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DEPARTAMENTO DE ___________________________
DIREITO INTERNACIONAL
Nome : ___________
Nº____________
2º Ano Docente
Sala nº __________
Turno:__________ ___________________________
Curso:_________
Luanda /2021
ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO..............................................................................................................1
2.DESENVOLVIMENTO.................................................................................................2
3.CONCLUSÃO................................................................................................................9
4.REFERÊNCIAS...........................................................................................................10
1. INTRODUÇÃO
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1. DESENVOLVIMENTO
Até ao início da expansão europeia, os problemas de domínio sobre o mar eram muito
restritos. O mundo civilizado confinava-se à Europa, que se encontrava organizada na
República Cristiana sob a autoridade do Papa. Admitia-se então que os espaços
marítimos fossem apropriáveis ou pelo menos sujeitos a domínio. Veneza exercia
jurisdição sobre o Adriático, Génova sobre o mar da Ligúria, a Noruega sobre o Báltico
e a Inglaterra sobre os mares que banham as suas ilhas. Os oceanos eram, porém,
desconhecidos, não suscitando discussão. Com os descobrimentos marítimos,
portugueses e espanhóis ganharam o domínio sobre as grandes rotas que tinham
desvendado. Os seus direitos exclusivos de navegação eram, à luz das concepções do
tempo, bem titulados, fundando-se nos direitos de descobrimento, ocupação e concessão
papal. As bulas “Inter Coetera” e “Ea quae pro bano pacis”, esta homologando o
Tratado de Tordesilhas, dividiram a jurisdição sobre as terras e mares descobertos entre
os reinos de Portugal e de Espanha, com geral acatamento da Europa.
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do mar oferece essencialmente dois aspectos: é meio de comunicação e é objeto de
exploração de recursos econômicos. Até há pouco tempo, a consideração do mar como
meio de comunicação foi largamente predominante, quase absorvente. O que
interessava fundamentalmente era a sua utilização pela navegação comercial e pelo
poder naval que a sustinha e a esta finalidade ajustava-se bem o princípio da liberdade
dos mares. A exploração de recursos, limitada praticamente às atividades de uma pesca
exercida com meios modestos e segundo técnicas de feição artesanal, passava quase
despercebida no quadro dos interesses marítimos. E assim, durante séculos, os Estados
conformaram-se com o princípio da liberdade dos mares e com estreitos limites da zona
reservada à sua jurisdição e o direito internacional marítimo conheceu um longo período
de grande estabilidade. Não se pense, contudo, que esta estabilidade se tivesse
conseguido à custa de um perfeito equilíbrio ou que lhe tivesse correspondido sempre
uma situação de perfeita igualdade.
A Assembleia Geral das Nações Unidas, na sua sessão de 1970, proclamou a concepção
do fundo do mar, para além dos limites da jurisdição nacional, como patrimônio comum
da humanidade, a ser explorado equitativamente em proveito de todos os Estados, quer
costeiros quer interiores. Para além das questões levantadas com a organização desta
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exploração, ficou em aberto o problema da determinação dos limites do patrimônio
comum, dependente como está da definição exata que vier a ser dada aos limites da
jurisdição nacional.
A Conferência de Direito do Mar, de difícil maneio devido à sua dimensão (mais de 150
Estados), tem progredido lentamente, o que é compreensível quando se discute o
estatuto futuro dos últimos recursos livres do planeta Terra. Na realidade, a Conferência
realiza uma tarefa gigantesca, nada menos que a edificação de uma Constituição básica
dos oceanos capaz de conciliar os interesses contraditórios e até opostos de todos os
Estados do mundo.
A questão da jurisdição Angolana no Mar à Luz da Convenção das Nações Unidas sobre
o Direito do Mar e da Lei n. 14/10, que Regula o exercício de poderes e define os
limites dos espaços marítimos sob soberania e jurisdição de Angola, fazendo uma
comparação entre a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e a Lei 14/10
em todos os aspetos quer seja de Direitos e deveres dos Estados Constante dos dois
diplomas legais e ver as definições usadas se o entendimento que ambos
atribuem aos conceitos relativos as diferentes zonas marítimas (Mar Territorial,
Zona Contígua, Zona Económica Exclusiva, e a Plataforma Continental) são as mesmas,
uma vez que a Lei n. 14/10, no seu artigo 4 que aborda a questão da interpretação da
mesma prevê que deve ser feita em conformidade com os princípios e normas do
direito internacional, designadamente os previstos na Convenção das Nações
Unidas Sobre o Direito do Mar, de 10 de Dezembro de 1982.
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1.3. Importância do Estudo do Direito Marítimo
O Direito Marítimo não se resume ao estudo jurídico das operações do transporte por
mar, vez que cogita, também as pessoas e os bens que delas participam. Por outro lado,
o carácter internacional dos transportes marítimos, a par da capacidade que têm os
Estados de soberanamente legislarem sobre questões de seu interesse, dá lugar a
frequentes conflitos de leis, pois não raro a lei do pavilhão e a lei do lugar disciplinam
de maneira diversa o mesmo problema. O estudo do Direito Marítimo encerra, o de
instituições de Direito público e privado, nacional e internacional. Como decorrência da
extensão e do particularismo do Direito Marítimo, muitos são os institutos que orbitam
este peculiar ramo do Direito, podendo - se citar, dentre outros, o crédito marítimo, a
armação de embarcação, o fretamento, a abalroação, o direito de passagem inocente, a
fortuna do mar, as águas internacionais, a hipoteca naval, o registo da propriedade
marítima, e etc. Conforme sugere forte pensamento doutrinário, devemos considerar a
seguinte distribuição:
a) normas de direito público marítimo, ou melhor, do direito marítimo
administrativo e penal, compreendendo as normas relativas à Marinha Mercante,
à Polícia dos Portos, à organização e funcionamento dos Tribunais Marítimos.
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b) normas de direito internacional marítimo: público ou privado. Regulam a
liberdade dos mares, o direito e obrigações entre beligerantes e neutros; e
ocupam - se em solucionar os conflitos de leis derivados da navegação,
respectivamente.
c) normas de direito comercial marítimo ou de direito marítimo privado, ou ainda
de direito civil marítimo que são as que regem a armação e expedição de navios
e as relações decorrentes dos factos inerentes à navegação.
No Direito da Navegação se vê regulamentado o tráfego, visando a segurança do fluxo
de navios, e aí tem - se, dentre outras, as normas de sinalização náutica e os
regulamentos internos e internacionais param o tráfego da navegação, nos portos, vias
navegáveis, e no alto mar.
O Direito Marítimo, ora se confronta com normas de natureza pública, ora com aquelas
de natureza privada, como as que regem o comércio marítimo em geral. Por mais
abrangente alcança esta natureza mista, isto é, às características do Direito da
Navegação acrescem-se àquelas, regentes do direito privado, como a onerosidade, a
simplicidade, a mutabilidade e a codificação, dentre outras inerentes a esse ramo do
direito.
Deve-se ressaltar que os sectores de transporte aquático, portos e comércio exterior, pela
natureza internacional das actividades, sofrem intensa regulação supranacional realizada
por meio de tratados editados pelos organismos internacionais.
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Law) que tratam do comércio e desenvolvimento e do Direito do Comércio
Internacional, respectivamente.
Assim, a opção ideológica do organizador da obra não deve ser omissa, qual seja: a de
que objectiva contribuir para o aperfeiçoamento do Direito Marítimo e da regulação de
transportes em Angola a construção de um Direito Marítimo revigorado, autónomo e
dialéctico.
Essa disciplina deve defender os interesses dos usuários dos serviços, destinatário
principal das políticas de transporte, e das empresas de navegação nacionais e, ao
mesmo tempo, estimular a economia, de forma sustentável, por meio da iniciativa
privada dos agentes económicos do sector de transportes de Angola, e proteger os
interesses do país, que tem grande dependência de navios de outras bandeiras.
Não é erróneo afirmar que falta maior contribuição para a segurança jurídica do
transporte aa aviário (marítimo, fluvial, lacustre) de mercadorias e pessoas no direito
angolano por meio da difusão de temas relacionados ao Direito Marítimo, à luz da
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Regulação e do Direito e Desenvolvimento, ou seja, que viabilize a efectividade dos
objectivos do art.º 21º da Constituição Angolana.
O transporte marítimo é o que utiliza como vias de passagem nos mares abertos, para o
transporte de mercadorias e de passageiros. O transporte fluvial usa os lagos e rios.
Como o transporte marítimo representa a grande maioria do transporte aquático, muitas
vezes é usada esta denominação como sinónimo.
A navegação marítima nas épocas antigas, medieval e moderna, foi o mais importante
meio de difusão comercial e cultural. Foi pelo mar que os portugueses descobriram
novos mundos, que os vikings fizeram as suas conquistas e muito mais. A história do
barco é tão antiga quase como a do homem, antes de trabalhar a pedra o homem
descobre que um tronco suficientemente grande é capaz de o fazer flutuar, depois com o
evoluir da civilização, quem sabe cem, mil ou cem mil anos depois vai aprendendo
maneiras de mudar a forma desse tronco, tornando - o mais estável e melhor, chegando
mais tarde a barcos e caravelas.
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2. CONCLUSÃO
O fato é que o direito dos mares assume fundamental importância porque trata
exatamente de espaços aquáticos que cobrem a grande maioria da superfície terrestre,
além do que possuem riquezas de uso direto porque já disponíveis (pesca/navegação) e
de uso a partir de intervenção no meio ambiente, tais como extração de petróleo e gás. O
Direito Marítimo angolano, deve ser Republicano e preservar os princípios da
soberania, da cidadania, da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa, especialmente das micro, pequenas e médias empresas,
pela sua grande vulnerabilidade no sector de transportes especialmente o marítimo.
Assim, a soberania dos países representados nas bandeiras das embarcações que
transitam pelo mundo, e as regras que devem ser cumpridas, em virtude das convenções
internacionais, também transbordam influências para o direito marítimo interno de
Angola.
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3. REFERÊNCIAS
MATTOS; Adherbal Meira. Os novos limites dos espaços marítimos nos trinta anos da
convenção das nações unidas sobre o direito do mar. Reflexões sobre a Convenção do
Direito do Mar. Org. André Panno Beirão, Antônio Celso Alves Pereira. Brasília:
FUNAG, 2014.
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