Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INFORMAÇÃO EM
SAÚDE
Ana Djéssika Vidal
Residente de Gestão Hospitalar – Economia
residecoadm.hu@ufjf.edu.br
No setor saúde a informação deve ser entendida como redutor de incertezas,
instrumento para detectar focos prioritários, conhecimento da realidade socioeconômica,
demográfica e epidemiológica, propiciando o planejamento, gestão, organização e avaliação
nos vários níveis do SUS, fazendo com que ações sejam realizadas no sentido de condicionar a
realidade às transformações necessárias.
(OMS, 1981:42)
Segundo o Ministério da Saúde (MS), através Portaria Ministerial nº3 de 04/01/96 :
Avaliação
Seu documento básico de registro das informações é a Autorização de Internação Hospitalar (AIH),
que habilita a internação do paciente e gera valores para pagamento.
A abrangência do sistema está limitada às internações no âmbito do SUS, excluindo, portanto, as que
são custeadas diretamente ou cobertas por seguro-saúde. Eventuais reinternações e transferências do mesmo
paciente a outros hospitais também não são identificadas, o que pode resultar em contagem cumulativa.
Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS)
Dispõe de informações sobre recursos destinados a cada hospital que integra a rede do SUS, as
principais causas de internação no Brasil, a relação dos procedimentos mais frequentes realizados
mensalmente em cada hospital, município e estado, a quantidade de leitos existentes para cada especialidade e
o tempo médio de permanência do paciente no hospital.
Seu objetivo é coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente pelo sistema de vigilância
epidemiológica, nas três esferas de governo, para apoiar processos de investigação e de análise das informações sobre
doenças de notificação compulsória.
Critérios para inclusão de doença e agravos na lista de notificação compulsória:
Vulnerabilidade;
Compromissos internacionais;
Ocorrência de epidemias, surtos e agravos inusitados à saúde;
Magnitude;
Potencial de disseminação;
Transcendência (severidade, relevância social, relevância econômica).
Lista Nacional de Doenças e Agravos de Notificação Compulsória:
http://www.ebserh.gov.br/documents/222346/1207905/portaria20417fevereiro2016+DNC.pdf/8873ac5f-8e2c-
42d9-bcfb-d78a2376aed6
Sistema Nacional de Agravo de Notificação (SINAN)
Há dois documentos básicos, que complementam entre si as informações sobre cada caso notificado:
FichaIndividual de Notificação (FIN): preenchida pelas unidades assistenciais a partir da suspeita clínica da
ocorrência de algum agravo de notificação compulsória ou outro agravo sob vigilância. É utilizada também para a
Notificação Negativa;
FichaIndividual de Investigação (FII): contém campos específicos de orientação para a investigação do caso.
Permite levantar dados que possibilitam a identificação da fonte de infecção e dos mecanismos de transmissão da
doença.
Constam ainda do sistema a planilha e o boletim de acompanhamento de surtos, assim como os boletins
de acompanhamento de hanseníase e tuberculose.
Sistema Nacional de Agravo de Notificação (SINAN)
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0901
http://datasus.saude.gov.br/sistemas-e-aplicativos
MEIOS DE ACESSO À INFORMAÇÃO
INFORMAÇÃO
DADO É o produto da análise
É qualquer elemento quantitativo dos dados obtidos, devidamente
registrados, classificados, organizados,
ou qualitativo, desvinculado de
referencial explicativo, que por si X relacionados e interpretados dentro
só não conduz ao entendimento da de um contexto para gerar
situação. conhecimento
conduzindo à melhor compreensão
de fatos e situações, e tomadas de
decisão.
Apesar da importância das informações geradas por esses sistemas, no início, elas
eram muito pouco ou nada utilizadas no processo de decisão e controle.
Nos últimos anos, contudo, tem sido observado grande avanço no que se refere ao
acesso e às possibilidades de análise dos principais sistemas de informação em saúde
disponíveis no Brasil: o processamento desses sistemas vem, gradativamente, passando para
Estados e/ou municípios, permitindo que a análise ocorra em tempo oportuno; foram
incluídas, em alguns sistemas, variáveis como bairros e áreas de residência, fundamentais
quando o usuário é a nível local; foram criados programas com a finalidade de simplificar e
agilizar a realização de tabulações com dados provenientes desses sistemas.
Uma parte desses avanços pode ser atribuída ao processo de implantação do Sistema
Único de Saúde (SUS), que coloca a descentralização dos sistemas de informação como um
dos mecanismos para o seu gerenciamento. A demanda por informações que pudessem
subsidiar a tomada de decisões nos níveis estadual, regional e municipal, funcionou como
importante elemento de pressão para definir estratégias de adequação e disseminação das
informações em saúde. O desenvolvimento tecnológico ocorrido na área da informática foi
também determinante no aprimoramento dos mecanismos de disseminação das informações
disponíveis.
Uma das principais inovações foi a criação da Home Page do DATASUS, que reúne
e articula num único banco de dados, informações de diferentes sistemas, úteis para o
planejamento e avaliação em saúde.
Departamento de Informática do SUS - DATASUS
É possível obter dados sobre a rede hospitalar e ambulatorial do SUS e sobre alguns dos
principais sistemas de informação em saúde: mortalidade, atenção básica, orçamentos públicos em
saúde, imunização, câncer de colo do útero e mama. Além destes, também estão disponíveis no site do
DATASUS, dados cuja fonte é o IBGE: pesquisa assistência médico-sanitária, população residente,
alfabetização, abastecimento de água, esgoto e coleta de lixo.
Departamento de Informática do SUS - DATASUS
Competências do DATASUS:
Fomentar, regulamentar e avaliar as ações de informatização do SUS, direcionadas à manutenção e ao
desenvolvimento do sistema de informações em saúde e dos sistemas internos de gestão do Ministério da Saúde;
Desenvolver, pesquisar e incorporar produtos e serviços de tecnologia da informação que possibilitem a
implementação de sistemas e a disseminação de informações necessárias às ações de saúde, em consonância com as
diretrizes da Política Nacional de Saúde;
Manter o acervo das bases de dados necessários ao sistema de informações em saúde e aos sistemas internos de gestão
institucional;
Assegurar aos gestores do SUS e aos órgãos congêneres o acesso aos serviços de tecnologia da informação e bases de
dados mantidos pelo Ministério da Saúde;
Definir programas de cooperação tecnológica com entidades de pesquisa e ensino para prospecção e transferência de
tecnologia e metodologia no segmento de tecnologia da informação em saúde;
Apoiar os Estados, os Municípios e o Distrito Federal na informatização das atividades do SUS.
Download do SIGTAP Desktop. Aplicativo multi plataforma que permite a consulta dos procedimentos cadastrados
sem necessidade de conexão a internet.
O TabWin permite criar mapas a partir das tabelas geradas, como o da figura abaixo
de número de óbitos, por município do Rio Grande do Sul em 1997:
TabWin
Curso TabWin:
http://universus.datasus.gov.br/
Referências
CAVALCANTE, Ricardo Bezerra; FERREIRA, Marina Nagata; SILVA, Poliana Cavalcante. Sistemas de
informação em saúde: possibilidades e desafios. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 1, n. 2, p. 290-299,
2011.
FERREIRA, Sibele MG. Sistema de Informação em Saúde. Conceitos Fundamentais e Organização.
Pesquisadora do NESCON/FM/UFMG, 1999.
ORGANIZACAO PAN-AMERICANA DE SAUDE. Indicadores básicos para a saúde no Brasil:
conceitos e aplicações. Brasil. Ministerio da Saude, 2ª edição, 2008.
Links Acessados:
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/76caa78047457aa78782d73fbc4c6735/capacitacao.pdf ?MOD
=AJPERES
Acesso em 06/09/2016.