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Experiência profissional:
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Anatomia Humana
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Sumário
1- Prefácio -----------------------------------------------------------------------------------------------------------05
2- Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------------06
7- Anatomistas do Brasil------------------------------------------------------------------------------------------11
10- Planos--------------------------------------------------------------------------------------------------------------14
15- Tecidos-----------------------------------------------------------------------------------------------------------23
16-Sistema Tegumentar-------------------------------------------------------------------------------------------25
17-Sistema Esquelético-------------------------------------------------------------------------------------------30
18-Divisão do Esqueleto------------------------------------------------------------------------------------------32
22 Ossos do Crânio-------------------------------------------------------------------------------------------------41
36-Ovogênese------------------------------------------------------------------------------------------------------120
38-Espermatogênese--------------------------------------------------------------------------------------------132
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PREFÁCIO
RIO
A atenção á saúde no século XXI é impulsionada pelo legado dos cuidados de saúde do século XX,
evoluindo do tratamento hospitalar para os cuidados prestados em uma grande variedade de ambientes,
como o de cuidados de saúde agudos, comunidades ou domiciliares. As tentativas para reduzir o custo do
cuidado de saúde enfocam a prestação de cuidados fora de ambiente hospitalar sempre que possível, e
também, pelo maior período de tempo possível. Em consequência disso, os pacientes admitidos nos
hospitais encontram - se muito mais doentes do que estavam no passado. Da mesma maneira, os
pacientes recebem alto o mais rapidamente possível. Muitos retornam para o ambiente domiciliar ou
comunitário com necessidades de cuidados de saúde complexos.
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1- INTRODUÇÃO
* Fisiologia Humana: É o estudo das reações físicas e químicas que ocorrem no organismo
humano.
* Dois Membros Inferiores (MMII): cada membro possui uma raiz (quadril) e uma parte livre
(coxa, perna, pé). Entre a coxa e a perna localiza-se joelho, e entre a perna e o pé, o
tornozelo. O pé é constituído pela parte plantar e pelo dorso do pé. Os membros inferiores
são responsáveis pela locomoção do corpo.
* Dois Membros Superiores (MMSS): cada membro possui uma raiz que se liga ao tronco
(ombro) e uma parte livre (braço, antebraço e mão). Entre o braço e o antebraço situa-se o
cotovelo, e entre o braço e a mão o pulso. A mão é constituída pela palma, dorso e dedos
(polegar, indicador, médio, anular e mínimo). As suas funções são: ataque, defesa e
apreensão de objetos.
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3- FATORES DE VARIAÇÃO ANATÕMICA
* Biótipo: é o resultado dos caracteres herdados e dos adquiridos por influência do meio
ambiente;
4- Ramos da Anatomia
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História da Anatomia Humana
• Os Pulmões são órgãos cavernosos cheios de orifícios que comunica com o Coração, tem a
função de refrescar o corpo pelo ar inspirado.
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Fig 1.: Achados de Estudos Anatômicos – Era Medieval
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UM ANATOMISTA NA RENASCENÇA
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A Bahia foi o berço do ensino médico no Brasil. Em 1808 foi fundada a Escola de Cirurgia
no Hospital Real em Salvador. O ensino didático consistia em lições, teorias de anatomia
humana.
Brasil
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É a Ciências que estuda microscopicamente e macroscopicamente, a
constituição e o desenvolvimento do organismo humano.
Fisiologia Humana
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5- POSIÇÃO ANATÕMICA
Observa -se que ela se assemelha à posição fundamental da educação física: indivíduo em
posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), com a face voltada para frente, o olhar
dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com a palma
voltada para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente.
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6- Planos
Plano Mediano: É um plano imaginário vertical de secção que divide o corpo em metade
direita e esquerda.
* Plano Sagital Frontal: Divide o corpo nas partes ventral ou anterior e dorsal ou posterior.
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7- Citologia e Histologia do Corpo Humano
7.1 Citologia
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7. 2 Estudo das Células
A unidade utilizada para medir o tamanho celular denomina-se micrômetro que equivale
a milésima parte do milímetro. (1 um = milésima parte do milímetro).
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Fig. 6 : Célula Humana
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Fig. 7 : Maior Célula – Ovo Humano
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7.3 Tipos Celulares
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7. 3 .2 Células Eucariontes – São Células com núcleo organizado, com carioteca.
Ex.: Animais e Vegetais.
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8. Partes Fundamentais da Célula Animal
8.1.2 Citoplasma - É todo ambiente interno da célula, região entre a membrana plasmática
(delimita a célula) e o envoltório nuclear. Formado por um líquido viscoso
semitransparente, o cortisol, e por estruturas e substâncias necessárias ás funções
vitais.
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Fig. 10 : Organelas Celulares
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9 - TECIDOS
São formados pelo conjunto de células (agregados de modo variado nos diferentes
tecidos). Todas elas com um mesmo tipo de diferenciação.
Os tecidos formam por sua vez, os órgãos que mantém relações funcionais e anatômicas
com outros órgãos, formando os sistemas ou aparelho.
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Fig.12: Tecido conjuntivo
9.1.3 Tecido Muscular
Constituído por células com elevada capacidade de contração. São três tipos de tecido
muscular.
• Tecido Muscular Liso: Forma a musculatura dos órgãos viscerais, ductos e vasos
sanguíneos, contração involuntária.
• Tecido Muscular Estriado: Forma a maior parte da musculatura do corpo. Estes
músculos estão presos aos ossos, de contração voluntária, é responsável pela
movimentação do corpo.
• Tecido Muscular Cardíaco: É um tecido intermediário que tem seus movimentos
involuntários.
Constitui uma verdadeira rede de comunicação que percorre todo organismo. É formado
pelo neurônio ou células nervosas que são compostos por corpo, axônio e dendritos. O
estímulo é recebido pelos dendritos e o transforma em impulsos nervosos, que se propaga
pela célula através do axônio.
Funções: É responsável pela recepção e discriminação do estímulo, bem como pela ordem
que determinará a resposta muscular.
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Fig.14: Tecido Nervoso
É um sistema que inclui a pele e seus anexos, proporcionando ao corpo uma proteção
construída por terminações nervosas sensitivas e que participa da regulação da temperatura
corporal.
A pele recobre a superfície do corpo e apresenta-se constituída por uma porção epitelial
de origem ectodérmica, a epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a
derme. Abaixo em continuidade com a derme está a hipoderme, que, embora tenha a mesma
origem da derme, não faz parte da pele, apenas serve-lhe de suporte e união com os órgãos
subjacentes.
O tegumento humano, mais conhecido como pele, é formado por duas camadas distintas
firmemente unidas entre si: a epiderme e a derme.
10.1.2 A Epiderme
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para cima, em direção á superfície do corpo. Á medida que envelhecem, as células
epidérmicas tornam-se achatadas, e passam a fabricar e a acumular dentro de si uma
proteína resistente e impermeável chamada queratina.
Nas regiões da pele provida de pelo, há terminações nervosas específicas nos folículos
capilares e outros chamados terminais ou Receptores de Ruffini, com forma ramificada,
sendo estes, os receptores térmicos de calor.
Na pele desprovida de pelo e também na que contém, encontram-se ainda três tipos de
receptores:
10.1.3 Derme
A derme, localizada imediatamente sob a epiderme, é um tecido conjuntivo que
contém fibras protéicas, vasos sangüíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e
glândulas. As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela
produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os
elementos dérmicos estão mergulhados.
A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e
glândulas sudoríparas. Na derme encontramos ainda: músculo eretor de pêlo, fibras
elásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sanguíneos e nervos.
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Fig. 15: Pele e suas Estruturas
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Fig.16: Pêlo
As mamas, são consideradas anexos da pele, e são formadas por glândulas cutâneas que
se especializam na produção de leite. (Sistema Reprodutor Feminino).
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Fig.: 18 Mama – anexo da pele
Os ligamentos são estruturas formadas por tecido fibroso denso, que se ligam ao nível
das articulações, que são junções entre os ossos ou entre uma cartilagem. A cartilagem é o
tecido conjuntivo elástico de sustentação que protege os ossos do atrito excessivo nas
articulações e dá flexibilidade (facilidade de movimento) ao esqueleto.
O ser humano adulto tem aproximadamente 206 ossos, unidos por articulações, formando
o esqueleto. Este é um arcabouço ósseo, cujas funções são;
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11.1 Ossos
Ossos são órgãos esbranquiçados, muitos duros, que se unindo aos outros, por
intermédio das junturas ou articulações constituem o Esqueleto. É uma forma especializada
de tecido conjuntivo cuja principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz
óssea (fibras colágenas e proteoglicanas). O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico.
Uma forma sólida de tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do
esqueleto e ainda participa de um contínuo remodelamento dinâmico, produzindo osso novo
e degradando o velho.
O osso é formado por vários tecidos diferentes como o ósseo, cartilaginoso, conjuntivo
denso, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue.
Os ossos do esqueleto são revestidos por uma membrana, o periósteo, e são altamente
vascularizados. São classificados de acordo com sua forma em ossos longos, curtos, planos,
irregulares, pneumáticos e sesamóides.
11.2 Cartilagens
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Fig.20: Cartilagem
A união dos esqueletos axial e apendicular se faz por meio de duas cinturas:
Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas
extremidades. Eles são pouco encurvados, o que lhe garante maior resistência. O osso um
pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do corpo em vários pontos, de tal
forma que há melhor distribuição do mesmo. Os ossos longos têm suas diáfises formadas
por um tecido compacto e apresentam grande quantidade de tecido ósseo esponjoso em
suas epífises.
Fig.22: Fêmur
São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais ás suas
larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada
de tecido ósseo compacto.
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Fig.23: Ossos do Carpo
(Punho)
São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com
camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem considerável proteção e
geram grandes áreas para inserção de músculos.
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11.4.4 Ossos Alongados
Fig.25: Costelas
São ossos ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios),
apresentando pequeno peso em relação ao seu volume.
Fig.26- Osso
Esfenoide
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11.4. 6 Ossos Irregulares
Fig.27: Vértebras
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Fig.28: Rótula ou Patela
São pequenos ossos localizados dentre das articulações, chamadas de suturas, entre
alguns ossos do crânio. Seu número varia de pessoa para pessoa.
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Fig.29: Ossos Suturais
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11.5 Esqueleto Humano
Sacro
Cóccix
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12-Coluna Vertebral
A Coluna Vertebral é uma haste forte e flexível, didaticamente dividida em duas porções:
anterior, constituída pelo ligamento longitudinal anterior, corpo vertebral, disco intervertebral
e ligamento longitudinal posterior, e outra, posterior, constituída pelo canal vertebral,
ligamento amarelo, articulações inter- apofisárias, ligamentos interespinhais e supra
espinhais, pedículos, lâminas, processos transversos e espinhosos.
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Fig.31: Coluna Vertebral 12- Articulações
As articulações ou junturas unem dois ossos ou mais e tem por função permitir
mobilidade e elasticidade ao esqueleto. Elas são classificadas em três grandes grupos:
fibrosas, cartilaginosas e sinoviais, cuja definição é feita de acordo com o elemento estrutural
encontrado em cada tipo de juntura.
As articulações fibrosas são formadas por tecido conjuntivo fibroso e coferem mais
elasticidade do que mobilidade; são encontradas principalmente no crânio. Dentro das
articulações fibrosas, dois subtipos podem ser listados, a saber: suturas e sindesmoses. As
articulações fibrosas suturas apresentam forma variável e, por isso, podemos classificá-las
em: planas, escamosas e serreadas. É interessante comentar que, na vida pré e pós- natal,
o tamanho das articulações que separam os ossos do crânio é maior em alguns pontos pela
presença de maior quantidade de tecido conjuntivo fibroso. Essas regiões são chamadas de
Fontanelas e desaparecem após a ossificação completa do crânio.
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13- Ossos do Crânio
• Um Osso Frontal
• Um Osso Occipital
• Um Maxilar Superior
• Um Osso Vômer
• Um Maxilar Inferior ou Mandíbula
• Dois Ossos Lacrimais
• Dois Ossos Parietais
• Dois Ossos Temporais
• Dois Ossos Zigomáticos
• Dois Nasais
• Dois Esfenoides
Lacrimais
Vômer--
-
Superior
Maxilar Inferior
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Fig.32 Ossos do Crânio
14 -Caixa torácica
É formada pela região torácica de coluna vertebral, osso esterno e costelas, que
são em número de 12 de cada lado, sendo as 7 primeiras verdadeiras (se inserem
diretamente no esterno), 3 falsas (se reúnem e depois se unem ao esterno), e 2 flutuantes
(com extremidades anteriores livres, não se fixando ao esterno).
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O Corpo Humano possui 56 falanges ( 28 Falanges MMSS e 28 Falanges nos MMII),
sendo que cada dedo possui 3 falanges, exceto o Polegar e Hálux
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Fig.35: Membros Superiores- MMSS
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Maior Osso do
Corpo Humano
Tíbia
Calcanho
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16- SISTEMA DIGESTIVO OU SISTEMA DIGESTÓRIO
Este sistema é composto por uma série de órgãos que, em conjunto, promovem a
digestão e assimilação pelo organismo de nutrientes, estes, por sua vez, são necessários
para o funcionamento e manutenção da vida dos seres.
O sistema digestório é um canal que tem origem na boca (porta de entrada dos alimentos)
com sua extremidade final na pelve. Desta forma, o alimento penetra no sistema por meio
da boca, onde começam a sofrer o processo da digestão, com a enzima ptialina, na quebra
dos carboidratos; daí é direcionado para o estômago, passando antes pela faringe e pelo
esôfago. Do estômago, o alimento parcialmente digerido, vai para os intestinos delgado e
grosso, onde é assimilado pelo organismo. Os resíduos desse processo digestão/absorção
são eliminados através da porção final do sistema digestivo (Reto e Ânus). Possui de 10 a
12 metros de comprimento.
16.1 Boca
Na boca encontramos os dentes, a gengiva e a língua. Pode ser dividida em duas partes:
vestíbulo da boca e cavidade bucal; esta limitada pelos dentes e pela faringe,
compreendendo a cavidade bucal propriamente dita, enquanto que o vestíbulo da boca é um
espaço limitado pelos dentes e pelos lábios.
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O palato é constituído por uma porção óssea (Palato Duro) e uma porção muscular (Palato
Mole). O palato mole apresenta uma projeção em direção a faringe, formando uma Saliência
cônica, a úvula, e lateralmente duas pregas denominadas arco palatoglosso (mais anterior)
e arco palatofaríngeo (mais posterior), formandos por músculos que levam o mesmo nome
dos arcos. Entre os arcos existe um espaço, denominado fossa tonsilar, ocupado pela tonsila
palatina (amígdalas). A amígdala é um órgão linfoide e, por esta razão, constitui uma barreira
contra proliferação de microorganismos.
Língua
Ação Digestiva
Quebra de Carboidratos
A língua é um órgão muscular revestido por mucosa, dividida em duas partes: um corpo
e uma raiz cujos limites são estabelecidos pelo sulco terminal. Está envolvida com a
mastigação, deglutição, gustação e articulação das palavras. Sua face superior é
denominada dorso da língua, cuja superfície apresenta uma série de projeções conhecidas
como papilas linguais que são de dois tipos, maiores e menores; as maiores estão próximas
do sulco terminal, formam um “V” e expressam os receptores gustativos. Essas papilas
maiores são denominadas papilas valadas.
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Os dentes são estruturas rígidas, divididos em três partes: raiz (implantada no alvéolo),
coroa (parte livre) e colo (região circundada pela gengiva) e presos á cavidade óssea do
maxilar superior e maxilar inferior (mandíbula), denominados alvéolos dentários. No ser
humano há duas dentições: primária ou de leite e a secundária ou permanente. A primeira
dentição aparece a partir dos 6 meses de idade; são 20 dentes: sendo 8 incisivos, 4
caninos e 8 molares. Que começam a ser substituídos entre os 6 a 7 anos de idade,
podendo se estender até os 25 anos, quando passará a ter 32 dentes, sendo 8 incisivos,
4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares.
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Fig.40:
Glandulares
Salivares
16.3 Faringe
Constituída pela parte nasal e a parte bucal que é continuada pelo esôfago. É composta por
musculatura estriada. Na deglutição o palato mole é elevado bloqueando a continuidade
entre a parte nasal da faringe e o restante deste tubo, impedindo que os alimentos passem
para a nasofaringe. A cartilagem epiglótica fecha a laringe impedindo que o alimento penetre
no trato respiratório.
16.4 Esôfago
16.5 Abdômen
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Fig.41: Faringe e Esôfago
16.6 Estômago
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Òstio Cárdico
Fundo
Corpo
Òstio Pilórico
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Cecum ou Ceco
Vermiforme
16.8 Fígado
O pâncreas é uma glândula mista, ou seja, possui uma porção endócrina (produz
hormônios como a insulina, glucagon) e outra exócrina (suco pancreático). Este localizado
posteriormente ao estômago é formado por três partes: cabeça, corpo e cauda. A secreção
exócrina do pâncreas é liberada no duodeno por meio do ducto pancreático; este pode
desembocar junto como o ducto colédono ou separadamente.
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Fig. 47: Pâncreas e Estruturas
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Fig.48: Sistema Digestório e estruturas.
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16. 10 FISIOLOGIA GATROINTESTINAL
Uma vez triturado, o alimento é encaminhado para o estômago, onde esse processo de
digestão continua, mas para isso precisa ser deglutido, ou seja, transferido da boca para a
faringe. Na faringe, o alimento entra em contato com receptores sensoriais, que informam o
tronco encefálico da necessidade de contração da musculatura faríngea e esofágica; o
resultado é a propulsão do alimento para o estômago.
O processo de deglutição pode ser dividido em três fases: fase voluntária, que inicia a
deglutição; a fase faríngea e a fase esofágica. Estas duas são involuntárias, assim
denominadas em decorrência do trajeto feito pelo alimento. Entre o esôfago e o estômago
existe um anel contrátil, esfíncter gastroesofágico, que regula a passagem dos alimentos do
esôfago para o estômago.
No estômago podem ser vistos dois tipos de contração, uma mais fraca e outra forte. Asa
contrações, fracas percorrem a mistura do alimento com o suco gástrico. O alimento passa
do estômago para o duodeno por meio do esfíncter pilórico. No entanto, o processo de
esvaziamento gástrico é muito bem controlado e os fatores mais importantes envolvidos
nesse processo de regulação são o reflexo enterogástrico e controle hormonal.
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16.11 Secreção no Tubo Gastrintestinal
O trato gastrintestinal apresenta glândulas distribuídas por todo o seu trajeto. Essas
glândulas secretam substâncias que, basicamente, exercem duas funções: ação enzimática
e de lubrificação e proteção da mucosa gastrointestinal. O muco, produzido em sua maioria
pelas células caliciformes, é o responsável pela lubrificação e proteção da mucosa.
A secreção gástrica se divide em três fases: fase cefálica, fase gástrica e fase intestinal.
Na fase cefálica, a secreção gástrica ocorre pela ativação dos centros superiores; estes, por
sua vez, são ativados pela presença do alimento na boca ou mesmo pelo simples fato de
pensar no alimento de que se gosta; o resultado final é a ativação da secreção gástrica.
Convém ressaltar que as enzimas proteolíticas no pâncreas estão sob a forma inativa,
sendo ativadas somente no duodeno. O bicarbonato exerce uma ação tamponante sobre a
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acidez gerada no duodeno pelo quimo (mistura dos alimentos em digestão com o suco
gástrico). O controle da secreção pancreática é feito pela acetilcolina, colecistocinina e
secretina; as duas primeiras estimulam a secreção de enzimas, enquanto a secretina
estimula a secreção do bicarbonato.
O fígado produz a bile; esta tem duas funções: ajuda na absorção de gorduras e é um
meio de excreção de vários produtos indesejáveis. Na absorção de gorduras são os sais
biliares da bile que promovem a emulsificação de grandes partículas menores, facilitando a
ação da lipase do suco pancreático na digestão das gorduras. Além disso, os sais biliares
forma complexos com produtos de digestão dos lipídeos; esses complexos são denominados
micelas e é a partir daí que as gorduras podem ser absorvidas pela mucosa intestinal.
A bile produzida pelo fígado é armazenada na vesícula biliar e é liberada quando grandes
quantidades de gordura chegam ao duodeno; nesse momento o duodeno libera o hormônio
colecistocinina, que entre outros efeitos, promove a contração da vesícula biliar e
consequentemente expulsão da bile e relaxamento do esfíncter de Oddi, permitindo a
passagem de bile para o duodeno.
As secreções dos intestinos: delgado e grosso são basicamente muco, importante para
lubrificação do tubo e proteção da mucosa. Além de em sua mucosa. Além de responsável
pela digestão final de proteínas, carboidratos e gorduras, como por exemplo, as peptidases,
sacarase, maltase, isomaltase, lactase e lipase intestinal, respectivamente.
Os nutrientes não podem ser absorvidos na sua forma natural por ser tratar de
macromoléculas, assim, para que sejam absorvidos eles precisam ser quebrados ao longo
do aparelho gastrintestinal. Entre os macronutrientes que precisam ser quebrados estão os
carboidratos, que começam a sofrer digestão na boca pela amilase salivar. Esse processo
continua no intestino delgado quando os carboidratos entram em contato com as enzimas
do pâncreas e com as enzimas presentes nas microvilosidades da mucosa do intestino
delgado.
O cólon está envolvido com a absorção de água e de eletrólitos, sendo que a absorção
ocorre principalmente nas porções iniciais do intestino grosso. Por isso, essa região é
denominada de cólon absortivo.
Funcionalmente, pode ser dividido em duas porções: uma que conduz e outra que
promove a hematose. A porção condutora é constituída por estruturas tubulares que
conduzem o ar para os pulmões, onde ocorre a hematose, e por transportar o CO2, dos
pulmões para o meio externo. As estruturas de condução do ar normalmente estão
envolvidas com outras funções, como por exemplo, a laringe, que é um órgão de fonação. A
faringe participa do sistema digestório, conduzindo alimento para o esôfago, e o nariz é o
responsável pelo olfato. Essas estruturas são aqui discutidas isoladamente começando pelo
nariz ou cavidade nasal.
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17.1 Nariz
O nariz pode ser dividido em nariz externo, cavidade nasal e seios paranasais. O nariz
externo é formado por um esqueleto osteo-cartilaginoso, apresenta um ápice (porção
superior) e uma base com duas aberturas separadas por um septo, denominadas narinas.
A cavidade nasal está separada da cavidade bucal pelo palato, formado por osso (palato
duro) e por músculo (palato mole). Anatomicamente, a cavidade nasal é dividida em duas
partes: direita e esquerda, separadas pelo septo nasal. Normalmente, o septo nasal
apresenta um desvio que pode ser para direita ou para a esquerda, sendo que grandes
desvios podem dificultar a respiração.
Na cavidade nasal são encontrados espaços delimitados pelas conchas nasais (lâminas
ósseas recurvadas recobertas pela mucosa), denominados meatos. Tanto os seios
paranasais, quanto o ducto naso-lacrimal desembocam nesses meatos eliminando na
cavidade nasal seus produtos de secreção. Por sua vez, as conchas nasais aumentam a
área de superfície da cavidade nasal, responsável em umedecer e aquecer o ar inspirado.
Funcionalmente, a cavidade nasal é dividida em vestíbulo, região respiratória e região
olfatória, sendo que a região olfatória umedece e aquece o ar e a região olfatória apresenta
terminações nervosas que detectam odor.
Os seios paranasais são cavidades presentes em alguns ossos do crânio, a saber: frontal,
esfenoide, etmoide e maxilar. Essas cavidades são revestidas pela mesma mucosa que
reveste a cavidade nasal. Os seios paranasais se comunicam com a cavidade nasal por
meio de canalículos, por onde libera seu produto de secreção (catarro).
17.2 Faringe
17.3 Laringe
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Fig. 51: Anatomia da Laringe
A traqueia é formada por vários anéis cartilaginosos incompletos, ou seja, sua parte
posterior é desprovida de cartilagem, portanto, constituída por uma membranácea da
traqueia. Esses anéis estão unidos por ligamentos anulares. A constituição cartilaginosa e
elástica da traqueia dá a esse tubo mobilidade, flexibilidade, importante para o deslocamento
da traqueia durante os movimentos respiratórios da laringe.
Outra característica da traqueia é seu desvio para direita, antes de sua ramificação,
formando os brônquios principais que se dirigem para os pulmões direito e esquerdo. A
porção final da traqueia é conhecida como Carina (bifurcação), sendo esse ponto de
ramificação do tubo traqueal.
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Fig. 52: Anatomia da Traqueia e Brônquios
A pleura que reveste os pulmões é denominada Pleura Visceral e a pleura que reveste
a cavidade torácica, Pleura Parietal. Tanto a pleura parietal quanto a visceral estão
intimamente úmidas, sendo separadas por um espaço virtual por onde circula um líquido
cuja função é diminuir o atrito entre pulmão e cavidade torácica durante os movimentos de
expansão do tórax.
A forma dos pulmões lembra uma pirâmide: eles apresentam um ápice e uma base, além
de duas faces, uma costal (voltada para as costelas) e um medial (voltada para o
mediastino). A base dos pulmões está localizada sobre o diafragma, e por essa razão é
conhecida como face diafragmática.
Os pulmões apresentam uma porta de entrada e saída para estrutura conhecidas como
hilo pulmonar. Pelo hilo pulmonar entram e saem os vasos sanguíneos e linfáticos, brônquios
principais e nervos. Em conjunto, essas estruturas formam a raiz do pulmão.
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Fig. 53: Anatomia das Pleuras e Pulmões
67
Respiração: É o processo de introdução do oxigênio nos pulmões e eliminação de gás carbônico.
Fig.:
50 Pulmões Direito e
Esquerdo
Pulmão
Direito: 3
lobos
(superior,
médio,
inferior)
Pulmão
Esquerdo:
2 lobos
(superior,
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Ato de Respirar: O Diafragma se rebaixa e os músculos intercostais expandem-se para
cima e para fora: Inspiração, que resulta na absorção do O2.
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Terminologia Respiratória
O sistema respiratório tem por função fornecem oxigênio para os tecidos e remover
o dióxido de carbono, produto final de seu metabolismo. Os pulmões são as principais
estruturas envolvidas no processo respiratório, sendo os alvéolos a unidade funcional
dos pulmões e, consequentemente, o local onde ocorre a hematose (troca de gases
entre o sangue e o meio externo).
O processo respiratório se realiza em ciclos, sendo que cada ciclo é composto por
uma inspiração e uma expiração. O movimento inspiratório acontece durante a saída
de ar. A inspiração é um processo ativo, exige contração muscular, enquanto que a
expiração é, na maioria das vezes, um processo passivo, ou seja, não depende da
contração muscular, somente do relaxamento dos músculos da inspiração.
A entrada e saída de ar dos pulmões são definidas como ventilação pulmonar, este
tem por objetivo renovar o ar dos alvéolos, ao oferecer ar rico em oxigênio e remover o
dióxido de carbono. A ventilação pulmonar pode ser registrada por meio de um
espirômetro, e a partir, do registro, o ar pulmonar pode se dividido em 4 volumes e 4
capacidades, com base nas variações sofridas pelo volume pulmonar em diferentes
situações ventilatórias.
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17.7 Volumes
18.8 Capacidades
É importante salientar que nem todo o ar inspirado é utilizado para troca gasosa; parte
desse ar nunca atinge os alvéolos, preenchendo apenas o espaço das vias aéreas em
que não ocorre troca gasosa, chamado de espaço morto.
Uma vez nos alvéolos, o oxigênio do ar se difunde para o sangue do capilar pulmonar,
em contrapartida, o dióxido de carbono se difunde do capilar pulmonar, onde está em
maior quantidade, para os alvéolos; esse é o princípio da hematose.
Essa difusão acontece sem gasto energético, somente com a energia cinética das
moléculas. No entanto, para que ocorra a difusão é fundamental que a pressão desses gases
favoreça esse processo. Desta forma, a pressão de oxigênio no alvéolo deve ser maior que
no capilar pulmonar, e a pressão de dióxido de carbono no capilar deve ser maior que no
alvéolo. Assim, esses gases vão migrar em sentido oposto um do outro, atravessando a
membrana respiratória.
71
endotélio capilar. Qualquer alteração nessa membrana que a torne mais espessa, como
acontece em um processo inflamatório, pode dificultar a passagem dos gases,
induzindo à injúria respiratória, o que sinaliza a importância dessa membrana para a
hematose. Além disso, existem outros fatores que afetam a velocidade de difusão dos
gases através da membrana, como por exemplo, a solubilidade do gás e sua diferença
de pressão entre os dois lados da membrana, ou seja, alvéolos e capilares pulmonares.
72
18 SISTEMA CARDIOVASCULAR-CIRCULATÓRIO
18.1 Divisão
18.1.2 Sistema Sanguíneo: Composto por vasos condutores do sangue como artérias,
veias, capilares e o coração.
18.1.3 Sistema Linfático: Formado por vasos condutores da linfa como capilares
linfáticos, vasos linfáticos e troncos linfáticos e por órgãos linfonóides, os
linfonodos.
18.1.4 c- Órgãos Hematopoiéticos: Medula Óssea e órgãos linfoides como o baço e
o timo.
18.2 Coração
O coração é um órgão muscular oco, que funciona como uma bomba contrátil
propulsora. Tem a forma aproximada de um cone trucado com uma base, ápice e três
faces: uma esternocostal, diafragmática e pulmonar. Está localizado na cavidade
torácica, atrás do esterno, sobre o diafragma, ocupando uma região central chamada
mediastino. Sua base é o local onde entram e saem os grandes vasos (veia cava
superior e inferior, veias pulmonares, tronco pulmonar e aorta); seu ápice está voltado
para a esquerda.
As valvas são formadas por tecido conjuntivo denso, recobertas por parte do
endocárdio. São em número de 4. 2 átrios ventriculares e 2 semilunares. As átrios
ventriculares (AV) são formadas por cúspides (subdivisões que as valvas apresentam),
sendo que a valva átrio ventricular da direita (AVD) é formada por 3 cúspides, então
chamada Tricúspide, e a valva esquerda (AVE) por 2 cúspides denominada valva
Bicúspide ou Mitral. Essas valvas permitem o acesso do sangue dos átrios para os
ventrículos. As semilunares (SL) são formadas por 3 cúspides e sua função é permitir
a saída do sangue dos ventrículos para o tronco pulmonar, sendo então valva semilunar
direita ou pulmonar e valva semilunar esquerda ou aórtica.
73
O músculo cardíaco (miocárdio) é revestido externamente por uma membrana
serosa (epicárdio) e internamente por células endoteliais (endocárdio). Além disso, é
envolvido por um saco fibroso, o pericárdio, formado por uma camada interna
(pericárdio fibroso) e uma camada externa (pericárdio seroso). Este possui 2 lâminas,
uma aderida ao pericárdio fibroso (lâmina parietal) e outra ao miocárdio (lâmina visceral.
Sua função é limitar a expansão cardíaca durante o enchimento.
Basicamente, o coração funciona como uma bomba ejetando o sangue venoso para
os pulmões para ser oxigenado (pequena circulação) e para e leva para o todo
organismo, nutrindo-o o oxigênio (grande circulação ou sistêmica).
São tubos cilindróides, com propriedades elásticas e de calibre variado, ou seja, grande,
74
médio e pequeno e arteríolas (com menor calibre), cujos ramos podem ser terminais (quando
a artéria se ramifica e o tronco principal deixa de existir após a divisão) e colaterais (quando
a artéria se ramifica e o tronco de origem continua a existir).
As artérias podem ser superficiais e profundas, sendo que em sua maioria é profundas,
o que funcionalmente é interessante, uma vez que esses locais oferecem proteção a elas.
As artérias superficiais têm um calibre pequeno, se destinam à pele, ramificando-se a partir
de artérias pulmonares. Os critérios mais comuns utilizados para designar as artérias estão
relacionados onde passa, como artéria braquial, órgão irrigado, exemplo artéria renal e peça
óssea mais próxima, ou seja, artéria femoral.
Fig.56: Artérias
18.4 Veias
São tubos que apresentam forma variada, dependendo, é claro, do volume de sangue
presente no vaso. Dessa forma, quando as veias estão cheias de sangue tornam-se
cilíndricas, mas quando estão com pouco sangue tornam-se achatadas. Essa versatilidade
na forma dos tubos é fruto da constituição de sua parede; esses vasos apresentam pouca
elastina e mais colágeno, o que confere ao tubo essas distensibilidade.
O diâmetro dos vasos é variável, podendo ser encontrados vasos de grande, médio e
pequeno calibre, além de vênulas (estruturas do sistema venoso com menor diâmetro).
Enquanto as artérias se ramificam, formando outros vasos de menor calibre, as veias de
menor calibre vão se unindo com outras veias, formando calibre maior. Essas veias que se
confluem são chamadas de tributárias ou afluentes.
75
No corpo, a quantidade de veia é maior que as artérias. Fato justificado pelo número de
veiais superficiais, superior ao de artérias, e pela presença de 2 veias acompanhando o
trajeto dos vasos arteriais, denominadas veias satélites. Ainda, as veias podem ser
classificadas de acordo com as estruturas que drenam, ou seja, veias que drenam vísceras
ou órgãos são denominadas de veias viscerais, enquanto as veias que drenam as paredes
das vísceras são denominadas parietais.
Outra característica das veias é a presença de válvula no seu interior, formadas a partir
de uma projeção da membrana interna do vaso, cuja função é orientar o fluxo e impedir o
refluxo de sangue. Entretanto, veias do cérebro, pescoço e algumas veias do tronco não
apresentam válvulas, já que o fluxo sanguíneo nesses territórios é favorecido pela gravidade.
A falência das válvulas provoca estase sanguínea e dilatação dos vasos, o que é
acompanhado de muita dor. Esse quadro clínico é conhecido por varizes.
O sangue circula nas artérias por diferença de pressão, mas isso não acontece com o
sangue nas veias, onde a pressão é quase nula, o que torna o fluxo sanguíneo lento. Dessa
forma, outros mecanismos são necessários para que o sangue circule, a saber: válvulas,
peristaltismo (movimento das vísceras no tubo digestivo), contração muscular, movimentos
respiratórios, pulsação das artérias e compressão da planta dos pés.
76
Fig.: 52 Veias
São as menores estruturas dos sistemas circulatório, formadas por uma por uma única
camada de células endoteliais, interpostas entre as artérias e veias e com distribuição
universal, exceto em tecidos nos quais a nutrição se dá por difusão, como por exemplo,
cartilagem hialina, epiderme, córnea e lente. Aqui ocorrem as trocas entre o sangue e os
tecidos.
São estruturas tubulares, formadas por capilares linfáticos (mais calibrosos e irregulares
que os sanguíneos), vasos linfáticos, troncos linfáticos e órgãos linfoides (linfonodos). No
interior dos vasos linfáticos circula a linfa, consticionalmente diferente do sangue. Este
sistema remove partículas que não são absorvidas pelos capilares sanguíneos, como
proteínas, além de remover o excesso de líquido dos tecidos, auxiliando o sistema venoso
na drenagem.
O fluxo de linfa, pelos vasos linfáticos, é semelhante ao fluxo de sangue nas veias, ou
seja, lento. A linfa que circula pelos vasos linfáticos é lançada de volta ao sistema venoso
por meio do maior tronco linfático, denominado de ducto linfático; este ducto desemboca na
junção entre a veia jugular interna e a veia subclávia (junção jugulo subclávia). Localizada
no lado esquerdo do corpo.
77
entre o trajeto dos vasos linfáticos isoladamente ou em grupo, formando cadeias. Os
linfonodos produzem linfócitos e, desta forma, constituem uma barreira contra a penetração
de partículas estranhas na circulação.
78
79
Fig. 59: Sistema Venoso e Arterial
.
18.7 Sístole é o período de contração muscular das câmaras cardíacas que alterna com o
período de repouso, diástole. A cada batimento cardíaco, os átrios contraem-se primeiro,
impulsionando o sangue para os ventrículos, o que corresponde à sístole atrial. Os
ventrículos contraem-se posteriormente, bombeando o sangue para fora do coração, para
as artérias, o que corresponde à sístole ventricular. Sístole é o processo de contração de
cada parte do miocárdio. Durante a sístole, o sangue entra nas artérias, pelos leitos
capilares, mais depressa do que sai.
80
Fig. 60: Pequena e Grande Circulação
O sangue arterial é bombeado pela contração do ventrículo esquerdo para a artéria aorta.
Esta divide-se para os órgãos principais do nosso corpo (com exceção dos pulmões), onde
o sangue realiza trocas de substâncias com os tecidos, necessárias na manutenção da
homeostasia e também onde o oxigênio é consumido . O sangue venoso pobre em oxigênio
(nesta etapa da circulação, já que o mesmo não acontece na pequena circulação) volta ao
coração pelas veias cavas, introduzindo-se no átrio direito. Do átrio direito o sangue passa
para o ventrículo direito através do orifício atrioventricular, onde existe a valva tricúspide.
81
Da aorta se destacam numerosos ramos que levam o sangue a várias regiões do
organismo.
Da aorta torácica partem as artérias bronquiais, que vão aos brônquios e aos pulmões,
as artérias do esôfago e as artérias intercostais.
Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É
determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra
para circular no corpo.
A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença crônica que, quando não tratada e
controlada adequadamente, pode levar a complicações que podem atingir outros órgão e
sistemas
Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura)
do sangue, da frequência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos
vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sanguínea sofrem a
influência pessoal e ambiental.
130 85 Normal
82
130-139 85- 89 Normal limítrofe
Nos pacientes com insuficiência renal crônica associada sempre ocorre nefroesclerose.
Hipertesão X Nutrição
83
Fig. 61: Coração e suas estruturas
84
18.12 Fisiologia Cardíaca
Na fisiologia, o coração é dividido em duas bombas: uma direita e outra esquerda. A
primeira propele o sangue para os pulmões e a segunda para s circulação sistêmica. Cada
uma dessas bombas apresenta 2 câmaras sendo um átrio e um ventrículo, constituídos pelos
músculos atrial e ventricular, respectivamente, além de fibras excita tórias e condutoras;
estas últimas são pobres em fibras de contração, porém, especializadas em gerar impulsos
e conduzi-los por todo o coração, tornando o coração uma bomba contrátil.
As artérias transportam sangue oxigenado para os tecidos sob pressão; nas veias, o fluxo
de sangue depende de outros fatores, não de pressão, já que a pressão nesse
compartimento do sistema circulatório é mais baixa. As veias são os maiores reservatórios
de sangue: 64% de todo o volume sanguíneo está nelas, isso porque a parede da veia é
menos rígida do que a artéria. O sangue nas veias flui para o átrio direito e qualquer alteração
da pressão do átrio pode refletir sobre a dinâmica das veias. Por isso, a pressão do átrio
direito é chamada de pressão venosa central.
O aumento da pressão venosa central pode ter uma causa fisiológica ou patológica. Por
exemplo, o aumento da atividade muscular eleva o retorno venoso por ativação simpática.
Esse aumento do retorno venoso provoca um aumento da pressão venosa central; isso é
fisiológico. Agora, na insuficiência cardíaca, o coração é incapaz de bombear todo o sangue
que chega até ele, de forma que a pressão no átrio direito aumenta por acúmulo de sangue
85
no coração direito, e consequentemente, o volume de sangue nas veias aumenta também,
causando distensão e aumento da pressão venosa.
Os capilares são estruturalmente favorecidos para permitir a troca entre sangue e tecido,
uma vez que são porosos, ou seja, apresenta fendas que permitem a passagem dos
nutrientes, contudo, não há passagem de proteínas pelos capilares. Vale lembrar, que
substâncias lipossolúveis atravessam a membrana do capilar e não necessitam do poro,
somente as substâncias hidrossolúveis dependem do poro para atravessar a membrana do
capilar.
Dessa forma, se em dado momento um volume maior de sangue chega ao coração, ele
aumenta sua força de contração para ejetar todo o sangue para fora. Isso ocorre porque,
quanto maior a distensão da fibra muscular, maior a força de contração; além disso, o
estiramento da parede do átrio direito aumenta a frequência de disparo do nodo sinusial,
promovendo um aumento da frequência cardíaca. Em conjunto, o aumento da frequência
cardíaca e da força de contração promove a saída do volume de sangue a mais que chegou
ao coração; esse fenômeno é conhecido como mecanismo de Frank-Starling, em
homenagem aos fisiologistas que o descreveram.
Além dessas duas vias, outros elementos estão envolvidos no controle da atividade
cardíaca, como por exemplo, a concentração de íons potássio e cálcio, sendo que o excesso
de potássio leva a uma redução do potencial de repouso e, consequentemente, da amplitude
do potencial de ação, cujos resultados são enfraquecimento do músculo e redução da
frequência cardíaca. Já o excesso de cálcio produz efeitos opostos ao do potássio,
aumentando a frequência, o que reduz os substratos energéticos do coração, induzindo-o á
falência. A elevação da temperatura corporal aumenta a permeabilidade da membrana aos
íons e á geração de potenciais de ação, juntos, esses efeitos elevam a frequência cardíaca.
19 SISTEMA NERVOSO
Conceito
86
È o sistema que controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo e
ainda recebe estímulos aplicados á superfície do corpo humano, é capaz de interpretá - lós
e desencadear, eventualmente, respostas adequadas e estes estímulos. Assim, muitas
funções do sistema nervoso dependem da vontade: caminhar, por exemplo, é um ato
voluntario e muitas delas ocorrem sem que delas tenhamos consciência (a secreção da
saliva, por exemplo, ocorre independentemente da nossa vontade).
O sistema nervoso é responsável pela integração do animal (nesse caso, o ser humano)
ao meio ambiente, uma vez que é capaz de receber todos os estímulos aplicados sobre o
corpo, interpretá-los e gerar uma resposta adequada. Desta forma controla todos os
sistemas que formão organismo. Além disso, é responsável pela gênese de comportamento
(KANDEL,1997).
O sistema nervos está dividido em sistema nervoso central (SNC), formado pela medula
espinhal e pelo encéfalo, responsável por interpretar estímulos e gerar comandos, e sistema
nervoso periférico (SNP), formando por nervos cranianos e espinhais, gânglios e
terminações nervosas, cuja função é condução tanto de estímulos para o SNC quanto as
respostas geradas pelo SNC para as estruturas – alvo.
O encéfalo pode ser dividido em várias partes, a saber: cérebro, tronco cerebral e
cerebelo. O cérebro é formado pelo telencéfalo e o diencéfalo, que durante o
desenvolvimento do embrião evoluem a partir do prosencéfalo. O cérebro ocupa a maior
parte da massa encefálica, que é dividida em dois hemisférios, um direito e outro esquerdo.
Os hemisférios estão unidos pelo corpo caloso e apresentam em sua superfície sulcos que
delimitam giros. Além da divisão em hemisfério, o cérebro pode ser dividido em quatro lobos:
frontal, occipital, parietal e temporal. Já o tronco encefálico é formado pelo mesencéfalo,
ponte e bulbo, que evoluem a partir do mesencéfalo e rombencéfalo. Deste evolui também
o cérebro.
87
Do SNC originam-se pares de nervos que protejam para os órgãos – alvo do sistema
nervoso, como origem em dois pontos do SNC, a saber: tronco cerebral e medula espinhal,
sendo que o tronco cerebral tem 12 pares de nervos, enquanto da medula espinhal partem
31 pares. Os nervos espinhais são formados por duas raízes, raiz dorsal e raiz ventral que
se unem para formar um único nervo. As fibras que compões essas raízes são sensitivas e
motoras, o que torna o nervo misto. No entanto, logo após a fusão das raízes, o nervo se
divide em dois ramos: ventral e dorsal, que inervam regiões diferentes do corpo. Além disso,
alguns ramos ventrais podem se fundir com outros ramos ventrais e formar plexos nervosos
de onde emergem nervos terminais, como por exemplo: o complexo braquial, que é
responsável pela inervação do ombro e do membro superior.
Reconhecemos no sistema nervoso duas partes fundamentais que são o sistema nervoso
central (SNC) é o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é uma parte que recebe
estímulos, comanda e desencadeia respostas. O SNP é constituído por vias que conduzem
os estímulos ao SNC ou que levam até os órgãos efetuadores as ordens emanadas do SNC.
O SNC é constituído pela medula espinhal e o encéfalo e o SNP compreendem os nervos
cranianos e espinhais, os gânglios e as terminações nervosas.
Observação: O líquor que circula no espaço subaracnóide e nos ventrículos tem como
função proteger o SNC agindo como amortecedor de choques. Ele pode ser retirado e o
estudo de sua composição pode ser valioso para o diagnóstico de várias doenças.
• Os nervos são cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por
tecido conjuntivo, tendo como função levar ou trazer impulsos ao, ou do SNC.
• Dividem – se em 12 pares dos nervos cranianos e 31 pares de nervos espinhais.
Tem sua origem e formação no tubo neural, após a fecundação, mais exatamente na fase
nêurula com formação do prosencéfalo, mesencéfalo e o rombencéfalo, sendo, a restante
medula primitiva.
Deste módulo o tubo neural diferencia – se numa parte mais caudal ou inferior, que dará
origem á medula espinhal, e numa parte mais cranial ou superior. Esta parte mais superior
88
sofre contorções e alargamentos, formando uma vesícula primitiva. È a partir desta vesícula
primitiva que se diferenciam as três vesículas cerebrais.
Do ponto de vista funcional, o sistema nervoso (SN) pode ser dividido em somático e
visceral. O SN somático é responsável por integrar o individuo ao meio externo, uma vez
que inerva estruturas periféricas, enquanto que o SN visceral regula a atividade das vísceras,
de forma a controlar a homeostase, ou seja, a constância do meio interno. O SN somático e
o visceral apresentam, em comum, um componente aferente. È por meio deste componente
que as informações trafegam até o centro integrador (SNC). O centro integrador gera uma
resposta e a envia até o local de origem do estímulo por meio de uma outra via, conhecida
como via eferente. Somente componente eferente do SN visceral é o sistema nervoso
autônomo.
O neurônio cujo corpo está localizado dentro do SNC é denominado neurônio pré-
ganglionar é o que está localizado fora, de neurônio pós - ganglionar. Esse agregado de
corpos neuronais fora do SNC recebe o nome de gânglio. Já no SNC esse mesmo agregado
de corpos celulares recebe o nome de núcleo. Diferentemente, o somático apresenta
somente um neurônio que liga o SNC ao órgão efetor, ou seja, ao músculo esquelético,
terminando em uma estrutura chamada de placa motora. Podemos dizer que o SN somático
está envolvido com ações voluntárias, e o visceral com ações involuntárias.
89
encefálico e medula sacral (crânio-sacral). Os neurônios pós-ganglionares do simpático
estão localizados próximos ou dentro delas.
Outra diferença é o tamanho das fibras pré e pós-ganglionar nos dois ramos do SN
autônomo. No simpático, a fibra pré-ganglinar nos dois ramos do SN autônomo. No
simpático, a fibra pré-ganglionar é curta e a pós-ganglionar é longa. Já no parassimpático
temos o contrário: a fibra pré-ganglionar é longa e o pós-ganglionar é curta. Diferenças
funcionais: tanto o simpático quanto o parassimpático atuam juntos, regulando o
funcionamento visceral. È fato que, quase sempre, essa atuação é antagônica entre esses
dois ramos, sendo que em alguns casos eles exercem o mesmo efeito no órgão efetor.
A maior parte dos órgãos é mista para o SN autônomo, ou seja, recebem fibras simpáticas
e parassimpáticas; entretanto, algumas estruturas apresentam somente um tipo de
inervação, ou simpática ou parassimpática, como por exemplo as glândulas sudoríparas,
que são glândulas exócrinas. As glândulas endócrinas não possuem inervação simpática ou
parassimpática, uma vez que o controle de sua atividade é hormonal. Nessas estruturas, a
atuação do SN autônomo se restringe aos vasos que as nutrem.
90
Fig.63: Sistema Nervoso Autônomo
19.4 Simpático
As fibras simpáticas são dividas em fibra pré- ganglionar e pós-ganglionar. A fibra pré-
ganglionar tem sua origem na medula espinhal, entre os segmentos T1 e L2 e, ao
estabelecer contato com a fibra pós-ganglionar, forma gânglios. Os gânglios simpáticos
estão organizados em cadeias, interligadas e dispostas paralelamente á coluna vertebral.
Outra característica do simpático é que uma das fibras pré-ganglionar faz sinapse
diretamente com a medula da adrenal, estimulando-a a liberar adrenalina e noradrenalina.
O simpático inerva praticamente todas as vísceras do corpo. Este fato, associado á sua
organização anatômica, permite a ativação em massa de várias estruturas orgânicas, o que
é importante, principalmente no estresse, mas ao mesmo tempo nocivo caso persista.
Como as sinapses com acetilcolina são excitatórias, os efeitos inibitórios da fibra pré-
ganglionar são mediados por um interneurônio inibitório que libera dopamina na fenda
sináptica. A dopamina exerce os efeitos inibitórios sobre a membrana da fibra pós-ganglionar
hiperpolarizando-a. A fibra pós-sináptica libera vários neurotransmissores, entre eles:
noradrenalina, acetilcolina, dopamina, óxido nítrico e até o ATP; estes para exercer seu
efeito, interagem com receptores de membrana.
19.5. Parassimpático
Entre uma fibra pré-ganglionar é uma pós-ganglionar existe um gânglio, que é o ponto de
contato entre dois neurônios. O neurotransmissor liberado pela fibra pré-ganglionar é a
acetilcolina, que pode interagir com os receptores localizados na membrana do neurônio
pós-ganglionar ou de interneurônios. Em ambos os casos, a sinapses será excitatória,
porém, a estimulação dos interneurônios provocará a liberação de dopamina na fenda
sináptica; esta, por sua vez, interage com os receptores localizados na membrana do
neurônio pós-ganglionar, aumentando sua condutância a íons carregados negativamente,
tornando o potencial de membrana na fibra pós-ganglionar, mas negativo e,
consequentemente, menos responsivo.
Reconheçamos no sistema nervoso duas partes fundamentais que são o sistema nervoso
central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é uma porção que recebe
estímulos, comanda e desencadeia respostas. O SNP é constituído por vias que conduzem
os estímulos ao SNC ou que levam até os órgãos efetuadores as ordens emanadas do SNC.
O SNC é constituído pela Medula espinhal e pelo encéfalo e o SNP compreende os nervos
cranianos e espinhais, os gânglios e as terminações nervosas.
Medula Espinhal
Gânglios Espinhais
Terminações Nervosas
O fuso muscular é inervado por neurônios do córtex cerebral - o neurônio motor gama. A
estimulação do fuso pelo córtex cerebral garante a atividade das fibras, mantendo o tônus
muscular. Além dos receptores de estiramento das fibras musculares (os fusos musculares),
existem receptores, também de estiramento, nos tendões denominados receptores
tendinosos de Golgi. Estes estão conectados à fibra Ib, que na medula estabelece contato
com interneurônios excitatórios e inibitórios, regulando o grau de tensão muscular. Os
interneurônios estabelecem contato com os neurônios motores dos músculos agonista e
antagonista, inibindo e estimulando, respectivamente.
O córtex motor e o tronco cerebral estão envolvidos com movimentos mais complexos –
por exemplo, o início e o término dos movimentos automáticos dependem de atos
voluntários. Os movimentos voluntários, muito mais complexos que os movimentos
automáticos, devem ser previamente planejados e, por isso, são dependentes de
aprendizagem. Para que os movimentos aconteçam com sucesso, eles precisam ser
regulados, um processo que acontece quando o movimento é planejado e quando está
sendo executado.
93
Fig.63: Sistema Nervoso Autônomo
19.7 Meninges
94
Fig.65: Punção do Líquor
O Líquor que circula no espaço subaracnóide e nos ventrículos tem como função
proteger o SNC agindo como amortecedor de choques. Ele pode ser retirado e o estudo de
sua composição é valioso para diagnóstico de várias doenças.
Os Nervos são cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido
conjuntivo, tendo como função levar ou trazer impulsos do SNC. Eles dividem-se em 12
pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinhais.
Fig.66: Meninges
95
Fig.65: Punção do Líquor
96
Fig.: 68 – A. Massa Encefálica – Hemisfério Esquerdo e Hemisfério Direito, Lobos
Cerebrais, Tronco Encefálico, Cerebelo e Medula Espinhal.
97
19.7 Massa Encefálica - Hemisfério Esquerdo e Hemisfério Direito, Lobos Cerebrais, Tronco
Encefálico, Cerebelo e Medula Espinhal - Funções
É sistemático, lógico e objetivo. A pessoas fixa-se mais nas diferenças, e na estrutura das mesmas.
É analítico e depende da linguagem, a pessoa irá preferir falar e escrever e controla os seus
sentimentos. Matemático, sequencial, intelectual, dominante, este é também o Hemisfério ativo e
responsável pela percepção de uma ordem, assim como pelas sequências motoras complexas.
Neste hemisfério a pessoa toma as decisões mais ‘à sorte’, é intuitiva, subjetiva e fixa-se nas
similaridades. É também mais espontânea, prefere a flexibilidade, é sintética e depende das
imagens. A pessoa irá também preferir desenhar e tocar, é uma área mais criativa, e expressa
mais livremente os seus sentimentos. Espacial, holística, artística e simbólica. O Hemisfério Direito
é também responsável pela parte espiritual, reconhecimento facial e figuras complexas.
19.7.3.1 Lobo Frontal - Localizado na parte frontal do cérebro, e daí o seu nome, o Lobo Frontal
é talvez aquele com uma maior importância Cognitiva de entre os quatro lobos. A sua principal
função é a Coordenação de Atividades Motoras. Este lobo é também responsável pelo
Pensamento, pela Escrita, pela Fala e pela Linguagem Articulada.
19.7.3.2 Lobo Temporal - Localizado na parte lateral do nosso cérebro, mesmo por cima das
nossas orelhas. Este Lobo tem, assim, como principal função a Audição, mas também, e
essencialmente, a Memória. É ainda responsável pelos Sons, pela compreensão da Linguagem e
ainda pela Vigília (atenção). Uma curiosidade é que os cabelos brancos começam mais cedo junto
desta zona, uma vez que está localizado também junto do osso temporal.
19.7.3.3 Lobo Parietal - Este Lobo tem também bastante importância. Localizado na parte superior
do cérebro, o Lobo Parietal é responsável por Coordenar as Sensações da Pele. A zona anterior,
córtex somatossensorial, possibilita a recepção de sensações (tato, dor, temperatura.) que advém
do ambiente e são exteriores ao corpo. Essas sensações são recebidas por órgãos como lábios,
língua e garganta. Por sua vez a zona posterior é responsável por analisar, interpretar e integrar
as informações recebidas pela zona anterior, e permite a localização do nosso corpo no espaço
como o Reconhecimento de objetos pelo tato ou Compreensão da linguagem pela Audição.
19.7.3.4 Lobo Occipital - O último, mas não menos importante, é o Lobo Occipital que se encontra
na parte de trás do nosso cérebro. Este lobo é responsável, essencialmente pela Visão através do
Córtex Visual Primário e ainda pelo Processamento e Percepção da Visão.
19.8 Tronco Encefálico - Responsável pela Respiração, Ritmo dos Batimentos Cardíacos e
Pressão Arterial
19.9 Cerebelo - Responsável pelo Equilíbrio Postural, Movimentos Oculares, Regulação do Tônus
Muscular, Coordenação Motora e Coordenação dos Movimentos Voluntários. Atua na
aprendizagem
Fig.: 68 – B. Massa Motora do ser
Encefálica Humano Esquerdo e Hemisfério Direito, Lobos Cerebrais,
– Hemisfério
Tronco Encefálico, Cerebelo e Medula Espinhal.
98
19.10 Medula Espinhal - Responsável pela Função Sensitiva: sente as alterações (estímulos)
dentro do corpo (meio interno) e no ambiente (meio externo). Função Integradora: analisa a
informação sensitiva, armazena uma parte dela, e toma decisões sobre os comportamentos
apropriados. Função Motora: responde aos estímulos iniciando a ação em forma de contrações
musculares ou secreções glandulares.
Do ponto de vista funcional o Sistema Nervoso pode ser dividir em Sistema Nervoso
Somático e Sistema Nervoso Visceral.
É aquele que relaciona com organismo com o meio. Para isto a parte aferente do SN
Somático conduz aos centros nervosos impulsos originados e os receptores periféricos,
informando a estes centros sobre o que se passa no meio ambiente. Por outro lado, a parte
eferente do SN somático leva aos músculos esqueléticos o comando dos centros nervosos,
resultando movimentos que levam um maior relacionamento ou integração com o meio
externo.
È aquele que relaciona com a inervação das estruturas viscerais e é muito importante
para a integração da atividade das vísceras no sentido da manutenção da constância do
meio interno. Este SN também possui a parte aferente e eferente. Por definição denominam-
se SN Autônomo apenas o componente eferente do SN Visceral que se divide em SN
Simpático e Parassimpático.
99
19.15 Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático – Funções
Íris
Dilatação da Constrição da
Pupila (Midríase) Pupila (Miose)
Glândula Lacrimal
Vasoconstricção Secreção
abundante
100
Glândulas Sudoríparas Secreção Inervação Ausente
copiosa
101
Brônquios
Dilatação Constrição
Bexiga
Pouca ou Contração da
nenhuma ação parede
102
Genitais Masculinos
Vasoconstrição Vasodilatação
Ejaculação Ereção
103
Vasos sanguíneos do tronco e das extremidades
104
.
105
Fig.70: Neurônios e Estruturas.
106
19.14 Neurofisiologia Fig. 71 Estruturas Sistema Nervoso
Todos esses sinais precisam ser transformados em códigos por estruturas nervosas e
transmitidas até o sistema nervoso central (SNC) por meios de sinais elétricos. No SNC o
sinal é decodificado, o que permite ao SNC reconhecê-lo, e se preciso, gerar uma resposta.
Em suma essa é a maneira pela qual o indivíduo é integrado ao meio em que vive.
Para que o potencial de ação não se dissipe ao longo o axônio, os axônios são envolvidos
por bainhas de mielina; por sua vez, cada bainha é formada pela justaposição de várias
camadas de membrana das células de Schwann no SNP e pelos oligodendrócitos no SNC.
A bainha de mielina não é contínua ao longo do axônio; ela apresenta interrrupções
conhecidas como nodos de Ranvier, e é nos nestes, que os canais de sódio são abertos
gerando os potenciais de ação, resultando no que chamamos condução saltatória (KANDEL
et al. 1997).
As sinapses podem ser definidas como zonas de contato entre dois neurônios, ou entre,
neurônios e células musculares, e até mesmo células glandulares. As sinapses podem ser
químicas ou elétricas, sendo que nas sinapses químicas uma substância, também chamada
neurotransmissor, é liberada em um espaço conhecido como fenda sináptica, daí se difunde
para interagir com receptores na outra célula.
Vale salientar que, apesar de existirem dois tipos de sinapses, o tipo mais encontrado são
as sinapses químicas. Além disso, nem toda sinapse é excitatória, ou seja, nem toda célula
pré-sináptica estimula a célula pós-sináptica, fazendo com que esta dispare um potencial de
ação, existem sinapses inibitórias, isto é, sinapses que inibem a atividade da célula pós-
sináptica.
108
Fig. 73: Sistema Nervoso Simpático e Sistema Nervoso Parassimpático
109
19.14. 2 Neurônios
Axônios: Transporta o impulso nervoso de um neurônio para outro ou de um neurônio para uma
glândula ou fibra muscular.
Fig.: 74 - Neurônio
A transmissão dos impulsos nervosos entre neurônios, ou de um neurônio para outro tipo de
célula, ocorre através de uma reação físico-química- Sinapse
110
A Sinapse é o local de contato (comunicação) entre dois neurônios. A transferência do impulso
nervoso nas sinapses ocorre graças aos neurotransmissores. Estes são biomoléculas
(substâncias químicas), produzidas pelos neurônios e armazenados nas vesículas sinápticas
(bolsas presentes nas extremidades dos axônios).
20 SISTEMA URINÁRIO/EXCRETOR
O sistema urinário é composto por órgãos que produzem e eliminam urina, e é por meio
da urina que o organismo consegur eliminar todos os produtos indesejáveis gerados pelo
metabolismo celular.
A urina é produzida pelos rins, sendo dois, cuja forma, lembra um grão de feijão,
envolvidos por uma cápsula, com abundante tecido gorduroso ao seu redor. E são
localizados atrás do peritônio, na posição retroperitonial, mas separadamente, uma à direita
e outra á esquerda. Os rins têm duas faces: anterior e posterior, duas bordas: medial e lateral
e duas extremidades: superior e inferior, sendo que na extremidade superior repousam as
glândulas suprarrenais, e pela borda medial penetram os vasos sanguíneos e linfáticos,
nervos e ureter, estruturas que em conjunto formam o pedículo renal.
Um corte frontal dos rins nos permite identificar uma área pálida de localização periférica,
denominada córtex renal, e uma área mais escura de localização central, a medula renal. Do
c´rtex se projetam as colunas renais, que por sua vez delimitam porções cônicas da medula,
denominadas pirâmides renais. As pirâmides renais tem seu ápice voltado para a pelve renal;
a pelve está envolvida em cálices maiores e menores, sendo que estes últimos oferecem um
encaixe para receber o ápice da pirâmide renal, conhecido também como papila renal.
Rins
Fig. 75 - Rins
Fig.: 65 Rins Direito e Esquerdo-
111
20.1 Ureteres, Uretra e Bexiga- Órgãos de Eliminação da Urina
A pelve renal é uma dilatação do ureter, um tubo muscular que transporta urina dos rins
para a bexiga, desembocando nesse órgão por meio do óstio uretral. Pelo trajeto distinguem-
se duas porções no ureter: uma abdominal e outra pélvica. A bexiga é um órgão muscular,
localizado atrás da uretra, que se comunica com a bexiga por meio do óstio interno da uretra.
No óstio existe um músculo esfíncter que controla a saída de urina. A forma da bexiga e sua
relação com as estruturas vizinhas dependem do volume de urina que está armazenado.
Ureter
Bexiga
Uretra
Fig. 76: Ureteres, Bexiga e Uretra- órgãos responsáveis pela eliminação da urina
112
20. 2 Funções do sistema Urinário
- Doença do Rim Policístico (doença hereditária que se caracteriza pela formação de cistos
nos túbulos renais).
Fig
Fig. 77 Néfron
113
20. 4 Fisiologia Urinária
Nosso sistema urinário é formado por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra.
Dos cerca de 5 litros de sangue bombeados pelo coração a cada minuto, aproximadamente
1.200 ml, ou seja, pouco mais de 20% deste volume flui, neste mesmo minuto, através dos
nossos rins. Trata-se de um grande fluxo se considerarmos as dimensões anatômicas destes
órgãos.
O sangue entra em cada rim através da artéria renal. No interior de cada rim, cada artéria
renal se ramifica em diversas artérias interlobares. Estas se ramificam em artérias arqueadas
que, por sua vez, ramificam-se então em numerosas artérias interlobulares. Cada artéria
interlobular, no córtex renal, ramifica-se em numerosas arteríolas aferentes. Cada arteríola
aferente ramifica-se num tufo de pequenos capilares denominados, em conjunto,
glomérulos. Os glomérulos, milhares em cada rim, são formados, portanto, por pequenos
enovelados de capilares.
Na medida em que o sangue flui no interior de tais capilares, uma parte filtra-se através
da parede dos mesmos. O volume de filtrado a cada minuto corresponde a,
aproximadamente, 125 ml. Este filtrado acumula-se, então, no interior de uma cápsula que
envolve os capilares glomerulares (cápsula de Bowmann). A cápsula de Bowmann é formada
por 2 membranas: uma interna, que envolve intimamente os capilares glomerulares e uma
externa, separada da interna. Entre as membranas interna e externa existe uma cavidade,
por onde se acumula o filtrado glomerular.
Na medida em que o filtrado flui através destes túbulos, diversas substâncias são
reabsorvidas através da parede tubular, enquanto que, ao mesmo tempo, outras são
excretadas para o interior dos mesmos.
114
Ocorre também, neste segmento, reabsorção de 100% dos aminoácidos e das proteínas
que porventura tenham passado através da parede dos capilares glomerulares.
Neste mesmo segmento ainda são reabsorvidos aproximadamente 70% das moléculas
de Na+ e de Cl- (estes últimos por atração iônica, acompanhando os cátions). A reabsorção
de NaCl faz com que um considerável volume de água, por mecanismo de osmose, seja
também reabsorvido.
Desta forma, num volume já bastante reduzido, o filtrado deixa o túbulo contornado
proximal e atinge o segmento seguinte: a Alça de Henle.
Devido às características descritas acima, enquanto o filtrado glomerular flui através do ramo
ascendente da alça de Henle, uma grande quantidade de íons sódio é bombeada ativamente
do interior para o exterior da alça, carregando consigo íons cloreto. Este fenômeno provoca
um acúmulo de sal (NaCl) no interstício medular renal que, então, se torna hiperconcentrado
em sal, com uma osmolaridade um tanto elevada, quando comparada aos outros
compartimentos corporais. Essa osmolaridade elevada faz com que uma considerável
quantidade de água constantemente flua do interior para o exterior do ramo descendente da
alça de Henle (lembre-se que este segmento é permeável à água e ao NaCl) enquanto que,
ao mesmo tempo, NaCl flui em sentido contrário, no mesmo ramo. Portanto, o seguinte fluxo
de íons e de água se verifica através da parede da alça de Henle: No ramo descendente da
alça de Henle flui, por difusão simples, NaCl do exterior para o interior da alça, enquanto que
a água, por osmose, flui em sentido contrário (do interior para o exterior da alça). No ramo
ascendente da alça de Henle flui, por transporte ativo, NaCl do interior para o exterior da
alça.
Glomérulo
Cápsula de
Bowman
Túbulo Contorcido
Distal
Túbulo
Contorcido
Proximal
Ducto Coletor
Alça de Henle
116
Fig. 79: Estruturas do Sistema Urinário
117
Músculo estriado esquelético: é inervado pelo sistema
nervoso central e, como este se encontra em parte sob controle
consciente, chama-se músculo voluntário. As contrações do
músculo esquelético permitem os movimentos dos diversos ossos
e cartilagens do esqueleto.
Os músculos são formados por células que durante a vida intrauterina, se especializam
em contração. Essas células se agrupam em feixes e contraem-se frente a um estímulo. Os
músculos apresentam características histológicas que os definem em estriados e lisos. Os
estriados são voluntários, ou seja, sua contração é controlada conscientemente, enquanto
os músculos lisos são involuntários. Os músculos cardíacos são classificados como um
terceiro tipo muscular, uma vez que morfologicamente é estriado, mas funcionalmente é liso.
Apesar disso, todos os músculos são inervados e têm sua atividade regulada diretamente
(músculo estriado) pelo sistema nervoso central.
Observa-se nos músculos estriados uma porção carnosa chamada ventre muscular, que
é a parte contrátil dos músculos, e uma porção cilíndrica branca chamada tendão ou
aponeurose, ambas constituídas de tecido conjuntivo denso, rico em colágeno, por isso, o
aspecto esbranquiçado, o que contrasta com a porção carnosa que é vermelha. Sua função
é prender o músculo ao esqueleto, cartilagens, outros músculos, tendões.
118
Além disso, os músculos estriados são envolvidos por uma membrana de tecido
conjuntivo, a fáscia muscular, que tem por função otimizar o trabalho de tração dos músculos
ao se contrair. Essa tração é exercida sobre os ossos e, como se sabe, é o local onde os
músculos estriados estão presos; no entanto, não são as duas extremidades ósseas que se
destocam durante a contração, mas uma única. Foi a partir dessa observação que se
convencionou chamar de “ponto fixo” a parte óssea que não se desloca, e “ponto móvel” a
que se desloca, também conhecidos como origem e inserção muscular, respectivamente.
Não existe, um consenso entre os anatomistas quanto á classificação dos músculos, mas
de modo geral, a análise de forma, origem, inserção, ação e ventre muscular são alguns
critérios utilizados para classificar os músculos. Outra forma de classificar os músculos é
observando o trabalho que eles realizam, ou seja, sua função. Assim, quando o músculo
executa um movimento, ele é denominado agonista, e quando se opõe ao movimento
agonista, é denominado antagonista; ainda, quando potencializa a ação do agonista, ele é
denominado sinergista.
21.1 Tipologia
5- Quanto á Ação: flexor, extensor, adutor, abdutor, rotador medial, rotador lateral,
pronador, supinador, flexor plantar, flexor dorsal.
21.2 Nomenclatura
120
22. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
121
O Sistema Reprodutor Feminino: É formado pelas gônadas (ovários) que produzem os
óvulos, as tubas uterinas, que transportam os óvulos do ovário até o útero e os protege, o
útero, onde o embrião irá se desenvolver caso haja fecundação, a vagina e a vulva.
22.1 Ovários
A camada mais externa de tecido é chamada de córtex e possui milhares de células, que
são os óvulos imaturos, chamados de folículos primários, que completam seu
desenvolvimento durante a ovulação. Esses folículos começam crescer e se desenvolver
sob a ação dos hormônios, processo que começa na adolescência.
22.2 Ovogênese
É nome da gametogênese feminina, que leva à produção dos óvulos. Este processo
inicia-se antes do nascimento e as células diploides precursoras crescem durante o período
embrionário e passam a ser chamadas de ovócitos primários e apenas na puberdade que
estas células sofrerão meiose, produzindo células haploides. O óvulo finaliza seu
desenvolvimento durante a fecundação.
As tubas uterinas são formadas pelas seguintes partes: a mesoalpinge é a região onde
ela se prende no útero, o istmo é a porção medial que se abre o útero e a ampola é a região
onde ela sofre uma curvatura para encontrar o ovário.
122
Próximo ao ovário está o infundíbulo, que se abre em uma cavidade chamada óstio
abdominal, que possui muitas fímbrias, que estão presas ao ovário. Estas fímbrias
movimentam-se, carregando o óvulo pelo interior da tuba uterina, com o auxílio das células
ciliadas presentes na região e também de contrações musculares da parede.
22.4 Útero
O útero possui a forma de uma pêra invertida, é musculoso e oco. Na sua região
superior/lateral está ligado com as tubas uterinas e na região inferior está ligado com a
vagina.
Está situado na cavidade pélvica, atrás da bexiga urinária e anteriormente ao reto. O útero
é formado pelas seguintes regiões: corpo, istmo, colo, óstio e fundo. O corpo é a porção
superior do útero, que se estreita logo abaixo, formando o istmo. O colo do útero é a região
onde o istmo encontra a vagina e possui forma cilíndrica. O óstio é a abertura do útero na
vagina. O fundo do útero é a região próxima das ligações com as tubas uterinas.
O interior do útero é revestido por um tecido muito vascularizado e sua parede é formada
por três camadas, que são as mesmas das tubas uterinas: serosa, miométrio e endométrio.
A serosa é formada pelo peritônio. O miométrio encontra-se abaixo da serosa e é
responsável por boa parte da espessura da parede uterina.
O endométrio é uma camada de células que reveste a cavidade uterina e tem uma
participação muito importante durante a ovulação. Todo mês ele se torna mais espesso para
receber o óvulo fertilizado. Caso não ocorra a fertilização, o endométrio que se desenvolveu
é eliminado através da menstruação.
123
22.5 Vagina
A vagina é um canal musculoso que liga o colo do útero ate o exterior, na genitália.
Próximo à entrada da vagina há uma membrana vascularizada, chamada hímen, que
bloqueia a entrada da vagina total ou parcialmente e normalmente se rompe nas primeiras
relações sexuais.
A genitália feminina externa é chamada de vulva. Normalmente sua região mais externa
é coberta com pêlos.
É formada pelos grandes lábios, que envolvem duas pregas menores, chamadas de
pequenos lábios e que protegem a abertura vaginal e circundam o clitóris. São altamente
vascularizados.
124
O clitóris é um pequeno órgão, altamente sensível e corresponde a glande do pênis e é
formado por tecido erétil.
Ciclo Menstrual
Ciclo menstrual é o nome dos processos que ocorrem no sistema reprodutor feminino
todo mês em decorrência da ação dos hormônios estrógeno e progesterona.
Fase proliferativa
Fase secretora
O endométrio está pronto para receber o embrião e está ricamente vascularizado. Por
volta da 4ª semana, o corpo lúteo regride e cessa a produção de hormônios. Se não houver
fecundação o endométrio é eliminado através da menstruação, iniciando um novo ciclo
menstrual.
125
Fig. 84: Fases do Ciclo Menstrual
126
Fig.85: Estruturas do Sistema Reprodutor Feminino
127
Fig. 86: Mama e suas estruturas
As glândulas mamárias são formadas por 15 a 20 lobos. É na puberdade, sob a ação dos
hormônios que elas começam se desenvolver.
128
23 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
•
•
•
•
•
•
•
•
129
Fig.87: Estruturas do Sistema Reprodutor Masculino
130
23.1 Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um
emaranhado de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de
Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos
espermatozoides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig
(nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a
testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e
dos caracteres sexuais secundários:
• Estimulam os folículos pilosos para que façam crescer a barba masculina e o pêlo
pubiano.
• Estimulam o crescimento das glândulas sebáceas e a elaboração do sebo.
• Produzem o aumento de massa muscular nas crianças durante a puberdade, pelo
aumento do tamanho das fibras musculares.
• Ampliam a laringe e torna mais grave a voz.
• Fazem com que o desenvolvimento da massa óssea seja maior, protegendo contra
a osteoporose.
23.2 Epidídimos: são dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os
espermatozoides são armazenados.
23.4 Canais deferentes: são dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga
urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais.
23.5 Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado
no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozoides, entrarão
na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia
para os espermatozoides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter
fosfatos, nitrogênio não proteico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerada
como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em
numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura
lisa do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo
vasodilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaleias – dores de cabeça
– da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua
síntese interrompida por analgésicos e anti-inflamatórios).
131
Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se
que a pessoa tem fimose.
132
Fig.89: Pênis e suas estruturas.
133
23.11 Fisiologia do Aparelho Reprodutor Masculino
Os testículos são os principais órgãos de discussão desse sistema por se tratar do local
onde ocorre à produção de espermatozoides. Os testículos são anatomicamente e
funcionalmente divididos em duas porções, o tecido intersticial e os túbulos seminíferos. O
tecido intersticial é responsável pela produção de hormônios sexuais a esteroidogênese e
os túbulos seminíferos pela produção de espermatozoides.
O órgão responsável pela função endócrina desse sistema são os ovários. Estes
produzem os hormônios ovarianos como o estrógeno, progesterona, andrógenos, relaxina e
inibina. A produção desses hormônios ocorre após estimulação dos ovários pelas
gonadotrofinas (FSH e LH).
134
24 SISTEMA ENDÓCRINO
Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto de órgãos que apresentam como atividade
característica a produção de secreções denominadas hormônios, que são lançados na corrente
sanguínea e irão atuar em outra parte do organismo, controlando ou auxiliando o controle de sua
função. Os órgãos que têm sua função controlada e/ou regulada pelos hormônios são
denominados órgãos-alvo.
O sistema endócrino é constituído de tecidos epiteliais de secreção glandulares que formam
as glândulas, que podem ser uni e pluricelulares. As glândulas pluricelulares não são apenas
aglomeradas de células que desempenham as mesmas funções básicas e tem a mesma
morfologia geral e origem embrionária, o que caracteriza um tecido.
Os hormônios influenciam praticamente todas as funções dos demais sistemas corporais.
Frequentemente o sistema endócrino interage com o sistema nervoso, formando mecanismos
reguladores bastante preciso s. O sistema nervoso pode fornecer ao endócrino a informação
sobre o meio externo, ao passo que o sistema endócrino regula a resposta interna do organismo
a esta informação. Dessa forma, o sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso, atua
na coordenação e regulação das funções corporais.
135
24.1 Introdução
As glândulas que compõem o sistema endócrino estão distribuídas por todo o corpo e,
diferencialmente das glândulas exócrinas, não possuem ducto excretor. Assim, seu produto
de secreção é lançado diretamente na corrente sanguínea, e é estas características que as
definem como glândulas endócrinas.
24.2 Tireóide
A membrana apical está voltada para o lúmen e a membrana basal para o tecido
conjuntivo. A produção de hormônios tireoidianos ocorre na membrana luminal, pois é nessa
região que encontramos a peroxidase tireoidiana, enzima responsável pela produção de
hormônios.
A glândula tireoide produz muito mais T4 do que T3, e como a maior parte dos efeitos
dos hormônios tireoidianos é desencadeada pelo T3, o T4 é desiodado na periferia para
formar T3; esse processo é conhecido como desiodação e consiste na remoção de uma
molécula de iodo. As enzimas responsáveis por esse processo são as desiodases,
classificadas em tipos 1,2 e 3. A atividade dessas enzimas é regulada de acordo com s
concentrações sanguíneas dos hormônios tireoidianos.
Os efeitos dos hormônios tireoidianos podem ser reunidos em dois grupos: efeitos sobre
crescimento e diferenciação celular, e sobre metabolismo energético. Os hormônios
tireoidianos promovem o crescimento por estimularem a produção da GH e aumentarem a
sensibilidade das células GH. No Sistema Nervoso Central, os hormônios tireoidianos
promovem a maturação das células nervosas e formação de sinapses.
Fig.90: Tireóide
24.3 Paratireóide
137
Fig.91: .
Paratireoide
O cálcio está envolvido com uma série de funções e, por esta razão, precisa ter sua
concentração sanguínea regulada constantemente. Entre as funções do cálcio podemos
citar: coagulação do sangue, sinalização intracelular, manutenção dos potenciais de
membrana, concentração muscular e formação do osso.
A vitamina D é produzida pela pele, porém, passa por uma série de transformações no
organismo até se tornar ativa. A vitamina D é liberada quando ocorre diminuição de cálcio
sanguíneo, agindo nos ossos, promovendo a desmineralização e nos intestinos,
aumentando a absorção de cálcio, efeitos que em conjunto elevam o cálcio do organismo.
138
Na tireoide o TSH estimula a produção dos hormônios tireoidianos, T3 e T4. Os principais
reguladores da secreção de TSH são os próprios hormônios tireoidianos e o hormônio
hipotalâmico TRH, estes inibem e aumentam, respectivamente, a secreção de TSH.
139
Fig.92: Hipófise e Hipotálamo
24.5 Hipotálamo
140
24.6 Pâncreas
141
24.7. Suprarrenais
142
Hormônio Onde é Produzido Função
143
Hormônio luteinizante e hormônio Hipófise Controlam as funções reprodutoras, como
folículo estimulante a produção de espermatozóides e de
sêmen, a maturação dos óvulos e os
ciclos menstruais; controlam as
características sexuais masculinas e
femininas (p.ex., a distribuição dos pêlos,
a formação dos músculos, a textura e a
espessura da pele, a voz e, talvez, os
traços da personalidade)
144
Fig.95: Hormônios e funções
145
25. SISTEMA SENSORIAL- ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
146
25.1 Audição
Com os ouvidos ouvimos o que se passa à nossa volta: a voz das pessoas, os sons da
natureza, o trânsito.
Os sons podem ser calmos, barulhentos, agradáveis, desagradáveis, e viajam pelo ar,
mas não os podemos ver.
É o sentido pelo qual recebemos os sons. O ouvido, além de ser o responsável pela
audição, se junta com o cerebelo para a manutenção do nosso equilíbrio. Compõem-se três
partes: Ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno.
Estende-se até o ouvido médio, do qual está separado pela membrana do Tímpano.
Compreende uma parte externa ou cartilaginosa e uma parte interna ou óssea, escavada no
osso temporal. Nele encontramos pequenos pêlos e glândulas sudoríparas que produzem
147
uma substância gordurosa, amarela e de sabor amargo, chamada Cerúmen. Os pêlos e o
Cerúmen servem para proteção do ouvido contra poeira e microorganismo do ar.
Está separado do ouvido externo pela membrana do Tímpano. Comunica com a faringe
por conduto chamado Trompa de Eustáquio. No seu interior possui três ossículos: Estribo,
Bigorna e Martelo.
148
As fossas nasais são responsáveis pelo olfato. O ar transporta, até às fossas nasais,
substâncias diversas que sensibilizam as células olfativas. Então a mensagem é conduzida
pelo nervo olfativa até o cérebro, onde é interpretada.
25.2.1 Septo Nasal: É uma parede óssea, cartilaginosa e membranosa que separa as
fossas nasais entre si. Forrando internamente as fossas nasais, encontramos uma
membrana chamada mucosa nasal, que é de cor rosa devido à grande quantidade de vasos
sanguíneos. Em sua parte superior, chegam as terminações do nervo olfativo, capazes de
receber excitações químicas, transformando-as em impulsos nervosos que são transmitidos
ao cérebro, o que permite perceber as sensações de cheiro.
149
Fig.97: Mecanismo da Olfação
25.3 Paladar
150
Distinguimos os sabores pelo sentido da gustação, chamado de paladar. O órgão
responsável da gustação é a língua. Na língua encontramos as papilas, que são terminações
nervosas de corpúsculos gustativos, especializados em sentir o gosto.
25.4 Tato
25.5 Visão
Dentro do nosso olho há uma lente parecida com uma máquina fotográfica. A lente foca
a luz de modo a formar uma imagem pequenina na parte de trás do olho. Esta imagem está
ao contrário tal como na máquina fotográfica. É o nosso cérebro que a põe direita. A luz
entra no olho através de um buraquinho, que é a parte preta do olho, chamado pupila. A
parte colorida do olho chama-se íris. Os olhos estão protegidos pelas pálpebras e pelas
pestanas que impedem o pó e a sujidade de entrarem para os olhos. Ao canto de cada
olho há uns buraquinhos pequenos de onde saem às lágrimas, que são "água salgada" para
152
lavar os olhos e os conservar limpos. Há coisas tão pequenas que só se podem ver com
uma lupa. Às vezes são tão pequenas que os nossos olhos não as conseguem mesmo ver,
mas conseguimos vê-las se usarmos o microscópio. Os olhos de algumas pessoas não
funcionam muito bem, por isso usam óculos. As lentes dos óculos ajudam as lentes dos
olhos a focarem bem.
Há pessoas que não conseguem ver mesmo nada. Têm de usar outros sentidos para
ajudá-las. Há pessoas que usam bengalas para tatear o chão, outras têm um cão treinado
para ajudá-las.
25.5.2 Esclera: É a túnica fibrosa, de cor branca, que reveste externamente o globo ocular,
na região anterior do olho. A Esclera torna-se transparente e recebe o nome de Córnea.
25.5.3 Corlóide: Por dentro da Esclera, possui na região anterior do olho a Íris, que
corresponde a formação colorida (verde, azul, castanho) do globo ocular. Contém vasos
sanguíneos que alimentam as túnicas do olho, ao mesmo tempo em que garantem uma
temperatura constante e boa, para que ocorra a percepção dos raios luminosos. No centro
da Íris, há um orifício chamado Pupila, que permite a passagem de luz para o interior do
globo ocular. A Pupila pode aumentar ou diminuir o diâmetro de acordo com a intensidade
da luz. A luz forte causa a diminuição da Pupila, enquanto que a luz fraca a dilata.
25.5.4 Retina: É uma membrana que reveste internamente o globo ocular, é de natureza
nervosa e continua com o nervo óptico. Há na retina uma região muito sensível que se chama
Mácula Lútea ou Mancha amarela. No interior do globo ocular, encontramos os meios
transparentes, isto é, formações que permitem a passagem da luz, que são:
Pálpebras: Em número de duas partes para cada olho, distinguem-se em superior e inferior.
A face anterior das Pálpebras é revestida de pele, a posterior é revestida de conjuntiva. Nas
bordas livres das Pálpebras encontramos pêlos, denominados Cílios. As Pálpebras são
móveis e protegem o olho contra a luz, poeira etc.
Conjuntiva: É uma membrana mucosa que reveste parte da face posterior das Pálpebras
(sobrancelhas).
153
Glândulas Lacrimais: Produzem um líquido incolor, sabor salgado, denominado lágrima,
que é lançada sobre o globo ocular através de canalículos.
154
“Pensamos Demasiadamente. Sentimos muito pouco.
Necessitamos mais de humildade, que de máquinas .
Mais de bondade e ternura, que de inteligência.
Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá”.
Charles Chaplin
n
155
26- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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10-GUYTON, A.C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. Tradutores: Charles Alfred Esbérard,
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1995.
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