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INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE DA ZAMBÉZIA (ITSZ) - MOCUBA

Curso: Técnica de Medicina Geral – TMG 21

Cadeira: Saúde na Comunidade

Tema:
INTRODUÇÃO A ESTATÍSTICA: CONCEITO E RELAÇÃO COM
EPIDEMIOLOGIA

Mocuba, Março de 2024


INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE DA ZAMBÉZIA (ITSZ) - MOCUBA
Curso: Técnica de Medicina Geral – TMG 21

Tema:

INTRODUÇÃO A ESTATÍSTICA: CONCEITO E RELAÇÃO COM EPIDEMIOLOGIA

Trabalho académico a ser submetido na


coordenação do curso: Técnica de
Medicina Geral – TMG 21, na cadeira de
Saúde na Comunidade, leccionada pelo
Docente: Alexandre Francisco Vasco.

Discentes:
Alda António Lopes
Anarize Fernando Mobiua
Chunica Luciano Raboio
Meque Vilarinho Manecas
Quintino A. De E. Quintino
Ramiro Carlos Ecunha

Mocuba, Março de 2024


Índice
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 2

1.1. Objectivos ......................................................................................................... 2

1.1.1. Objectivo Geral: ......................................................................................... 2

1.1.2. Objectivos específicos................................................................................ 2

1.2. Metodologia ...................................................................................................... 2

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 3

2.1. Conceito de Estatística e a importância de estudar estatística .......................... 3

2.2. Relação com a Epidemiologia .......................................................................... 4

2.3. Diferença entre Dados Estatísticos e Informação ............................................. 4

2.3.1. Dados ......................................................................................................... 4

2.3.2. Informação ................................................................................................. 4

2.3.3. Importância dos Dados e Informação ........................................................ 5

2.4. Conceito de População, Censo e Amostra ........................................................ 5

2.4.1. População ................................................................................................... 5

2.4.2. Amostra ...................................................................................................... 5

2.4.3. Censo .......................................................................................................... 7

3. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 8

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 9


1. INTRODUÇÃO

A Estatística é uma ciência que descreve, analisa e interpreta dados, sendo essencial
para a compreensão de fenómenos complexos e para a tomada de decisões fundamentadas.
Sua importância se destaca em diversas áreas do conhecimento, incluindo a epidemiologia,
onde é fundamental para o estudo das doenças e sua propagação na população (Vunga, 2022).

Neste trabalho, abordar-se-á o tema "Introdução ao Estudo da Estatística", explorando


conceitos como a relação da Estatística com a epidemiologia, o conceito de Estatística em si, a
diferença entre dados estatísticos e informação, e os conceitos de população, censo e amostra.

O objectivo deste trabalho é apresentar uma visão geral dos fundamentos da


Estatística, destacando sua importância e aplicabilidade em diferentes contextos. Para isso,
será realizada uma revisão bibliográfica de fontes confiáveis, como livros e artigos científicos,
para embasar teoricamente os conceitos apresentados.

1.1.Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral:

 Apresentar uma introdução ao estudo da Estatística, destacando sua


importância e aplicabilidade em diferentes contextos.

1.1.2. Objectivos específicos

 Definir o conceito de Estatística e sua relação com a epidemiologia;


 Diferenciar dados estatísticos de informação;
 Explorar os conceitos de população, censo e amostra.

1.2.Metodologia

Para a elaboração deste trabalho, foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros,


artigos científicos, manuais e sites especializados. A metodologia adoptada consistiu na
revisão da literatura sobre os temas abordados, seguida pela organização e redacção do texto.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A estatística é uma área da matemática que desempenha um papel crucial na


compreensão, análise e interpretação de dados. Ela nos permite extrair informações relevantes
a partir de conjuntos de dados brutos, contribuindo para a tomada de decisões informadas.
Neste trabalho, exploraremos os conceitos essenciais da estatística e sua relação com a
epidemiologia, bem como a diferença entre dados estatísticos e informações.

2.1.Conceito de Estatística e a importância de estudar estatística

A estatística é a ciência que lida com a colecta, organização, análise e interpretação de


dados. Ela é amplamente aplicada em diversas áreas do conhecimento, como saúde,
economia, ciências sociais e engenharia (Magalhães, M. N., & De Lima, A. C. P. 2002). Na
ciência de dados, as estatísticas desempenham um papel crucial na compreensão e percepção
de grandes conjuntos de dados. Elas ajudam os cientistas de dados a entender padrões,
tendências e a projectar previsões com base nas informações disponíveis.

De acordo com Vunga (2022), a palavra ESTATÍSTICA vem do STATUS (Estados


em Latim). Como é do conhecimento geral, a leitura de um simples jornal ou revista implica,
hoje em dia, entender a linguagem dos gráficos e dos números. Em todos os campos da
actividade humana, a informação é essencial as decisões dos cidadãos, à vida das empresas, à
sobrevivência dos estados.

Isto implica a profusão dos jornais, revista, livros e relatórios exibindo tabelas, mapas,
gráficos, … contendo variadíssima informação Estatística sobre os mais variados fenómenos e
características da actividade de um pais:

 Número de habitantes, de trabalhadores por profissão, de família com e sem


casas, de pequenas, médias e grandes empresas, de importadores e
exportadores.
 Distribuição de voto por região, reprovação e aprovação por nível e por
disciplina, o nível de infecção de HIV/SIDA por região, número de professores
e de escolas, etc. Qualquer cidadão tem de ser capaz de compreender, tirar
ilações, criticar e escolher o que lhe interessa, dessas informações que
diariamente lhe chegam pelos meios de comunicação social.

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2.2.Relação com a Epidemiologia

A epidemiologia é o estudo das doenças e sua distribuição em uma população. Ela


utiliza métodos estatísticos para avaliar a frequência, gravidade e possíveis causas das
doenças. A estatística é essencial para a análise de dados epidemiológicos, permitindo
identificar factores de risco, tendências e padrões de ocorrência de doenças (IbPad, 2023).

A Estatística é fundamental na epidemiologia, pois permite analisar e interpretar dados


relacionados à saúde da população. Ela ajuda a identificar padrões de doenças, factores de
risco, eficácia de tratamentos e impacto de intervenções de saúde pública.

2.3.Diferença entre Dados Estatísticos e Informação

A compreensão da diferença entre dados e informação é fundamental para utilizá-los


de maneira eficaz em qualquer contexto, incluindo o empresarial. Vamos explorar esses
conceitos em detalhes, com base na Equipe TOTVS (2024):

2.3.1. Dados

Definição: Dados são elementos brutos que compõem a matéria-prima da informação.


Eles ainda não foram processados ou tratados de forma específica.

 Características:

Brutos: Os dados não têm significado por si só. São como fragmentos de informação
que não conseguem transmitir uma mensagem clara.

Representação: Podem ser números, letras, símbolos, imagens, sons ou qualquer


outro tipo de registo.

Contexto: Por si só, os dados não possuem contexto ou relevância.

Exemplo: Imagine-se uma planilha com nomes e notas dos alunos de uma turma.
Esses são os dados brutos.

2.3.2. Informação

Definição: A informação é o resultado da análise, interpretação e contextualização dos


dados. Ela é o conjunto de dados que foi tratado de forma a ter relevância e utilidade para um
propósito específico.

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 Características:

Tratada: A informação é o dado processado e analisado. Ela tem significado prático e


pode responder a perguntas, solucionar problemas ou auxiliar na tomada de decisão.

Mensagem: A informação é capaz de transmitir uma mensagem clara e concreta.

Valor Agregado: Agrega valor ao negócio, pois é relevante e útil.

Exemplo (continuando o caso anterior): Se calcularmos a média das notas, o desvio


padrão, a nota mais alta e a mais baixa dos alunos da turma, estaremos gerando informação.
Essa informação pode ser usada para avaliar o desempenho da turma, identificar alunos que
precisam de reforço ou reconhecer os que se destacaram.

2.3.3. Importância dos Dados e Informação

A diferença entre dados e informação é crucial porque colectar dados não é suficiente.
É necessário saber como transformá-los em informação útil e relevante para o seu negócio.
Ferramentas como sistemas de gestão, bancos de dados, planilhas, gráficos, relatórios e
inteligência artificial são essenciais para esse processo. Afinal, a informação é o que gera
conhecimento e valor para a organização.

2.4.Conceito de População, Censo e Amostra

Para trabalhar com segurança nos dados estatísticos, é preciso saber se está perante
dados de uma amostra ou de uma população inteira. É nesta unidade onde podemos estudar as
diferenças entre população e amostra, censo.

2.4.1. População

É, de acordo com Vunga (2022), um conjunto de indivíduos ou objectos que


apresentam pelo menos uma característica em comum. A população pode ser finita ou infinita.
Na prática, quando uma população é finita, com um número grande de elementos, considera-
se como população infinita.

2.4.2. Amostra

Considerando-se a impossibilidade, na maioria das vezes, do tratamento de todos os


elementos da população, retirase uma parte da população (amostra).

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Figura 1: Imagem ilustrativa de população e amostra

Todo o subconjunto não vazio e com menor número de elementos do que o conjunto
definido como população constituem, por definição, uma amostra dessa população. Num
estudo estatístico é sempre melhor usar uma população em vez de uma amostra, mas tal nem
sempre é possível.

Algumas das causas que levam ao uso de uma amostra são:

 A população ser infinita;


 Economia de dinheiro e tempo;
 Comodidade (diminuição do número de documentos);
 Testes destrutivos (no estudo destroem-se os elementos, por exemplo:
qualidade dos fósforos, de vinho, etc.).

É necessário ter muito cuidado na escolha da amostra. Se não for bem escolhida todo o
estudo pode conduzir a conclusões erradas. Na escolha de uma amostra deve ter-se em conta a
imparcialidade, a representatividade e o tamanho. As características da amostra devem
aproximar-se tanto quanto possível da população. No caso da população moçambicana,
amostra deve conter por exemplo, indivíduos do norte, centro, e sul, do litoral e do interior,
das cidades e do campo, homens e mulheres, jovens e adultos.

 Tipos de Amostragem:

1. Amostragem Aleatória Simples: Todos os elementos da população têm a


mesma chance de serem seleccionados para a amostra.

2. Amostragem Estratificada: A população é dividida em grupos homogéneos


(estratos), e uma amostra é seleccionada de cada estrato.

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3. Amostragem por Conglomerados: A população é dividida em grupos
maiores (conglomerados), e uma amostra é seleccionada de cada
conglomerado.

2.4.3. Censo

Se todos os elementos da população são observados diz-se que se fez um levantamento


exaustivo, ou recenseamento, ou apenas censo.

Por outro lado, o censo é uma técnica estatística que consiste em recolher informações
de todos os elementos de uma população. Ele é útil quando a população é pequena e fácil de
estudar, garantindo precisão absoluta nos resultados. No entanto, em populações grandes,
realizar um censo pode ser impraticável devido ao alto custo e ao tempo necessário para
recolher informações de todos os elementos.

Por exemplo, em um país com milhões de habitantes, realizar um censo de toda a


população seria extremamente difícil e dispendioso. Nesses casos, é mais comum utilizar
amostragem, onde uma parte da população é seleccionada para representar o todo.

O censo é especialmente importante em áreas como a demografia, onde fornece


informações detalhadas sobre a composição e distribuição da população. Ele também é
utilizado em pesquisas de mercado, planeamento urbano, e estudos socioeconómicos, entre
outros.

Em resumo, o censo é uma ferramenta estatística poderosa para obter informações


precisas sobre uma população, mas sua viabilidade prática depende do tamanho e da natureza
da população em questão.

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3. CONCLUSÃO

A estatística é uma ferramenta fundamental na área da enfermagem, pois permite


compreender e interpretar dados relacionados à saúde da população, identificando padrões,
tendências e factores de risco. A análise estatística dos dados epidemiológicos é essencial para
avaliar a frequência e a gravidade das doenças, bem como para determinar a eficácia dos
tratamentos e o impacto das intervenções de saúde pública. Além disso, a distinção entre
dados estatísticos e informação é crucial para utilizar esses dados de forma eficaz. Enquanto
os dados são elementos brutos que compõem a matéria-prima da informação, a informação é o
resultado da análise, interpretação e contextualização dos dados, sendo relevante e útil para
um propósito específico.

Por fim, o estudo da população, censo e amostra é fundamental para garantir a


representatividade dos dados e a precisão dos resultados. A escolha adequada da amostra é
essencial para evitar conclusões erradas e garantir a validade dos estudos estatísticos na área.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Equipe TOTVS (2024). Diferença entre dados e informação e como fazer a gestão desses
elementos. Disponível em: https://www.totvs.com/blog/inteligencia-de-
dados/diferenca-dados-e-informacao/, acesso em Março de 2024.

Ibpad (2023). Dominando os fundamentos da estatística para ciência de dados – do básico ao


avançado. Disponível em: https://ibpad.com.br/ciencia-dados/fundamentos-estatistica-
ciencia-de-dados/, acesso aos 21.03.2024.

Magalhães, M. N., & De Lima, A. C. P. (2002). Noções de probabilidade e estatística (Vol.


5). Editora da Universidade de São Paulo.

Vunga, H. M. (2022). Estatística Aplicada. Instituto Africano de Promoção da Educação a


Distancia (IAPED). Beira, Mozambique.

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