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INSTITUTO TÉCNICO LUGENDA – DELEGAÇÃO DEQUELIMANE

Curso: Enfermagem Geral – EG 27

Tema:
POLITRAUMATÍSMO

Quelimane, Abril de 2024


INSTITUTO TÉCNICO LUGENDA – DELEGAÇÃO QUELIMANE

Curso: Enfermagem Geral – EG 27

Tema:

POLITRAUMATÍSMO

Discente:
Abestina Esteves Martins

Quelimane, Abril de 2024


Índice
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 2

1.1. Contextualização ............................................................................................... 2

1.2. Objectivos ......................................................................................................... 2

1.2.1. Objectivo Geral: ......................................................................................... 2

1.2.2. Objectivos específicos................................................................................ 2

1.3. Metodologia ...................................................................................................... 2

2. DESENVOLVIMENTO....................................................................................... 3

2.1. Conceitos fundamentais .................................................................................... 3

2.2. Causas ............................................................................................................... 3

2.3. Sintomas de politraumatismo............................................................................ 3

2.4. Diagnóstico ....................................................................................................... 4

2.5. Tratamento ........................................................................................................ 4

2.6. Complicações .................................................................................................... 5

3. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 7


1. INTRODUÇÃO

1.1.Contextualização

O politraumatismo, resultante de múltiplas lesões, é uma das principais causas de


mortalidade global, exigindo abordagem multidisciplinar e integrada para evitar complicações
fatais (Oliveira, 2021). Adultos em idade produtiva, principalmente do sexo masculino, são as
principais vítimas, com quedas e acidentes automobilísticos, especialmente envolvendo
motocicletas, como causas mais comuns (Nogueira et al., 2015; Dijkink et al., 2018; Cestari,
et al., 2015).

As áreas mais afectadas são crânio, tórax e membros superiores e inferiores. O


atendimento ao politraumatizado é rotineiro em unidades hospitalares, demandando cuidados
de enfermagem precisos e rápidos, baseados em conhecimentos científicos para intervenções
seguras e eficazes (Lins et al., 2016).

Neste trabalho, explorar-se-ão os aspectos essenciais do politraumatismo, desde sua


definição até as estratégias de tratamento.

1.2.Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral:

 Analisar a complexidade do politraumatismo, suas causas, sintomas e


tratamentos.

1.2.2. Objectivos específicos

 Identificar as principais causas do politraumatismo;


 Descrever os sintomas mais comuns do politraumatismo;
 Analisar os métodos diagnósticos utilizados para identificar e avaliar as lesões
associadas ao politraumatismo.

1.3.Metodologia

Para a elaboração deste trabalho, foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros,


artigos científicos, manuais e sites especializados. A metodologia adoptada consistiu na
revisão da literatura sobre os temas abordados, seguida pela organização e redacção do texto.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1.Conceitos fundamentais

O politraumatismo é definido como uma síndrome de múltiplas lesões sequenciais e


sistémicas com repercussões em órgãos e sistemas vitais, podendo levar ao estresse
fisiológico, algia intensa, instabilidade óssea e hemorragia (Trentz, 2014 apud Oliveira,
2021).

Rau et al (2017) apontam que o politrauma também pode ser definido pelo número de
regiões corporais que sofreram injúria, tendo ao menos duas regiões diferentes afectadas e
com repercussões fisiológicas negativas.

O trauma ocorre quando há um grande desprendimento de energia, transmitida ao


corpo humano, podendo ser ocasionada por acidentes automobilísticos, atropelamentos,
quedas, ferimentos por armas de fogo de grande calibre, armas brancas, entre outros
(American College of Surgeons, 2018 apud Oliveira, 2021).

2.2.Causas

De acordo com Bezerra (2023), o politraumatismo pode ser causado por uma
variedade de situações, sendo as principais:

 Acidente de veículos motorizados;


 Atropelamento;
 Explosões;
 Queimaduras;
 Amputações,
 Espancamentos ou golpes em várias regiões do corpo;

Além disso, outras causas do politraumatismo são tentativa de suicídio ou homicídio,


por exemplo.

2.3.Sintomas de politraumatismo

Os principais sintomas do politraumatismo são (Bezerra, 2023):

 Dor nas regiões afectadas ou dor de cabeça;


 Sangramento ou hemorragia;
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 Dificuldade de concentração;
 Perda de memória;
 Tontura ou zumbido constante no ouvido;
 Dificuldade para tomar decisões.

Além disso, pode ocorrer dificuldade para movimentar os membros, formigamento dos
pés ou mãos, ou falta de sensibilidade em qualquer região do corpo. O politraumatizado
geralmente apresenta lesões em regiões do corpo como tórax, abdómen, cabeça, pelve, coluna,
braços, pernas, mãos ou pés.

2.4.Diagnóstico

O diagnóstico do politraumatismo é um processo complexo que envolve uma


avaliação abrangente do paciente para identificar todas as lesões e determinar a extensão do
trauma. O diagnóstico precoce e preciso é crucial para iniciar o tratamento adequado e
prevenir complicações graves.

O diagnóstico do politraumatismo é feito com base em uma avaliação clínica


completa, que pode incluir exames de imagem, como radiografias, tomografias
computadorizadas e ressonância magnética. Além disso, é importante considerar a história do
trauma e os sintomas apresentados pelo paciente, necessitando-se assim que medico converse
com o paciente para avaliar a dor e o desconforto (Oliveira, 2021).

2.5.Tratamento

Para Bezerra (2023), o tratamento do politraumatismo é feito primeiramente pela


equipe do Serviço Nacional de Salvação Pública (bombeiros), no local do acidente.

Assim, as lesões são identificadas e estabilizadas, seguindo um protocolo, conhecido


como ABCDE:

 A (vias aéreas ou airways): desobstruir vias aéreas e colocar o colar cervical;


 B (respiração ou breathing): avaliar a respiração, identificar e tratar lesões no
tórax, como pneumotórax, hemotórax ou tórax instável. Se necessário oferecer
oxigénio;

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 C (circulação ou circulation): verificar a circulação e se a pessoa tem traumas
no abdómen, hemorragia externa, fractura de bacia, lesões nas extremidades,
choque hipovolêmico ou choque cardiogênico, e tratar essas condições;
 D (nível de consciência ou disability): verificar o nível de consciência da
pessoa através da escala de Glasgow. Geralmente, nível de consciência
reduzido, indica traumatismo cranioencefálico;
 E (exposição e ambiente ou exposure/environmental): retirar a roupa da pessoa
para examinar, manter a pessoa aquecida para evitar hipotermia e manejar
cuidadosamente as lesões.

Caso a pessoa apresente obstrução das vias aéreas ou parada cardiorrespiratória, são
feitas a desobstrução das vias aéreas e a massagem cardíaca. Em seguida, a pessoa é levada ao
hospital. No hospital, a equipe médica emergencista deve realizar os exames de diagnóstico
para verificar os órgãos afectados e estabilizar a pessoa.

Já para Oliveira (2021), o tratamento do politraumatismo envolve uma abordagem


multidisciplinar, com a participação de diferentes especialidades médicas, como cirurgia,
ortopedia, neurologia e cuidados intensivos. As medidas de tratamento podem incluir:

 Estabilização do paciente, garantindo a adequada função dos sistemas vitais.


 Controle da dor e prevenção de infecções.
 Cirurgias reparadoras para corrigir lesões graves.
 Reabilitação física e psicológica para recuperar a funcionalidade e qualidade de
vida.

2.6.Complicações

As complicações do politraumatismo podem ser graves e incluem:

 Lesões neurológicas, que podem resultar em paralisia ou comprometimento


cognitivo.
 Lesões ortopédicas, como fracturas e lesões de articulações.
 Complicações respiratórias, como síndrome do desconforto respiratório agudo.
 Infecções, devido à exposição de tecidos a agentes infecciosos durante o
trauma.

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3. CONCLUSÃO

Este trabalho abordou de forma detalhada o politraumatismo, uma condição grave


resultante de múltiplas lesões em diferentes partes do corpo, frequentemente observada em
adultos em idade produtiva, principalmente do sexo masculino, devido a quedas e acidentes
automobilísticos. Destacou-se a importância da abordagem multidisciplinar no tratamento,
com ênfase na rápida e precisa intervenção das equipes de saúde, especialmente em unidades
de emergência e terapia intensiva.

A complexidade do politraumatismo exige cuidados especializados e imediatos,


incluindo estabilização do paciente, controle da dor, cirurgias reparadoras e reabilitação física
e psicológica. O diagnóstico precoce e preciso é crucial para iniciar o tratamento adequado e
prevenir complicações graves, como lesões neurológicas, ortopédicas, respiratórias e
infecções.

O papel dos profissionais de saúde, especialmente enfermeiros e equipes de


emergência, é fundamental no cuidado ao politraumatizado, exigindo conhecimento técnico-
científico e habilidades de comunicação eficazes. A implementação de protocolos baseados
em evidências é essencial para garantir a qualidade e segurança do cuidado prestado.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bezerra, C. (2023). Politraumatismo: o que é, sintomas, causas e tratamento. Tua Saúde.


Disponível em: https://www.tuasaude.com/politraumatismo/#google_vignette, acesso
aos 14 de Abril de 2024.

Lins, T. H., de Lima, A. X. B. C., Veríssimo, R. C. S. S., & de Oliveira, J. M. (2013).


Diagnósticos e intervenções de enfermagem em vítimas de trauma durante
atendimento pré-hospitalar utilizando a CIPE®. Revista Eletrônica de
Enfermagem, 15(1), 34-43.

Nogueira, L. D. S., Padilha, K. G., Silva, D. V., Lança, E. D. F. C., Oliveira, E. M. D., &
Sousa, R. M. C. D. (2015). Padrão de intervenções de enfermagem realizadas em
vítimas de trauma segundo o Nursing Activities Score. Revista da Escola de
Enfermagem da USP, 49, 29-35.

Oliveira, V. B. (2021). Atendimento inicial ao paciente politraumatizado em uma unidade de


emergência.

Rau, C. S., Wu, S. C., Kuo, P. J., Chen, Y. C., Chien, P. C., Hsieh, H. Y., & Hsieh, C. H.
(2017). Polytrauma defined by the new Berlin definition: a validation test based on
propensity-score matching approach. International journal of environmental research
and public health, 14(9), 1045.

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