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AULA 4 - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

EM SAÚDE
MÓDULO 1

Aula 4 - Sistemas de informação em saúde

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 3

2. OBJETIVO DA AULA ................................................................................................. 3

3. SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE............................................................. 4

3.1 Sistema de informação em saúde................................................................. 4

4. PRINCIPAIS SISTEMAS DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO................................ 5

4.1 Estatísticas vitais.............................................................................................. 5

4.2 Sistemas de informação de morbidade....................................................... 7

4.3 Sistemas de informação relacionados à assistência à saúde.................. 11

4.4 Sistema de informação de vigilância ambiental........................................ 14

4.5 Sistemas de informação para a vigilância sanitária.................................. 15

4.6 Outras fontes de dados e informações....................................................... 17

5. O USO DE BASE DE DADOS CONFORME OS PRECEITOS ÉTICOS:


QUAL A LEGISLAÇÃO VIGENTE?................................................................................ 18

6. ENCERRAMENTO...................................................................................................... 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 21
1. INTRODUÇÃO

Olá, estudante! Bem-vindo(a) ao Curso de Vigilância Epidemiológica para Portos, Aeroportos e Fronteiras
(EpiVISA).

Nesta aula, vamos abordar os sistemas de informações mais utilizados em vigilância em saúde pública. Antes,
vamos conversar sobre a era da informação, ou era digital, iniciada no final do século XX, caracterizada
pelo desenvolvimento de tecnologias de comunicação e dados.

Essa era permitiu a transição dos sistemas analógicos para os digitais e pode explicar alguns dos avanços
sociais e econômicos alcançados em todo o mundo. Esses avanços criaram outras métricas para descrever
o progresso social: a capacidade de gerar, armazenar e processar informações, de produzir informações
úteis para governo, empresas e sociedade (https://irislab.ce.gov.br/wp-content/uploads/2021/09/LIVRO-
DIGITAL-A-Era-dos-Dados-para-o-Setor-Pu%CC%81blico.pdf).

Da produção dos dados até a geração da informação, os sistemas de informação (SI) são utilizados em
todas as áreas da sociedade. Pequenos empresários e gestores de grandes empresas os utilizam para
melhorar o planejamento, a tomada de decisões e a comunicação com o público. Essas organizações,
independentemente do tamanho ou setor em que atuam, têm de lidar com quantidades crescentes de
dados e precisam de pessoas capazes de analisá-los adequadamente, gerando informações relevantes para
que as decisões tomadas sejam baseadas nas melhores evidências (DAVENPORT; HO-KIM, 2014).

Ao longo do tempo, organizações e instituições de saúde públicas e privadas coletaram dados sobre
tratamento e monitoramento de saúde que foram usados para melhorar os processos de tratamento,
identificar fatores de risco e priorizar o uso de recursos. Para tanto, foram desenvolvidos e aprimorados
sistemas de informação em saúde para organizar e padronizar as informações coletadas e garantir que as
informações resultantes atendam às necessidades dos sistemas e serviços de saúde.

Nesta aula, vamos discutir algumas definições e apresentaremos os principais sistemas de informação em
saúde usados no Ministério da Saúde (MS), incluindo aqueles utilizados no âmbito da Anvisa para ações em
portos, aeroportos e fronteiras.

2. OBJETIVO DA AULA

• Identificar os sistemas de informação em saúde mais utilizados na vigilância.


• Reconhecer os sistemas de informação utilizados em portos, aeroportos e fronteiras – Risk
Manager, workflow e/ou porto sem papel.
• Reconhecer a documentação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN):
ficha de notificação, dicionário de variáveis, instrutivo para o preenchimento e caderno de
análise.
• Compreender o fluxo de informação nas três esferas de gestão do SUS.
• Reconhecer as legislações vigentes que subsidiam o uso de base de dados conforme os
preceitos éticos.

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3. SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE

Um sistema de informação (SI) pode ser definido como um conjunto de elementos inter-relacionados,
operando de forma articulada e harmoniosa para a produção de informações de qualidade que subsidiem
a tomada de decisão. Podem-se definir três principais etapas de trabalho de um SI:

• entrada, consistindo na fase de coleta e armazenamento de dados;


• processamento, em que os dados são transformados, conferindo a eles significado e sentido;
• saída, etapa em que os dados processados são entregues aos interessados (PRADO; SOUZA,
2014; LAURENTI; JORGE, 2017).

Além delas, é necessário que o sistema forneça um feedback (retroalimentação) às pessoas e organizações
interessadas em seus resultados. Isso é importante para que seja possível validar as informações entregues
e melhorar as etapas de entrada ou processamento (JOÃO, 2018; PERINI, 2009), uma vez que nenhum
sistema pode fornecer informações de qualidade melhor do que os dados que o alimentam ou do
processamento realizado. A figura a seguir mostra um exemplo da transformação de dados em informação.

Figura 1. Etapas de um sistema de informação

3.1 Sistema de informação em saúde

Os sistemas de informação, quando são utilizados para coletar, processar, analisar e disseminar informações
para uso em saúde, incluindo o planejamento, a organização de serviços, a implementação e a avaliação de
políticas públicas, recebem a denominação de sistemas de informação em saúde (SIS).

Nesse contexto, embora a Organização Mundial da Saúde defina um SIS como o conjunto de componentes –
incluindo os componentes de tecnologias de informação e comunicação (TIC), as estruturas administrativas
e as de produção de informação em saúde – que funcionam de forma integrada e oportuna para a produção
de informações relevantes para os processos de decisão do setor saúde (BRASIL, 2009), vamos delimitar o
conceito de SIS em torno dos componentes informatizados.

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Os usos dos SIS são os mais diversos e vão desde registros assistenciais, resultados de exames, logística
e controle de estoque, gestão de leitos e vagas até a detecção de doenças e eventos de interesse para a
saúde pública (GIOVANELLA et al., 2012; ROUQUAYROL; SILVA, 2018). A partir dos objetivos do SIS, é
possível classificá-los em epidemiológicos, clínicos e gerenciais (administrativos).

• Os sistemas que contêm dados epidemiológicos são utilizados para fins de vigilância em
saúde, monitoramento e pesquisa e incluem, por exemplo, registros vitais (nascimento e óbito),
notificação de doenças, eventos sanitários e assistenciais, como internações e atendimentos.
• Os sistemas clínicos armazenam dados relacionados aos atendimentos assistenciais de
pacientes em vários serviços e unidades de saúde, são dados individualizados e podem
incluir históricos médicos, resultados de exames e prescrições. Exemplos desses sistemas são
registros médicos ou prontuários eletrônicos, cujo uso é limitado ao ambiente assistencial e
o acesso é limitado por normas e legislações específicas.
• Os sistemas de gerenciamento, por outro lado, são usados para fins de cobrança, gerenciamento
de entrega e estoque de serviços ou monitoramento de métricas de serviços. Alguns desses
sistemas coletam, entre outras coisas, dados de identificação do paciente, diagnósticos e
procedimentos realizados, mas não registram dados clínicos (MEDRONHO; BLOCH; LUIZ;
WERNECK, 2009).

Os SIS, usados para gerenciar dados e informações em saúde, tornam-se mais complexos à medida que as
práticas de saúde se modificam, incluindo a necessidade de integrar conhecimentos de diferentes áreas,
conforme os avanços científicos ocorrem (PINTO, 2016; MAGNUSON; FU, 2014). Mesmo que o SIS
tenha sido desenvolvido com uma finalidade específica, é possível utilizar seus dados para produzir outras
informações, como a utilização de dados hospitalares na vigilância de doenças crônicas não transmissíveis,
ou o uso de um sistema de informação de notificação de doenças para a distribuição de insumos, como
vacinas e medicamentos.

O conhecimento dos SIS é importante para explorar as possibilidades e potencialidades de integração para
a produção de informações cada vez mais relevantes para a saúde no país. Uma pesquisa sobre sistemas
de informação em saúde encontrou 54 SIS de abrangência nacional (COELHO NETO; CHIORO, 2021).

4. PRINCIPAIS SISTEMAS DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO

4.1 Estatísticas vitais

A. Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)

As primeiras estatísticas populacionais do Brasil foram publicadas em 1944, pela Secretaria Federal de
Bioestatística do Ministério da Educação e Saúde no Anuário de Bioestatística, registrando dados sobre
óbitos ocorridos nas capitais, no período de 1929 e 1932, segundo a causa da morte. Mais tarde, o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passou a divulgar, ainda de forma irregular, os registros de
óbitos, mas, novamente, apenas os ocorridos nas capitais.

Na década de 1970, o IBGE passou a produzir informações para o setor saúde e se tornou o responsável
pela produção das estatísticas vitais de forma regular e padronizada, coletando esses dados junto aos
Cartórios de Registros Civil e com abrangência nacional. A partir de 1974, o órgão passou a publicar
regularmente os dados de mortalidade, sem apresentar a causa do óbito (BRASIL, 2009).

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Ainda na década de 1970, havia se formado um ambiente propício para a implantação de um sistema
nacional de mortalidade, faltando apenas uma decisão política, o que ocorreu em 1975 na gestão de Paulo
de Almeida Machado à frente do Ministério da Saúde. A partir dessa decisão, começou a ser implantado
em todo o país o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), um marco importante, pois padronizou
o instrumento de coleta individual de dados, no caso a declaração de óbito (DO), evitando erros e abrindo
caminho para o processamento eletrônico de dados.

No ano de 1991, o SIM passou a ser descentralizado com a digitação ocorrendo nas unidades da Federação
(LAURENTI; JORGE, 2017; ROUQUAYROL; SILVA, 2018; BRASIL, 2009; FRANCO; PASSOS, 2011; GUSSO;
LOPES; DIAS, 2019; BRASIL, 2001). O SIM é importante fonte de dados para as análises de situação de
saúde e planejamento de ações e programas de saúde, permitindo avaliar os óbitos ocorridos e sua relação
com as condições sanitárias das localidades (BRASIL, 2001; VILLELA; OLIVEIRA, 2017).

O preenchimento da DO é responsabilidade exclusiva dos médicos, em razão da necessidade de preencher


um dos dados mais importantes: a causa básica de óbito. Esse documento é preenchido em três vias,
conforme o fluxo representado na figura a seguir. A causa básica de óbito é a “doença ou lesão que iniciou
a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou as circunstâncias
do acidente ou violência que produziram a lesão fatal, ou seja, é aquele que começou os eventos que
levaram à morte do indivíduo. Além da causa básica, outros dados importantes constam na DO, como os
sociodemográficos, as condições e o local de ocorrência do óbito, entre outros (SHIKIDA; MONASTERIO;
NERY, 2021; MEDRONHO et al., 2009).

Figura 2. Fluxo de preenchimento da declaração de óbito

Fonte: elaborado pelo autor.

B. Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC)

A declaração de nascidos vivos (DNV) é o documento padrão para a coleta de dados sobre a gestação

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e a situação do parto e do nascimento, que alimenta o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos
(SINASC). A DNV, assim como a DO, é preenchida em três vias, por profissionais de saúde que prestaram
assistência durante o parto, tanto em serviços de saúde como no caso de partos domiciliares, ou nos
cartórios de registro civil, quando o nascimento ocorre sem assistência obstétrica. E a partir dela que
se fará o registro civil da criança (PINTO, 2016; FRANCO; PASSOS, 2011; GUSSO; LOPES; DIAS, 2019;
VILLELA; OLIVEIRA, 2017).

Os dados do SINASC são importantes para o planejamento, o monitoramento e a avaliação de políticas


na área da saúde materno-infantil. Antes do SINASC, essas informações eram obtidas junto aos dados de
registros civis, sendo o IBGE o órgão responsável por essas informações até a década de 1970. Muitas das
informações prestadas nos cartórios de registros civis eram relatos feitos pelos progenitores cujos dados
não permitiam uma análise inequívoca sobre o nascimento.

Diante desse cenário, em 1989, o Ministério da Saúde estabeleceu um grupo assessor para estatísticas
vitais na perspectiva de implantação de um sistema de informação sobre nascidos vivos. Em 1990, ele foi
implantado no Brasil a partir dos dados da DNV, inicialmente nas capitais e, posteriormente, expandido
para os municípios. O sistema é descentralizado, e competem às secretarias municipais de saúde a coleta,
o processamento, a consolidação e a avaliação dos dados (LAURENTI; JORGE, 2017; ROUQUAYROL;
SILVA, 2018; MEDRONHO et al., 2009; BRASIL, 2009).

Figura 3. Fluxo de preenchimento da declaração de nascidos vivos

Profissional de Saúde
Estabelecimento de Saúde cadastrado no SINASC
Certidão de Nascimento

Declaração de Nascimento Vivo Declaração de Nascimento Vivo


Apresenta 1ª consulta na
unidade de saúde

Declaração de Nascimento Vivo


Certidão de Nascimento

Certidão de Nascimento

Fonte: elaborado pelo autor

4.2 Sistemas de informação de morbidade

A. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)

Até 1973, o Boletim Epidemiológico da Fundação Serviços de Saúde Pública (FSESP) fornecia dados e

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informações sobre doenças e agravos em nível nacional, a partir de dados transmitidos pelas secretarias
estaduais de saúde. Durante esse período, eram de notificação obrigatória as doenças imunopreveníveis,
de transmissão vetorial, a tuberculose, a hanseníase e, posteriormente, a raiva e a doença meningocócica
em humanos. Em 1975, a 5ª Conferência Nacional de Saúde ratificou o Sistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica (SNVE), criado pela Lei n. 6.259/1975 e regulamentado pelo Decreto n. 78.231/1976, que
tornou obrigatória a notificação de doenças transmissíveis com a publicação da primeira lista nacional de
doenças de notificação obrigatória.

Em 1991, com o apoio da Empresa de Processamento de Dados de Belo Horizonte (Prodabel) e do recém-
criado serviço de processamento de dados do Sistema Único de Saúde, deu-se início ao processo de
discussão e desenvolvimento do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que começou
a ser implantado no ano de 1993. Em 1998, o sistema passou a ser obrigatório, com alimentação regular
pelos municípios e estados para conformar a base de dados nacional (BRASIL, 2009).

O Sinan permite a coleta e o processamento de casos de doenças, agravos e eventos em saúde pública
(surtos e epizootias), que são de notificação obrigatória no país. A partir desses registros, são feitas análises
epidemiológicas sobre a morbidade, identificando possíveis causas e fatores de riscos para a população
de um território, e auxiliando os gestores na tomada de decisão. O Sinan é alimentado pelos municípios e
estados, a partir da ficha de notificação e investigação de casos, cabendo ao Ministério da Saúde o papel
de gestor nacional do sistema (LAGUARDIA, 2004).

Para a coleta de dados, são disponibilizados formulários padronizados, como a


ficha de notificação individual (FNI), a ficha de investigação individual (FII) e a
ficha de investigação de surto (FIS), que permitem o registro de dados do serviço
notificante, a identificação do paciente, incluindo os dados sociodemográficos
e econômicos, o local de residência e as informações sobre a doença ou agravo,
como sinais e sintomas e critérios de confirmação. As fichas são preenchidas
individualmente por profissionais de saúde e encaminhadas para a Vigilância
Epidemiológica local (GUSSO; LOPES; DIAS, 2019).

A FNI também é utilizada para a chamada notificação negativa, quando não


é detectada a ocorrência de casos suspeitos, como no caso da vigilância de
paralisia flácida aguda (MEDRONHO et al., 2009). Além das fichas padronizadas,
o Sinan utiliza para agravos como tuberculose e hanseníase os boletins de
acompanhamento (VILLELA; OLIVEIRA, 2017).

As doenças e os agravos de notificação são elencados na Lista Nacional de


Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública (LNNC), que é atualizada
sempre que há necessidade, e é facultado aos municípios e estados incluírem outras doenças e agravos de
importância local, mas vedada a exclusão daquelas definidas nacionalmente. A LNNC em vigor é o Anexo
1 do Anexo V da Portaria de Consolidação n. 4/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, atualizada pela
Portaria GM/MS n. 1.102 de 16.05.2022 (BRASIL, 2017b).

Sobre o fluxo de informação, os serviços de saúde notificantes, quando informatizados, podem registrar
os casos diretamente no Sinan. Caso contrário, as fichas de notificação são encaminhadas para as
secretarias de saúde que farão a alimentação do sistema. A partir do Sinan NET, os municípios conectados
à internet, passaram a transmitir os dados do sistema diretamente para as demais esferas de gestão do
SUS, favorecendo uma gestão oportuna para a aplicação de medidas de saúde pública de forma imediata
(PINTO, 2016; FRANCO; PASSOS, 2011).

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A periodicidade de envio dos dados do Sinan, para cada nível de gestão do SUS, é específica para cada
doença ou agravo e segue o estabelecido na Portaria de Consolidação n. 4, de 2017. A figura a seguir
apresenta um esquema generalizado do fluxo das informações. As setas pretas correspondem ao fluxo de
envio a partir do agente notificador para a secretaria municipal de saúde, que envia os dados à secretaria
estadual de saúde e, posteriormente, ao Ministério da Saúde. Em cada um desses níveis de gestão do
SUS, as notificações são analisadas e criticadas para a garantia da qualidade dos dados. As setas em
cinza representam o fluxo de retroalimentação tanto dos resultados das análises e críticas quanto das
informações geradas a partir daqueles dados por cada gestor.

Figura 4. Fluxo de preenchimento Ficha de Notificação/Investigação do SINAN

Fonte: elaborado pelo autor

No caso de embarcações estrangeiras (geralmente navios de cruzeiro),


os seus responsáveis devem fazer a notificação para a Anvisa, que dará o
encaminhamento adequado a essa informação. Veja, na biblioteca do curso,
o instrutivo específico da Agência, orientando como deve ser feita essa
notificação.

B. Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI)

Os dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), implantado em 1973, eram coletados de forma
agregada, impedindo que análises do perfil da população vacinada fossem realizadas. Para melhorar o
registro dessas informações, o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus)
desenvolveu o Sistema de Informações sobre Imunizações (SIPNI), cuja implantação começou em 2010.

O SIPNI tem por objetivo permitir que gestores do SUS – a partir do registro dos imunobiológicos utilizados,
número de doses de vacinas aplicadas e do perfil dos vacinados – avaliem riscos de ocorrência de surtos,

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epidemias ou reintrodução de doenças imunopreveníveis. Além disso, permite o gerenciamento de estoque
de vacinas, sendo utilizado para a organização logística e para a aquisição e distribuição desses insumos
(GUSSO; LOPES; DIAS, 2019).

O SIPNI possibilitou a coleta de informações sobre os indivíduos vacinados, como faixa etária, região, se a
vacinação era de rotina ou campanhas de vacinação, além de registrar a movimentação dos imunobiológicos.
Esses registros podem ser usados para criar indicadores, como cobertura vacinal e dose utilizada, e permitir
que os gestores analisem os riscos potenciais de surtos já controlados. É um sistema de maior importância
para o monitoramento, o controle e a erradicação de doenças imunopreveníveis (ROUQUAYROL; SILVA,
2018).

C. Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe)

O Ministério da Saúde coordena a vigilância da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) desde a
pandemia de influenza A(H1N1)pdm09, ocorrida em 2009, inserida na rede de vigilância de influenza e
outros vírus respiratórios. De 2009 a 2018, o sistema oficial para registo de casos e óbitos da Síndrome
Respiratória Aguda Grave SRAG era o Sinan, sendo que, a partir de 2019, passou a ser o Sistema de
Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe).

Com a pandemia de covid-19, o Ministério da Saúde implantou a vigilância da Síndrome Gripal (SG) para
casos suspeitos de Covid-19, leves a moderados, e em março de 2020 passou a realizar a notificação em
um novo sistema, denominado sistema e-SUS VE Notifica; os casos de SRAG hospitalizados continuaram
sendo notificados no SIVEP-Gripe. Com o início da campanha de vacinação contra a covid-19, são também
disponibilizados dados sobre número de doses aplicadas e coberturas vacinais, por UF e municípios,
período, gênero, faixa etária e tipo de vacina.

Leia mais sobre o tema em:

https://opendatasus.saude.gov.br/dataset/srag-2021-a-2023

D. Sistema de Vigilância Epidemiológica de Doenças Diarreicas Agudas (SIVEP-DDA)

O monitoramento das doenças diarreicas agudas (MDDA) teve início em 1994 no âmbito do SUS. Com a
expansão para os municípios e buscando a melhoria das ações de vigilância das doenças diarreicas agudas
(DDA), foi desenvolvido o Sistema de Informação para a Vigilância Epidemiológica para as DDA (SIVEP-
DDA). O sistema coleta e consolida dados, como faixa etária, localidade e plano de tratamento, de pacientes
com diarreia para análise do comportamento dessas doenças, identificando oportunamente o surgimento
de surtos. Esse sistema é também utilizado para auxiliar na distribuição de insumos e de kits de diagnóstico
laboratorial (BRASIL, 2006).

O SIVEP-DDA utiliza quatro documentos, sendo o impresso I utilizado nas unidades de saúde, que
consolidam os dados no impresso II, e o enviam para a secretaria municipal de saúde (SMS). A SMS, por
sua vez, vai consolidar os dados do município no impresso III e encaminhar para a Secretaria de Estado da
Saúde, a quem cabe enviar mensalmente, para a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde,
o impresso IV (BRASIL, 2010).

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Os surtos de doenças diarreicas agudas (DDA) são as ocorrências mais
frequentes em cruzeiros. As notificações devem ser feitas para a Anvisa,
que fará a devida comunicação para a vigilância em saúde. A inserção das
informações no sistema será feita pela vigilância local.

4.3 Sistemas de informação relacionados à assistência à saúde

A. Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS)

Em 1990, o Ministério da Saúde implantou o Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH-SUS) para
substituir o Sistema de Assistência Médico-Hospitalar da Previdência Social, utilizado no país desde 1981.
O sistema foi criado para o registro administrativo de procedimentos realizados, incluindo os materiais e
profissionais envolvidos e para pagamento das despesas geradas no processo assistencial dos pacientes
internados nos hospitais do SUS. Ele coleta e armazena a partir da autorização de internação hospitalar
(AIH) utilizada por gestores e prestadores de serviços do SUS.

Em 2006, o processamento da AIH deixou de ser realizado de forma centralizada pelo MS e passou a
ser feito pelas secretarias de saúde de estados e municípios (CERQUEIRA et al., 2019; BRASIL, 2017;
SHIKIDA; MONASTERIO; NERY, 2021).

O SIH/SUS é o maior sistema de informação em saúde em utilização no país, fornecendo aos gestores
dados importantes para a produção de informações que vão guiar o planejamento de ações e a necessidade
de saúde. Os dados do SIH/SUS ajudam também a traçar o perfil de morbimortalidade em cada localidade,
avaliando o desempenho dos estabelecimentos de saúde, sendo utilizado, cada vez mais para vigilância
em saúde e pesquisas na área, já que traz dados de diagnóstico clínico, idade e sexo do paciente, local
de internação e procedimentos realizados (CERQUEIRA, 2019; VILLELA, OLIVEIRA, 2017; FRANCO;
PASSOS, 2011; PINTO, 2016).

Importante lembrar que o sistema não é universal tendo em vista que os dados se referem apenas aos
atendimentos realizados em serviços de saúde públicos ou conveniados SUS e incluem apenas a parcela
da população que utiliza esses serviços (GIOVANELLA et al., 2012).

B. Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS)

O Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) foi desenvolvido para registro de procedimentos
realizados em serviços de saúde do SUS, com finalidade contábil, mas, diferentemente do SIH/SUS, ele
não traz dados epidemiológicos em todos os registros, não sendo utilizado para a elaboração de perfis de
morbidade da população. Ele é mais utilizado no levantamento de número de consultas médicas, tipo de
procedimentos e terapias realizados em dado período e local (PINTO, 2016; SHIKIDA; MONASTERIO;
NERY, 2021). Como o SIH/SUS, esse sistema conta com dados da parcela da população usuária dos
serviços públicos ou conveniados ao SUS (GIOVANELLA, 2012).

A implantação do SIA/SUS começou em julho de 1994 nas secretarias estaduais de saúde, com o objetivo
de financiar os atendimentos ambulatoriais, utilizando o boletim de produção ambulatorial (BPA). Em 1996,
esse sistema passou a ser implantado nas secretarias municipais de saúde, e, no ano seguinte, passou

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a processar a autorização de procedimento de alta complexidade (APAC), utilizada para o registro dos
procedimentos de alta complexidade e maior custo, como hemodiálise e tratamentos oncológicos, essas
sim individualizadas e detalhadas (ROUQUAYROL; SILVA, 2018; LAURENTI; JORGE, 2017).

A gestão do SIA/SUS é descentralizada, e compete aos municípios e estados cadastrar, programar,


processar e autorizar o pagamento da produção realizada nos serviços de saúde sob sua gestão. O SIA/
SUS se mostra importante ferramenta de gestão, permitindo a avaliação da programação, a regulação
e o acompanhamento dos serviços de saúde, qualificando assim o processo de planejamento local
(ROUQUAYROL; SILVA, 2018).

C. Comunicação de Informação Hospitalar e Ambulatorial (CIHA)

A Comunicação de Internação Hospitalar e Ambulatorial (CIHA) registra internações e procedimentos


ambulatoriais de pacientes cuja assistência à saúde é realizada por estabelecimentos privados de saúde e
custeada, total ou parcialmente, por planos e convênios de saúde.

Os serviços de saúde alimentam esse sistema, e o Ministério da Saúde o utiliza para o planejamento, a
programação, o monitoramento, a avaliação e a regulação da atenção à saúde, ampliando o conhecimento
dos perfis epidemiológicos e morbidade da população, capacidade instalada e potencial de produção dos
estabelecimentos de saúde no país (GIOVANELLA et al., 2012).

D. Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB)

O Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) foi criado em 1998 e, originalmente, concebido como
uma ferramenta administrativa para os sistemas locais de saúde, incorporando os conceitos de território
e responsabilidade em saúde, e vinculado ao Programa de Saúde da Família. Ele possibilitou o registro
de dados sobre cadastros familiares, saneamento, moradia, situação de saúde e produção de grupos de
saúde. Em 2013, o SIAB foi substituído pelo Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica
(SISAB), tornando-se o sistema de informação da atenção básica para fins de financiamento e adesão aos
programas e às estratégias da Política Nacional de Atenção Básica (PINTO, 2016; ROUQUAYROL; DA
SILVA, 2018; LAURENTI; JORGE, 2017).

O SISAB faz parte da estratégia e-SUS Atenção Primária à Saúde (e-SUS APS), que busca aprimorar e
melhorar a gestão da informação, os processos de trabalho e a infraestrutura da rede de atenção primária
no Brasil. A coleta dos dados para o SISAB se faz por meio de sistemas integrantes da estratégia e-SUS
APS: a Coleta de Dados Simplificados (CDS), o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) e o aplicativo de
Atenção Domiciliar (AD).

Para potencializar as ações da atenção primária à saúde e evitar o retrabalho gerado pela digitação da
mesma informação em diferentes SIS, têm sido intensificados esforços e medidas para garantir a integração
entre o e-SUS Atenção Básica e os demais sistemas utilizados pela atenção primária em saúde (BRASIL,
2021).

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Veja mais em: https://sisapsdoc.saude.gov.br/pt-br/sisab.

E. Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI)

Em 2000, o Sistema de Informação em Saúde Indígena (SIASI) foi implantado no âmbito da Secretaria
Especial de Saúde Indígena (SESAI) devido à necessidade dela em ter um sistema que atendesse às
características socioculturais dos povos indígenas. Tem como objetivo captar os dados demográficos e de
saúde dessa população usando como referência territorial distritos sanitários especiais indígenas (DSEI),
polo base, aldeia, etnia, município e estado. Os dados coletados incluem informações sobre saúde da
mulher, nutrição e controle alimentar, saúde bucal, vacinação, produção de serviços, recursos humanos e
de infraestrutura, morbidade e mortalidade (BRASIL, 2019; SOUSA; SCATENA; SANTOS, 2007).

O SIASI pode ser centralizado, com o registro e a análise de dados realizados somente na sede do DSEI
(SIASI web ou online), ou descentralizado, em que o registro é realizado nos polos base ou aldeias (SIASI
local ou offline). Após consolidação dos dados no SIASI/DSEI, eles são enviados para a base nacional (REIS,
2022; SOUSA; SCATENA; SANTOS, 2007).

F. Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan)

A vigilância alimentar e nutricional (VAN) é a caracterização e análise periódica das tendências alimentar
e nutricional de uma população. Surgiu na década de 1970, por recomendação da Organização Mundial
da Saúde, da Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização das Nações Unidas para Agricultura
e Alimentação (FAO), com o objetivo de atender às necessidades dos governos por informações que
apoiassem suas ações de vigilância alimentar e nutricional.

Essas instituições, além da VAN, propuseram a implantação de um Sistema de Informação de Vigilância


Alimentar e Nutricional (Sisvan). Com a inclusão das ações de VAN no âmbito do SUS, o Sisvan tornou-
se importante instrumento para o financiamento e a implantação de programas assistenciais voltados à
recuperação de quadros de desnutrição e acompanhamento e cuidado de pacientes em risco nutricional.
O sistema coleta dados sobre aspectos nutricionais e de consumo de alimentos por gestantes, crianças,
adultos e idosos, assistidos pelos serviços de saúde da atenção primária à saúde. Os dados são coletados
por profissionais da Estratégia Saúde da Família e do Programa de Agentes Comunitários (ROUQUAYROL;
SILVA, 2018; PINTO, 2016).

G. Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES)

O Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) foi criado em 2000 e entrou em vigor em
agosto de 2003 com a função de unificar os formulários de cadastro utilizados até aquele momento. É
o sistema oficial de informação sobre estabelecimentos de saúde no país, independentemente de sua
natureza jurídica e sua vinculação ao SUS.

O CNES fornece ao Ministério da Saúde informações sobre a capacidade instalada dos serviços

13
assistenciais do país. Inclui registros do número e tipo de leitos, equipamentos existentes e em uso, níveis
de complexidade assistencial, tipos de serviços prestados, tipo de demanda do paciente (espontânea ou
referenciada), profissionais e equipes de trabalho, natureza jurídica, entre outros (GIOVANELLA et al.,
2012; ROUQUAYROL; SILVA, 2018; BRASIL, 2009).

Os registros do CNES são de responsabilidade de gestores municipais e estaduais de saúde, cabendo a


eles a garantia da veracidade e qualidade dos dados coletados. O CNES é utilizado como base cadastral
de vários dos sistemas de informação em saúde como o SIA/SUS, SIH/SUS, SINAN, e como ferramenta
importante no planejamento em saúde, por isso a qualidade dos seus dados é fundamental (BRASIL, 2009;
2022).

Veja mais em:

https://wiki.saude.gov.br/cnes/index.php/P%C3%A1gina_principal.

4.4 Sistema de informação de vigilância ambiental

A. Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua)

O Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua) é importante
fonte de dados e informações para a vigilância da qualidade da água para consumo humano. Ele registra
dados das fontes de abastecimento de água, do monitoramento da qualidade da água do Sistema de
Abastecimento de Água (SAA), da Solução Alternativa Coletiva (SAC) e da Solução Alternativa Individual
(SAI) e do controle da qualidade da água dos SAA e dos SAC. Traz ainda dados de sistemas de abastecimento
sem tratamento, amostras fora dos parâmetros e de fontes de abastecimento vulneráveis (ROUQUAYROL;
SILVA, 2018).

Os sistemas de abastecimento próprios de portos e aeroportos devem ser


cadastrados no Sisagua pelas vigilâncias municipais ou pela empresa de
abastecimento, a depender de suas características específicas (se é uma
Solução Alternativa Coletiva - SAC ou uma solução que faz parte do Sistema de
Abastecimento de Água - SAA local). O cadastro permite que seja identificado
como um sistema de um determinado porto ou aeroporto, assim como a
população atendida por ele. É fundamental que, além do cadastro, os dados da
vigilância da qualidade da água sejam alimentados no sistema regularmente.

Os dados do Sisagua são importantes no gerenciamento de riscos à saúde associados ao abastecimento de


água, ao monitoramento e à vigilância da qualidade da água, incluindo a prevenção de doenças transmitidas
pela água. É uma fonte fundamental de dados para a formulação e desenvolvimento de políticas em saúde
pública. O sistema está disponível em uma plataforma web para coleta de dados de todos os municípios
brasileiros e para as regiões administrativas do Distrito Federal (OLIVEIRA JÚNIOR, 2019).

14
B. Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de População Exposta a Solo Contaminado (Sissolo)

Para a sistematização de dados e o monitoramento de populações expostas a contaminantes ou áreas


contaminadas, foi desenvolvido o Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de População Exposta a
Solo Contaminado (Sissolo). Esse sistema é um componente do subprograma de Vigilância em Saúde de
Populações Expostas a Solos Contaminados (VIGISOLO), parte integrante do Programa de Vigilância em
Saúde de populações expostas a contaminantes químicos (VIGIPEQ).

A identificação dessas populações é realizada por técnicos, de municípios e estados, e considera como
áreas de risco aquelas com atividades industriais, as contaminadas por acidentes com produtos perigosos,
com disposição de resíduos industriais, depósitos de agrotóxicos, área de mineração, contaminação
natural, postos de combustíveis, entre outros. Vale destacar que as áreas de portos e aeroportos também
são listadas como potenciais fontes de contaminação, em função do transporte de cargas, cujos principais
contaminantes são compostos orgânicos voláteis, fenóis, hidrocarbonetos aromáticos monocíclicos, metais
pesados, bifenilas policloradas e hidrocarbonetos totais do petróleo).

O Sissolo busca fortalecer os processos de comunicação de risco e permitir a divulgação, a apropriação dos
dados e a definição de ações necessárias para a atenção integral à saúde dessas populações expostas. Os
dados do Sissolo podem ser agregados e analisados para desenvolver estratégias de ação para cada tipo
de população, poluente ou área de interesse (BRASIL, 2022).

4.5 Sistemas de informação para a vigilância sanitária

A. Porto sem Papel (PSP)

O Porto sem Papel (PSP) é um sistema para prestação de


informações necessárias à estadia de embarcações nos portos
públicos brasileiros. Foi desenvolvido pelo Serviço Federal
de Processamento de Dados (Serpro) para a racionalização
e a desburocratização dos processos de liberação das
embarcações pelos entes fiscalizadores, como Autoridade
Portuária (Porto), a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa),
o Departamento de Polícia Federal (Polícia Marítima),
o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento
(Vigiagro), a Marinha do Brasil (Autoridade Marítima) e a Secretaria da Receita Federal do Brasil (Autoridade
Aduaneira). A implantação iniciou em 2011, nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Vitória, e, para os
demais portos, nos anos seguintes.

O objetivo do PSP é o de agregar em um único sistema as informações e documentações necessárias


para a análise e a liberação das mercadorias nos portos brasileiros. É por meio desse sistema que toda
a comunicação de exigências das autoridades competentes e o atendimento são feitas. Desde a sua
implantação, estima-se que mais de 112 formulários em papel foram unificados em um único documento
eletrônico, agilizando e desburocratizando esses processos. (BRASIL, 2022).

Nos portos, onde o sistema encontra-se implantado, ele é utilizado de forma obrigatória e orientada a
utilização plena, e caso seja exigido algum documento em papel, essas ocorrências devem ser comunicadas
ao respectivo órgão central para as providências necessárias (BRASIL, 2022).
O PSP opera com o conceito de “janela única”, em que o responsável pela embarcação, o armador ou

15
a agência de navegação disponibilizam informações obrigatórias e necessárias em uma base de dados
única. Isso permite a padronização de informações e documentos, para cumprir todos os trâmites e as
exigências regulatórias, permitindo agilidade na análise dos dados pelas autoridades portuárias dos órgãos
de fiscalização. Os dados e as informações prestadas são agregados no documento único virtual (DUV)
e transferidas eletronicamente ao sistema, reduzindo mais de mil itens que eram registrados de forma
redundante (BRASIL, 2022).
Entre os registros no PSP, estão os documentos exigidos pela Anvisa, conforme a Resolução da Diretoria
Colegiada n. 72/2009, para quando uma embarcação solicita o Certificado de Livre Prática ou realização
da Comunicação de Chegada, devendo apresentar obrigatoriamente:
1. Declaração Marítima de Saúde, que traz dados de identificação da embarcação, da viagem e
da saúde dos viajantes, conforme o Regulamento Sanitário Internacional - RSI 2005. Veja o
formulário contendo o modelo de declaração marítima;
2. lista de viajantes, com respectivos locais e datas de embarque e desembarque;
3. cópia do Certificado de Isenção de Controle Sanitário de Bordo ou Certificado de Controle
Sanitário de Bordo válido (ou equivalentes nacionais);
4. cópia do Livro Médico de Bordo, com os registros de ocorrências de saúde a bordo relativos
aos últimos trinta dias (BRASIL, 2009a; 2009b).

Leia mais sobre o tema nos links:

• https://campanhas.serpro.gov.br/embarque-mais-seguro/#proximas-
acoes;

• http://intra.serpro.gov.br/linhas-negocio/catalogo-de-solucoes/solucoes/
principais-solucoes/porto-sem-papel.

• https://www.portodesantos.com.br/central-de-servicos/porto-sem-papel

B. Sagarana ou Risk Manager

A partir de adaptações de um sistema de gerenciamento de riscos corporativos (Risk Manager) solicitadas


pela Gerência-Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (GGPAF), a Anvisa passou
a dispor de um sistema de informação de riscos sanitários, chamado Sagarana.

O objetivo desse sistema é auxiliar no diagnóstico da situação sanitária e riscos à saúde pública nos
principais pontos de entrada do país, e, para isso, cabe a cada Coordenação de Vigilância Sanitária de
Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (CVPAF), em seu local de atuação, realizar o
cadastro prévio das atividades de fiscalização, elaborar a programação mensal de inspeções baseado em
prioridade de risco e elaborar, monitorar e acompanhar indicadores de interesse. Veja, na biblioteca do
curso, instruções sobre como notificar. Esse sistema permite avaliação e tratamento adequado dos riscos
observados durante as ações de fiscalização (GANDOLPHO; ADDÔR; AUGUSTO; CAMPANHA).

16
O nome “Sagarana” é uma referência e homenagem à obra de João Guimarães
Rosa. Seu uso foi autorizado pela família do escritor.

C. Sistema Brasileiro de Informações Antecipadas de Passageiros (Sisbraip)

O Embarque + Seguro é um sistema informatizado do Ministério da Infraestrutura e desenvolvido pelo


Serpro, buscando tornar mais eficiente o embarque e mais seguras as viagens aéreas. Integrado a esse
sistema, foi criado o Sistema Brasileiro de Informações de Passageiros (Sisbraip), para uso pela Polícia
Federal (PF), Vigilância Agropecuária Internacional e Anvisa. As companhias aéreas registram, de forma
antecipada, os dados biográficos dos passageiros no sistema, que podem ser acessados pelos órgãos
interessados, auxiliando na tomada de decisões e na preparação de medidas frente a eventos de interesse.
O Sisbraip entrou em operação em março de 2022, disponibilizado para órgãos de fronteira da Anvisa e PF
(BRASIL, 2022; 2023).

4.6 Outras fontes de dados e informações

Além do SIS apresentados anteriormente, outras fontes de informação de interesse para a saúde pública
têm sido desenvolvidas por instituições e órgãos externos ao setor saúde.

• Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),


que é a principal fonte de dados das condições de vida da população do país, coletando
informações individuais em todo o território nacional.

Veja em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/22827-censo-


demografico-2022.html.

• Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo IBGE para produção de informações
sobre o sistema de saúde como acesso e uso dos serviços de saúde, condições de saúde da
população, vigilância de doenças crônicas não transmissíveis e os fatores de risco associados.

Veja em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/9160-pesquisa-nacional-de-


saude.html?=&t=o-que-e.

• Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada de forma amostral entre as escolas
pública e privadas do país, com o objetivo de conhecer os fatores de risco e proteção à saúde
dos adolescentes.

Veja em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/9134-pesquisa-nacional-de-


saude-do-escolar.html?=&t=o-que-e.

• Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que disponibiliza
informações conjunturais trimestrais sobre a força de trabalho, educação, habitação, entre
outras informações.

17
Veja em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9171-pesquisa-nacional-
por-amostra-de-domicilios-continua-mensal.html?=&t=o-que-e.

• Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel), que foi implantado no ano de 2006, para monitoramento dos fatores
de risco e proteção das doenças crônicas não transmissíveis (DNCT), nas 27 capitais do
país, para conhecer a situação de saúde da população. Entre as DNCT monitoradas, estão
diabetes, câncer, doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e alguns fatores de
risco relacionadas a elas, como o tabagismo, inatividade física, consumo nocivo de álcool e
alimentação não saudável.

Veja em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/malaria/diagnostico-


de-malaria/notificacao#:~:text=Regi%C3%A3o%20Amaz%C3%B4nica%3A%20a%20
mal%C3%A1ria%20%C3%A9,Sistema%20de%20Informa%C3%A7%C3%A3o%20de%20
Vigil%C3%A2ncia.

• Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (AMS), realizada pelo IBGE, em caráter eventual,


com o objetivo de descrever a capacidade instalada e oferta de serviços de saúde. Os dados
correspondem aos do estabelecimento de saúde que presta assistência à saúde individual
ou coletiva, público ou privado, com ou sem fins lucrativos, em regime ambulatorial ou de
internação, no território nacional.

Veja em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/9067-pesquisa-de-assistencia-


medico-sanitaria.html?=&t=resultados.

Quais os SIS que você utiliza em sua rotina de trabalho? Tente responder as
perguntas abaixo:

a) Esse SIS é de abrangência local ou nacional?

b) Possui fichas, documentos ou formulários padronizados para a coleta


dessas informações?

c) Existe um dicionário de variáveis para esse sistema?

d) Há níveis (perfis de acesso) diferentes para os trabalhadores visando à segurança da informação


e à proteção de dados pessoais?

e) Esse SIS é amparado por normas ou legislação que regulamentam seu uso e fluxos de informação?

5. O USO DE BASE DE DADOS CONFORME OS PRECEITOS ÉTICOS: QUAL A LEGISLAÇÃO VIGENTE?

Uma das principais preocupações a respeito da utilização de bancos de dados é que sua manutenção e seu
uso sigam parâmetros éticos e de segurança bem definidos e adequados ao objetivo de preservação da
privacidade, da dignidade, da segurança e do bem-estar das pessoas envolvidas.

Essa ressalva é especialmente importante quando tratamos de dados relacionados à saúde dos indivíduos,

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sensíveis pela sua própria natureza e potencialmente geradores de estigma, impactos em relações pessoais
ou profissionais e, independentemente de potenciais consequências objetivas, referem-se a aspectos
essencialmente inerentes à intimidade do indivíduo e, portanto, devem ser devidamente protegidos. Em
contrapartida, é inegável a importância dessas fontes de dados para pesquisas, estudos e análises que
servirão para o processo contínuo de construção do conhecimento científico, para a tomada de decisões
em diversos níveis de gestão e apoiando, inclusive, a definição de políticas públicas.

Para compatibilizar essas duas dimensões (a preservação da privacidade e a geração de conhecimento),


há uma fundamentação legal e normativa que orienta o uso dos dados. O principal marco legal no país
é a Lei n. 13709, de 14 agosto de 2018, conhecida como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais
(LGPD). Evidentemente, a LGPD não trata apenas dos dados do setor saúde e busca regular um assunto
que é central nas mais diversas áreas e, em muitos casos, um ativo financeiro e objeto de comercialização
(BRASIL, 2018).

A LGPD prevê a possibilidade de tratamento de dados sensíveis (o caso dos dados de saúde pessoais) em
algumas circunstâncias:

Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá ocorrer nas
seguintes hipóteses:
I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma específica e
destacada, para finalidades específicas;
II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóteses em que for
indispensável para:
(...)
c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível,
a anonimização dos dados pessoais sensíveis;
(...)
f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais
de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária (BRASIL, 2018).

Ou seja, a lei protege a atuação dos serviços de saúde e autoridade sanitária, no tratamento dos dados
para uso no âmbito da sua legítima atuação. É fundamental, contudo, que todos os outros dispositivos
previstos sejam respeitados, garantindo assim a preservação dos dados.

É importante ainda destacar que, no caso de abordagens que se configurem como estudos e pesquisas,
deve-se atentar para as resoluções específicas do Conselho Nacional de Saúde que abordam o tema (nº
466/2012 e nº 510/2016). Essas resoluções apontam os trâmites para aprovação de pesquisas com seres
humanos e as hipóteses em que essa aplicação é dispensável.

Leia sobre a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), acessado: https://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm

Leia também a Resolução CNS/MS nº 466/2012, disponível em: https://conselho.saude.gov.br/


resolucoes/2012/Reso466.pdf, e a Resolução CNS/MS nº 510/2016, disponível em: https://conselho.
saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf.

19
6. ENCERRAMENTO

Chegamos ao final da aula!

Em nosso estudo, conhecemos alguns dos principais sistemas de


informação em saúde e que tipo de dados eles fornecem para a
vigilância em saúde. Vimos também que muitos desses sistemas
registram volumes significativos de dados, sendo importante
conhecer técnicas estatísticas que permitam transformá-los em
informação.

Assim, é preciso antes de tudo organizar e resumir esses


dados, conferindo a eles significado. Ao invés de apresentar
listas e planilhas com dados individualizados, é sempre melhor
apontar algumas medidas relevantes para aquele grupo de
dados. Apresentar um resumo de medidas de tendência central
(média ou mediana), de variação (desvio-padrão) ou um gráfico
com a distribuição dos casos ao longo do tempo ajuda mais na
compreensão dos fenômenos do que todos os dados individualmente.

Estimado estudante! Você chegou ao término desta aula!

Esperamos que tenha sido proveitoso e que você tenha uma ótima jornada de aprendizagem!

Até mais!

20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/9662-censo-demografico-2010.html?=&t=o-que-e . Acesso em: 30
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Ficha Técnica

© 2023. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Escola de Governo Fiocruz.


Alguns direitos reservados. É permitida a reprodução, disseminação e utilização desta obra,
desde que citada a fonte. É vedada a utilização para fins comerciais.

Curso Introdutório de Vigilância Epidemiológica para Portos, Aeroportos e Fronteiras


(EpiVisa - Introdutório). Brasília: [Curso na modalidade à distância]. Escola de Governo
Fiocruz, 2023.

Ministério da Saúde
Nísia Trindade Lima - Ministra

Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz


Mário Moreira – Presidente interino

Fiocruz Brasília – Gereb


Maria Fabiana Damásio Passos - Diretora

Escola de Governo Fiocruz Brasília – EGF


Luciana Sepúlveda Köptcke - Diretora Executiva

Escola de Governo Fiocruz Brasília


Avenida L3 Norte, s/n, Campus Universitário Darcy Ribeiro, Gleba A

CEP: 70.904-130 – Brasília – DF

Telefone: (61) 3329-4550

Apoio: Cooperação técnica entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a Fiocruz


Brasília – TED 001/2021

Créditos
Coordenação-Geral do Curso
Priscila Bochi de Souza

Flávia Tavares Silva Elias

Organização pela ANVISA


Cristiano Gergis Marcelo Felga de Carvalho

Bruno Gonçalves Araújo Rios Noemi Melo Cabral

Rodolfo Navarro Nunes Claudia Cristina Santiago Gomes

Julio Cesar Colpo da Silveira Denise Soares Mendes Amorim


Organização pelo Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (NEVS) da Fiocruz Brasília
Priscila Bochi de Souza

José Agenor Álvares da Silva

Claúdio Maierovitch P. Henriques

Mariana Pastorello Verotti

Organização pelo Programa de Evidências para Políticas e Tecnologias de Saúde (PEPTS) da


Fiocruz Brasília
Flávia Tavares Silva Elias

Margarete Martins Oliveira

Samyra Schernikau Soares Akasha

Conteúdo
André Peres Barbosa de Castro

Eduardo Hage

Johnathan Portela da Silva Galdino

Noely Fabiana Oliveira de Moura

Renato Vieira Alves

Stefano Barbosa Codenotti

Revisão Técnico-Científico
Flávia Tavares Silva Elias Priscila Bochi de Souza

Julio Cesar Colpo da Silveira Renato Vieira Alves

Marcelo Felga de Carvalho Samyra Schernikau Soares Akasha

Noemi Cabral Melo

Produção do Curso
Núcleo de Educação a Distância da EGF-Brasília
Coordenadora
Maria Rezende

Designer Instrucional
Fabrícia Kelly Alves Ramos Da Silva

Revisor de Texto
Erick Pessôa Guilhon

Filipe do Nascimento Lopes


Produtor Multimídia
Márlon Cavalcanti Lima

Philippe Alves Lepletier

Designer Gráfico
Daniel Lopes Dias

Eduardo Calazans

Thalisson de Araujo Cruz

Produtor Audiovisual
Arthur Boas da Silva Gonzaga

Thiago Barreto de Souza E Silva

Editor AVA
Ivelma Joaquina Amorim do Carmo Rodrigues

Trevor Furtado Souza

Desenvolvedor
Bruno Cardozo Cotrim da Costa Rafael Cotrim Henriques

Douglas Fernandes Brito de Faria Thiago Xavier da Silva

Gabriel Ferreira do Nascimento Vando Carvalho Rodrigues Pinto

Joana D’angeles Costa Ribeiro

Supervisão de Oferta
Meirirene Moslaves Meira

Apoio Técnico
Dionete de Souza Gonçalves Sabate

Poliana dos Santos Silva

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