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AUDITORIA

DO SISTEMA
SUS
SISTEMA DE INFORMAÇÕES AMBULATORIAIS (SIA)
E SISTEMA DE INFORMAÇÕES HOSPITALARES (SIH)

O SUS é uma rede hierarquizada, regionalizada e descentralizada sob


comando único em cada nível de governo: federal, estadual e municipal. É,
pois, um sistema complexo, dinâmico e em constante evolução.

Para acompanhar seu processo de crescimento, suas ações, seus indicadores e


resultados, foram desenvolvidos diferentes sistemas e redes de informações
estratégicos, gerenciais e operacionais, que permitem a tomada de melhores
decisões.

O Sistema Nacional de Auditoria do SUS - SNA, utiliza esses sistemas e


redes como ferramentas para obtenção de dados, análise e suporte à realização
de pré auditorias e auditorias operacionais (in loco).
Dos sistemas e redes de informações disponíveis, os
mais utilizados pelo SNA são:

SINASC - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos.


Fornece o número de nascidos vivos, as características da mãe, do parto e da criança ao
nascer. Compõe os dados para o cálculo da taxa de mortalidade infantil, cujo
denominador é o número de nascidos vivos.

SINAN - Sistema Nacional de Agravos de Notificação


Informa as doenças de notificação obrigatória (diarréias, dengue, malária, meningite)
que estão ocorrendo, em qual localidade, a idade e o sexo das pessoas.

SISVAN - Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional Fornece as


características das crianças na faixa etária de 0 a 5 anos e das
gestantes, identificando inclusive, o número de gestantes desnutridas.
sistemas e redes de informações disponíveis

SIAB - Sistema de Informações de Atenção Básica.


Fornece informações sobre os Programas: Agentes Comunitários de Saúde e
Saúde da Família, quanto ao número de nascidos vivos, número de crianças
menores de 2 anos, pesadas e vacinadas, as gestantes cadastradas, número de
hipertensos, diabéticos, hansenianos e tuberculosos, o número de visitas
domiciliares e o número de consultas realizadas por médicos e enfermeiros.

SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade.


Fornece o número de óbitos ocorridos no município e no estado, a causa
determinante da morte por idade, sexo e localidade. Subsidia também o cálculo
da taxa de mortalidade infantil e mortalidade materna entre outras.
sistemas e redes de informações disponíveis

RNIS - Rede Nacional de Informações em Saúde.


Integrada à internet, promove acesso e intercâmbio de informações em saúde para gestão,
planejamento e pesquisa aos gestores, agentes e usuários do SUS.

RIPSA - Rede Interagencial de Informações para a Saúde.


Disponibiliza dados básicos, indicadores e análises de situação sobre as condições de saúde e
suas tendências no país, para melhorar a capacidade operacional de formulação, coordenação e
gestão de políticas e ações públicas dirigidas à qualidade de saúde e de vida da população.

SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS.


Informa a capacidade instalada de municípios, isto é, o número de postos de saúde, policlínicas,
maternidades, prontos-socorros, consultórios médicos e odontológicos, entre outros. Informa
também a produção ambulatorial, ou seja, o número de procedimentos realizados.
sistemas e redes de informações disponíveis

SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares do SUS.


Informa o número de hospitais existentes, sua capacidade em quantitativo de
leitos, o tempo médio de permanência do paciente no hospital, quantos são
públicos ou credenciados pelo SUS. É o sistema que processa as Autorizações
de Internações Hospitalares (AIH), disponibilizando informações sobre os
recursos destinados a cada hospital que integra o SUS e as principais causas de
internação (parto normal, insuficiência cardíaca, cesarianas e outras).
INSTRUMENTOS DE AUDITORIA
 Contas
 Prontuários
 Contratos e Anexos
 Tabelas
 Legislação: Códigos de deontologia (atribuições),
código do consumidor e estatutos
 Protocolos: Prestador e Operadora
 Conhecimento Técnico.
CONTAS HOSPITALARES
 Diárias
 Taxas
 Materiais
 Medicamentos
 Honorários Médicos
 SADT (Serviço Auxiliar de Diagnóstico e Terapia) -
modalidade de prestação de serviço ofertada nas unidades de saúde e responsável pela realização de exames complementares
das linhas de cuidado da atenção básica e da atenção especializada

 Hemoterapia
 Gasoterapia
 Serviços: fisioterapia, fonoaudilogia...
PRONTUÁRIO
 Definição:
O prontuário é constituído de um conjunto
de documentos padronizados, contendo
informações geradas a partir de fatos e
situações sobre estado geral do paciente e a
continuidade da assistência prestada a ele,
de caráter legal, sigiloso e científico, que
possibilita a comunicação entre membros
da equipe multiprofissional.
PRONTUÁRIO
Importante instrumento valioso para a paciente, para
o médico e demais profissionais de saúde, devendo
seu preenchimento ser correto e completo, tornando
um grande aliado no caso de existir uma eventual
defesa judicial junto as autoridades competentes.

É vetado:
4. Escrever à lápis
5. Usar líquido corretor
6. Deixar folhas em branco
7. Fazer anotações que não se referem ao paciente
GUARDA DO PRONTUÁRIO
 Documento original: prazo prescricional de
20 (vinte) anos para efeitos de ações que
possam ser impetradas na Justiça.

 prazo mínimo de 10 (dez) anos: pode ser


substituído por métodos de registro
microfilmagem e os originais poderão ser
destruídos.
ACESSO AO PRONTUÁRIO
 Próprio paciente
 Solicitação dos familiares e/ou do
responsável legal (menor ou incapaz)
 Autoridades policiais ou judiciárias
 outras entidades: iniciativa privada com
autorização expressa do paciente
PRONTUÁRIO ELETRÔNICO
 Definição:
É um registro eletrônico que utiliza a
informação e a integração como elementos
essenciais de organização para unir todos os
diferentes tipos de dados produzidos em
variados formatos, em épocas diferentes,
feitos por diferentes profissionais da equipe
de saúde.
VANTAGENS
 Rapidez - o profissional é capaz de entrar e
recuperar o dado rapidamente, agilizando
diagnósticos e a tomada de decisão
 Facilidade - o histórico ou situação clínica do
paciente tem acesso multiprofissional
 Comunicação - ampliação da possibilidade de
comunicação entre a equipe
multiprofissional
 Melhora o fluxo de trabalho - aumenta a eficiência
e efetividade
 Melhora a documentação - mais clareza e
legibilidade
 Economia de papel
DESVANTAGENS
 Falta de entendimento das capacidades e
benefícios do prontuário eletrônico
 Falta de padronização nos sistemas: perdas
ou distorções das informações
 Falta de envolvimento dos profissionais no
processo de construção, gerando resistência
na aceitação da nova tecnologia
 Falta de infra-estrutura: falta
equipamentos, falta de treinamento e
servidor sem alta performace
TABELAS DO SISTEMA DE SAÚDE SUPLEMENTAR

 Honorários Médicos: AMB – CIEFAS (Comitê


de Integração das Entidades Fechadas de Assistência à Saúde) e
CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos)
 SIMPRO (Referencial de preços de Medicamentos e Produtos
para a Saúde): Materiais

 Brasíndice: Medicamentos e Materiais


 Tabelas Próprias: Materiais, Medicamentos e
Alto Custo
 TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar) - padronizar as
denominações dos procedimentos e desenvolver uma codificação clínica
comum
TABELAS SUS
 Tabela TUNEP – Tabela Única de
Equivalência de Procedimentos – tabela
de ressarcimento ao SUS
 Tabela de Procedimentos Hospitalares
SUS
– SIH/SUS (Sistema de Informações Hospitalares)
 Tabela de Procedimentos Ambulatoriais
SUS - SIA/SUS
TABELA TUNEP
Tabela Única Nacional de Equivalência de
Procedimentos – TUNEP

O § 8° do artigo 32 da Lei n° 9.656, de 1998,


determina que os valores a serem
ressarcidos não podem ser inferiores aos
praticados pelo SUS, e tampouco superiores
aos praticados pelas operadoras de planos
privados de atenção à saúde.
SIH/SUS
 Implantado em 01/07/1990 em âmbito nacional
 Instrumento principal: AIH (Autorização
de Internação Hospitalar)
 Características gerais do sistema:
 acervo de informações sobre internações em
nível nacional, com os respectivos valores
 processamento da mensaldos
produção com geração de créditos
hospitais,
alimentação do banco de dados e
SIH/SUS
 Sistema que compara os dados cadastrais
dos hospitais com a produção de serviços
apresentada em fatura mensal
 Os dados cadastrais são importados a partir
do sistema CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos
de Saúde)
 Os dados de habilitação para realizar
procedimentos de alta complexidade são
informados diretamente pelo DATASUS →
 Processamento é local: SIHD (Sistema de
Informações Hospitalares Descentralizado)
Tabela do SIH/SUS
 Tabela de procedimentos hospitalares
 Tabela de procedimentos hospitalares especiais
 Tabela de órteses, próteses e materiais
especiais (OPME)
 Tabela de relacionamento entre procedimento/
OPME

FONTES DE TABELAS/DADOS SUS


 www.saude.gov.br/sas
SIH/SUS
Órteses, Próteses e Materiais Especiais
 Registro obrigatório na Agência Nacional de Vigilância
Sanitária
 Cobrança somente efetuada por meio da AIH do paciente
 Aquisição do produto de inteira responsabilidade
dos hospitais
 Obediência à tabela de compatibilidade entre
procedimento realizado e materiais utilizados, sob pena de
rejeição da AIH para pagamento
 Exemplos de OPME: marca-passo, implante peniano,
próteses valvulares cardíacas, parafusos, placas, porcas,
lentes intra-oculares, próteses joelho, prótese quadril, etc.
SIA/SUS
 Instrumento principal: SIA (Sistema de
Ambulatorial) Informação
 Sistema que compara as informações cadastrais dos
prestadores de serviços ambulatoriais com a produção
mensal de serviços
 A produção é apresentada por meio magnético em Boletins
de Produção Ambulatorial (BPA) ou
APACs (Autorização Procedimentos de Alta
 Complexidade) liberadasos procedimentos regulares
Aprova para pagamento
 A auditoria pode indicar glosa de procedimentos através
do Boletim de Diferença de Pagamento (BDP)
Fluxo SIA/SUS
Liberação de APAC:
 Análise dos laudos de solicitação e encerramento de APAC
 Autorização de laudos
 Averiguação “in loco” de laudos que gerarem dúvidas

Fluxo de documentos:
 Recebimento de faturas mensais e documentos
comprobatórios
 Participação no processamento das faturas (sistema
SIA/SUS)
 Devolução do material já analisado no ato da entrega da
fatura

FONTES DE TABELAS/DADOS SUS


 www.saude.gov.br/sas
CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA
 Campo de Atuação: Pública
Privada
 Objeto: Auditoria em
Serviços
 Auditoria na Gestão
Execução:Operacionais
Analíticas
 Forma: Direta
Inte
grada
 Compartilhada
Natureza:
 Ordinária
Extraordinária
Tempo de Realização:
Retrospectiva
NATUREZA DAS AUDITORIA
 Regular ou Ordinária
Em caráter de rotina, periódica, previamente
programada, com vistas ao exame da qualidade, da
produtividade e custos de uma atividade, ação ou serviço.
Prospectivas

 Especial ou Extraordinária
Realizada para agrupar denúncia ou indício de
irregularidade ou para verificação de atividade específica.
Examina fatos em área e períodos determinados.
Criticidades e fragilidades.
Retrospectiva
EXECUÇÃO DA AUDITORIA

1. Auditoria Preventiva

2. Auditoria Operativa

3. Auditoria Analítica
1. AUDITORIA PREVENTIVA

É a auditagem dos procedimentos


antes que aconteçam, também
chamada de pré-auditoria ou auditoria
de liberação.
O auditor faz as autorizações
tempo
em real por ou
documento sistema em serviço
enviado
Atribuições Pré – Auditoria
 Liberação de exames de alto custo;
 Liberação de procedimentos ambulatoriais (APAC)e
hospitalares (AIH);
 Liberação de internamentos, internamentos retroativos e
prorrogações;
 Alteração de procedimentos médicos previamente
liberados;
 Fechamento parcial/alta administrativa;
 Encaminhamento de procedimentos para auditoria
externa;
 Liberação de materiais/medicamentos de alto custo.
2. AUDITORIA OPERATIVA

É a parte da auditoria que verifica os


procedimentos durante (per – auditoria) e após
(pós – auditoria) os mesmos terem acontecidos.
Neste processo a auditoria é de contas e
qualidade.
CONSTATAÇÕES
 Ausência de médico assistente;
 Tempo de permanência inadequado;
 Troca de roupa insuficiente;
 Uso irregular da UTI;
 Internação desnecessária;
 Caráter da internação
urgência/emergência, quando o quadro é
eletivo.
AUDITORIA DE CONTAS

Verificação da conta hospitalar


apresentada pelo prestador corresponde
efetivamente à assistência prestada.
ATRIBUIÇÕES DA AUDITORIA
EXTERNA – PER-AUDITORIA
 Verificação in loco da demanda da
auditoria de liberações ambulatoriais e
hospitalares.
ATRIBUIÇÕES DA AUDITORIA
EXTERNA – POS-AUDITORIA
 Análise das contas hospitalares
 Reembolso
 Prevenção de eventos > distorções e glosas
 Subsídio para o setor de credenciamento
 Revisão de glosas
 Descontos indevidos
 Análise no sistema das liberações efetuadas pela pré-
auditoria.
ATRIBUIÇÕES DA AUDITORIA
QUALIDADE – POS-AUDITORIA

Está fundamentada na aferição dos padrões de


assistência adotados no cuidado ao cliente
(paciente), preservando o cumprimento das
normas, índices e parâmetros regulamentares .
3. AUDITORIA ANALÍTICA

É a parte da auditoria que faz o


levantamento dos dados, comparando-os
com os indicadores gerenciais internos e
externos (benchmarking)
GLOSAS
 Definição:
Glosa é a recusa parcial ou total de uma fatura,
pela operadora de plano de saúde, por
considerar sua cobrança indevida, por erro ou
omissão de alguma informação nas fichas de
atendimento ou pedido de pagamento.
Ocorrem glosas manualmente ou até mesmo no
atendimento on-line, feito por cartões
magnéticos ou via Internet.
TIPOS DE GLOSAS
 Glosas Administrativas

 Glosas Técnicas

 Glosas Lineares
CONCLUSÃO:
A aplicação dos instrumentos permitirão
um bom retorno:
 Para o cliente interno:
 teremos conceitos claramente definidos;
 Para o cliente externo:
 que se sentirá mais amparado;
 Para a própria instituição:
 terá condições de sustentar sua boa imagem e atingir
maior lucratividade.
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Doenças Crônicas
Departamento de Atenção Básica – Ministério da
Saúde
OS COMPONENTES DAS REDES
DE ATENÇÃO À SAÚDE
PORTARIA Nº 4.279,
DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010
 O objetivo da RAS é promover a integração sistêmica, de ações e
serviços de saúde com provisão de atenção contínua, integral, de
qualidade, responsável e humanizada.

 Fundamenta-se na compreensão da APS como primeiro nível de


atenção, enfatizando a função resolutiva dos cuidados primários
sobre os problemas mais comuns de saúde e a partir do qual se realiza
e coordena o cuidado em todos os pontos de atenção.
Segundo Mendes (2011), a estrutura operacional das redes de atenção à
saúde compõe-se de cinco componentes:

1.os pontos de atenção à saúde


2.o centro de comunicação: atenção básica
3.os sistemas logísticos
4.os sistemas de apoio
5.o sistema de governança
OS PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

 São lugares institucionais onde se ofertam serviços de


saúde

 São exemplos de pontos de atenção à saúde:


 os domicílios
 as unidades básicas de saúde
 as unidades ambulatoriais especializadas
 os centros de apoio psicossocial
 as residências terapêuticas
 os centro de referência para atenção especializada...
A organização da RAS exige a definição da região de saúde, que
implica definição dos seus limites geográficos e sua população e
estabelecimento do rol de ações e serviços que serão ofertados
nesta região de saúde.

As competências e responsabilidades dos pontos de atenção no


cuidado integral estão correlacionadas com abrangência de base
populacional, acessibilidade e escala para conformação de serviços.

A definição adequada da abrangência dessas regiões é essencial


para fundamentar as estratégias de organização da RAS, devendo
ser observadas as pactuações entre o Estado e o Município para o
processo de regionalização e os parâmetros de escala e de acesso .
O CENTRO DE COMUNICAÇÃO:
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE

A Atenção Básica é responsável por coordenar os fluxos e os contra-


fluxos dos usuários no sistema de serviços de saúde
OS SISTEMAS LOGÍSTICOS

Para a integração dos pontos de atenção à saúde, faz-se


necessário os sistemas logísticos, sustentados por potentes
tecnologias de informação
Os principais sistemas logísticos são:

1. o cartão de identificação dos usuários

2. as centrais de regulação composta por módulos: de consultas e exames


especializados, de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade, de
internações de urgência/emergência e de internações eletivas

3. os prontuários eletrônicos

4. os sistemas de transportes sanitários compostos pelos módulos: de


transporte de urgências e emergências, de transporte eletivo, de
transporte de amostras de exames e de transporte de resíduos de saúde
(CONASS, 2016)
OS SISTEMAS DE APOIO
São constituídos pelos sistemas:
 de apoio diagnóstico e terapêutico: patologia clínica, imagens, entre
outros

Sabemos que os exames laboratoriais estão entre os principais e mais


utilizados recursos no apoio diagnóstico à prática clínica, o que traz
repercussões importantes no cuidado ao paciente e custos ao sistema
de saúde

Por isso, garantir a oferta desses serviços em uma rede de saúde,


significa diagnosticar/ rastrear doenças precocemente, muitas vezes
detectar uma doença no seu estádio pré-sintomático, podendo permitir
que o tratamento seja mais eficaz e, muitas vezes, curativo.
OS SISTEMAS DE APOIO

• de assistência farmacêutica que envolve


a organização dessa assistência em todos
os seus ciclos: seleção, programação,
aquisição, armazenamento, distribuição,
prescrição, dispensação e uso racional de
medicamentos

(CONASS, 2006)
O QUE É SISTEMA DE
GOVERNANÇA?

 É um recurso de caráter organizativo sendo


responsável pelo gerenciamento e integração
funcional dos componentes das redes no Sistema
Único de Saúde - SUS.
A fim de obter um sistema de governança
eficiente, três atributos são essenciais:

1)responsabilidade pela governança de toda rede;


2)responsabilidade com a população
3)coordenação entre as diferentes instituições que
compõem as redes de atenção a saúde para assegurar que
os objetivos estratégicos sejam alcançados.

É operado por meio de instrumentos gerenciais: planejamento


estratégico, contratos de gestão, acreditação, sistema de
avaliação, entre outros
 A gestão das redes de atenção à saúde, nos espaços regionais, deverá
ser realizada pelas Comissões Intergestores Bipartite Regionais;

 Desse modo, essas comissões, além de incrementarem o componente


de cooperação interfederativa do federalismo sanitário brasileiro,
devem cuidar, nas regiões, da governança compartilhada das redes de
atenção à saúde
(CONASS, 2010)
LEIA MAIS EM :

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/201
0/prt4279_30_12_2010.html
BIBLIOGRAFIA

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n. 4279. Estabelece diretrizes para


organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS). Diário Oficial da União 2010 dez. Disponível em:
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.html

2. Grupo Técnico da Comissão Intergestores Tripartite. Diretrizes para Organização


das Redes de Atenção à Saúde do SUS - Proposta De Documento( Versão Final
para Análise) Dezembro, 2010. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/2b_221210.pdf

3. MENDES, Eugênio Vilaça .As redes de atenção à saúde. Organização Pan-


Americana da Saúde, Brasília, 2011. Disponível em:
http://apsredes.org/site2012/wp-content/uploads/2012/03/Redes-de-Atencao-mende
s2.pdf

4. MENDES, Eugênio Vilaça . As redes de atenção à saúde. Ciência & Saúde Coletiva.
v.15, n. 5, 2297-2305, 2010.
INOVAÇÃO

 Inovação é um aspecto central no avanço dos


cuidados médicos. As portas abertas pelas
ferramentas de Prontuário Eletrônico do
Paciente (PEP) e pelo Sistema de
Arquivamento e Comunicação de Imagens
(Picture Archiving and Communication System
- PACS), algumas das bases para o Hospital
Digital, são apenas os primeiros passos de uma
revolução na Saúde prometida pela tecnologia.
E o auditor não pode ficar longe dessa
realidade.
 Descobertas mais recentes, que envolvem a análise de
dados e levam a medicina personalizada a um novo
patamar, abrem caminhos para terapias direcionadas e
para uma gestão mais eficiente das instituições
médicas. Tecnologias com base em Big
Data/Analytics têm um papel importante para ajudar
os sistemas de Saúde a melhorar seu desempenho,
sua qualidade e a apontar riscos em populações e,
assim, prevenir ou tratar doenças com mais
assertividade. Esse novo cenário torna processos e
tratamentos mais eficazes, otimizando as despesas no
médio e longo prazo.
cHealth, telessaúde e telemedicina
mHealth (App) e wearable devices
Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP)

 A produção cada vez maior de dados de saúde gerou a necessidade de registros


eletrônicos, como o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), para permitir o
acesso digital ao histórico dos usuários. Quando integrado ao Sistema de
Arquivamento e Comunicação de Imagens (Picture Archiving and
Communication System - PACS), garante mais agilidade e facilita o diagnóstico
e as decisões clínicas.
 Mas esse, também, é só o primeiro passo. Com a interoperabilidade - quando
diferentes tecnologias ‘se conversam’ graças a padrões globais de comunicação -
o PEP evoluirá para o Registro Pessoal de Saúde (Personal Health Recorder -
ou PHR). No primeiro caso, as informações ficam nas mãos da entidade
prestadora de atendimento - um hospital, uma operadora ou um laboratório, por
exemplo -; no segundo, vai para as mãos dos próprios pacientes, garantindo
empoderamento e mais autonomia sobre as decisões de atendimento.
 Há ainda a perspectiva de se enviar informações em tempo real ao PHR ou ao
PEP com ajuda dos wearable devices, o que permitirá aos médicos identificar
comportamentos que influenciam a saúde dos pacientes e com isso agir na
prevenção de quadros mais graves de doenças.
Análise de dados em tempo real
Dispositivos impressos em 3D
Inteligência artificial e cognitiva
Diagnóstico imediato (Point-of-Care)
Realidade virtual
Conclusões

 Extrair todo o potencial da tecnologia não depende


somente da compra de soluções, mas, sim, de estratégias
focadas em usar da melhor forma o fluxo de
informações. Aqui a auditoria opina melhor que o
gestor. Quando bem utilizadas, as ferramentas auxiliam
de forma certeira nas decisões; quando o contrário é
verdadeiro, os resultados são altos custos e sensação de
investimento não aproveitado. A tecnologia bem
escolhida, com o parceiro correto, é a única fonte de
sobrevivência. Quando mal escolhida, com parceiro
errado e não implementada culturalmente, é um
desastre. É melhor voltar para o papel.
Gestor e Auditor

 O gestor de Saúde, e o auditor como crítico, são


privilegiados por estar em um segmento no qual há
inúmeras fontes de informação - mas, por outro
lado, esse mesmo ponto positivo pode se tornar um
problema caso ele não consiga identificar o que
priorizar. Não é incomum uma empresa ter 500
indicadores. Isso não é gerenciável. Cabe à
governança da informação e à governança
corporativa saberem priorizar. É preciso saber
escolher, trocar, alterar e atualizar a informação que
deve ser mais necessária na evolução do tempo
 No Brasil, a mudança para um Hospital Digital encara
ainda mais desafios, seja pela falta de recursos
(especialmente nas instituições públicas), seja pela falta
de acesso ao mundo digital ainda ser uma realidade
para boa parte da população do País. Se você for medir
pela cultura e pelo esforço brasileiros, estamos muito
longe ainda. Mas, existe a realidade da simplicidade
dos aplicativos, deixando-nos mais perto. Assim como
o Uber, o Waze, o Whatsapp, Mais Saúde Brasil, Cartão
SUS Digital, Viva Bem, Onco SUS, apostamos na
criação de uma tecnologia fácil, rápida e de baixo custo.
 Essa mudança deve envolver o paciente, que precisa ser
engajado a cuidar mais da sua saúde e se sentir encorajado
a fornecer seus dados, com mudança de comportamento.
 Outro desafio é o uso compartilhado das informações da
assistência com dados financeiros para uma administração
mais acurada. Começa a haver uma maior tendência de
ida aos Sistemas de Informação Clínica ou Clinical
Information Systems (CIS) e aos prontuários eletrônicos,
que juntam prontuário médico e dados financeiro
administrativos. Mas muitas instituições brasileiras ainda
insistem em trabalhar essas informações de forma isolada,
perdendo oportunidades.
 Portanto, antes de se chegar ao estado da arte com a adoção
das oito tecnologias que revolucionarão a Saúde, é preciso
se preparar para o presente.
OBRIGADO!!!

Maurício Reggiori

mauricioreggiori@gmail.com

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