O documento discute fatores determinantes de doenças, níveis de prevenção, sistemas de informação em saúde pública no Brasil como SIM e SINASC, e epidemiologia hospitalar. Ele fornece detalhes sobre como esses sistemas coletam, armazenam e analisam dados para entender a ocorrência de doenças.
O documento discute fatores determinantes de doenças, níveis de prevenção, sistemas de informação em saúde pública no Brasil como SIM e SINASC, e epidemiologia hospitalar. Ele fornece detalhes sobre como esses sistemas coletam, armazenam e analisam dados para entender a ocorrência de doenças.
O documento discute fatores determinantes de doenças, níveis de prevenção, sistemas de informação em saúde pública no Brasil como SIM e SINASC, e epidemiologia hospitalar. Ele fornece detalhes sobre como esses sistemas coletam, armazenam e analisam dados para entender a ocorrência de doenças.
ATUAL – AULA 3 • Docente: José Aurélio Pinheiro • Farmácia — 1º Semestre/2022 FATORES DETERMINANTES DA DOENÇA
Endógenos: no quadro geral da ecologia da doença, são inerentes ao organismo e
estabelecem a receptividade do indivíduo: — herança genética; — anatomia e fisiologia do organismo humano; — estilo de vida.
• Exógenos: fatores determinantes que dizem respeito ao ambiente.
— Ambiente biológico: determinantes biológicos;
— Ambiente físico: determinantes físico-químicos.
• Ambiente social: determinantes socioculturais.
PREVENÇÃO PREVENÇÃO NÍVEL DE PREVENÇÃO PRIMÁRIO
Cabem na prevenção primária:
o Ações educativas: conjunto de ações que visam levar à
comunidade conhecimentos essenciais relativos às ações de saúde (programas);
o Ações saneadoras: dirigidas diretamente aos componentes
ambientais (controle sanitário de água e esgoto, alimentos, lixo, solo, vetores); NÍVEL DE PREVENÇÃO SECUNDÁRIO E TERCIÁRIO o O nível de prevenção secundário é a evolução para o período patogênico e o fracasso das ações realizadas no nível primário, o diagnóstico precoce da fonte da doença neste nível é o principal recurso de prevenção, assim como a intervenção imediata;
o O nível terciário de prevenção é o conjunto de ações
desenvolvidas no período patogênico tardio, tendo como objetivo limitar a incapacitação deixada pela doença e promover a reabilitação do indivíduo de forma integral na sociedade; CONTROLE E ERRADICAÇÃO
• Controle é o conjunto de medidas ou ações empregadas com o
objetivo de reduzir a frequência da ocorrência da doença, já presente na população, até que essa se detenha em níveis compatíveis com a realidade existente;
• Erradicação é o conjunto de ações dirigidas com fins específicos
de eliminar uma doença de um determinado território; VARIAÇÕES NA OCORRÊNCIA DE DOENÇAS NO ESPAÇO E NO TEMPO • A ocorrência de doenças, medida pelos coeficientes de mortalidade ou de morbidade, pode variar de local para local em um mesmo tempo (variação no espaço), ou de época para época em um mesmo local (variação no tempo); • Tais variações constituem a expressão da intensidade variável de todos os fatores de doenças que foram analisados e que atuam conjuntamente, com múltiplas e complexas interações, na maioria das situações; VARIAÇÕES NO ESPAÇO — EXEMPLOS Malária
o A malária foi responsável em vários momentos da história por tantas mortes
quanto foram as guerras. Durante quase cinco séculos, devastou grande parte da Europa e do resto do mundo. O pior período da transmissão dessa doença na Europa tinha o clima muito mais frio que o atual;
o A partir do século XVIII, numerosas modificações, como o saneamento, as
melhorias das condições de habitação, as obras de drenagem, as mudanças de utilização do solo e as práticas agrícolas, promoveram um recuo da malária em diversas regiões do mundo; VARIAÇÕES NO ESPAÇO — EXEMPLOS Malária
o No Brasil, até a década de 1970, havia o registro de
incidência da malária em diversas regiões brasileiras, passando a se reconcentrar mais recentemente na região amazônica; VARIAÇÕES NO ESPAÇO — EXEMPLOS VARIAÇÕES NO TEMPO — EXEMPLOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DA SAÚDE
o Tem como objetivo agrupar um grande número de registros,
armazená-los e recuperá-los., correspondendo às funções dos bancos de dados;
o Serviços de atendimento em saúde usualmente registram suas
atividades; SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DA SAÚDE
o Para realizar um estudo de demanda, precisamos trabalhar com um
conjunto de documentos: 1º — A relação de atendimentos do período que pretendemos estudar;
2º — Levantamos os prontuários dos pacientes e completamos sua
identificação consultando o cadastro de pacientes;
3º — De posse deste conjunto de documentos, produziremos um
conjunto de tabelas que caracterizam o perfil da demanda do serviço no período de estudo; SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DA SAÚDE • Portanto, um conjunto de objetos – pacientes, profissionais, turnos de atendimento, atividades – geram um número de registros que são agregados segundo critérios preestabelecidos, criando um conjunto de números que resumem os registros individuais; SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE NO BRASIL • São armazenados em banco de dados (Sistemas de gerenciamento de bancos de dados (SGBD));
• São fontes importantes que podem ser empregadas rotineiramente
na pesquisa científica no campo da saúde pública;
• Neles contem registros de nascidos vivos, mortalidade, doenças de
notificação, internações hospitalares, entre outras informações; SISTEMAS DE INFORMAÇÕES SOBRE MORTALIDADE (SIM) • Na década de 1970, o Ministério da Saúde (MS) promoveu em Brasília reunião com o objetivo de implantar um Sistema de Vigilância Epidemiológica em nível nacional;
• Em 1999, foi implantado um novo software do SIM – SIM para
Windows, o novo sistema desenvolvido pelo Datasus facilita o processo de crítica das variáveis, minimizando as inconsistências nas bases de dados; FLUXO DE INFORMAÇÕES
• As DO são impressas em três vias pré-numeradas
sequencialmente, pelo MS, através do Centro Nacional de Epidemiologia – Cenepi da Fundação Nacional de Saúde – FNS, e distribuídas pelas SES (estadual) e SMS (municipal), que as repassam aos estabelecimentos de saúde, institutos médico legais, serviços de verificação de óbitos, médicos e cartórios; FLUXO DE INFORMAÇÕES CODIFICAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE ÓBITO • O codificador deve ser treinado no uso da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID; • O codificador deve estar apto a saber selecionar a causa básica da morte, definida como “a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou as circunstâncias do acidente ou violência que produziram a lesão fatal”; CODIFICAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE ÓBITO • As variáveis de cada óbito: 1 — Indispensáveis: ano do óbito, tipo de óbito, município de ocorrência e causa básica. Não são computados os óbitos que não tenham a definição dessas variáveis; CODIFICAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE ÓBITO • As variáveis de cada óbito: 1 — Essenciais: sexo, idade, município ocorrência e de residência, causa básica e tipo de violência. Essas variáveis que são as mais frequentemente usadas em estudos de mortalidade, têm prioridade para crítica e correção dos dados; CODIFICAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE ÓBITO — INDICADORES Para organizar os dados no SIM, são utilizados vários indicadores:
• mortalidade proporcional por causas;
• mortalidade proporcional por faixa etária; • taxa ou coeficiente de mortalidade geral; • taxa ou coeficiente de mortalidade por causas e/ou idade específicas; • taxa ou coeficiente de mortalidade infantil; • taxa ou coeficiente de mortalidade materna SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS VIVOS (SINASC) o Foi implementado em 1994 e tem como objetivo reunir informações epidemiológicas referentes aos nascidos vivos em todo território nacional, tendo como população-alvo toda a população brasileira; sua abrangência geográfica é nacional, com detalhamento no nível estadual e municipal; SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS VIVOS (SINASC) SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS VIVOS (SINASC) o Entre os indicadores que eles avaliam para organizar o sistema, estão: A) taxa bruta de fecundidade; B) taxa bruta de natalidade; C) taxa ou coeficiente de mortalidade infantil; D) taxa ou coeficiente de mortalidade materna; E) proporção de mães adolescentes; F) proporção de partos cesáreos; EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR o O objetivo da vigilância epidemiológica hospitalar é detectar e investigar doenças de notificação compulsória atendidas em hospital;
oEm 2004, instituiu o Subsistema Nacional de Vigilância
Epidemiológica em Âmbito Hospitalar com a criação de uma rede de 190 núcleos hospitalares de Epidemiologia (NHE) em hospitais de referência no Brasil; EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR oA finalidade da criação do subsistema é o aperfeiçoamento da vigilância epidemiológica a partir da ampliação de sua rede de notificação e investigação de agravos, em especial doenças transmissíveis, com aumento da sensibilidade e da oportunidade na detecção de doenças de notificação compulsória (DNC). EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR oA notificação de DNC permite ao município a adoção de medidas de controle, possibilitando a interrupção da cadeia de transmissão de doenças entre a população. A instituição da rede de hospitais de referência serve de apoio para o planejamento das ações de vigilância e constitui ferramenta importante para o planejamento e gestão hospitalar; EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR oOs serviços são categorizados em três níveis: Nível I: — hospital de referência regional com unidade de emergência e UTI; — hospital de fronteira internacional com no mínimo 50 leitos; — hospital geral ou pediátrico, universitário ou de ensino, com no mínimo 100 leitos; EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR Nível II: — hospital geral ou pediátrico, universitário ou de ensino, com no mínimo 100 leitos; — hospital geral ou pediátrico, universitário ou de ensino, entre 100 e 250 leitos, com unidade de emergência e UTI; — hospital especializado em Doenças Infecciosas com menos de 100 leitos. EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR Nível III:
— hospital especializado em Doenças Infecciosas com mais de 100
leitos; — hospital geral com mais de 250 leitos, com unidade de emergência e UTI. EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR
o Importante ressaltar que a vigilância dos vírus respiratórios de
relevância em saúde pública possui uma característica dinâmica, devido ao potencial de alguns vírus respiratórios causar epidemias e/ou pandemias, motivo que justifica as constantes atualizações deste Guia de Vigilância Epidemiológica;
o Assim, este documento visa garantir a atualização do sistema de
vigilância da covid-19 devido ao atual cenário pandêmico no país;