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SISTEMA DE INFORMAÇÃO E

GESTÃO EM SAÚDE
SOBRE: MODESTO PAULO
MATEUS
• Percurso Acadêmico:

• Licenciado em Administração Hospitalar 2014 Instituto Superior Politécnico do Cazenga (ISPOCA);

• Pós Graduado em Formação Pedagógica de Formador de Administradores Hospitalares 2019 pela

ENAPP

• Especialista em Saúde Pública 2018 pela Universidade Católica de Angola (UCAN);

• Mestre em Ciências de Saúde Coletiva 2020 pela Absoulute Cristian University (ACU) Flórida USA;

• Doutorando (Linha de Pesquisa: POLÍTICAS PÚBLICAS, GESTÃO, SISTEMA DE SAÚDE E EDUCAÇÃO

EM SAÚDE).
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OBJECTIVOS DO
MÓDULO
OBJECTIVO GERAL:
• Dotar os Estudantes de conhecimentos sobre sistema de informação e gestão em saúde como
ferramenta para tomada de decisão.
OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS:

• Abordar sobre sistema de informação: a contextualização, conceitos sistema, dado e

informação, conceito do sistema de informação em saúde (SIS), etapas básicas do SIS,

subsistemas do SIS, principais problemas do SIS, organização do SIS, implementação do SIS;

• Debruçar sobre gestão de dados nomeadamente: gestão em saúde, gestão de informação,

níveis de gestão, funções do gestor, Indicador/Meta, Processo de Trabalho em Saúde, modelo

de melhoria Contínua, Supervisão/Auditoria do SIS 3


CONTEXTUALIZAÇÃO

As mudanças sociais, conduziram-nos para a sociedade do conhecimento


em que o conhecimento adquiriu um papel nuclear em todos os sectores.

A reforma do Sistema de Saúde nos nossos países tem uma grande


importância, tendo como principais objectivos a melhoria da
acessibilidade, eficiência, eficácia e qualidade dos cuidados e o
aumento da satisfação dos profissionais e cidadãos.
CONCEITOS SISTEMA

• SISTEMA:
• Conjunto de elementos interdependentes que formam um todo organizado.
O conjunto de órgãos funcionais, componentes, entidades, partes ou
elementos e as relações entre eles. A integração entre as componentes pode
se dar por fluxo de informações.

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SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA SAÚDE

• O sistema de informação para saúde simbolizado por (SIS), Define-se como


conjunto de recursos humanos ( entendidos como colectores,
processadores, analistas e utilizadores), recursos materiais (modelos de
informação, equipamentos para processamento de dados, equipamentos
para comunicação de informação) e os recursos financeiros que
concorrem para gerir e investigar sobre a saúde das comunidades.

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SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA
SAÚDE
OMS (1): mecanismo de colecta, processamento, análise e transmissão da
informação necessária para se planear, organizar, operar e avaliar os serviços
de saúde.
• OMS (2): É aquele cujo propósito é escolher os dados pertinentes a esses
serviços, transformando-os em informação para aqueles que planeam,
financiam, e avaliam os serviços de saúde.
• Instrumento para detectar focos prioritários, levando a um planeamento
responsável e a execução de acções para as transformações necessárias .
• instrumento de investigação e planeamento com vista ao controlo de doenças.

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NATUREZA

• O sistema de informação para a saúde, é parte integrante de qualquer


sistema nacional de saúde, onde se enquadra como um subsistema
fundamental para o processo de gestão, formação e de
investigação científica.

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TUTELA

1. O sistema de informação para a saúde deve reger-se por Lei (política


nacional de informação sanitária), definida pelo ministério da
saúde nacional.
2. São parte integrante do sistema de Informação de saúde, todos os
regulamentos constantes dessa Lei, assim como o Estatuto da Carreira
de Colectores e utilizadores do sistema de informação

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CONSTITUIÇÃO

• SÃO COMPONENTES DO SIS OS SEGUINTES RECURSOS:

1.Todos registadores de informação (colectores), estatais, privados, religiosos, ONGs e


militares;
2. Todo subsistema de processamento de informação em saúde( departamentos,
secções e sectores de estatística), do nível periférico ao central;
3. O sistema de comunicação ( telefone, rádio, internet), ou outros alternativos incluindo
o mensageiro.
4. Os suportes de informação aprovados pelos diferentes subsistemas.
5. Todos os utilizadores de informação (colectores e utilizadores estatais, privados,
religiosos, ONGs e militares).
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DADO

• Valor quantitativo ou qualitativo referente a um facto ou circunstância.


• Número bruto que ainda não sofreu tratamento estatístico.
• É a base para gerarmos informação.

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INFORMAÇÃO

• Conhecimento obtido a partir dos dados.


• Resultado da análise e combinação de vários dados.
• Instrumento essencial para a tomada de decisões.

OMS: a transformação de um dado em informação, exige


Além de análise, a divulgação, deve considerar as
Recomendações para acção.

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CONJUNTO MÍNIMO DE INFORMAÇÕES DO SIS

COMPOSIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA POPULAÇÃO


INFRAESTRUTURA PERFIL PERFIL DE DOENÇA
SOCIOECONÓMICO
RECURSOS DE SAÚDE (Eficiência) ACÇÕES DESENVOLVIDAS (Eficácia)
Impacto sobre a situação de saúde (Efectividade).

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INFORMAÇÃO PARA A GESTÃO

Informação de gestão é toda informação que tem potencial de influenciar


nas decisões que o gestor irá tomar e auxiliar no processo de melhoria
da gestão.
 Informação de gestão é a base para funcionamento de qualquer modelo
e ferramenta de gestão que for aplicada nas organizações.
 É com informação fidedigna que o gestor toma decisões.

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NECESSIDADE DA
INFORMAÇÃO
• Por que essa informação deve ser produzida?
• Para que fim será utilizada?
• Quem vai utilizá-la?
• Como será utilizada (formato, fluxo, periodicidade)?
• Por quanto tempo será útil essa informação?
• Ela deve ser produzida pelo sis ou obtida através de um estudo ou
pesquisa pontual?

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FLUXO DE INFORMAÇÃO

1. A informação de saúde colectada por qualquer entidade, estatal,


privada, religiosa ou ONGs e militar, (exceptuando a de carácter
confidencial), deverá ser remetida ao Ministério da Saúde, consoante
o nível onde seja colectada e/ou processada;

2. A informação de saúde deverá fluir do nível periférico (provincial e


deste para o nível central (Ministério da Saúde).

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PERIODICIDADE DE INFORMAÇÃO

1. A informação é classificada como de comunicação imediata, para as doenças


alvo de vigilância epidemiológica nacional e/ou internacional;
2. A informação é de periodicidade mensal, quando fluindo do nível periférico
para o nível provincial;
3. A informação é classificada de periodicidade trimestral, quando fluindo do nível
provincial para central.
4. A informação do subsistema de vigilância epidemiológica será de
periodicidade mensal, salvo nos casos referidos em 1.
5. O Ministério da saúde deverá elaborar o Regulamento sobre periodicidade
da informação de Saúde no País 17
PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO

1. A informação sanitária deverá ser processada utilizando


equipamento adequado por nível de colecção como se segue:

 Nível periférico = Calculadora científica;

 Nível intermédio = Calculador + Computador;

 Nível central = Computador

2. O processamento de dados deve utilizar um software ( programa) de base


de dados tais como o Epi-Info, Spss, Systat, etc. sempre que possível
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UTILIZAÇÃO E RETRO INFORMAÇÃO

1. Todos os colectores de informação deverão utilizar e proceder a


retro informação dos dados recebidos. Devendo decidir
localmente sobre eventuais acções caso a situação assim o exija;

2. Todos os colectores do SIS, serão também utilizadores quer os novos


os mais antigos ou estrategas consoante o nível da sua inserção.

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OS SUBSISTEMAS MAIS COMUNS DO SIS

Doenças de notificação obrigatória

Serviços de Logística de medicamentos

Serviços de Internamentos hospitalares

Serviços Ambulatoriais

Serviços de Agentes comunitários de saúde

Serviços de Vigilância nutricional

Sistema de Imunização
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Etc…..
IMPORTÂNCIA DOS SUBSISTEMAS DO SIS

Os subsistemas de saúde:


• Facilitam a formulação e avaliação das políticas, planos e
programas de saúde;
• subsidiam o processo de tomada de decisões.

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VARIÁVEIS DOS
SUBSISTEMAS
• Incidência, prevalência, mortalidade
• Mortalidade proporcional por causas, faixa etária, sexo, local de ocorrência
• dados de pessoas, tempo gasto, lugar da internação, tipos de serviços
• consultas realizadas
• Média de permanência no internamento
• Taxa, mortalidade (por sexo, faixa etária, diagnóstico, etc.)
• Número de consultas médicas por habitante ao ano
• Número de exames realizados
• Condições de moradia e saneamento 22
ETAPAS BÁSICAS DE UM
SIS

1. COLECTA

6.
DIVULGAÇÃO
2. REGISTO

SIS

5. ANÁLISE
3. PROCESSAMENTO
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PRINCIPAIS PROBLEMAS DOS SIS
• Identificados quatro (4) principais problemas nos SIS:
1. GESTÃO:
 Deficiente análise e qualidade dos dados
 Insuficiência de recursos (humanos, financeiros e materiais)
 Produção de dados que estejam descoladas do processo decisório
 Produção de informação que não atende às necessidades sociais.
2. INFRA-ESTRUTURA: o custos de manutenção e renovação tecnológica
. Insuficiência de recursos humanos qualificados para apoiar o processo
. Insuficiência de recursos materiais e financeiros para suportar o processo
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. Dificuldades de acesso ao sistema (comunicações/internet).


3. TECNOLOGIA:

 Complexidade da estrutura dos dados existentes.


 Falta de padronização da obtenção, análise e disseminação da informação.
 Centralização dos sistemas.
4. PROCESSO DE TRABALHO:
 Falta de cruzamento de informação de diferentes fontes disponíveis.
 Demora do retorno dos dados ao nível local de modo a permitir a monitoria e
avaliação e a tomada de decisão.
A quantidade de dados/indicadores produzidos pelos programas e serviços.
 Subutilização dos dados pelas equipas de saúde. 25
ORGANIZAÇÃO DO SIS

• Um SIS deve ser organizado enquanto um instrumento de apoio à gestão


• deve produzir informações que possibilitem:
• A avaliação de uma determinada situação de saúde;
• A tomada de decisões sobre as respostas (acções) a serem
implementadas;
• Acompanhamento ou controlo da execução (eficiência e eficácia) das
acções propostas;
• A avaliação do impacto (efectividade) alcançado sobre a situação de
saúde inicial.
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PRINCIPAIS PROCESSO DO SIS

• A organização da produção de informações pode ser sintetizada nos processos:


Recolha de dados: geração e registo dos dados devidamente padronizados (por
exemplo: a definição do que é uma primeira consulta deve ser a mesma para
todo o sistema de saúde);
Processamento dos dados: recepção, codificação, tabulação, cálculos básicos (por
exemplo: totais de valores encontrados), controlo de erros e inconsistências (por
exemplo: cancro do colo do útero numa pessoa do sexo masculino),
armazenamento, manutenção, recuperação e disponibilização dos dados;
Produção e disseminação das informações: tratamento dos dados segundo as
necessidades de informação demandadas: cálculo de indicadores, elaboração de
gráficos, mapas temáticos e outros formatos de apresentação da informação
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produzida.
IMPLEMENTAÇÃO DO SIS

• Ao planear a implementação de um SIS é importante considerar os aspectos:


• Aspectos institucionais: caracterização do modelo de atenção à saúde que
serve como referência para a instituição e dos objectivos prioritários;
• Aspectos operacionais: caracterização do processo de trabalho para
produção das diversas actividades (consulta médica, controlo de stock, gestão
das Unidades Sanitárias, etc.);
• Aspectos organizacionais: dimensionamento dos recursos humanos, físicos,
materiais, financeiros, equipamentos e insumos.

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