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CAAQ Professor:

ELT JOSÉ MARIO DA COSTA SILVA


International Maritime Organization – IMO

O transporte marítimo internacional é talvez a maior das indústrias do


mundo, servindo mais de 90% do comércio global através da realização do
transporte de enormes quantidades de carga de forma eficaz, limpa e segura.
As mais variados rotas que cada empresa de navegação detém,
proporciona a cada navio participar ativa e diretamente da vida econômica de
cada país que deixa ou que embarca commodities ou qualquer outro tipo de
produto pronto pra ser negociado. Urge, portanto, a necessidade de adotar-se
normas internacionais como firme propósito de harmonizar o transporte
marítimo, e por conseguinte a segurança da navegação. Os tratados marítimos
primeira datam do século 19. Mais tarde, o desastre do Titanic em 1912 gerou
o primeiro tratado internacional de segurança da vida humana no mar - SOLAS
- Convenção, ainda o tratado mais importante no contexto da segurança
marítima.
A Convenção que institui a Organização Marítima Internacional
(OMI), foi adotada em Genebra em 1948 e IMO encontraram pela
primeira vez em 1959. A principal tarefa da IMO foi de
desenvolver e manter um quadro regulamentar global para o
transporte e hoje sua missão inclui a segurança, as preocupações
ambientais, assuntos jurídicos, cooperação técnica, a segurança
marítima e à eficácia da navegação.

A agência especializada das Nações Unidas conta com 169


Estados-membros e três membros associados. A IMO tem sua
sede instalada no Reino Unido, mais precisamente em Lonfres
com cerca de 300 funcionários internacionais.
Comissões especializadas da IMO e sub-comitês são o foco para o trabalho
técnico para atualizar a legislação existente ou desenvolver e aprovar novos
regulamentos, com reuniões com a participação de peritos navais dos
Governos membros, juntamente com os interessados ​a partir de organizações
intergovernamentais e não-governamentais.
O resultado é um vasto conjunto de convenções internacionais,
apoiados por centenas de recomendações que regem todos os aspectos do
transporte marítimo. Há, em primeiro lugar, as medidas destinadas à
prevenção de acidentes, incluindo as normas para a concepção de navios,
construção, equipamento, funcionamento e tripulação - tratados chave
incluem SOLAS, a Convenção MARPOL para a prevenção da poluição por navios
e da Convenção STCW sobre normas de formação para os marítimos.
REPRESENTANTE PERMANTE DO BRASIL NA IMO
RPB-IMO ou OMI
Decreto n.º 3.402. de 04.ABR.2000
Art. 1o A Representação Permanente do Brasil junto à Organização
Marítima Internacional - OMI, com sede em Londres, Reino Unido, passa a ser
exercida pela Marinha do Brasil.

§ 1o O cargo de Representante Permanente do Brasil junto à OMI será


exercido por um Almirante, do Corpo da Armada, da Marinha do Brasil, da
ativa ou da reserva, auxiliado por um assessor, designado Representante
Alterno, do posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra da ativa e por um
Representante Alterno do Ministério das Relações Exteriores.
LEGISLAÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL

Nacional:
-LESTA - Lei 9.537/97
-RLESTA
-NORMANs

INTERNACIOAL:
-SOLAS
-MARPOL
-STCW
-LINHAS DE CARGA - LOADLINE
AUTORIDADE MARITIMA

É o representante legal do país, responsável, dentre outras


atribuições, pelo ordenamento e regulamentação das atividades
da Marinha Mercante, cabendo a ela promover a implementação
e a execução da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário - LESTA,
com o propósito de assegurar a salvaguarda da vida humana, a
segurança da navegação, no mar aberto e hidrovias interiores, e a
prevenção da poluição ambiental por parte de embarcações,
plataformas ou suas instalações de apoio.
A Autoridade Marítima no Brasil é o Comandante da Marinha.
O Diretor de Portos e Costas é o representante da Autoridade
Marítima para a Marinha Mercante, Segurança do Tráfego
Aquaviário e Meio Ambiente.
Estão sob sua responsabilidade os assuntos concernentes à
Marinha Mercante, ao Ensino Profissional Marítimo e aos
Aquaviários, à segurança do Tráfego Aquaviário, à Inspeção Naval,
à segurança das embarcações, à praticagem e à prevenção de
poluição ambiental por parte de navios, plataformas e suas
estações de apoio e à poluição causada por vazamento de óleo e
outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição
nacional.
As representações da Autoridade Marítima referentes a
fiscalização do cumprimento das normas de Segurança do
Tráfego Aquaviário e do Meio Ambiente, são exercidas pelos
Comandantes de Distritos Navais e do Comando Naval da
Amazônia Ocidental, diretamente ou por meio das
Capitanias dos Portos e Capitanias Fluviais, suas Delegacias
e Agências, denominadas Agentes da Autoridade Marítima.
De acordo com o artigo 4° da Lei n. 9.537 de 11 de
Dezembro de 1997(LESTA), que dispõe sobre a segurança do
tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional, são
atribuições da Autoridade Marítima:
1) elaborar normas para:
- habilitação e cadastro dos aquaviários e amadores;
- tráfego e permanência das embarcações nas águas sob
jurisdição nacional, bem como sua entrada e saída de
portos, atracadouros, fundeadouros e marinas;
- realização de inspeções navais e vistorias;
- arqueação, determinação da borda livre, lotação,
identificação e classificação das embarcações;
- inscrição das embarcações e fiscalização do Registro de
Propriedade;
- cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcações
nacionais;
- execução de obras, dragagens, pesquisa e lavra de
minerais sob, sobre e às margens das águas sob jurisdição
nacional, no que concerne ao ordenamento do espaço
aquaviário e à segurança da navegação, sem prejuízo das
obrigações frente aos demais órgãos competentes;
- cadastramento e funcionamento das marinas, clubes e
entidades desportivas náuticas, no que diz respeito à
salvaguarda da vida humana e à segurança da navegação no
mar aberto e em hidrovias interiores;
- cadastramento de empresas de navegação, peritos e
sociedades classificadoras;
- estabelecimento e funcionamento de sinais e auxílios à
navegação;
- aplicação de penalidade pelo Comandante.
2) Cabe ainda à Autoridade Marítima:
- determinar a tripulação de segurança das embarcações,
assegurado às partes interessadas o direito de interpor
recurso, quando discordarem da quantidade fixada
- determinar os equipamentos e acessórios que devam ser
homologados para uso a bordo de embarcações e
plataformas e estabelecer os requisitos para a homologação
- estabelecer a dotação mínima de equipamentos e
acessórios de segurança para embarcações e plataformas
- estabelecer os limites da navegação interior
- estabelecer os requisitos referentes às condições de
segurança e habitabilidade e para a prevenção da poluição
por parte de embarcações, plataformas ou suas instalações
de apoio
- executar a inspeção naval
- executar vistorias, diretamente ou por intermédio de
delegação a entidades especializadas.
Lei nº 9.537, de 11 de dezembro de 1997
LESTA - Segurança do Tráfego Aquaviário em Águas sob
Jurisdição Nacional
Art. 1° A segurança da navegação, nas águas sob jurisdição
nacional, rege-se por esta Lei.
§ 1° As embarcações brasileiras, exceto as de guerra, os
tripulantes, os profissionais não-tripulantes e os passageiros
nelas embarcados, ainda que fora das águas sob jurisdição
nacional, continuam sujeitos ao previsto nesta Lei,
respeitada, em águas estrangeiras, a soberania do Estado
costeiro.
§ 2° As embarcações estrangeiras e as aeronaves na
superfície das águas sob jurisdição nacional estão sujeitas,
no que couber, ao previsto nesta Lei.
Art. 3º Cabe à autoridade marítima promover a
implementação e a execução desta Lei, com o propósito de
assegurar a salvaguarda da vida humana e a segurança da
navegação, no mar aberto e hidrovias interiores, e a
prevenção da poluição ambiental por parte de
embarcações, plataformas ou suas instalações de apoio.
Parágrafo único. No exterior, a autoridade diplomática
representa a autoridade marítima, no que for pertinente a
esta Lei.
Art. 4º São atribuições da autoridade marítima:
I - elaborar normas para: a) habilitação e cadastro dos
aquaviários e amadores;
b) tráfego e permanência das embarcações nas águas sob
jurisdição nacional, bem como sua entrada e saída de
portos, atracadouros, fundeadouros e marinas;
c) realização de inspeções navais e vistorias;
d) arqueação, determinação da borda livre, lotação,
identificação e classificação das embarcações;
Art. 4º-A Sem prejuízo das normas adicionais expedidas
pela autoridade marítima, é obrigatório o uso de proteção
no motor, eixo e quaisquer outras partes móveis das
embarcações que possam promover riscos à integridade
física dos passageiros e da tripulação.
Art. 5° A embarcação estrangeira, submetida à inspeção
naval, que apresente irregularidades na documentação ou
condições operacionais precárias, representando ameaça de
danos ao meio ambiente, à tripulação, a terceiros ou à
segurança do tráfego aquaviário, pode ser ordenada a:
I - não entrar no porto
II - não sair do porto;
III - sair das águas jurisdicionais;
IV - arribar em porto nacional.
Art. 6º A autoridade marítima poderá delegar aos
municípios a fiscalização do tráfego de embarcações que
ponham em risco a integridade física de qualquer pessoa
nas áreas adjacentes às praias, quer sejam marítimas,
fluviais ou lacustres.
Art. 7º Os aquaviários devem possuir o nível de habilitação
estabelecido pela autoridade marítima para o exercício de
cargos e funções a bordo das embarcações.

Parágrafo único. O embarque e desembarque do tripulante


submete-se às regras do seu contrato de trabalho.
Art. 8º Compete ao Comandante:
I - cumprir e fazer cumprir a bordo, a legislação, as normas e
os regulamentos, bem como os atos e as resoluções
internacionais ratificados pelo Brasil;
II - cumprir e fazer cumprir a bordo, os procedimentos
estabelecidos para a salvaguarda da vida humana, para a
preservação do meio ambiente e para a segurança da
navegação, da própria embarcação e da carga;
III - manter a disciplina a bordo;
IV - proceder:
a) à lavratura, em viagem de termos de nascimento e óbito
ocorridos a bordo, nos termos da legislação específica;
b) ao inventário e à arrecadação dos bens das pessoas que
falecerem a bordo, entregando-os à autoridade
competente, nos termos da legislação específica;
c) à realização de casamentos e aprovação de testamentos
in extremis , nos termos da legislação específica;
V - comunicar à autoridade marítima:
a) qualquer alteração dos sinais náuticos de auxílio à
navegação e qualquer obstáculo ou estorvo à navegação
que encontrar;
b) acidentes e fatos da navegação ocorridos com sua
embarcação;
c) infração desta Lei ou das normas e dos regulamentos dela
decorrentes, cometida por outra embarcação.
Parágrafo único. O descumprimento das disposições
contidas neste artigo sujeita o Comandante, nos termos do
art. 22 desta Lei, às penalidades de multa ou suspensão do
certificado de habilitação, que podem ser cumulativas.
Art. 9° Todas as pessoas a bordo estão sujeitas à autoridade do
Comandante.
Art. 10. O Comandante, no exercício de suas funções e para
garantia da segurança das pessoas, da embarcação e da carga
transportada, pode:
I - impor sanções disciplinares previstas na legislação pertinente;
II - ordenar o desembarque de qualquer pessoa;
III - ordenar a detenção de pessoa em camarote ou alojamento,
se necessário com algemas, quando imprescindível para a
manutenção da integridade física de terceiros, da embarcação
ou da carga;
IV - determinar o alijamento de carga.
Art. 11. O Comandante, no caso de impedimento, é
substituído por outro tripulante, segundo a precedência
hierárquica, estabelecida pela autoridade marítima, dos
cargos e funções a bordo das embarcações.
Decreto nº 2.596, de 18 de maio de 1998. RELESTA
Art. 1º Os aquaviários constituem os seguintes grupos:
I – 1º Grupo – Marítimos: tripulantes que operam
embarcações classificadas para a navegação em mar aberto,
apoio marítimo, apoio portuário e para a navegação interior
nos canais, lagoas, baías, angras, enseadas e áreas
marítimas consideradas abrigadas; II – 2º Grupo –
Fluviários: tripulantes que operam embarcações
classificadas para a navegação interior nos lagos, rios e de
apoio portuário fluvial;
III – 3º Grupo – Pescadores: tripulantes que exercem atividades a
bordo de embarcação de pesca;
IV – 4º Grupo – Mergulhadores: tripulantes ou profissionais não-
tripulantes com habilitação certificada pela autoridade marítima
para exercer atribuições diretamente ligadas à operação da
embarcação e prestar serviços eventuais a bordo ligados às
atividades subaquáticas;
V – 5º Grupo – Práticos: aquaviários não-tripulantes que prestam
serviços de praticagem embarcados;
VI – 6º Grupo – Agentes de Manobra e Docagem: aquaviários
não-tripulantes que manobram navios nas fainas em diques,
estaleiros e carreiras.
Art. 12. Infrações relativas à documentação de habilitação
ou ao controle de saúde:
I – não possuir a documentação relativa à habilitação ou ao
controle de saúde;
II – não portar a documentação relativa à habilitação ou ao
controle de saúde;
III – portar a documentação relativa à habilitação ou ao
controle de saúde desatualizada.
CONVENÇÕES INTERNACIONAIS

CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE PADRÕES DE


INSTRUÇÃO, CERTIFICAÇÃO E SERVIÇO DE QUARTO PARA
MARÍTIMOS (STCW)
A Convenção STCW (International Convention on Standards
of Training, Certification and Watchkeeping for Seafarers)
tem por finalidade estabelecer as Normas de Formação,
Certificação e Serviço de Quarto para Marítimos.
Ratificada atualmente por 160 países, é um instrumento
fundamental para a promoção da segurança marítima, para
a preservação do meio ambiente e para a salvaguarda da
vida humana, dos navios e da carga no transporte marítimo
e principalmente à padronização na formação acadêmica
nos centros de habilitação dos aquaviários.
Compete também à esta Convenção normatizar regras à
emissão dos certificados de competência e qualificação.
Regra III/4
Requisitos mínimos obrigatórios para a certificação de subalternos que
façam parte de um quarto de serviço numa praça de máquinas
guarnecida, ou designados para desempenhar atribuições em uma
praça de máquinas periodicamente desguarnecida

1. Todo subalterno que faça parte de um quarto de serviço numa


praça de máquinas, ou que seja designado para desempenhar
atribuições numa praça de máquinas periodicamente
desguarnecida, em um navio que opere na navegação em mar
aberto propulsado por máquinas da propulsão principal com uma
potência igual ou superior a 750 kW, à exceção de subalternos
em instrução e subalternos cujas atribuições sejam de uma
natureza que não exijam qualificação, deverão estar devidamente
habilitados para desempenhar essas atribuições.
2 Todo candidato a certificação deverá:
2.1 ter no mínimo 16 anos de idade;
2.2 ter completado:
2.2.1 um aprovado serviço em navegação em mar aberto,
incluindo pelo menos seis meses de instrução e de
experiência, ou
2.2.2 uma instrução especial, seja anterior ao serviço no
mar ou a bordo de um navio, incluindo um período de
aprovado serviço em navegação em mar aberto que não
deverá ser inferior a dois meses; e
2.3 satisfazer o padrão de competência estabelecido na
seção A-III/4 do Código STCW.
3 O serviço em navegação em mar aberto, a instrução e a
experiência exigidos pelos subparágrafos 2.2.1 e 2.2.2,
deverão estar relacionados a funções relativas ao serviço de
quarto de máquinas e envolver o desempenho das
atribuições realizadas sob a supervisão direta de um oficial
de máquinas qualificado, ou de um subalterno qualificado.
Regra VIII/1
Aptidão para o serviço
1 Toda Administração deverá, com a finalidade de prevenir a fadiga:
1.1 estabelecer, e fazer com que sejam cumpridos, períodos de
descanso para o pessoal que faz serviço de quarto e para aqueles cujas
atribuições envolvem atribuições especificadas de segurança, prevenção
da poluição e proteção, de acordo com o disposto na Seção A-VIII/1 do
Código STCW; e

1.2 exigir que os sistemas de serviços de quarto sejam organizados de


modo que a eficiência do pessoal que faz serviço de quarto não seja
prejudicada pela fadiga, e que as atribuições sejam organizadas de tal
modo que o pessoal que guarnece o primeiro quarto, no início da
viagem, e os quartos subsequentes para revezamento, esteja
suficientemente descansado e, sob todos os aspectos, apto para o
serviço.
2. Toda Administração deverá, com a finalidade de impedir
o abuso de drogas e de álcool, assegurar que sejam criadas
medidas adequadas, de acordo com o disposto na Seção A-
VIII/1, levando em consideração, ao mesmo tempo, a
orientação fornecida na Seção B-VIII/1 do Código STCW.
Regra VIII/2
Medidas e princípios a serem observados
no serviço de quarto

1. As Administrações deverão chamar a atenção de


companhias, comandantes, chefes de máquinas e de todo o
pessoal que faz o serviço de quarto para as exigências,
princípios e orientação estabelecidos no Código STCW, que
deverão ser observados para assegurar que seja mantido o
tempo todo um quarto de serviço, ou quartos de serviços
contínuos, seguros e apropriados às circunstâncias e
condições existentes, em todos os navios que operem na
navegação em mar aberto.
2. As Administrações deverão exigir que o comandante de todo
navio assegure que as medidas relativas ao serviço de quarto
sejam adequadas para manter um quarto de serviço, ou quartos
de serviços, seguros, levando em conta as circunstâncias e
condições existentes e que, sob a direção geral do comandante:
2.1 os oficiais encarregados do quarto de serviço de navegação
sejam responsáveis por navegar o navio com segurança durante
seus períodos de serviço, quando deverão estar o tempo todo
fisicamente presentes no passadiço, ou num local diretamente
relacionado com ele, como o camarim de cartas ou a estação de
controle do passadiço;
2.2 os radioperadores sejam responsáveis por manter um
serviço de quarto de radiocomunicações contínuo, nas
frequências apropriadas, durante seus períodos de serviço;
2.3 os oficiais encarregados de um quarto de serviço nas
máquinas, como definido no Código STCW, sob a direção do
chefe de máquinas, deverão estar prontamente disponíveis
e atentos para comparecer aos compartimentos de
máquinas e, quando necessário, deverão estar fisicamente
presentes no compartimento de máquinas durante seus
períodos de responsabilidade;
2.4 seja mantido um quarto, ou quartos de serviços,
apropriados e eficazes, para fins de segurança todo o tempo
em que o estiver fundeado, atracado ou amarrado à boia e,
se o navio estiver transportando carga perigosa, a
organização desse quarto, ou quartos, de serviço leve em
conta a natureza, a quantidade, a embalagem e a estivagem
da carga perigosa e de quaisquer condições especiais
existentes a bordo, flutuando ou em terra; e
2.5 como for aplicável, seja mantido um quarto, ou quartos
de serviço apropriados e eficazes para fins de proteção.
SOLAS
Convenção Internacional para
Salvaguarda da Vida Humana no Mar
SOLAS é a convenção da IMO para garantir a segurança da vida
no mar; um conjunto de normas internacionais lançadas pela
primeira vez em 1914, em consequência do desastre do
Titanic. Hoje, a SOLAS estabelece os padrões mínimos para a
construção de navios, para a dotação de equipamentos de
segurança e proteção, para os procedimentos de emergência
para os navios que efetuam viagens internacionais, tais como a
estabilidade, máquinas, instalações elétricas, proteção contra
incêndio e meios de salvação, assim como às inspeções e
emissão de certificados.
Regra 6

Inspeção e Vistoria

(a) As inspeções e as vistorias de navios, no que diz respeito à exigência do cumprimento


dos dispositivos das presentes regras e à concessão de dispensas destas regras, deverão
ser realizadas por funcionários da Administração. A Administração poderá, entretanto,
confiar as inspeções e vistorias a vistoriadores designados com esta finalidade, ou a
organizações reconhecidas por ela.

(b) Uma Administração que nomeie vistoriadores, ou que reconheça organizações para
realizar inspeções e vistorias como disposto no parágrafo anterior, deverá dar poderes a
qualquer vistoriador designado, ou a qualquer organização reconhecida, para, no
mínimo:
(i) exigir que sejam realizados reparos num navio;
(ii) realizar inspeções e vistorias, se solicitado pelas autoridades competentes de um
Estado do Porto.
Regra 7

Vistoria de navios de passageiros

(a) Um navio de passageiros deverá ser submetido às vistorias


abaixo especificadas:

(i) uma vistoria inicial antes do navio ser posto em atividade;

(ii) uma vistoria de renovação a cada 12 meses.


Regra 8
Vistorias dos equipamentos salva-vidas e de outros
equipamentos dos navios de carga

(a) Os equipamentos salva-vidas e outros equipamentos dos navios de carga


de arqueação bruta igual a 500 ou mais, como mencionados no parágrafo
(b)(i), deverão ser submetidos às vistorias abaixo especificadas:
(i) uma vistoria inicial antes do navio ser posto em atividade;
(ii) uma vistoria de renovação a intervalos estabelecidos pela Administração,
mas não superiores a 5 anos;
(iii) uma vistoria periódica até três meses antes ou três meses depois da data
do segundo aniversário, ou até três meses antes ou três meses depois da data
do terceiro
aniversário do Certificado de Segurança dos Equipamentos de Navio de Carga,
que deverá ser realizada em lugar de uma das vistorias anuais especificadas no
parágrafo (a)(iv);
(iv) uma vistoria anual até três meses antes ou três meses depois de cada data
de aniversário do Certificado de Segurança dos Equipamentos de Navio de
Carga;
Regra 9

Vistorias das instalações de rádio dos navios de carga

(a) As instalações rádio, inclusive as utilizadas nos equipamentos salva-vidas,


dos navios de carga aos quais se aplicam os Capítulos III e IV deverão ser
submetidas às vistorias abaixo especificadas:

(i) uma vistoria inicial antes do navio ser posto em atividade;

(ii) uma vistoria de renovação a intervalos estabelecidos pela Administração,


mas não superiores a cinco anos;

(iii) uma vistoria periódica, até três meses antes ou três meses depois de cada
data de aniversário do Certificado de Segurança dos Equipamentos de Navio
de Carga;
Regra 10
Vistorias da estrutura, das máquinas e dos equipamentos dos navios de carga

(a) A estrutura, as máquinas e os equipamentos (que não os itens com relação


aos quais são emitidos um Certificado de Segurança dos Equipamentos de
Navio de Carga e um Certificado de Segurança Rádio de Navio de Carga) de um
navio de carga deverão ser submetidos às vistorias e inspeções abaixo
especificadas:
(i) uma vistoria inicial, inclusive uma inspeção da parte externa do fundo do
navio, antes do navio ser posto em atividade;
(ii) uma vistoria de renovação a intervalos estabelecidos pela Administração,
mas não superiores a 5 anos;
(iii) uma vistoria intermediária, até três meses antes ou três meses depois da
data do segundo aniversário, ou até três meses antes ou três meses depois da
data do terceiro aniversário do Certificado de Segurança da Construção de
Navio de Carga, que deverá ser realizada em lugar das vistorias anuais
especificadas no parágrafo (a)(iv);
Regra 11
Manutenção das condições após uma vistoria
(a) As condições do navio e dos seus equipamentos deverão
ser mantidas de acordo com o disposto nas presentes
regras, para assegurar que o navio continue, sob todos os
aspectos, apto para ir para o mar sem oferecer perigo para
ele mesmo ou para as pessoas a bordo.
(b) Após ter sido concluída qualquer vistoria realizada no
navio com base nas Regras 7, 8, 9 ou 10, não deverá ser
feita qualquer alteração na disposição estrutural, nas
máquinas, nos equipamentos ou nos outros itens
abrangidos pela vistoria, sem a aprovação da
Administração.
(c) Sempre que um navio sofrer um acidente, ou que for
encontrado um defeito que afete a segurança do navio ou a
eficiência ou a inteireza dos seus equipamentos salva-vidas, ou
de outros equipamentos, o comandante ou o proprietário do
navio deverá informar na primeira oportunidade à Administração,
ao vistoriador designado ou à organização reconhecida
responsável por emitir o certificado pertinente, que deverá fazer
com que sejam iniciadas as investigações para verificar se é
preciso realizar uma vistoria, como exigida pelas Regras 7, 8, 9 ou
10. Se o navio estiver num porto de um outro Estado
Contratante, o comandante ou o proprietário deverá informar
também imediatamente às autoridades competentes do Estado
do Porto, e o vistoriador designado ou a organização reconhecida
deverá verificar se esta informação foi enviada.
Regra 12
Emissão ou endosso de certificados

(a) (i) após uma vistoria inicial ou de renovação, deverá ser emitido um certificado
denominado Certificado de Segurança de Navio de Passageiros, para um navio de
passageiros que atender às exigências pertinentes das presentes regras;
(ii) após uma vistoria inicial ou de renovação, deverá ser emitido um certificado
denominado Certificado de Segurança de Construção de Navio de Carga, para um
navio de carga que atenda as exigências pertinentes das presentes regras;
(iii) após uma vistoria inicial ou de renovação, deverá ser emitido um certificado
denominado Certificado de Segurança de Equipamentos de Navio de Carga, para um
navio de carga que atenda a todas as exigências pertinentes das presentes regras;
(iv) após uma vistoria inicial ou de renovação, deverá ser emitido um certificado
denominado Certificado de Segurança Rádio de Navio de Carga, para um navio de
carga que atender as exigências pertinentes das presentes regras;

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