Você está na página 1de 29

MARIÂNGELA VILANOVA DE GOIS ANDRADE

Cartilha para Orientação do


Profissional
da Saúde
A importância da Comissão
de Revisão de Prontuário
do Paciente
MARIÂNGELA VILANOVA DE GOIS ANDRADE

CARTILHA PARA ORIENTAÇÃO


DO PROFISSIONAL DA SAÚDE:
a importância da Comissão
de Revisão de Prontuário
do Paciente

SÃO CRISTOVÃO | SERGIPE


2020
© Mariângela Vilanova de Gois Andrade – 2020
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta car lha poderá ser
reproduzida ou transmi da em nenhuma forma e por nenhum meio,
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer
sistema de armazenamento de informação, sem a permissão expressa
da autora.
Car lha para orientação do profissional da saúde: a importância da
Comissão de Revisão de Prontuário do Paciente.

FOTOS/ILUSTRAÇÕES
Freepik
PROJETO GRÁFICO
Júlia Duarte Nascimento
CORREÇÃO ORTOGRÁFICA
Ana Marcia Barbosa S. Santana

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

ANDRADE, Mariângela Vilanova de Gois


A553c Car lha para orientação do profissional da saúde: a
importância da Comissão de Revisão de Prontuário do
Paciente / Mariângela Vilanova de Gois Andrade;
Orientadora Dra. Lorena de Oliveira Souza Campello. –
São Cristóvão, 2020.
28 f. : il. color.

1. Arquivo – Médico. 2. Prontuários médicos. 3. Comissão


de Revisão de Prontuários. I. Título.

CDU: 614.2 (075.2)

Ficha elaborada pela bibliotecária Ma. Isis Carolina Garcia Bispo – CRB-5/68P

[2020]
Todos os direitos dessa edição reservados à
MARIÂNGELA VILANOVA DE GOIS ANDRADE
E-mail: mariangela.vilanova@hotmail.com
1 Apresentação
SUMÁ 5

RIO 2 Introdução
6

3 O que é prontuário
do paciente?
10
4 Qual seu objetivo?
11

5 O que deve conter no prontuário


12

6 Quem tem direito ao prontuário


do paciente?
16
4 7 Prontuário do paciente, o que
diz a legislação?
16
8 Comissão de revisão de prontuários
dos pacientes, o que é?
17
9 Qual seu objetivo?
17

10 Como deve ser constituída?


19

11 Quais são suas competências?


21
1 APRESENTAÇÃO
ESTA CARTILHA
É UM PRODUTO
DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO,
DEFENDIDA NO MESTRADO PROFISSIONAL
EM GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO,
OFERTADO PELO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE (PPGCCI/UFS)

Foi construída com o objetivo de conscientizar todo corpo clínico sobre o preenchimento do
prontuário completo e exato com dados que não apresentem erros e inconsistências,
devidamente ordenados, os quais irão contribuir não só para assegurar a correta
assistência ao paciente, mas também como documento para pesquisas científicas e
utilização em processos jurídicos.

Construímos esta cartilha, na expectativa de que ela seja um instrumento de apoio no


cuidado com a atenção para qualidade das prescrições médicas, a qual irá promover
melhoria na saúde e promoção de qualidade de vida dos pacientes, trazendo informações
que possam sanar dúvidas e despertar escolhas na transformação das práticas cotidianas,
5
encorajando o corpo clínico a sempre conscientizar os colegas a se tornarem agentes de
mudança para a qualidade das prescrições e a serem protagonistas dessa ação.

Esta cartilha buscou abordar temas de acordo com as experiências, e as necessidades


evidenciadas durante o processo de implantação do Serviço de Arquivo Medico
Estatístico. Trazendo informações baseadas nos resultados dos estudos científicos e
recomendações contidas nas resoluções do Conselho Federal de Medicina, a fim de
auxiliar o processo de conscientização, com informações que possam contribuir na adesão
a esse processo, sobretudo na tomada de decisão para os cuidados necessários com os
prontuários dos pacientes.

Ao longo deste material, você encontrará informações que buscam estimular todo corpo
clínico a realizar as prescrições médicas com clareza, atendendo às exigências das
legislações pertinentes. Acreditamos que o processo de conscientização contribuirá para
alertar todo corpo clínico dos riscos iminentes advindos das prescrições sem clareza ou
rasuradas, comprometendo assim toda assistência aos pacientes.

Dessa maneira, a expectativa é de que este material, por meio das orientações
mencionadas, auxilie na adoção de melhorias nas práticas das prescrições médicas,
buscando, assim, promover sempre a qualidade dos prontuários dos pacientes. Deixamos
aqui, registrados, nossos mais sinceros agradecimentos a todos que, de uma forma ou de
outra, colaboraram para o desenvolvimento deste material.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


2 INTRODUÇÃO
O PRONTUÁRIO
DO PACIENTE É O
principal documento que orienta todo corpo clínico
na prestação de cuidados à saúde, sendo este, o
meio de comunicação entre os diferentes
profissionais da área. Sem ele, o atendimento e o
tratamento aos pacientes ficam comprometidos, já
que é um recurso indispensável para assegurar a
continuidade dos mesmos.

Por todos esses


6
motivos, o
referido documento deve
ser compreendido como um
guardião de impor tantes
informações que contém todos os
registros, que merecem todo empenho
no sentido de garantir sua qualidade,
integridade e confiabilidade para a assistência ao
paciente.
É a partir das informações contidas nos prontuários que o
médico poderá confirmar ou não se o paciente apresenta
fatores de riscos para doenças especificas, podendo citar
as cardiopatias, qual o impacto que trouxeram, quais as
medidas devem ser indicadas para a prevenção em relação
ao agravamento dos quadros .
Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde
2 INTRODUÇÃO

A s anotações ilegíveis, os
documentos faltantes, as
rasuras, a perda de
documentos, a falta de controle, as
abreviaturas, a utilização de siglas, a
falta de preenchimento correto nos
prontuários, os dados elementares
como os de identificação do paciente,
vai ao encontro dos resultados
apresentados nos estudos sobre a
qualidade dos prontuários.

Portanto, evidenciamos a urgente necessidade de reflexão sobre a


importância dada à educação permanente, a conscientização para
o desenvolvimento de competências médicas para a atuação neste
cenário, para que fiquem atentos aos registros gerados. É preciso 7
avaliar, orientar e operacionalizar a sua produção com qualidade,
com a perspectiva de desenvolvimento de competências voltadas
para uma prática centrada na assistência aos pacientes, garantindo
a qualidade da assistência, a facilidade da recuperação de
informações.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


2 INTRODUÇÃO

Corroborando com essa necessidade da qualidade


das informações contidas nos prontuários dos
pacientes, o Conselho Federal de Medicina cria a
Resolução CFM nº 1.638/2002, na qual define
prontuário médico e torna obrigatória a criação da
Comissão de Revisão de Prontuários nas
8
instituições de saúde. Sendo a mesma de
natureza consultiva, deliberativa, normativa,
educativa e independente, que tem por
objetivo analisar e acompanhar os
prontuários médicos.

Assim, a existência de comissão de


revisão de prontuário nas instituições
de saúde é fator de alta relevância por
contribuir para a consolidação de um
sistema de fiscalização, orientação,
incentivo, estímulo e conscientização para
o corpo clínico no tocante à melhoria na
qualidade das informações descritas nos
prontuários dos pacientes.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


2 INTRODUÇÃO

E
ssa comissão atendendo às exigências legais, realiza
através de estudos sistemáticos, análises de processo de
qualidade de toda documentação gerada nos prontuários
dos pacientes, ocasionando melhorias e grande evolução
decorrente da mesma. O que certamente contribui com o
processo de gestão na área assistencial, pois registros corretos
por parte de seus profissionais, especialmente dos médicos, têm
implicações diretas não só no faturamento, mas,
fundamentalmente, na qualidade da assistência prestada.
Dessa forma, a avaliação da qualidade das informações contidas
no prontuário por parte da Comissão de Revisão de Prontuários
dos pacientes, torna-se imprescindível no tocante à segurança do
paciente, e também como um indicador de qualidade dos
serviços da saúde.
Portanto, como forma de incentivo à melhoria contínua nas
prescrições médicas a cartilha foi finalizada com um checklist 9
para que a Comissão de Revisão de Prontuários possa utilizá-lo
na revisão destes documentos.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


3 O QUE É O PRONTUÁRIO
DO PACIENTE?

O PRONTUÁRIO
DO PACIENTE É
um documento único formado por um conjunto de informações,
sinais e imagens registradas, estruturada através de fatos,
acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a
assistência a ele prestada, de cunho legal, sigiloso e científico,
que permite a comunicação entre membros da equipe
multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao
indivíduo (BRASIL, 2002a).

10

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


4 QUAL OBJETIVO DO
PRONTUÁRIO DO PACIENTE?

SEU PRINCIPAL
OBJETIVO É
facilitar assistência ao paciente, mas também é utilizado, para
o ensino, a pesquisa, a elaboração de políticas de saúde, bem
como para avaliação da qualidade da assistência médica
prestada como também é um elemento de valor quando da
avaliação do erro médico, sendo considerado como a melhor
arma no caso de uma avaliação judicial.

11

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


5 O QUE DEVE CONTER NO
PRONTUÁRIO DO PACIENTE?
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE:

Nome completo, data de nascimento


(dia, mês e ano com quatro dígitos),
sexo, nome da mãe, naturalidade
(indicando o município e o estado de
nascimento), endereço completo (nome
da via pública, número, complemento,
bairro/distrito, município, estado e CEP).

ANAMNESE

Neste questionário todos os dados obtidos sobre o paciente (físico


12 ou histórico), realizados na admissão do paciente o médico ou
profissional de saúde se informa sobre queixas, sintomas e
fatores que podem influenciar no desenvolvimento de doenças,
sendo considerada como a primeira etapa da avaliação clínica.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


5
O QUE DEVE CONTER NO
ANAMNESE PRONTUÁRIO DO PACIENTE?

DT-IMPRESSÃO DA ANAMNESE

Anamnese
DADOS DO PACIENTE DADOS DO PREENCHIMENTO
NOME: PRONT: PREENCHIMENTO POR:
CONVÊNIO: LEITO:
ENTRADA: SEXO: DATA DO PREENCHIMENTO:
ESPECIALIDADE: CPF:
NASCIMENTO: MÃE: IMPRESSO POR:
ENDEREÇO: CEP:
CIDADE: FONE: DATA DA IMPRESSÃO:
MÉDICO: CRM:

Frequência Cardiaca Frequência Respiratória

Temperatura Transesofágica Temperatura Axilar

Peso Estatura IMC

Saturação 02 PAS (mmHg) PAD (mmHg)

Queixa Principal

CID

Exame Físico
13
Hipótese Diagnós ca

Exames Complementares

Conduta

Fonte: Duarte (2019)

EVOLUÇÃO CLÍNICA
A evolução clinica é o relato diário do
paciente, onde a data e hora,
discriminação de todos os procedimentos
aos quais o mesmo foi submetido e a
identificação dos profissionais que os
realizaram, são indispensáveis.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


5
O QUE DEVE CONTER NO
A LEGIBILIDADE PRONTUÁRIO DO PACIENTE?

Nos prontuários, em suporte de papel, é obrigatória a legibilidade da


letra do profissional que atendeu o paciente. O código de ética
determina:
É vedado ao médico: Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de
forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número
de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) da sua
jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários,
atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos
(BRASIL, 2010, p. 35).

14

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


5
O QUE DEVE CONTER NO
PRONTUÁRIO DO PACIENTE?

IDENTIFICAÇÃO
DOS PROFISSIONAIS

A identificação dos profissionais prestadores do atendimento são também


obrigatórias a assinatura e o respectivo número do CRM; o processo de
identificação do profissional é de grande valia onde identifica
corretamente cada profissional e sua especialidade, garantindo a
segurança dos pacientes e profissionais.

15

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


6 QUEM TEM DIREITO AO
PRONTUÁRIO DO PACIENTE?
O PACIENTE,
os profissionais de saúde regulamentados
que o assistem e as pessoas autorizadas
pelo estabelecimento. Entretanto, o acesso
está condicionado à guarda do sigilo.

7 PRONTUÁRIO DO PACIENTE,
O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO?
16
RESOLUÇÃO Nº CFM 1.638/2002

Define conceito como sendo:


o documento único constituído de um conjunto de informações, sinais
e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e
situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada.

Define conceito como sendo:


Documento de caráter sigiloso, científico e constitui o meio de
comunicação entre a equipe multiprofissional e a continuidade
da assistência.

Determina as responsabilidades Torna obrigatória a criação das


pelos prontuários dos Comissões de Revisão de
pacientes. Prontuários nos
estabelecimentos e/ou
instituições de saúde onde se
Determina os itens que deverão
presta assistência médica.
obrigatoriamente constar no
prontuário, seja ele eletrônico
ou de papel.
Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde
8 COMISSÃO DE REVISÃO DE
PRONTUÁRIO DO PACIENTE
O QUE É A COMISSÃO?

Faz parte de um conjunto de padrões


apropriados para garantir a qualidade
da assistência aos pacientes, bem
como a segurança da informação
(ROBERTS et al., 1987 apud
HOSPITAL..., 2013).

9 QUAL O SEU OBJETIVO?


17

Cumprir as normas de natureza


técnica e administrativa,
referentes ao prontuário do
paciente, tendo como
fundamento a Resolução do
CFM nº 1.638/2002, que visa
contribuir com a melhoria na
qualidade dos registros contidos
no prontuário do paciente, fazendo
uma análise permanente no padrão
de atendimento e registros ali contidos,
levando em consideração a segurança do
paciente.
Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde
7 PRONTUÁRIO DO PACIENTE,
O QUE DIZ A LEGISLAÇÃO?

RESOLUÇÃO Nº CFM 1.639/2002

Aprova as "Normas Técnicas para o Uso de Sistemas Informatizados


para a Guarda e Manuseio do Prontuário Médico", dispõe sobre tempo
de guarda dos prontuários, estabelece critérios para certificação dos
sistemas de informação.

Que o prontuário em papel seja armazenado por um período mínimo


de 20 anos, partindo da última anotação feita. Já os registros
eletrônicos devem ser mantidos indefinidamente.

Autorizar, no caso de emprego da microfilmagem, a eliminação do


suporte de papel dos prontuários microfilmados, de acordo com os
procedimentos previstos na legislação arquivística em vigor (Lei nº
5.433/68 e Decreto nº 1.799/96), após análise obrigatória da
Comissão Permanente de Avaliação de Documentos da unidade
18 médico-hospitalar geradora do arquivo.

Autorizar, no caso de digitalização dos prontuários, a eliminação do


suporte de papel dos mesmos, desde que a forma de
armazenamento dos documentos digitalizados obedeça à norma
específica de digitalização contida no anexo desta da resolução

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


COMO FAZER PARA FORMAR
A COMISSÃO?
Para formar a Comissão de revisão
dos prontuários dos pacientes é
preciso seguir os passos abaixo:

DESIGNAÇÃO
A comissão deve ser designada pela direção da instituição, por
eleição do Corpo Clínico ou por qualquer outro método que a
instituição julgar adequado, devendo ser coordenada por um
médico.

10 COMO DEVE SER CONSTITUÍDA? 19


A Comissão de Revisão de Prontuários dos pacientes deve ser
constituída por meio de portaria.

MANDATO
O mandato será de 24 meses, podendo ser renovável conforme
definição da Direção Administrativa, em comum acordo com a
Direção Técnica. Os mandatos do Presidente e do Secretário
também serão pelo período de 02 (dois) anos, podendo haver uma
única recondução. Parágrafo único: o Presidente e o Secretário
serão escolhidos através de votação simples dos membros da
comissão e, de acordo com a Resolução CFM nº 1638 de
10/07/2002, o primeiro deve ser um médico.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


10 COMO DEVE SER CONSTITUÍDA?

COMPOSIÇÃO

A composição mínima da comissão deve ser de 4 (quatro) membros


sendo: médicos, 1 (um) membro do Serviço de Arquivo Médico
(SAME) e 1 (um) membro enfermeiro que serão nomeados pelo
Diretor Geral da instituição, cuja presidência deverá ser exercida,
exclusivamente, por um médico conforme figura abaixo:

MÉDICO

SECRETÁRIA
20 CLÍNICA
MEMBRO DO
MÉDICO SAME
PRESIDENTE

ENFERMEIRO

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


11 QUAIS SÃO AS SUAS
COMPETÊNCIAS?
MÉDICO PRESIDENTE
a Convocar e presidir as reuniões;
b Indicar seu vice-presidente;
c Representar a comissão junto à Diretoria
da instituição, ou indicar seu representante;
d Subscrever todos os documentos e resoluções
da Comissão previamente aprovados pelos
membros desta;
e Fazer cumprir o regimento. Nas decisões da
Comissão, além do seu voto, terá o voto de
qualidade (voto de Minerva).

SECRETÁRIA CLÍNICA
21
a Organizar a ordem do dia;
b Receber e protocolar os processos e expedientes;
c Lavrar a ata das sessões/reuniões;
d Convocar os membros da comissão para as reuniões
determinadas pelo presidente;
e Organizar e manter o arquivo da comissão;
f Preparar a correspondência;
g Realizar outras funções determinadas pelo
Presidente relacionadas ao serviço desta Secretaria;
h Solicitar ao SAME todos os prontuários que serão
avaliados, assim como devolvê-los em 24 horas, após
o trabalho realizado.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


10
QUAIS SÃO AS SUAS
COMPETÊNCIAS?

MEMBROS
a Comparecer às reuniões para as quais tenham sido convocados;

b Participar de todo o processo da avaliação de prontuários e de


qualquer outra atividade designada pelo Presidente;

c Elaborar, conjuntamente com a Comissão de Documentação


22 Médica e Estatística, normas para auditoria, organização e
revisão dos prontuários;
d Zelar pelo sigilo ético das informações;
e Emitir parecer técnico ou relatório, quando solicitado pelas
Comissões de Ética Médica ou de Enfermagem ou outro
serviço;

f Assessorar a alta governança da Instituição em assuntos


de sua competência;
g Definir anualmente metas de melhorias e suas estratégias,
sempre buscando a qualidade com atuação de educação
permanente;

h Desenvolver atividades de caráter técnico-científico com


fins de subsidiar conhecimentos relevantes à Instituição.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


10
QUAIS SÃO AS SUAS
COMPETÊNCIAS?

FUNÇÕES DA COMISSÃO DE REVISÃO DE


PRONTUÁRIOS MÉDICOS

A Resolução CFM Resolução nº 1.638/2000 define que os


membros da Comissão devem observar os itens que deverão
constar obrigatoriamente no prontuário confeccionado em
qualquer suporte, eletrônico ou papel tais como:

Identificação do paciente: nome completo, data de


nascimento (dia, mês e ano com quatro dígitos), sexo, nome
da mãe, naturalidade (indicando o município e o estado de
nascimento), endereço completo (nome da via pública, número,
complemento, bairro/distrito, município, estado e CEP);

Anamnese, exame físico, exames complementares solicitados


e seus respectivos resultados, hipóteses diagnósticas,
diagnóstico definitivo e tratamento efetuado; 23
Evolução diária do paciente, com data e hora, discriminação
de todos os procedimentos aos quais o mesmo foi submetido
e identificação dos profissionais que os realizaram, assinados
electrônicamente, quando elaborados e/ou armazenados em
meio eletrônico;
Nos prontuários em suporte de papel é obrigatória a
legibilidade da letra do profissional que atendeu o paciente,
bem como a identificação dos profissionais prestadores do
atendimento. São também obrigatórias a assinatura e o
respectivo número do CRM;
Nos casos emergenciais, nos quais seja impossível a colheita
da história clínica do paciente, deverá constar relato médico
completo de todos os procedimentos realizados e que tenham
possibilitado o diagnóstico e/ou a remoção para outra unidade
de saúde.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


CHECKLIST
REVISÃO DO PRONTUÁRIO
DO PACIENTE
COMISSÃO DE REVISÃO DE PRONTUÁRIO MÉDICO-CRPM
CHECKLIST DATA:
REVISÃO DO PRONTUÁRIO DO PACIENTE REVISÃO:

CÓDIGO. PRONTUÁRIO:
NOME DO PACIENTE:
CONVÊNIO:
DATA:
OBSERVAÇÃO
ITEM DESCRIÇÃO
C N/C
Nome completo, data de
nascimento (dia, mês e
ano com quatro digitos),
sexo, nome da mãe,
naturalidade (indicando o
1. Iden ficação município e o estado de
do Paciente nascimento), endereço
completo (nome da via
pública, número,
complemento,
bairro/distrito, município,
estado e CEP).

Exames sicos, exames


complementares,
solicitados e seus
2. Anamnese respec vos resultados,
hipóteses diagnós cas,
diagnós co defini vo e
tratamento efetuado.

Data e hora, discriminação


de todos os
procedimentos aos quais o
mesmo foi subme do e
iden ficação dos
3. Evolução diária profissionais que os
realizaram, assinados
eletronicamente quando
elaborados e/ou
armazenados em meio
eletrônico.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


COMISSÃO DE REVISÃO DE PRONTUÁRIO MÉDICO-CRPM
CHECKLIST DATA:
REVISÃO DO PRONTUÁRIO DO PACIENTE REVISÃO:

OBSERVAÇÃO
ITEM DESCRIÇÃO
C N/C
É obrigatório a legibilidade
4. Legibilidade da letra do profissional
que atendeu o paciente.

5. Iden ficação dos São obrigatórios a


profissionais assinatura e o respec vo
prestadores número do CRM.
do atendimento

Legenda:
C - Conforme N/C - não Conforme

CONCLUSÃO DA REVISÃO

Concluído em _______/ _______/ _______.


Assinatura do (a) presidente da comissão

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


REFERÊNCIAS
BRASIL. Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 1.638 de 10 de
julho de 2002. Define prontuário médico e torna obrigatória a criação da
Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições de saúde. Diário Oficial
da União. Brasília, DF, n. 153, p.184-185, 9 jul. 2002a. Disponível em:
https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagin
a=184&data=09/08/2002. Acesso em: 20 nov. 2018.

BRASIL. Conselho Federal de Medicina. Resolução CFM nº 1639 de 10 de


julho de
2002. Aprova as “Normas Técnicas para o uso de Sistemas Informatizados
para a guarda e manuseio dos Prontuários Médico”, dispõe sobre tempo de
guarda dos prontuários, estabelece critérios para certificação dos sistemas
de informação e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF,
n. 154, p. 124-125, 12 ago. 2002b. Disponível em:
http://www.cremesp.org.br/library/modulos/legislacao/integras_pdf/RES_C
FM_1639_2002.pdf. Acesso em: 20 nov. 2018.

BRASIL. Conselho Federal de Medicina Código de Ética Médica: Resolução


CFM nº 1.931, de 17 de setembro de 2009. Brasília, DF: Conselho Federal
de Medicina. Disponível em:
https://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/codigo%20de%20etica%
20medica.pdf. Acesso em: 20 nov. 2018.

GALVÃO, M. C. B.; RICARTE, I. L. M. Prontuário do paciente. Rio de Janeiro, RJ:


Guanabara Koogan, 2012.

HOSPITAL Geral Dr. César Cals. Comissão de Revisão de Prontuários.


Fortaleza: HGCC, 2013. Disponível em:
http://www.hgcc.ce.gov.br/index.php/comissao-de-revisao-de-prontuarios.
Acesso em: 15 ago. 2020.

DUARTE, J. C. G. DT - Impressão da Anamnese. Brasil: TOTVS, 2019.


Disponível em:
https://tdn.totvs.com/pages/releaseview.action?pageId=496010927.
Acesso em: 16 ago. 2020.

Car lha Para Orientação do Profissional de Saúde


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS)
REITOR DA UFS
Ângelo Antoniolli

VICE REITOR DA UFS


Valter Joviniano de Santana Filho

PRO-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA-(POSGRAF)


Lucindo José Quintanas Júnior

DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS (CCSA)


Débora Eleonora Pereira da Silva

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO


COORDENAÇÃO DO PPGCI
Martha Suzana Cabral Nunes

COORDENAÇÃO ADJUNTA DO PPGCI


Telma Carvalho

MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO


CONHECIMENTO
DISCENTE PESQUISADORA-AUTORA
Mariângela Vilanova de Gois Andrade

DOCENTE PESQUISADORA -ORIENTADORA


Lorena de Oliveira Souza Campello

ESSA CARTILHA É UM PRODUTO DA DISSERTAÇÃO


DE MESTRADO PROFISSIONAL
Cartilha para Orientaçao do
Profissional
da Saúde
A importância para
qualidade nas
prescrições médicas.

Você também pode gostar