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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

Ciclo de estudo Atuação do


enfermeiro na vigilância em saúde

Estágio Supervisionado I
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Docentes:
o Elaine Leal
o Josele Farias
o Otoni Silva Discentes:
o Bruno Lopes
o Paloma Pinto
o Felipe Miranda

Estágio Supervisionado I
Vigilância em Saúde - VISAU
Objetiva a análise da situação de saúde e a organização e
execução das práticas de saúde

É composta pelas ações de vigilância, promoção, prevenção e


controle de doenças e agravos à saúde

Permite as equipes de saúde da família desenvolver


habilidades de programação e planejamento

(BRASIL, 2008)
Fluxograma - VISAU
DADO

INFORMAÇÃO

DECISÃO

AÇÃO

(BRASIL, 2008)
Fluxograma – Áreas de Atuação
Vigilância as Doenças Vigilância as Doenças
Não Transmissíveis Transmissíveis

Vigilância Vigilância à Vigilância a Saúde do


Epidemiológica Saúde - VISAU Trabalhador

Vigilância Sanitária Vigilância Ambiental

(BRASIL, 2011)
Instrumentos de Trabalho no Programa
VISAU
Ficha individual de notificação;
Ficha individual de investigação
específica e de surto;
Ficha SIAB.

(BRASIL, 2008)
Critérios de Inclusão de Usuários
no Programa de VISAU

Doença de notificação compulsória;


Suspeita diagnóstica;
Confirmação diagnóstica.
Populações vulneráveis.

(BRASIL, 2008)
Sistemas de Informação
Os sistemas de informação em saúde são instrumentos
padronizados de monitoramento e coleta de dados,
que tem como objetivo o fornecimento de informações
para análise e melhor compreensão de importantes
problemas de saúde da população, subsidiando a
tomada de decisões nos níveis municipal, estadual e
federal.

(BRASIL, 2008)
SIM SIAB
SISAGU
SINASC
A
SISSOL VISAU
O SINAN

SISVAN SI-PNI
SINAVIS
A
SISFAD
(SESAB, 2011)
SIAB
É um sistema idealizado para agregar e para processar
as informações sobre a população da área de
abrangência da USF.

(BRASIL, 2000)
SINAN
Tem o objetivo coletar, transmitir e disseminar dados
gerados rotineiramente pelo Sistema de Vigilância
Epidemiológica das três esferas de governo, por
intermédio de uma rede informatizada, para apoiar o
processo de investigação e dar subsídios à análise das
informações de vigilância epidemiológica

(BRASIL, 2007)
SI-PNI
É formado por um conjunto de sistemas, dentre
eles:
Avaliação do Programa de Imunizações – API
Eventos Adversos Pós-vacinação – EAPV
Apuração dos Imunobiológicos Utilizados – AIU
Sistema de Informações dos Centros de
Referência em Imunobiológicos Especiais -
SICRIE

(BRASIL, 2007)
Periodicidade
Portaria 3462, de 11 de novembro de 2010;
 Art. 2º Definir a obrigatoriedade de alimentação mensal e
sistemática dos Bancos de Dados Nacionais dos Sistemas:
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
(SCNES), Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS),
Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS),
Comunicação de Internação Hospitalar (CIH), Serviço de
Atendimento Médico de Urgência (SAMU), Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) e Sistema de
Informação da Atenção Básica (SIAB), e ou Sistema de
Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB).
Periodicidade
• A interrupção de envio de dados, por dois meses
consecutivos, acarretará na suspensão do pagamento do
PAB.
SINAN:
A alimentação do sistema é mensal.
O prazo de inclusão e o encerramento das investigações
deverá ser efetuado apos um período de tempo definido,
de acordo com o agravo notificado.

(BRASIL, 2007)
Agravo Prazo de Inclusão Prazo de Encerramento

• Cólera

• Coqueluche

• Doenças Exantemáticas
Até 180 dias após o início Até 60 dias após a
• Dengue dos 1° sintomas/ data do notificação
diagnóstico.
• Difteria

• Febre Amarela

• Leptospirose

• Meningite
Até 180 dias após a data de
notificação
• Hepatites Virais
• Hanseníase 9 meses em paucibacilares
Até 1 ano e 3 meses após a 18 meses em multibacilares
• Tuberculose data do diagnóstico. Até 90 dias após o prazo
preconizado para conclusão
do tratamento.
O Trabalho da Equipe Multiprofissional
Garantir atenção integral e humanizada à população
adscrita;
Acompanhar os usuários em tratamento;
Construir estratégias de atendimento e priorização de
populações mais vulneráveis;
Realizar visita domiciliar a população adscrita;
Notificar casos suspeitos e confirmados
Desenvolver ações educativas;
Prestar atenção contínua, articulada com
os demais níveis de atenção;

(BRASIL, 2008)
Educação Permanente e Educação em Saúde
Capacitar os profissionais para a análise da situação de
saúde;
Capacitar a equipe para o correto registro e coleta dos
dados;
Produzir material educativo;
Desenvolver estratégias de comunicação em saúde;
Emitir alertar sanitários para a população da área de
abrangência .

(BRASIL, 2011)
Atribuições Específicas do Enfermeiro na
VISAU
• Enviar mensalmente as informações epidemiológicas
referentes às doenças/agravos na área de atuação da
UBS e analisar os dados para possíveis intervenções;
• Orientar os auxiliares/técnicos de enfermagem, ACS e
ACE para o acompanhamento dos casos em
tratamento e/ou tratamento supervisionado;
• Contribuir e participar das atividades de educação
permanente dos membros da equipe quanto à
prevenção, manejo do tratamento, ações de vigilância
epidemiológica e controle das doenças.
(BRASIL, 2008)
Atribuições Específicas do Enfermeiro na
VISAU
• Realizar consulta de enfermagem, solicitar exames
complementares e prescrever medicações,
conforme protocolos ou outras normativas
técnicas estabelecidas pelo gestor municipal,
observadas as disposições legais da profissão;
• Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações
desenvolvidas pelos ACS;
• Realizar assistência domiciliar, quando
necessário.
(BRASIL, 2008)
Calendário Vacinal: Situações especiais
BCG:
 Contatos de portadores de hanseníase com mais de 1 (um) ano de idade, sem
cicatriz - administrar uma dose.
 Contatos comprovadamente vacinados com a primeira dose - administrar outra
dose de BCG.
Hepatite B:
 Destinada a trabalhadores de saúde, bombeiros, policiais, caminhoneiros,
carcereiros, populações de assentamentos, etc.
dT:
 Pessoas comunicantes de casos de difteria antecipar a dose de reforço quando a
última dose foi administrada há mais de cinco anos.
Febre Amarela:
 Destinadas a residentes ou viajantes de áreas endêmicas.
Meningite:
 Contactantes de casos de meningite.
(BRASIL, 2010)
Intervenções de Enfermagem
Histórico de enfermagem:
História clínica, queixa atual, doenças pré-existentes,
tratamento anteriores, antecedentes familiares,
medicamentos em uso.
Exame físico:
Deve ser o mais completo possível, de acordo a histórica
clínica e a queixa atual do paciente.
Notificar e encaminhar os casos de acordo a Portaria
104/2011.
Realizar orientações pertinentes ao caso para o paciente
e familiares, fazendo uso de materiais educativos.
Exames Solicitados
Os exames devem ser solicitados nas consultas de
enfermagem.
VDRL;
Anti-HIV;
HBsAg;
Pesquisa de BAAR;
Anti-HCV;
Sorologia para sarampo;
Sorologia para dengue;
Sorologia para rubéola.
(BRASIL, 2008; BRASIL, 2007)
Evolução de Enfermagem
Principais elementos que devem constar na evolução
de enfermagem:

Dados Alterações
colhidos avaliadas

Procedim Orientaçõ
entos es (SMELTZER; BARE, 2009)
Notificação
Portaria n° 104, de 25 de Janeiro de 2011.
Art. 7º A notificação compulsória é obrigatória a
todos os profissionais de saúde médicos,
enfermeiros, odontólogos, médicos veterinários,
biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no
exercício da profissão[...].
Notificação Compulsória (LNC)

Notificação Compulsória Imediata (LNCI)

Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas (LNCS)

(BRASIL, 2011)
•Sífilis; • Tuberculose;

LNC •Dengue; • Leishimaniose;


•Difteria; • Leptospirose;
•Hanseníase; • Hepatites virais.

•Botulismo; • Sarampo;

LNCI •Cólera; • Rubéola;


•Febre Amarela; • Chagas aguda;
•Surto/óbito por meningite, influenza, difteria.

•Acidentes de trabalho com


LNCS mutilações;
•DORT
(BRASIL, 2011)
Encaminhamento
Deverá ser realizado em casos graves e que não são
tratáveis na USF.
Suspeita de tuberculose em criança e adolescente;
Suspeita de comprometimento neural em casos de
hanseníase;
Anti-HCV positivo;
HIV positivo.
Unidades de Referência
DIRES
É uma divisão da SESAB que engloba um certo número
de municípios de uma região. Ela presta apoio técnico a
esses municípios.
CEREST
É uma unidade regional especializada que visa atender a
questões relativas à saúde dos trabalhadores

saude.ba.gov.br
Unidades de Referência
CRIE
Possibilita o acesso da população, em especial dos
portadores de imunodeficiência e de outras condições
especiais de morbidade ou exposição a situações de
risco, aos imunobiológicos especiais para prevenção das
doenças que são objeto do PNI.
CTA/SAE Viva Vida
O CTA constitui-se em um serviço de saúde que
realizam ações de diagnóstico e prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis.
(BRASIL, 2011)
Unidades de Referência
LACEN-BA
É uma unidade laboratorial de referência nacional em
vigilância da saúde, articulada em rede, que propicia o
conhecimento e investigação diagnóstica de agravos e
verificação da qualidade de produtos de interesse de
saúde pública.

(SESAB, 2013)
Considerações Finais
Para qualificar a atenção à saúde a partir do princípio

da integralidade é fundamental que os processos de


trabalho sejam organizados com vistas ao
enfrentamento dos principais problemas de saúde-
doença das comunidades e com ações de promoção e
vigilância em saúde efetivamente incorporadas no
cotidiano das equipes de Atenção Básica.
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. HIV/Aids, hepatites e outras DST / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância Epidemiológica. Sistema de Informação de Agravos de Notifi cação
– Sinan: normas e rotinas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em
Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 2. ed. – Brasília : Editora
do Ministério da Saúde, 2007.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase,
Malária, Tracoma e Tuberculose / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a
Saúde, Departamento de Atenção Básica . - 2. ed. rev. - Brasília : Ministério da
Saúde, 2008.
.
Waldman, Eliseu Alves Vigilância em Saúde Pública, volume 7 /
Eliseu Alves Waldman ; colaboração de Tereza Etsuko da Costa
Rosa. – – São Paulo : Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo, 1998.
SIAB: manual do sistema de informação de atenção básica /
Secretaria de Assistência à Saúde, Coordenação de Saúde da
Comunidade. _______. Brasília: Ministério da Saúde, 2000
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde.
Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes Nacionais da
Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2010

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