Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
NOSSA HISTÓRIA
2
Sumário
CONVÊNIOS ......................................................................................... 28
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 52
3
AUDITORIA EM PRONTUÁRIO ELETRÔNICO
4
tiveram resultados positivos, como os pacientes responderam e quanto custou
cada forma de tratamento por procedimento ou cumulativamente para todos os
procedimentos de um paciente, de grupos de pacientes ou de toda uma
população. Estas informações agregadas e sistematizadas são necessárias para
caracterizar o nível de saúde populacional e viabilizam a construção de modelos
e políticas de atendimento e gestão das organizações de saúde.
Segundo Van Bemmel (1997), o prontuário em papel vem sendo usado
há muitos anos. Hipócrates, no século V a.C., estimulou os médicos a fazerem
registros escritos, dizendo que o prontuário tinha dois propósitos: refletir de
forma exata o curso da doença e indicar as possíveis causas das doenças.
Até o início do século XIX, os médicos baseavam suas observações e
consequentemente suas anotações, no que ouviam, sentiam e viam e as
observações eram registradas em ordem cronológica, estabelecendo assim o
chamado prontuário orientado pelo tempo em uso desde então.
Florence Nightingale (1820-1910), precursora da Enfermagem Moderna,
quando tratava feridos na Guerra da Criméia (1853-1856) já relatava que a
documentação das informações relativas aos doentes é de fundamental
importância para a continuidade dos cuidados ao paciente, principalmente no
que se refere a assistência de Enfermagem. É clássica a frase de Nightingale,
quando observa a importância dos registros de saúde: “Na tentativa de chegar à
verdade, eu tenho buscado, em todos os locais, informações; mas, em raras
ocasiões eu tenho obtido os registros hospitalares possíveis de serem usados
para comparações. Estes registros poderiam nos mostrar como o dinheiro tem
sido usado, o quê de bom foi realmente feito com ele…”.
Em 1880, William Mayo, que com seu grupo de colegas formou a Clínica
Mayo em Minnesota nos Estados Unidos, observou que a maioria dos médicos
mantinham o registro de anotações das consultas de todos os pacientes em
forma cronológica em um documento único. O conjunto de anotações trazia
dificuldade para localizar informação específica sobre um determinado paciente.
Assim, em 1907, a Clínica Mayo adota um registro individual das
informações de cada paciente que passaram a ser arquivadas separadamente.
Isto dá origem ao prontuário médico centrado no paciente e orientado
ainda de forma cronológica.
5
Em 1920, ainda na Clínica Mayo houve um movimento para padronizar o
conteúdo dos prontuários através da definição de um conjunto mínimo de dados
que deveriam ser registrados. Este conjunto mínimo de dados criou uma
estrutura mais sistematizada de apresentação da informação médica que
caracteriza o prontuário do paciente de hoje. Entretanto, apesar de todos os
esforços de padronização, o prontuário ainda contém uma mistura de queixas,
resultados de exames, considerações, planos terapêuticos e achados clínicos
de forma muitas vezes desordenada e nem sempre é fácil obter uma clara
informação sobre a evolução do paciente, principalmente daqueles que possuem
mais de uma enfermidade ou múltiplos problemas de saúde.
Ao considerar o conteúdo do prontuário do paciente, vale destacar que
todo e qualquer atendimento em saúde pressupõe o envolvimento e a
participação de múltiplos profissionais: médicos, enfermeiros, nutricionistas,
psicólogos, fisioterapeutas e outros. Além disso, frequentemente as atividades
de atendimento ao paciente acontecem em diferentes locais, tais como: sala de
cirurgia, enfermarias, ambulatórios, unidade de cuidado intensivo (UTI), casa de
repouso.
Para realização destas atividades, são necessárias múltiplas informações
de diferentes fontes. Por outro lado, os procedimentos realizados pelos
profissionais individualmente também geram outras tantas informações que vão
garantir a continuidade do processo de cuidado. São fontes diferentes de dados,
gerando consequentemente uma grande variedade de informações. Tais dados
precisam ser agregados e organizados de modo a produzir um contexto que
servirá de apoio para tomada de decisão sobre o tipo de tratamento ao qual o
paciente deverá ser submetido, orientando todo o processo de atendimento à
saúde de um indivíduo ou de uma população.
Vale ressaltar que o dado clínico é muito heterogêneo para ser introduzido
em sistemas tradicionais de informação. Por exemplo, os dados referentes ao
controle de sinais vitais precisam ser verificados, dependendo de cada caso, em
intervalos muito próximos, e apresentados em planilhas e gráficos; os resultados
de exames laboratoriais são disponibilizados em forma de tabelas; os exames
de tomografia computadorizada, radiologia e ultrassonografia apresentam
imagens como parte do prontuário do paciente; observações clínicas podem
estar presentes em intervalos regulares e sob a forma de texto livre, sem
6
qualquer estrutura de conteúdo e formato; alguns dados de anamnese são
frequentemente registrados através de uma lista de checagem; o registro de
medicação contém a listagem das prescrições médicas, a checagem de
administração fornecido ao paciente pela enfermeira e a reação do paciente ao
medicamento; as observações feitas por psicólogos geralmente são também
registradas em texto livre e, muitos outros exemplos poderiam ser ainda
incluídos, confirmando a diversidade dos dados e informações que usamos para
viabilizar o cuidado.
Foi preocupado com esta situação que em 1969 Lawrence Weed
introduziu a ideia de prontuário orientado pelo problema, onde se identificam os
problemas de saúde do paciente e as anotações são registradas e seguidos de
acordo com uma estrutura sistemática de registro de dados denominada SOAP
pelo seu acrônimo em inglês (S = queixas; O = achados; A = testes e conclusões;
P = plano de cuidado). Embora esta estratégia de registro seja aceita e seguida
por muitos, ela requer treinamento e disciplina para aderir ao método.
Atualmente entende-se que o prontuário tem como funções:
• Apoiar o processo de atenção à saúde, servindo de fonte de informação
clínica e administrativa para tomada de decisão e meio de comunicação
compartilhado entre todos os profissionais;
• É o registro legal das ações médicas;
• Deve apoiar a pesquisa (estudos clínicos, epidemiológicos, avaliação da
qualidade);
• Deve promover o ensino e gerenciamento dos serviços, fornecendo
dados para cobranças e reembolso, autorização dos seguros, suporte para
aspectos organizacionais e gerenciamento do custo.
7
• Foco do atendimento é o nível primário, entendendo que os hospitais
continuam a ser um centro para diagnóstico e cuidado de problemas complexos
e para procedimentos cirúrgicos e cuidados intensivos. Muitos tratamentos
podem e devem ser feitos em locais com sofisticação tecnológica adequada para
o que se pretende atender. Não adianta ter mais recursos quando este não são
usados. Assim, vale o bom senso e o equilíbrio como regras e valores
orientadores;
• Pagamento do atendimento prestado é dirigido por melhor
gerenciamento do processo de atenção, onde o apropriado é melhor,
encorajando a eficiência (custo-benefício) do atendimento e na utilização de
recursos;
• Procedimento médico é baseado na melhor prática, exigindo dos
profissionais maior competência e capacitação do profissional. Requer
envolvimento e responsabilidade com os avanços da profissão e manter-se
atualizado é dever de cada profissional;
• A equipe que atende é interdisciplinar, colaborativa, conduzida por uma
organização horizontal. Não existe um profissional que seja mais importante que
outro, uma vez que todos colaboram para que o paciente se restabeleça. O
cliente dos serviços de saúde não é o médico e sim, o paciente.
8
O PRONTUÁRIO ELETRÔNICO
9
melhoria de efetividade do cuidado, o que por certo contribuiria para obtenção
de melhores resultados dos tratamentos realizados e atendimento aos pacientes;
possível redução de custos, com otimização dos recursos.
10
Segundo Sittig (1999) as vantagens do prontuário em formato eletrônico
são:
• Acesso remoto e simultâneo: vários profissionais podem acessar um
mesmo prontuário simultaneamente e de forma remota. Com a possibilidade de
transmissão via Web, os médicos podem rever e editar os prontuários de seus
pacientes a partir de qualquer lugar do mundo.
• Legibilidade: registros feitos à mão são difíceis de ler, na maioria das
vezes. Os dados na tela ou mesmo impressos são muito mais fáceis de ler.
• Segurança de dados: a preocupação com os dados é frequente,
principalmente no que se refere a perda destes dados por mau funcionamento
do sistema. Porém, um sistema bem projetado com recursos de “backup”
seguros e planos de desastres, pode garantir melhor e de forma mais confiável
os dados contra danos e perdas.
• Confidencialidade dos dados do paciente: o acesso ao prontuário
pode ser dado por níveis de direitos dos usuários e este acesso ser monitorado
continuamente. Auditorias podem ser feitas para identificar acessos não
autorizados;
• Flexibilidade de “layout”: o usuário pode usufruir de formas diferentes
de apresentação dos dados, visualizando em ordem cronológica crescentes ou
não, orientado ao problema e orientado à fonte.
• Integração com outros sistemas de informação: uma vez em formato
eletrônico, os dados do paciente podem ser integrados a outros sistemas de
informação e bases de conhecimento, sendo armazenados localmente ou a
distância.
• Captura automática de dados: dados fisiológicos podem ser
automaticamente capturados dos monitores, equipamentos de imagens e
resultados laboratoriais, evitando erros de transcrição.
• Processamento contínuo dos dados: os dados devem ser
estruturados de forma não ambígua; os programas podem checar continuamente
consistência e erros de dados, emitindo alertas e avisos aos profissionais.
• Assistência à pesquisa: o dado estruturado pode facilitar os estudos
epidemiológicos. Os dados em texto-livre podem ser estudados por meio de uso
de palavras-chave.
11
• Saídas de dados diferentes: o dado processado pode ser apresentado
ao usuário em diferentes formatos: voz, imagem, gráfico, impresso, e-mail,
alarmes e outros.
• Relatórios: os dados podem ser impressos de diversas fontes e em
diferentes formatos, de acordo com o objetivo de apresentação – gráficos, listas,
tabelas, imagens isoladas, imagens sobrepostas, etc.
• Dados atualizados: por ser integrado, o PEP possui os dados
atualizados – um dado que entra no sistema em um ponto, automaticamente
atualiza e compartilha a informação nos outros pontos do sistema.
12
O prontuário deve ser organizado para prestar ser viços ao paciente, às
equipes multiprofissionais, à instituição de saúde e à sociedade. Serve como
instrumento de consulta, avaliações, ensino, pesquisa, auditoria, estatística
médico-hospitalar, sindicâncias, prova de que o doente foi ou está sendo tratado
convenientemente, investigação epidemiológica, processos éticos e legais,
comunicação entre os profissionais de assistência ao paciente, defesa e
acusação (ROSA et al, 2012)
A importância das anotações contidas no prontuário vai além de
possibilitar e facilitar as decisões e condutas no que diz respeito à assistência
ao cliente. Auxilia também os setores administrativos, como o faturamento,
planejamento e custos; e fornece dados para investigações e estatísticas. É
ainda instrumento para educação profissional e suporte legal quando
questionamentos jurídicos e/ou processuais são feitos acerca de condutas
multiprofissionais (CAMPOS; SOUZA; SAURUSAITIS, 2008)
E quando observamos os aspectos relacionados a auditoria, a análise dos
prontuários permite uma análise das conformidades das informações
registradas, tendo como base a padronização estabelecida pela instituição.
Assim, para as organizações em saúde, a auditoria tem surgido como uma
importante ferramenta na transformação dos processos de trabalho que vêm
ocorrendo em hospitais e operadoras de planos de saúde.
Todos os procedimentos e ações de uma equipe multiprofissional geram
custos e uma das formas que podem ser utilizadas para averiguar e garantir o
pagamento ao prestador de saúde e as operadoras de saúde, é por meio das
anotações no prontuário do paciente. Para a ANVISA (2000), o fundamental é
manter registrados todos os atendimentos realizados aos pacientes no
prontuário. Boa parte das glosas é justificada por ausência de anotações,
principalmente ações de enfermagem.
A anotação de enfermagem é um dos principais instrumentos de apoio
para a análise das contas hospitalares na auditoria, além de ser um importante
instrumento de prova de qualidade da atuação da enfermagem. Cianciarullo
(2008) traz que as anotações de enfermagem devem “registrar as condições do
paciente” e sua atividade, transmitir informações do paciente, prover uma base
de integração e continuidade do plano total de cuidados, mostrar que as
prescrições médicas foram cumpridas em relação à medicação e ao tratamento.
13
Dessa forma, os erros nos valores cobrados geram prejuízos financeiros
às unidades de saúde, e tais fatos estão relacionados à falha de registros de
recursos materiais e medicamentos utilizados, tanto pela equipe de enfermagem
quanto pela equipe médica. Portanto, a auditoria pode sinalizar as falhas e as
deficiências na assistência prestada e, consequentemente, decisões corretivas
e/ou preventivas podem ser tomadas (MORAES; GOLÇALVES; AMARAL,
2017).
É importante que a equipe de enfermagem, por ser a equipe de
profissionais que passa 24h ao lado do paciente, conseguem gerar um relato
contendo todas as ações realizadas com os pacientes, fornecendo informações
a todos da equipe e permitindo uma continuidade aos cuidados de enfermagem.
Assim, os registros, podem ser considerados como respaldo legal e segurança,
pois se constitui num documento que descreve todas as atividades
desenvolvidas.
Os registros de enfermagem são as principais fontes de informação para
o processo de auditoria, pois fornecem informações dos cuidados prestados, do
consumo dos materiais e também conhecimento para o ensino e a pesquisa.
Devem relatar o maior número de informações possíveis sobre as
condições de saúde dos pacientes, devem ser incluídos os aspectos
relacionados aos procedimentos e também as necessidades, queixas e evolução
dos pacientes. Devem enfatizar a anotações com escritas de forma clara, siglas
padronizadas e letras legíveis que evitem a dupla interpretação.
14
Alguns itens podem ser relacionados aos principais erros nos registros,
que podem ser configurados como motivos para glosa:
• Ausência de identificação e carimbo com número do COREN do
profissional que realizou assistência
• Letras não legíveis;
• Rasuras;
• Anotações incompletas;
• Ausência de horário da prescrição realizada;
• Ausência de checagem de medicações e procedimentos;
• Ausência de anotações a respeito de admissão, transferência, saída ou
óbito de pacientes;
Em função dessa realidade, a auditoria tem sido vista como aliada para
melhorar a qualidade da assistência, pois ao detectar falhas apresentadas nos
prontuários, permite por meio de seus relatórios de avaliação, que as equipes e
a instituição sejam orientadas quanto ao registro correto das ações profissionais
e o respaldo ético e legal (MORAES; GOLÇALVES; AMARAL, 2017).
Em virtude dos avanços e desafios da assistência a saúde, a área médica
vem incorporando diferentes ferramentas da tecnologia da Informação em sua
dinâmica de trabalho. E as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) vem
sendo utilizadas na auditoria em enfermagem como uma ferramenta
informatizada para facilitar, agilizar e otimizar os processos da auditoria. Uma
das principais é o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), esse tipo de
prontuário é uma proposta para atender as demandas dos novos modelos de
atenção e de gerenciamento dos ser viços de saúde.
O prontuário eletrônico proporciona inúmeras vantagens, entre as quais:
agilidade no acesso à informação, intercâmbio de informações, economia de
espaço, redução de consumo com impressos, informações gerenciais rápidas e
precisas e aumento de tempo para os profissionais se dedicarem aos pacientes.
Há que se considerar também algumas desvantagens, como o custo elevado na
implantação (equipamentos e treinamentos), a possibilidade do sistema ficar
inoperante e a resistência da equipe. No entanto, a literatura registra que os
benefícios são mais evidentes para a instituição de saúde, sendo que promove
um atendimento seguro, eficiente e rápido para o paciente (MARTINS; LIMA,
2014).
15
Alguns estudos já trazem resultados que as TIC’s na prática profissional
do enfermeiro auditor, na área em saúde suplementar, já está sendo utilizada
para auxiliar na codificação de honorários médicos, medicamentos, materiais
como também no uso de novos sistemas para análise de contas hospitalares e
na própria análise da auditoria junto ao Prontuário Eletrônico do Paciente.
16
A sigla GED se refere à “Gestão Eletrônica de Documentos”. Sistemas
que atuam nessa área visam à produção, à visualização e à organização de
documentos no ambiente digital. Embora eles possam ser aplicados a qualquer
setor, na saúde, muitas vezes, os sistemas GED são camuflados sob outros
nomes. Você já ouviu falar no prontuário eletrônico? E em sistemas
automatizados de auditorias médicas?
Esses são exemplos corriqueiros de sistemas GED que utilizamos
diariamente. Eles surgiram há poucos anos, timidamente, mas se popularizaram
em uma velocidade exponencial. O motivo? Em um ambiente com alto fluxo,
como é o caso da saúde, esses softwares não são apenas benéficos, mas
fundamentais.
O Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED) é definido por um
conjunto de tecnologias que facilitam o controle, bem como o armazenamento,
compartilhamento e recuperação de dados existentes em uma determinada
instituição, seja ela privada ou pública. O sistema permite que os usuários
acessem documentos de maneira ágil e segura, normalmente via web,
fazendo com que a entrada possa ser feita de qualquer lugar.
A gestão documental é uma área da administração ligada aos princípios
de economia e eficácia na produção e uso de documentos, segundo os quais a
informação precisa estar disponível no lugar certo, na hora certa e ao menor
custo possível.
A gestão de documentos é uma área da administração geral relacionada
com os princípios de economia e eficácia na produção e uso dos documentos,
segundo os quais a informação deve estar disponível no lugar certo, na hora
certa, para as pessoas certas e com o menor custo possível.
A gestão de documentos, em seu sentido mais amplo, significa assegurar
acesso pleno aos documentos e às informações necessárias à tomada diária de
decisões e à garantia de deveres e direitos.
17
Tornar o processo decisório mais célere
Racionalizar a produção documental
Controlar o fluxo de documentos e a organização dos arquivos
Normatizar os procedimentos para classificação, avaliação,
transferência, recolhimento, guarda e eliminação de documentos
Contribuir para a preservação do patrimônio documental
considerado de guarda permanente
18
Os 7 benefícios do GED
1. Rastreabilidade das informações.
2. Redução de arquivos físicos.
3. Acesso aos documentos de forma ágil e segura.
4. Variedade de tipos de documentação.
5. Versatilidade para ser utilizado em qualquer tipo de empresa.
6. Acesso à informação por mais de um usuário.
7. Facilidade de impressão mesmo em condições remotas.
A importância do GED
De acordo com a ABGD (Associação Brasileira das empresas de Gestão
de Documentos), os profissionais brasileiros perdem em média duas horas por
dia procurando documentos não digitalizados.
E, segundo a empresa de pesquisa Gartner Inc., praticamente 3% do
valor que uma empresa arrecada é direcionado para custos com papel,
armazenamento físico, manutenção de documentos e impressão. Sendo que
cada funcionário gasta geralmente 10.000 folhas de papel por ano.
Mas além dos custos com material e mão de obra, a falta de
um sistema GED pode gerar outros tipos de prejuízo.
Um exemplo importante a se destacar é a segurança das
informações de uma empresa.
Considerando que quando são armazenados em um arquivo
físico os documentos ficam mais sujeitos a acidentes e danos.
19
Quais são as principais tecnologias relacionadas ao GED?
20
Para que serve o Gerenciamento Eletrônico de
Documentos?
21
UTILIZAÇÃO DO GED
Abaixo são citados alguns motivos para a utilização do GED:
Necessidade de rápida visualização dos documentos, através de
pesquisas por índices ou por acesso a palavras do documento;
Eliminar espaço físico ocupado por arquivos com documentação interna
e até mesmo externa da empresa;
Garantia de integração com sistemas já existentes na empresa.
Atualmente, a tecnologia permite a integração com diversas bases de dados,
além de proporcionar a compatibilidade, por exemplo, com servidores de correio
eletrônico, fax e aplicações cliente/servidor;
Necessidade de distribuição de documentação para diversos órgãos.
Hoje, as mídias eletrônicas armazenam grandes quantidades de documentos,
permitindo seu gerenciamento de forma remota;
Segurança da informação contidas nos documentos. A tecnologia garante
a integridade das informações; e,
Qualidade da documentação a ser pesquisada. A tendência do papel é de
deteriorar, o que não acontece com as mídias atuais.
COMO É O GERENCIAMENTO?
Primeiro, é preciso identificar a demanda, visualizando as vantagens que
se pode obter utilizando a tecnologia GED. Para isso, realiza-se um estudo para
levantamento sobre o processo de criação de documentos. Esse estudo é
realizado através de perguntas relevantes para a situação.
Segue abaixo algumas perguntas sugeridas para este questionário:
• O que se deseja arquivar?
• Onde são arquivados os documentos atualmente?
• O que quer melhorar no sistema atual?
• Quantas pessoas usam?
• Quantas estações de trabalho existem?
• Quantas pessoas serão afetadas?
• Quais são as necessidades?
• De onde vem às informações?
• Há aproveitamento de microfilme?
• Natureza dos documentos em papel (formato, qualidade, padronização).
• Quem arquiva?
• Quem tem acesso?
• Frequência de uso do arquivo?
22
• Qual o formato dos registros no sistema atual?
23
AUDITORIA E GERENCIAMENTO ELETRÔNICO DE
DOCUMENTAÇÃO (GED)
Vários recursos de auditoria e rastreamento podem ser oferecidos por
ferramentas de GED como:
Registro de todos os acessos, tentativas de acesso e uso dos documentos
(Visualização, impressão, transmissão e cópia para a área de transferência),
com identificação de usuário, data, hora e até a estação de trabalho onde o
acesso foi realizado;
Registro de movimentações dos documentos e das demais operações
relacionadas como captura, classificação, arquivamento, descarte, entre outras,
para as quais serão sinalizados os responsáveis pela ação.
Com a visibilidade de todo o histórico dos documentos, torna-se mais fácil
o controle sobre impressões indevidas, acessos indevidos aos documentos,
tempo de tramitação dos processos, entre outras informações que facilitam a
gestão dos documentos.
24
práticas para gerenciamento de documentos, otimização de processos de
negócios e fornecimentos de ações de conformidade que facilitarão o processo
de auditoria.
25
e eles só tendem a crescer em volume. Mas, por outro lado, auditorias lenientes
aumentam o risco de fraudes e o gasto financeiro das operadoras.
Os sistemas GED não pendem nem para um lado e nem para o outro.
Eles disponibilizam documentos que classicamente são manuais em meios
digitais. Solicitações de medicamentos e de exames de alto custo, por exemplo,
pode ser realizadas diretamente pelo computador. Além de fornecerem a
padronização desses formulários, eles poupam tempo dentro de consultório —
e, claro, melhoram a qualidade do atendimento.
Outro benefício do uso de um sistema GED na auditoria é a sincronização
entre vários dispositivos. Hoje em dia, é possível acessar esses documentos em
múltiplos gadgets, como tablets e smartphones. Em um cenário em que vivemos
com a internet no bolso, isso agiliza as auditorias e facilita o trabalho médico em
múltiplos ambientes. Tanto médicos assistentes quanto auditores se beneficiam
de maiores segurança e flexibilidade na verificação e confecção de documentos.
Em um momento no qual os documentos físicos crescem cada vez mais,
é fundamental investirmos em uma gestão eficaz de documentos. O sistema
GED surge como uma solução rápida e prática, que alia a tecnologia ao fluxo
acelerado dos sistemas de saúde.
26
fornecem informações detalhadas para os auditores, proporcionando visibilidade
dos processos e ajudando a comprovar a conformidade.
#03 – Acesso à documentação necessária
Ao invés de ter que vasculhar arquivos, gavetas de escrivaninhas, caixas
de entrada de e-mail e outros locais onde a documentação pode ser
armazenada, uma solução de ECM permite que documentos sejam acessados
de forma rápida e segura em um repositório central.
Este é um ponto importante no que diz respeito ao tempo de preparação
para uma auditoria, pois o mesmo é reduzido consideravelmente quando os
documentos são capturados e armazenados em um único repositório de
documentos digitais.
#04 – Compliance
Normas e regulamentos dos mais variados setores sofrem alterações
constantemente. Quando isso ocorre, a empresa deve cumpri-los com rapidez e
sem complicações que resultem em perda de tempo e dinheiro. A relação entre
Gestão de Documentos e auditoria ocorre porque, ao ter uma estratégia eficaz
de gerenciamento de documentos, os auditores poderão ver que sua empresa
preocupa-se em atualizar rapidamente seus procedimentos para permanecer em
conformidade.
Concluindo
A melhor maneira de encontrar informações é garantir que elas estejam
armazenadas de forma criteriosa, em um local de fácil acesso e localizável a
qualquer hora. Isso é possível com uma solução para gerenciamento de
documentos.
Gestão de Documentos e auditoria devem andar juntos justamente
porque ao ter a certeza de que as informações de sua empresa estão
criteriosamente guardadas (e em segurança) – respeitando um processo
padronizado e garantindo compliance com normas e regulamentos – os
auditores terão acesso aos documentos que precisam sem que isso seja causa
de estresse para a organização inteira.
Como você pode ver, as auditorias não precisam ser uma experiência
estressante.
27
CONVÊNIOS
Convênio, contratos de repasse e termos de parceria são acordos feitos
entre União e entidades governamentais dos demais entes da Federação, ou
organizações não-governamentais, para transferência de recursos financeiros a
serem utilizados na execução de um objetivo comum.
Objeto do acordo
O objetivo comum, também chamado objeto, é o produto do convênio.
Pode envolver a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou
evento de interesse recíproco. Assim, são exemplos: construção de escolas;
aquisição de veículos de transporte coletivo; e campanha erradicação da febre
aftosa.
Objeto do convênio pode envolver a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento
de interesse recíproco. (Infográfico: Ascom/CGU)
28
Obrigações
Tais acordos preveem obrigações para ambos os lados. Da parte
concedente, a obrigação de repassar o recurso público e, da parte convenente,
a obrigação de aplicar os recursos conforme acordado, a fim de realizar o objeto
do convênio. As duas partes, é claro, têm ainda a obrigação de prestar contas e
dar transparência.
SAÚDE SUPLEMENTAR
29
a consolidação das empresas de planos de saúde como alternativas
assistenciais (CASTRO, 2002).
Nessa época, a saúde pública focava o interesse na doença e assistência
médico-hospitalar do indivíduo, entretanto, como era o início da inserção da
saúde suplementar, houve muitas falhas e descontentamentos por parte dos
beneficiários, gerando intervenção do Estado para atenuá-las e corrigi-las, como
também, objetivando uma sustentabilidade econômica e social do setor.
As Operadoras de Planos de Saúde criaram muitas regras, normas,
prazos de carência, negativas de procedimento que contemplam o rol da ANS,
contratos muito vantajosos e onerosos e demais formas de contenção para
utilização dos serviços.
Assim, adquirir um plano de saúde há décadas e ainda nos dias atuais,
não está acessível para a maioria da população brasileira, justamente em virtude
do preço mantido pelas operadoras de planos de saúde.
30
A aquisição de planos de saúde tem aderência por parte de muitos
beneficiários, entretanto, mantê-los, tem sido para poucas pessoas, em virtude
da situação financeira no cenário político brasileiro e pelo elevado aumento dos
preços dos planos, pois mesmo autorizado pela ANS (Agência Nacional de
Saúde) o ajuste não tem acompanhado o aumento salarial e a inflação nacional,
deixando muitas pessoas à mercê do SUS.
31
O ENFERMEIRO AUDITOR ATUANDO EM OPERADORAS
DE SAÚDE
32
de vida dos pacientes, por outro lado oferece um controle de custos para o plano,
pois o usuário que tem menos intercorrências onera e utiliza menos os serviços
do plano de saúde.
O auditor enfermeiro do plano de saúde participa do processo de
credenciamento da rede prestadora percebendo pela satisfação do cliente e
visita ao local o atendimento ofertado pelo prestador. O objetivo do plano de
saúde é que o usuário seja sempre bem atendido, pois sua satisfação neste caso
também reportar-se ao plano de saúde.
PROTOCOLOS CLÍNICOS
33
são as da Constituição Brasileira: “atendimento integral, com prioridade para as
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais” (PAIM, 2004).
Essas diretrizes vêm sendo constantemente reafirmadas e normatizadas em
eventos importantes para a construção do modelo proposto pelo SUS, como as
conferências de saúde e, da mesma forma, “as conferências de consenso,
voltadas para discussão e obtenção de pautas diagnósticas, terapêuticas e
preventivas para determinadas doenças e agravos, e a adoção de “protocolos
assistenciais” para o desenvolvimento de melhores práticas nos processos de
trabalho em saúde” (PAIM, 2004).
Os protocolos apresentam limites. Por isso, embora alicerçados em
referências científicas e tecnológicas, não devem ser tomados para além de sua
real dimensão. Sua utilização, desprovida de avaliação, de acompanhamento
gerencial sistemático e revisões científicas periódicas, constitui significativo risco
de se produzir um processo de trabalho pobre e desestimulante, em que
planejamento e avaliação não acontecem e em que, para gestores e
trabalhadores, não há lugar para a renovação e a inovação.
34
Uma situação de rotina: o cafezinho nas reuniões da Equipe Verde
35
e não havia muito dinheiro, estava acostumada com o cafezinho mais ralo e
doce.
Ao ouvir Aline, Joana disse que fazia café praticamente igual e que a única
diferença era que coava o café direto na garrafa.
Mariana comentou que, com essas receitas, o café continuaria doce,
ainda fraco e não resolveria o problema. Então, contou como fazia. Disse que
enchia a garrafa térmica com água, entornava-a na chaleira e fervia aquela
quantidade, sem açúcar. Colocava entre três e quatro colheres das de sopa de
pó de café e passava o café com filtro de papel, direto na garrafa. Dessa forma,
as pessoas teriam a liberdade de adoçar com açúcar ou adoçante, conforme sua
preferência.
Aline e Joana argumentaram que a fórmula de Mariana iria criar um
problema, pois precisariam de colherinhas para mexer o café antes de tomá-lo e
não havia nenhuma na unidade. O melhor, então, era o café já vir adoçado, por
ser mais prático e, além disso, era como a maioria das pessoas gostava.
Renata também não gostava de café com açúcar, mas, diante do
argumento apresentado, concordou em adoçar o café. Contudo, propôs que
fosse utilizado apenas um pouco de açúcar. Disse que havia aprendido a fazer
café com a mãe. A sua medida de água tinha, como referência, copos de vidro
(aqueles de requeijão) equivalentes a mais ou menos 250 ml. O número de
copos era o necessário para encher a garrafa.
Para cada copo de água, ela colocava duas colheres de sopa bem
rasinhas de açúcar e uma colher bem cheia de pó. E utilizava filtro de papel.
Quando a água fervia, ela enchia a garrafa com aquela água quente, para
aquecê-la. Deixava a água ali um pouquinho e a retornava à chaleira para ferver
novamente.
Em seguida, colocava o porta-filtro, com o filtro de papel já com o pó, na
boca da garrafa, tampando-a para não esfriar. Quando a água tornava a ferver,
ela passava o café direto na garrafa. De acordo com Renata, esta manobra
permitia que o café ficasse quente por mais tempo. Em sua opinião, o café ficava
forte, pouco doce e muito saboroso.
E, desta forma, poderiam fazer uma garrafa de cada vez, evitando
desperdício e tomando sempre um “cafezinho novo”.
Então, elas resolveram fazer a receita de Renata.
36
Como a unidade possuía um fogareiro, mas não havia nada para fazer o
café, Renata se dispôs a trazer, apenas para aquela reunião, todos os
ingredientes e utensílios necessários. E definiram que, ao final da reunião, iriam
avaliar a mudança com a equipe e decidir, juntos, como fazer daí em diante.
Na quarta-feira, o café fez o maior sucesso! Agradou a todos e foi sugerido
que a receita fosse padronizada para que, independentemente de quem fizesse
o café, ele sempre ficasse do jeito que fora servido naquele dia.
37
estabelecimento de um prazo. Percebe-se, ainda, a participação de todos que
tinham a responsabilidade de solucionar o problema, bem como a participação
da equipe avaliando e definindo a padronização.
Julgamos que esse caso vivenciado pela Equipe Verde possa nos ajudar
a compreender o processo de construção e implantação de protocolos.
Pois é no processo de padronização que vamos encontrar o espaço por
onde transitam os protocolos.
Diretrizes
38
prejuízo dos serviços assistenciais. Elas orientam a organização dos serviços e
o aporte de ciência e tecnologia às ações de saúde, que muitas vezes acontecem
com o emprego de protocolos.
Ao citar a importância das diretrizes na construção e no emprego de
protocolos em serviços de saúde, Stein (2005) afirma que:
A qualidade da atenção deve ser mensurada pela melhor integração dos
serviços e aplicação dos recursos disponíveis, para obter os melhores índices
possíveis de saúde dos usuários do sistema, ao mais baixo custo de recursos e
com os mais baixos riscos e efeitos adversos sobre os indivíduos, as
comunidades e o sistema.
É importante saber que as diretrizes, por si só, não geram ações. São instrumentos
direcionadores de linhas políticas e dependem, em primeiro lugar, de quem as adota e
como são interpretadas. Ou seja, dependem da percepção que se tem do objeto de
trabalho. Neste sentido, a qualidade obtida nos serviços vai depender da direcionalidade
política impressa pelo gestor às ações.
Cuidado em saúde
39
repouso. Cuidar é entrar em sintonia com auscultar-lhe o ritmo e afinar-se com
ele”.
Citado por Barreto e Moreira (2000), Heidegger destaca o cuidado como
a primeira marca humana. Afirma que:
40
profissionais e os usuários, cujo objetivo é a inclusão, que se concretiza por meio
do respeito e da preocupação dos primeiros em escutar a subjetividade dos
segundos. Significa, também, a preocupação com os saberes e tecnologias a
serem utilizadas. Dessa forma, podemos afirmar que o cuidado propicia a
existência de ações que incluem o acolhimento, a aproximação atenta aos
valores, percepções e comportamentos do usuário diante de problemas e
situações de saúde que acontecem em sua vida. De acordo com Pinheiro e
Mattos (2004), trata-se de um processo de escuta “que acontece num sentido
mais global, em que o sujeito emerge em sua especificidade, mas também como
pertencente a um determinado contexto sociocultural do qual não pode ser
alijado”.
Ainda conforme Pinheiro e Mattos (2004), a produção de ações de
cuidado em saúde vem possibilitando o avanço de um processo de investigação
que envolve tanto “os estudos sobre a micropolítica do trabalho vivo em ato na
saúde e a transição tecnológica do campo” quanto os estudos que visam à
importância da construção dos processos relacionais entre mundo tecnológico e
o das necessidades dos usuários, tendo como foco o olhar sobre as razões
instrumentais e comunicativas que as presidem.
41
Instrumentos que garantam referência segura aos diversos níveis
de atenção (definição de fluxos regulados, apoio matricial e outras ferramentas
de articulação, central de marcação de consultas, central de internação, uso de
informática, outros);
Garantia de contrarreferência para o nível de atenção básica, em
que se deve construir o vínculo e o acompanhamento permanente ao usuário
sob cuidados das equipes da rede assistencial;
Determinação de que a equipe da atenção básica é responsável
pela gestão do projeto terapêutico que será executado na linha do cuidado
integral, garantindo acompanhamento seguro.
Atenção à saúde
42
os municípios é ter a atenção básica operando em condições plenas e com
eficácia (BRASIL, 2009a).
Assistência
43
preocupação com a organização das ações na unidade e no território, tendo
como princípio o conceito ampliado de saúde do SUS.
A nosso ver, entre os conceitos apresentados, o cuidado, pelo sentido
humanizador e ético que guarda, pelo emprego de saberes e tecnologias, pela
abrangência no processo de organização das ações e serviços e por ser
percebido como essência da natureza humana e tudo que a cerca, justifica as
bases que nos levaram, neste documento, à opção pelo termo que o intitula:
protocolos de cuidado à saúde.
Desta forma, é importante a compreensão de que, daqui em diante, tanto
os protocolos de natureza clínica quanto os de organização dos serviços deverão
ser assumidos como protocolos de cuidado à saúde. E as atividades previstas
neste livro, a serem realizadas por vocês e suas equipes nas unidades de saúde
em que trabalham, deverão ser guiadas pela preocupação e pelo compromisso
em produzir atos de saúde afinados com os princípios que constituem e dão
significado ao conceito de cuidado aqui apresentado.
44
servem para orientar fluxos, condutas e procedimentos clínicos dos
trabalhadores dos serviços de saúde.
Quanto à sua natureza, os protocolos podem ser clínicos e/ou de
organização dos serviços.
Focando a abordagem clínica, o Ministério da Saúde afirma:
Os protocolos são recomendações desenvolvidas sistematicamente para
auxiliar no manejo de um problema de saúde, numa circunstância clínica específica,
preferencialmente baseados na melhor informação científica. São orientações concisas
sobre testes diagnósticos e tratamentos que podem ser usados pelo médico no seu dia-
a-dia. Esses protocolos são importantes ferramentas para atualização na área da saúde
e utilizados para reduzir variação inapropriada na prática clínica. Cada protocolo clínico
deve ser delineado para ser utilizado tanto no nível ambulatorial como hospitalar
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).
Glossário
45
em aprendizagem organizacional e, como prescrevem racionalmente os
melhores recursos a serem utilizados, são a garantia da maior probabilidade de
resultados assistenciais almejados” (JACQUES; GONÇALO, 2007).
Algumas vezes, os protocolos são demandados pelos gestores e
profissionais dos serviços de saúde, a partir de problemas concretos de seu dia-
a-dia. Noutras situações, podem resultar de diretrizes que signifiquem a
orientação política do SUS em cada local e a cada momento. Assim, conforme
afirmamos, os protocolos podem ser instrumentos muito úteis na organização do
processo de trabalho e na resolubilidade das ações de saúde no âmbito das
unidades de saúde. Porém, é importante lembrar que, embora útil e necessário,
o emprego de protocolos apresenta limites, pois pode restringir-se a atos e
procedimentos preestabelecidos e não responder às reais demandas clínicas em
diferentes situações.
Para Campos e Amaral (2007), “o trabalho clínico apresenta
regularidades possíveis de serem identificadas e descritas em manuais, cadeias
de cuidado ou protocolos”. No entanto, a clínica apresenta significativa variedade
de demandas por atenção e esse fato traz a necessidade de que se combine a
padronização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos com as variações
presentes em cada caso. Segundo os autores, esta não é uma questão de fácil
equacionamento, uma vez que se torna necessária a abertura dos profissionais
para situações em que ocorrem imprevistos, capaz de gerar neles mais
autonomia para a condução do trabalho clínico. Nesse caso, a função
preponderante da gestão é fazer com que a maioria dos profissionais se sinta
tanto motivada para colaborar na elaboração, acompanhamento e avaliação dos
protocolos quanto para realizar os procedimentos clínicos com capacidade de
singularizar determinadas situações e, de fato, produzir o melhor caminho
terapêutico exigido em cada caso. Enfim, os autores sugerem a adoção de uma
gestão democrática que produza a reorganização do processo de trabalho nas
unidades de saúde, invertendo a lógica das “linhas de produção” para a
organização da atenção aos pacientes “com autonomia profissional e clara
definição de responsabilidade clínica”
46
Protocolos de cuidado à saúde: protocolos clínicos
47
Ficam, então, as seguintes questões a serem resolvidas:
Qual é a melhor opção para a situação mencionada? O que precisamos saber
para tomar a decisão? Quem participa desse processo de decisão?
48
abaixo. Alguma variação entre eles decorre das particularidades de cada
doença.
MÓDULOS 3 E 4 - FLUXOGRAMAS
Cada PCDT apresenta dois fluxogramas: o de tratamento, que pode estar
dividido em mais de um (quando necessário), e o de dispensação, apresentados
em dois fluxogramas, sempre que houver dispensação de medicamentos de
diferentes Componentes da Assistência Farmacêutica. Os fluxogramas de
tratamento representam graficamente as Diretrizes Terapêuticas, apontando os
49
principais passos desde o diagnóstico até o detalhamento das respostas aos
diferentes tratamentos ou doses. Os fluxogramas de dispensação apresentam
as etapas a serem seguidas pelos farmacêuticos ou outros profissionais
envolvidos nas etapas especificadas, desde o momento em que o paciente
solicita o medicamento até sua efetiva dispensação. São construídos de forma a
tornar rápido e claro o entendimento da diretriz diagnóstica e terapêutica e
colocados lado a lado no livro de maneira a tornar claras ao médico e ao
farmacêutico as fases interligadas do seu trabalho, que sempre são
complementares.
50
3 MONITORIZAÇÃO DO TRATAMENTO
Apresenta perguntas que orientam o farmacêutico a avaliar o paciente
quanto aos exames laboratoriais e à ocorrência de eventos adversos. Em caso
de suspeita de um evento significativo ou alteração laboratorial incompatível com
o curso da doença, o farmacêutico deve encaminhar o paciente ao médico
assistente acompanhado de carta; em casos peculiares, deve realizar contato
telefônico. Na tabela de registro dos exames laboratoriais, o campo “Data
prevista” deve ser preenchido para estimar a data de realização do exame, que
não necessita ser obrigatoriamente seguida.
51
REFERÊNCIAS
52
Por que um sistema GED no processo de auditoria de contas
médicas é tão importante?. Disponível em:
<https://www.saudi.com.br/blog/auditoria-de-contas-medicas/>. Acesso em: 15
mar. 2021.
Convênios e outros acordos - Portal da transparência. Disponível em:
<http://www.portaltransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-publica/convenios-e-
outros-
acordos#:~:text=Conv%C3%AAnio%2C%20contratos%20de%20repasse%20e,
execu%C3%A7%C3%A3o%20de%20um%20objetivo%20comum.>. Acesso
em: 15 mar. 2021.
O que é Plano de Saúde?. Disponível em:
<https://www.unilifeplanosdesaude.com.br/plano_de_saude.htm#:~:text=O%20
plano%20de%20sa%C3%BAde%20%C3%A9,e%20um%20dever%20do%20E
stado.>. Acesso em: 15 mar. 2021.
EDUCACAO, PORTAL. O enfermeiro auditor atuando em operadoras
de saúde. Disponível em:
<https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/o-
enfermeiro-auditor-atuando-em-operadoras-de-saude/11294#>. Acesso em: 15
mar. 2021.
CAVEIÃO, CRISTIANO. O papel do enfermeiro auditor em instituições
e operadoras de planos de saúde. [S.d.]. Especialista em Auditoria e Gestão
de Saúde – Faculdade Educacional Araucária, [S.d.].
WERNECK, Marcos Azeredo Furkim; FARIA, Horácio Pereira De;
CAMPOS, Kátia Ferreira Costa. Protocolo de cuidados à saúde e de
organização do serviço. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2009.
53