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Semana 2
@revalidando23
MAAv 31
13/11/2023
REGISTROS MÉDICOS
Por que registrar?
Registro adequado no prontuário
• Contribui para a longitudinalidade e coordenação do cuidado
• Partilha de informações com o restante da equipe
Documentos para o paciente com informação clara
• Melhor entendimento do paciente sobre o plano traçado
• Importância administrativa (atestados de saúde e outros)
• Esfera judiciária: proteção para profissional e paciente
CID
• Condições sociossanitárias;
• Fluxos de acesso;
• Recursos financeiros;
• Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) • Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB)
• Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) • Sistema de Informação de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN)
• Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde • Sistema de Informação em Saúde do Pacto pela Saúde (SISPACTO)
(SIOPS)
• Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão (SARGSUS)
Dificuldades e avanços
• Integração dos dados entre os diferentes sistemas -> gera a necessidade de inserir as
informações diversas vezes.
13/11/2023
e
14/11/2023
Onde Buscar?
Depende da minha dúvida!
● Quero uma diretriz que me diga o que fazer?
● Essa diretriz existe?
● Quero um sumário de evidências
● Quero um artigo original por que não foi
possível encontrar essa dúvida?
14/11/2023
Dúvidas de Foreground:
• Diretrizes ou Guidelines
• Sumários de Evidência
• Artigos originais
1 – Pergunta (PICO)
14/11/2023
PRÁTICAS INTEGRATIVAS NA APS
MEDICINAS TRADICIONAIS
• É a soma total do conhecimento, habilidades e práticas baseadas nas teorias,
crenças e experiências de diferentes culturas, explicáveis ou não, e usadas na
manutenção da saúde, bem como na prevenção, diagnóstico, tratamento ou melhoria
de doenças físicas e mentais”. (WHO, 2000)
MEDICINAS ALTERNATIVAS
• Nos países onde o sistema de saúde dominante é baseado na medicina alopática
ou onde a Medicina Tradicional não foi incorporada no sistema de saúde nacional,
muitas vezes estas Medicinas são chamadas de ‘alternativas’” (WHO, 2002)
MEDICINA COMPLEMENTAR
• Medicina Complementar geralmente refere-se ao uso de uma abordagem não-
convencional em conjunto com a medicina convencional.” (NCCAM, 2013)
MEDICINA INTEGRATIVA
• Medicina Integrativa está associada a uma mudança de paradigma e, para exercê-
la, é necessário reorientar as crenças, práticas e experiências em relação à saúde.”
• Conceito foi criado a partir do ano 2000.
• O termo Práticas Integrativas advém deste conceito.
14/11/2023
MEDICINA INTEGRATIVA PRINCÍPIOS QUE A DEFINEM
• Paciente e médico são parceiros no processo de cuidado e cura;
• Todos os fatores que influenciam a saúde, bem-estar e doença são levados em
consideração, incluindo a mente, o espírito e a comunidade, bem como o corpo;
• O uso adequado de ambos os métodos convencionais e tradicionais facilita a
resposta natural de cura do corpo;
• Intervenções naturais e menos invasivas eficazes devem ser usadas sempre que
possível;
• Não rejeita a medicina convencional nem aceita acriticamente terapias
alternativas.
• Boa medicina é baseada em boa ciência, orientada para a investigação de novos
paradigmas;
• Juntamente com o conceito de tratamento, os conceitos mais amplos de promoção da
saúde e prevenção da doença são fundamentais, incluindo a prevenção
quaternária;
Mindfulness
• Prática de meditação que tem se mostrado efetiva na prevenção e tratamento de
condições de saúde crônicas.
• Principais componentes:
1. Autorregulação da atenção intencionalmente ao que está acontecendo a cada
momento
2. Autorregulação da atenção enquanto qualidade mental caracterizada por uma
atitude de abertura e curiosidade frente à experiência.
14/11/2023
PROMOÇÃO DA SAÚDE,
INTERSETORIALIDADE E PARTICIPAÇÃO
SOCIAL
O QUE É PROMOÇÃO DA SAÚDE?
• A PNPS traz em sua base o conceito ampliado de saúde e o referencial teórico da
promoção da saúde como um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde,
no âmbito individual e coletivo, caracterizando-se pela articulação e cooperação
intra e intersetorial, pela formação da Rede de Atenção à Saúde (RAS), buscando
articular suas ações com as demais redes de proteção social, com ampla
participação e controle social.
COMO SE FAZ PROMOÇÃO DA SAÚDE NA APS? QUEM FAZ?
• É de responsabilidade de toda a equipe da APS (incluindo MÉDICAS E MÉDICOS)
a operacionalização de implementação das recomendações de ações de
promoção, com foco na abordagem do cuidado individual, familiar e coletivo,
sendo um rol de atividades que podem e devem ser inseridas na agenda dos
profissionais.
• Considerando o âmbito do atendimento ao paciente e o aproveitamento de janelas de
oportunidade para educação e promoção de saúde, a medicina centrada na pessoa
cumpre o papel de responder a essas expectativas ao incorporar a perspectiva do
paciente e torná-lo sujeito de sua própria saúde.
“a Rename compreende a
seleção e a padronização de
medicamentos indicados para
atendimento de doenças ou de
agravos no âmbito do SUS”
Dados Epidemiológicos
• Os homens são principais vítimas de homicídio (maioria jovens negros), morte por
acidente no trânsito e de suicídio.
• Os homens são os que mais morrem por homicídio , bem como os que mais
cometem homicídio.
• A população que mais morre por homicídios são homens jovens e NEGROS.
• Homens morrem entre 5 a 7 anos mais cedo que as mulheres.
3-Paternidade e cuidado
• Objetiva sensibilizar gestores, profissionais de saúde e a população em geral
sobre os benícios do envolvimento ativo dos homens com em todas as fases da
gestação e nas ações de cuidado com seus filhos, destacando como esta
participação pode trazer saúde, bem-estar e fortalecimento de vínculos saudáveis
entre crianças, homens e suas parceiras.
15/11/2023
4-Doenças prevalentes na população masculina
• Busca fortalecer a assistência básica no cuidado à saúde dos homens, facilitando e
garantindo o acesso e a qualidade da atenção necessária ao enfrentamento dos
fatores de risco das doenças cronicas e dos agravos à saúde.
Alcoolismo
• Alcoolismo afeta cerca de 5% das mulheres e 15% dos homens na população
brasileira acima de 15 anos de idade e na maioria dos países ocidentais.
• Prevalência de consumo abusivo de álcool é superior entre os homens em relação às
mulheres.
• Impacto na saúde, vida social, relações familiares.
15/11/2023
Acidentes e violência
Promover saúde,
prevenir, tratar e
reabilitar pessoas com
HAS, Dislipidemias,
Obesidade e Diabetes
Mellitus tipo 2
15/11/2023
Prevenção primária
• Ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde
individual ou populacional antes do desenvolvimento de uma condição clínica.
1. Melhores condições socioeconômicas gerais;
2. Leis contra tabagismo, alcoolismo, fast-food e consumismo infantil;
3. Mais espaços públicos para a prática de atividades físicas e lazer
4. Mais opções culturais variadas
5. Mais acesso a alimentos in natura a preços acessíves em toda a cidade;
6. Mais segurança cidadã em toda a cidade.
• Hábitos de vida saudáveis são a base do tratamento das DCNT, sobre a qual pode
ser acrescido – ou não – o tratamento farmacológico: Perder peso, Usar dieta
DASH,Reduzir uso de sal, Praticar atividade física, Reduzir uso do álcool, Cessar
tabagismo.
• Orientações alimentares (Regras de ouro): Faça de alimentos in natura ou
minimamente processados, Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas
quantidades, Limite o uso de alimentos processados, Evite alimentos
ultraprocessados.
“Trabalhe colaborativamente com o/a nutricionista de sua UBS!”
• Incentivo para atividade física: Antes de iniciar a prática de atividade física, é
necessário avaliar as condições atuais do paciente.
• Para que o exercício aeróbico reflita na melhora do controle glicêmico, mantenha
ou diminua o peso e reduza os riscos de doença cardiovascular, deve ser
realizado de forma regular, com um total de 150 minutos/semana, distribuídos em
três dias por semana, não mais de dois dias consecutivos [Grau de Recomendação
B]. “Trabalhe colaborativamente com o Educador Físico do NASF de sua UBS”
15/11/2023
Prevenção secundária - Rastreamento
• Ações para detecção e tratamento precoce das doenças, muitas vezes antes de
os sintomas surgirem, reduzindo assim as consequências sérias.
Lesões de órgãos-alvo
1. AVE (acidente vascular encefálico) e AIT (ataque isquêmico transitório);
2. IAM (infarto agudo do miocárdio), DAC (doença arterial coronariana), DAOP (doença
arterial obstrutiva periférica);
3. HVE (hipertrofia do ventrículo esquerdo);
4. Nefropatia;
5. Retinopatia;
6. Aneurisma de aorta abdominal;
7. Estenose de carótica sintomática.
15/11/2023
Medidas farmacológicas
15/11/2023
15/11/2023
15/11/2023
Dislipidemias
Rastreio de Dislipidemia
Indicações:
• Homens com 35 anos ou mais – Grau A;
• Homens de 20 a 35 anos com alto risco – Grau B;
• Mulheres com 45 anos ou mais – Grau A;
• Mulheres de 20 a 45 quando se enquadrarem como alto risco – Grau B.
Periodicidade:
• O intervalo adequado para rastreamento é incerto. Recomenda-se a cada 5 anos
para pessoas com resultados normais; podendo ser em um intervalo maior ou
menor, a depender do risco cardiovascular.
• Devem ser rastreados os níveis de
colesterol de todos os pacientes
com DAC, bem como os equivalentes
coronarianos (outras formas clínicas
de aterosclerose), tais como:
Diagnóstico
LDL-c ≥ 160mg/dL – Hipercolesterolemia Isolada
Tratamento
• Terapia nutricional. • Terapia medicamentosa -
• Orlistat
• Terapia comportamental •. Liraglutida
• Abordar crenças • Sibutramina
• Controle de estímulos, automonitoramento • Bupropiona
• Reestruturação cognitiva • Metformina
• Avaliar pensamento supersticioso, • Topiramato
dicotômico, idealizações • Lorcaserina
• Tratamento em grupo
Critérios de encaminhamento
• Endocrinologia: • Cirurgia bariátrica
Pacientes com suspeita de Indicações: IMV ≥ 40 ou ≥35 com comorbidades, tratamento adequado ≥ 2 anos sem
obesidade secundária (provocada sucesso
por problemasendocrinológicos). Critérios de exclusão: endocrinopatias reversíveis, abuso de álcool ou outras drogas,
doença psiquiátrica grave ou descontrolada, incapacidade de reconhecer riscos e
benefícios
Tuberculóide
• As lesões da pele são placas com bordas nítidas, elevadas, geralmente
eritematosas e micropapulosas, que surgem como lesões únicas ou em pequeno
número.
• Baciloscopia Negativa e alterações de sensibilidade comumente demonstradas
através dos testes clínicos.
16/11/2023
Indeterminada
• Forma inicial da doença;
• Manchas hipocrômicas na pele, em pequeno número, sem qualquer alteração do
relevo nem da textura da pele;
• Comprometimento sensitivo é discreto, geralmente com hipoestesia térmica
apenas; raramente, há diminuição da sensibilidade dolorosa, enquanto a sensibilidade
tátil é preservada.
• Pode manifestar-se por distúrbios da sensibilidade, sem alteração da cor da
pele;
• Não há comprometimento de nervos periféricos;
• A quantidade de bacilos é muito pequena e via de regra a baciloscopia é negativa.
• Quando a doença não é tratada nessa fase, evoluirá de acordo com a resposta
imune do indivíduo infectado, podendo haver cura espontânea ou desenvolvimento de
uma das três formas clínicas descritas anteriormente.
Dimorfa
• Número variável de lesões, em diversas áreas, com grande variabilidade clínica,
como manchas e placas hipocrômicas, acastanhadas ou violáceas, com
predomínio do aspecto infiltrativo;
• Lesões foveolares” – mais típicas, bordos internos bem definidos, delimitando
uma área central de pele aparentemente poupada, enquanto os bordos externos são
espraiados, infiltrados e imprecisos.
• Nessas lesões, a sensibilidade e as funções autonômicas da pele podem estar
comprometidas de forma mais discreta.
16/11/2023
Virchowiana
• Progressiva infiltração sobretudo da face, com acentuação dos sulcos cutâneos,
perda dos pelos dos cílios e supercílios (madarose), congestão nasal e aumento
dos pavilhões auriculares.
• Infiltração difusa das mãos e pés, com perda da conformação usual dos dedos, que
assumem aspecto “salsichoide”
• As lesões de pele podem apresentar sensibilidade normal;
• Os nervos periféricos geralmente se encontram espessados difusamente e de
forma simétrica;
• Com hipoestesia ou anestesia dos pés e mãos, além de disfunções autonômicas,
com hipotermia e cianose das extremidades;
• Queixas neurológicas, com relato de dormências, câimbras e formigamentos nas
mãos e pés;
• Comprometimento difuso da sudorese, às vezes com hiperidrose compensatória em
áreas não afetadas, como axilas e couro cabeludo.
Agente etiológico:
• Bactéria Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BK);
• Outras espécies também podem causar a tuberculose: M. bovis, M. africanum, M.
cane5, M. micro6, M. pinnipedi e M. caprae.
Epidemiologia da tuberculose
• Responsável por 50% de todas as mortes durante o século XIX e início do século
XX.
• Determinação social da tuberculose: maiores taxas de incidência em países em
desenvolvimento e em populações vulneráveis;
• A epidemia de HIV/AIDS e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos
medicamentos agravam ainda mais esse cenário;
• O principal reservatório da tuberculose é o ser humano.
• Brasil consta na lista de países prioritários para TB e coinfeccção TB-HIV, de acordo
com a nova classificação da OMS 2016-2020;
• No Brasil, a TB é a 4ª causa de morte por doenças infecciosas.
Transmissão
• Transmissão aérea (tosse, espirros, fala)– ocorre a partir da inalação de aerossóis;
• Bacilos 5-12 horas no ambiente, a depender de ventilação e luminosidade do
ambiente;
• 1 pessoa com baciloscopia positiva infecte de 10 a 15 pessoas em média, em uma
comunidade, durante um ano.
16/11/2023
TB primária
• Ocorre logo após a infecção, é comum em crianças e nos pacientes com condições
imunossupressoras;
• É uma forma grave, porém com baixo poder de transmissibilidade;
• Em outras circunstâncias, o sistema imune é capaz de contê-la, pelo menos
temporariamente.
Manifestações Clínicas
• Principal sintoma: a tosse (seca ou produtiva);
• Outros sinais e sintomas: perda de apetite; febre vespertina; sudorese noturna;
emagrecimento; cansaço ou fadiga;
• A forma extrapulmonar ocorre mais comumente em pessoas que vivem com o HIV/
aids, especialmente entre aquelas com comprometimento imunológico.
• Expectoração: purulenta ou mucóide, com ou sem sangue;
• Febre: vespertina, sem calafrios, não costuma ultrapassar os 38,5ºC;
• Sudorese noturna e anorexia são comuns;
• Exame físico:
• Geralmente fácies de doença crônica e emagrecimento;
• A ausculta pulmonar pode apresentar diminuição do murmúrio vesicular, sopro
anfórico ou mesmo ser normal.
16/11/2023
• TB Pulmonar: Primária, Pós-primária, Miliar;
TB Extrapulmonar: as principais formas diagnosticadas em nosso meio são:
• TB pleural;● Empiema pleural tuberculoso;● TB ganglionar periférica;● TB
meningoencefálica;● TB pericárdica;● TB óssea.
Diagnóstico
É possível utilizar os seguintes exames:
• baciloscopia;
• teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB);
• cultura para micobactéria;
• investigação complementar por exames de imagem.
Tratamento
16/11/2023
16/11/2023
17/11/2023
VIOLÊNCIA, ACIDENTES E TRAUMAS NA APS
ABORDAGEM À VIOLÊNCIA
Relatório Mundial sobre Violência e Saúde – OMS 2002
• Uso intencional da força física ou do poder real ou em ameaça, contra si próprio,
contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha
qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de
desenvolvimento ou privação”
17/11/2023
17/11/2023
ACIDENTES E TRAUMAS NA APS
• Acidente de trânsito;
• Acidentes de trabalho;
• Acidentes domiciliares.
.
17/11/2023
'
17/11/2023
Epidemiologia
• Segundo a OMS, são a segunda principal causa de morte em crianças com idade
< 5 anos, em países em desenvolvimento, embora sejam evitáveis e tratáveis;
• São as principais causas de morbimortalidade infantil (<1 ano) e constituem um
dos mais graves problemas de saúde pública global, com aprox. 1,7 bilhão de casos
e 525 mil óbitos na infância (< 5 anos) por ano;
17/11/2023
• No Brasil, de 2007 a 2018, a DDA vem mantendo uma incidência anual de cerca de 300
mil casos em crianças < 1 ano e aprox. 950 mil casos em crianças de 1 a 4 anos,
segundo dados do SINAN.
Manifestações clínicas
• No mínimo 3 episódios de fezes líquidas ou amolecidas em 24 horas;
• Podem estar associados:
• Cólicas e/ou dores abdominais;
• Febre;
• Sangue e/ou muco nas fezes;
• Náuseas;
• Vômitos.
Transmissão
• Pelas vias oral ou fecal-oral
• Indireta: consumo de água ou alimentos contaminados e contato com objetos
contaminados como utensílios de cozinha, acessórios de banheiros, equipamentos
hospitalares;
• Direta: pelo contato com outras pessoas, por meio de mãos contaminadas e contato
de pessoas com animais.
Abordagem e manejo
• História clínica - tem alto valor discriminatório e permite em pouco tempo o
diagnóstico diferencial sindrômico e de outras doenças com manifestações similares.
• Questionar sobre contatos que também tenham a doença/sintomas.
• Avaliar a gravidade dos sintomas e o risco de complicações, devemos definir o grau
de desidratação e depois definir um plano terapêutico.
• Usar a estratégia de Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância ( AIDPI)
• Número de evacuações, características das fezes, presença de febre e relato de
náuseas e/ou vômitos.
• coprocultura e parasitológico de fezes, não devem ser realizadas de rotina.
17/11/2023
Principais sinais para avaliação do grau de desidratação
17/11/2023
17/11/2023
17/11/2023
17/11/2023
17/11/2023
ZOONOSES RAIVA, LEISHMANIOSE, FEBRE
MACULOSA
Zoonoses
• As zoonoses são doenças infecciosas transmitidas entre animais e pessoas. Os
patógenos podem ser bacterianos, virais, parasitários ou podem envolver agentes
não convencionais e podem se espalhar para os humanos por meio do contato
direto ou através de alimentos, água ou meio ambiente.
• Algumas são consideradas Doenças Negligenciadas.
• As medidas preventivas incluem Educação em saúde, manejo ambiental e
vacinação animal.
Raiva
Ciclos de transmissão
• Apenas os mamíferos são susceTIveis ao vírus da raiva e o transmitem através da
saliva mordedura, arranhadura ou lambedura de feridas;
• Urbano– cão;
• Aéreo – morcego;
• Silvestre – cachorro-do-mato, guaxinim, sagui;
• Rural – morcego e animais domésAcos ou de interesse financeiro.
Etiologia , sinais e sintomas
• Raiva é uma encefalite aguda causada pelo lyssavirus.
• Formas clínicas: encefalite dominada por formas de hiperatividade (raiva furiosa)
ou síndromes paralíticas (raiva paralítica) progredindo para coma e morte,
geralmente por insuficiência cardíaca ou respiratória, dentro de 7 a 10 dias.
• Sintomas iniciais: aerofobia, hidrofobia, parestesia ou dor localizada, disfagia,
fraqueza, náusea ou vômito.
• Alterações laboratoriais a investigar: antígeno viral (em amostras como liquor,
pele); isolamento viral em culturas, Ac específicos no liquor, PCR do liquor
• • Período de incubação de 1 a 3 meses.
•
17/11/2023
Fluxograma da Profilaxia Pós Exposição
17/11/2023
17/11/2023
LEISHMANIOSE
manifestações e agentes causadores noBrasil
• Leishmaniose visceral: Leishmania Chagasi.
• Leishmaniose cutânea: Leishmania brasiliensis, L. Guyanensis e L. amazonensis.
Espectro heterogêneo – 4 principais apresentações
• Lesões ulcerarias no local da picada do flebomíneo (L. Cutânea localizada);
• Múltiplas nódulos não ulcerativos (L. Cutânea difusa);
• Inflamação destrava da mucosa (L mucosa);
• Infecção disseminada visceral (L. Visceral ou Calazar).
Ciclo de transmissão
Tratamento
•Em ambiente hospitalar;
Opções Terapêuticas
• Antimoniato de N-Metil Glutamanina ( Glucantime)
• Anfotericina B Lipossomal
• Desoxicolato de Anfotericina B
Leishmaniose Tegumentar
• Duas formas: leishamniose cutânea e mucosa
Diagnóstico Laboratorial
a) Exames parasitológicos: pesquisa de amastigota em esfregaço de lesão ou imprint
de fragmento de tecido; cultura em meios artificiais.
b) Histopatológico: hematoxilina e eosina; imuno-histoquímica.
c) Exames imunológicos: IRM; sorologia: imunofluorescência indireta (IFI); Elisa (não
disponível comercialmente).
d) Testes moleculares: PCR (reação em cadeia de polimerase)
17/11/2023
Leishmaniose tegumentar cutânea
1. Forma cutânea localizada única 2. Forma cutânea localizada múltipla 3. Forma cutâne disseminada
Diagnóstico
Diferencial
• Tuberculose , micobacterioses ampicas, paracoccidioidomicose cutânea, úlceras de
estase venosa, úlceras decorrentes da anemia falciforme, picadas de insetos, granuloma
por corpo estranho, ceratoacantoma, carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular,
histiocitoma, linfoma cutâneo, esporotricose, cromoblastomicose, piodermites, trauma
local;histoplasmose, criptococose cutânea, micobacteriose disseminada; hanseníase
virchowiana.
17/11/2023
Leishmaniose tegumentar mucosa
Diagnóstico
Outras formas
• Forma mucosa sem lesão cutânea prévia
• Forma mucosa concomitante
• Forma mucosa contígua
• Forma mucosa primária
Diagnóstico diferencial
• Paracoccidioidomicose, carcinoma epidermoide, carcinoma basocelular, linfomas,
rinofima, rinosporidiose, entomonoromicose, hanseníase Virchoviana, sífilis terciária,
perfuração septal traumáAca ou por uso de drogas, rinite alérgica, sinusite,
sarcoidose, granulomatose de Wegener
17/11/2023
Tratamento Leishmaniose tegumentar
• Anfotericina B
• Pentamidina
• Pentoxifilina
17/11/2023
17/11/2023
Febre Maculosa
• Doença febril causada pela espiroqueta Rickepsia rickepsii
• Reservatório: carrapatos do gênero Amblyomma (A. cajennense, A.cooperi ou
dubitatum e A. aureolatum
Quando suspeitar?
• Antecedentes epidemiológicos sugestivos: Visita na mata ou picada de carrapato
previamente (usualmente 4 a 11 dias antes)
• Doença Febril Aguda sem foco aparente (>38ºC por mais de cinco dias) +
Presença de escara de inoculação (lesão com centro crostoso-necróAco com halo
eritematoso circundante; indica o ponto onde foi a picada do carrapato)
• Linfadenopatia (geralmente ipsilateral à escara de inoculação); Exantema macular,
maculopapular ou maculo-vesicular (principalmente em tronco e membros); Cefaléia;
Mialgias; Arteralgias; Mal-estar geral; Calafrios; Náusea
Aspectos clínicos
• Mal-estar generalizado;
• Febre Elevada
• Cefaléia
• Náuseas e Vômitos.
• Entre o 2 e o 6 dia da doença: exantema maculopapular, predominantemente nas
regiões palmar e plantar, que pode evoluir para petéquias, equimoses e hemorragias.
17/11/2023
Diagnóstico laboratorial
• A imunofluorescência indireta (RIFI), utilizando antigenos específicos para R.
rickepsii, é a mais uAlizada – considerar positivo se aumento de 4 vezes no titulo em
uma segunda amostra colhida, pelo menos, 2 semanas após a primeira.
• Outros métodos utilizados são a reação em cadeia da polimerase (PCR) e a
imunohistoquímica.
Diagnóstico Diferencial
• Leptospirose; Sarampo; Febre Tifóide Dengue; Febre Amarela, Meningococcemia,
Viroses ExantemáAcas, Lupus, Febre Purpúrica Brasileira, Doença De Lyme
Tratamento
• Início precoce de antibioticoterapia, quando suspeita clínica, antes mesmo da
confirmação laboratorial.
• Em adultos, Cloranfenicol, 50mg/kg/dia, via oral, dividida em 4 tomadas, ou
Doxiciclina, 100mg, de 12/12 horas, via oral. Manter o esquema até 3 dias após o
término da febre.
• Nos casos graves, a droga de escolha é o Clorafenicol, 500mg, EV, de 6/6 horas.
• Em crianças, usar Clorafenicol, não ultrapassando 1g/dia, durante o mesmo
período. A Doxiciclina pode ser usada em crianças acima dos 8 anos, na dose de 2
a 4mg/kg/dia, máximo de 200mg/dia, em 2 tomadas, de 12/12 horas.
17/11/2023
Prevenção
• Lavagem das verduras e das frutas;
• Melhoria do nível educacional; • Proteção dos alimentos contra poeira e insetos;
• Acesso a água de boa qualidade, • Fervura e/ou filtração da água para consumo;
saneamento básico e coleta de lixo; • Cocção adequada da carne de bovinos e suínos;
• Estímulo ao aleitamento materno; • Lavagem das mão antes das refeições unhas limpas e
curtas;
• Higiene das mãos;
• Higiene dos alimentos - deixar de molho em solução de ácido acético (2 colheres de
sopa em 1 litro de água) ou hipoclorito de sódio (1 colher de sobremesa em 1 litro de
água) durante 15 minuto
• Desinfecção da água - 2 gotas de hipoclorito por litro de água, deixar descansar por
30 minutos antes de ingerir.
17/11/2023
Sinais e sintomas
• Diarreia – mais frequente nas infecções por protozoários intestinais, na tricuríase e na
estrongiloidíase;
• Os enteroparasitas que habitam o intestino grosso – Entamoeba histolytica,
Trichuris trichiura, Schistossoma mansoni – podem causar diarreia com muco e
sangue;
• Os parasitas que se localizam no intestino delgado – Strongyloides stercoralis e
Giardia lamblia - provocam diarreia osmótica.
• Dor abdominal, náuseas e vômitos – mais comum na giardíase;
• Síndrome dispéptica – associada a anorexia, perda ponderal e diarreia intermitente
na estrongiloidíase;
• Hepatoesplenomegalia – esquistossomose mansônica crônica.
• Prurido anal/vulvar – mais frequente na oxiuríase, principalmente noturna;
• Prolapso retal – ocorre na tricuríase maciça;
• Anemia – por espoliação crônica de ferro, na ancilostomíase e na tricuríase;
• Tosse, crises asma.formes, com ou sem tradução radiológica (Sínd. de Löeffler) – nas
helmin2ases com ciclo larvário pulmonar: áscaris, ancilóstomo, estrongiloides e
esquistossoma. Apresenta eosinofilia intensa;
• Ur.cária e/ou edema angioneurotico - principalmente na ascaridíase e na
estrongiloidíase
• Eliminação dos parasitas – comum na ascaridíase, na oxiuríase e na teníase;
• Obstrução ou semi-obstrução intestinal – ocorre na super-infestação por ascaris.
Diagnóstico
• Exame Parasitológico de Fezes (EPF), aliado aos dados clínico-epidemiológicos;
• Avaliar 3 amostras aumenta a sensibilidade do método;
• Coletar 3 amostras em dias separados (consecutivos ou alternados);
17/11/2023
17/11/2023
ESQUITOSSOMOSE
• Importante problema de saúde pública no Brasil;
• SINONÍMIA - “Xistose”, “barriga d’água” e “doença dos caramujos”;
• AGENTE ETIOLÓGICO - Schistosoma mansoni;
• HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Humano - Na fase adulta, o parasita vive nos vasos
sanguíneos do intestino e fígado
• HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Caramujo do gênero Biomphalaria
Ciclo reprodutivo
Manifestações Agudas
FORMA AGUDA: Assintomática ou Dermatite Cercariana; - 3 a 7 semanas após o contato
pode ocorrer febre, linfadenopatia, anorexia, dor abdominal e cefaleia. Pode ter também
diarreia, náuseas e tosse seca.
DERMATITE CERCARIANA caracterizada por micropápulas “avermelhadas” semelhantes
às picadas de insetos.
Manifestações Crônicas
Após seis meses de infecção, há risco do quadro clínico evoluir para a fase crônica.
Gravidade da doença depende diretamente:
• da carga parasitária,
• do estado nutricional do paciente;
• do tempo de parasitismo.
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Investigação
DIAGNÓSTICO: Pesquisa de ovos de Schistosoma nas fezes (Kato-Katz) – é
necessário solicitar como especificação do Exame Parasitológico de Fezes (EPF).
Outros métodos:
• Sorológico (Imunofluorescência indireta ou ELISA): não faz diagnóstico.
• Ultrassonografia hepática auxilia no diagnóstico da fibrose de Symmers e nos casos
de hepatoesplenomegalia: não faz diagnóstico.
• Biópsia retal ou hepática - não recomendada na rotina, pode ser útil em casos
suspeitos e na presença de exame parasitológico de fezes negativas.
Tratamento
PRAZIQUANTEL
• Adultos: 50mg/kg
• Crianças: 60mg/kg
Apresentação: 600mg/comprimido; Dose única, via oral; máximo 7 comprimidos.
• Orientar repouso por pelo menos 3 horas após ingestão, para evitar náuseas e
tonturas;
• Controle de cura parasitológica: três exames de fezes no quarto mês após o
tratamento;
• O índice de cura aproxima-se de 80% para os adultos e de 70% para as crianças;
• Esquistossomose aguda grave - o tratamento deve ser iniciado com a prednisona
(1mg/kg de peso/dia) 24 a 48 horas antes do praziquantel.
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA!
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DOENÇA DE CHAGAS
• AGENTE ETIOLÓGICO: Trypanosoma cruzi, protozoário flagelado.
• VETOR: inseto da subfamília Triatominae, conhecido popularmente como barbeiro,
chupão, furão, procotó, etc.
• RESERVATÓRIOS: centenas de mamíferos, tais como quatis, gambás, tatus,
morcegos, etc.
Caso agudo notificação compulsória
Diagnóstico
• Sorologia para Chagas - Importante na fase crônica.
• Anticorpos IgG anti-T. cruzi - indica doença crônica.
Tratamento
•Benznidazol: (adulto = 5 mg/kg/dia, 1 a 3x/dia, 60 dias; criança = 5 a 10 mg/kg/dia, 2x/
dia, 60 dias)
• Tratar: forma aguda, congênita e crônica recente
Nos casos leves, sem complicações, e nas formas indeterminadas, o tratamento pode ser
realizado na atenção básica, por médico generalista que conheça as particularidades do
medicamento e da doença de Chagas.
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17/11/2023
LEPTOSPIROSE
• É uma zoonose, causada por leptospiras patogênicas, transmiAdas pelo contato
comurina de animais infectados ou água e lama contaminadas pela bactéria.
• Reservatório: amplo espectro de animais domésticos e selvagens. No meio urbano:
roedores (especialmente o rato-de-esgoto); outros reservatórios são os suínos,
bovinos, equinos, ovinos e cães.
• Seres humanos - hospedeiros acidentais e terminais dentro da cadeia de
transmissão.
Agente etiológico
• Bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero Leptospira, do qual se
conhecem atualmente 14 espécies patogênicas, sendo a mais importante a L. interrogans.
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Transmissão
• Exposição direta ou indireta à urina de animais infectados.
• Penetração do microrganismo ocorre através da pele com presença de lesões, da pele
íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas.
• A água é importante na transmissão da doença ao homem.
• Período de incubação - De 1 a 30 dias (em média, de 5 e 14 dias).
Diagnóstico
• Métodos sorológicos - teste ELISA-IgM e a microaglutinação (MAT).
• Exames como hemograma e bioquímica (ureia, creatinina, bilirrubina total e frações,
TGO, TGP, gama-GT, fosfatase alcalina e CPK, Na+ e K+), devem ser monitorados.
Tratamento
FASE PRECOCE
• Amoxicilina, em adultos na dose de 500mg, VO, de 8/8 horas, durante 5 a 7 dias.
Crianças, administrar 50mg/kg/dia, VO, a cada 6/8 horas, durante 5 a 7 dias;
• Doxiciclina: 100mg, VO, de 12 em 12 horas, durante 5 a 7 dias.
FASE TARDIA
• Penicilina G Cristalina: 1.5 milhões UI, IV, de 6/6 horas; ou,
• Ampicilina: 1g, IV, 6/6 horas; ou,
• Ceftriaxona: 1 a 2g, IV, 24/24h; ou,
• Cefotaxima 1g, IV, de 6/6 horas.
• Para crianças utiliza-se Penicilina cristalina: 50 a 100.000U/kg/dia, IV, em 4 ou 6
doses; ou Ampicilina: 50 a 100mg/kg/dia, IV, dividido em 4 doses; ou Ceftriaxona: 80 a
100mg/kg/dia, em 1 ou 2 doses; ou Cefotaxima: 50 a 100mg/kg/dia, em 2 a 4 doses.
• Duração do tratamento com antibióticos intravenosos: pelo menos, 7 dias.
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TUNGÍASE
● É uma doença ectoparasitária causada por fêmeas grávidas de uma espécie de
pulga, Tunga penetrans, que habita o solo de zonas arenosas.
● A contaminação ocorre quando o paciente pisa neste solo sem proteção nos seus pés.
● A fêmea grávida penetra na pele humana com a sua cabeça e libera seus ovos
para o exterior.
Tratamento
• Extração manual do parasito, com assepsia e materiais estéreis;
• Nos casos com infecção secundária, antibioticoterapia;
• Uso de eletrocautério ou a eletrocirurgia com anestesia local são tratamentos
alternativos para a destruição do parasita;
• Infestação: tiabendazol, 25mg/kg, em uma ou duas doses diárias de três a cinco dias;
• Realizar profilaxia antitetânica, conforme esquemas preconizados pelo Ministério da
Saúde.