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Trabalho de Campo
Trabalho de Campo
1. Objectivos ............................................................................................................................... 4
2. Resolução ............................................................................................................................... 5
2. 4. Largura do mar territorial definido pela Convenção que trata sobre Direito do Mar ..... 6
3. Conclusão ............................................................................................................................... 7
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
❖ Analisar e compreender o direito do mar através do caso hipotético em epígrafe.
1.1.2. Específico
❖ Apresentar argumentos em torno do caso hipotético;
❖ Aferir se foi cometido o crime de violação da soberania Moçambicana;
❖ Identificar a convenção que determina a soberania do estado Costeiro.
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2.0 Resolução
2.1. Descrição argumentativa sobre o caso prático
Diante do pressuposto de que qualquer pessoa e/ou uma coisa que encontra-se num determinado
território sempre é sujeita a uma certa autoridade do Estado, por conseguinte, não pode em
momento algum aparecer autoridade de um outro país, alegando que têm o direito de exercer
ou mesmo legislar a jurisdição. Porém, abre-se excepção, quando existem aqueles casos que
são admitidos e regulados pelo direito internacional, ou seja, há casos em que pode haver
intervenção doutros Estados, tal como é o caso do direito do mar, é matéria que de certa forma
une vários continentes, países.
Seguindo tal lógica, mesmo antes da incoerência de limite legalmente delimitado, o exercício
extraterritorial da jurisdição, por qualquer Estado, no território de outro, deve subordinar-se
aos imperativos da comitas gentium, da boa convivência entre os Estados. Isto é, pesa embora
haja essa deliberação de intervenção por parte doutros Estados num determinado Estado, é
pertinente ambos tenham boas relações, cooperação, no sentido de efectivar-se esse aspectos de
cooperação mútua no certo tipo de interesse de ambos estados. Portanto, a soberania de Estado
costeiro sobre o seu mar territorial abrange não apenas as águas, mas também o leito do mar,
seu subsolo e o espaço aéreo correspondente, devendo tal Estado, contudo, admitir o direito
de passagem inocente de navios mercantes ou de guerra de qualquer outro Estado.
Diante da passagem exposta no enunciado compreendo que a autoridade moçambicana ao
apreenderam o navio e os seus ocupantes alegando que foi violada a convenção internacional e
respectivamente a soberania moçambicana, terá violado o direito de passagem inocente de
navios mercantes ou de guerra de qualquer Estado.
Ora vejamos, e a convenção fixa que todos os Estados têm sim o direito de fixar aquilo que
podemos chamar de largura de seu mar territorial, até o limite de doze (12) milhas. Por
conseguinte, este princípio sofre uma restrição regida pela norma Internacional aquando da
passagem inofensiva de um navio, desde que esteja devidamente identificado e reconhecido
com navio de um determinado país, podendo muito bem apresentar qualquer bandeira, esses
navios pode ser de mercante ou guerra.
Eventualmente, uma abordagem idêntica á que foi destacada nesse ponto, consta nas diferentes
Convenções Internacionais e em uso internacional, que de certa forma subsidia a resposta dada,
ora vejamos, as autoridades locais são chamadas a intervir a bordo de um navio estrangeiro se
por ventura, a ordem pública for perturbada ou mesmo o comandante do navio for a solicitar a
intervenção do Estado.
Outrora, no que diz respeito ao mar territorial, admite-se o seguinte, todo navio nacional e/ou
estrangeiro está sujeito, em princípio à aquilo que pode-se chamar de jurisdição do Estado
Costeiro. Pesa embora que esta jurisdição, apresenta algumas limitações em relação a jurisdição
que vela sobre os navios estando nas águas interiores, uma vez que os navios têm direito de
passagem inofensiva. Todavia, falar da passagem inofensiva trata-se da navegação percorrida
pelo mar territorial, com objectivo de atravessar o mar, porém, sem efectuar a penetração nas
águas interiores, muito menos, escalar num ancoradouro e/ou porto situado fora das águas
interiores.
2. 4. Largura do mar territorial definido pela Convenção que trata sobre Direito do Mar
Naturalmente, a Convenção Internacional sobre o Direito do Mar revela que “todos os Estados
evidentemente têm o direito de fixar aquilo que podemos muito bem considerar como a largura
de seu mar territorial, isto é, até o limite de 12 milhas, haja vista o anterior, a partir da linha de
baixa-mar ao longo da sua costaˮ. Portanto, em virtude disso, julgamos que foi nesse contexto
que Moçambique, em 1976 viu-se na necessidade de definir os seus direitos, sobretudo, sobre
os recursos económicos do mar adjacente á costa da República Popular de Moçambique, através
do Decreto Lei nº 31/76, que por sinal, declara assim a largura do Mar territorial doze (12)
milhas, assim como da Zona económica exclusiva duzentas (200) Milhas.
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3.0 Conclusão
Diante dos argumentos acima arrolados, concluiu-se que a soberania do Estado costeiro por
conta da sua natureza não é taxativamente absoluta, tal como é o caso do território e/ou das
águas localizadas nos interiores, isto porque, a área costeira têm a tendência de sofrer uma certa
restrição advinda da norma internacional, no que diz respeito a passagem inofensiva, que por
sua vez, é reconhecida aos navios de quase todas, se não qualquer bandeira reconhecida a nível
internacional, pode ser de (mercante ou mesmo de guerra). Ambos podem sim atravessar as
águas territoriais, de Moçambique, por exemplo, desde que a movimentação destes seja de
forma rápida e ininterrupta, ou seja, continua, pode ser em direcção ao seu atrancamento na
costa, ou simplesmente, seja em direcção as águas interiores para atracar num porto. Contudo,
sabe-se que o limite exterior do mar territorial define-se por uma linha em que fica em cada um
dos pontos a uma distância do ponto mais bem próximo da linha de base á largura do mar
territorial.
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4.0 Referências Bibliográficas
1. Accioly.; Hildebrando. (2012). Manual de Direito Internacional Publico, 20ª edição,
Saraiva Editora, São Paulo.