, 20ª edição,
Saraiva Editora, São Paulo.

2. Mazzouli.; Valério de Oliveira. (2011). Curso de Direito Internacional Publico, 5ª edição,


Editora dos Tribunais, São Paulo.

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