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EPIDEMIOLOGIA

ATUAL – AULA 3
• Docente: José Aurélio Pinheiro
• Farmácia — 1º Semestre/2022
FATORES DETERMINANTES DA DOENÇA

Endógenos: no quadro geral da ecologia da doença, são inerentes ao organismo e


estabelecem a receptividade do indivíduo:
— herança genética;
— anatomia e fisiologia do organismo humano;
— estilo de vida.

• Exógenos: fatores determinantes que dizem respeito ao ambiente.

— Ambiente biológico: determinantes biológicos;


— Ambiente físico: determinantes físico-químicos.

• Ambiente social: determinantes socioculturais.


PREVENÇÃO
PREVENÇÃO
NÍVEL DE PREVENÇÃO PRIMÁRIO

Cabem na prevenção primária:

o Ações educativas: conjunto de ações que visam levar à


comunidade conhecimentos essenciais relativos às ações de saúde
(programas);

o Ações saneadoras: dirigidas diretamente aos componentes


ambientais (controle sanitário de água e esgoto, alimentos, lixo, solo,
vetores);
NÍVEL DE PREVENÇÃO SECUNDÁRIO E
TERCIÁRIO
o O nível de prevenção secundário é a evolução para o período
patogênico e o fracasso das ações realizadas no nível primário, o
diagnóstico precoce da fonte da doença neste nível é o principal
recurso de prevenção, assim como a intervenção imediata;

o O nível terciário de prevenção é o conjunto de ações


desenvolvidas no período patogênico tardio, tendo como objetivo
limitar a incapacitação deixada pela doença e promover a
reabilitação do indivíduo de forma integral na sociedade;
CONTROLE E ERRADICAÇÃO

• Controle é o conjunto de medidas ou ações empregadas com o


objetivo de reduzir a frequência da ocorrência da doença, já
presente na população, até que essa se detenha em níveis
compatíveis com a realidade existente;

• Erradicação é o conjunto de ações dirigidas com fins específicos


de eliminar uma doença de um determinado território;
VARIAÇÕES NA OCORRÊNCIA DE DOENÇAS
NO ESPAÇO E NO TEMPO
• A ocorrência de doenças, medida pelos coeficientes de mortalidade
ou de morbidade, pode variar de local para local em um mesmo
tempo (variação no espaço), ou de época para época em um
mesmo local (variação no tempo);
• Tais variações constituem a expressão da intensidade variável de
todos os fatores de doenças que foram analisados e que atuam
conjuntamente, com múltiplas e complexas interações, na maioria
das situações;
VARIAÇÕES NO ESPAÇO —
EXEMPLOS
Malária

o A malária foi responsável em vários momentos da história por tantas mortes


quanto foram as guerras. Durante quase cinco séculos, devastou grande parte da
Europa e do resto do mundo. O pior período da transmissão dessa doença na
Europa tinha o clima muito mais frio que o atual;

o A partir do século XVIII, numerosas modificações, como o saneamento, as


melhorias das condições de habitação, as obras de drenagem, as mudanças de
utilização do solo e as práticas agrícolas, promoveram um recuo da malária em
diversas regiões do mundo;
VARIAÇÕES NO ESPAÇO —
EXEMPLOS
Malária

o No Brasil, até a década de 1970, havia o registro de


incidência da malária em diversas regiões brasileiras, passando
a se reconcentrar mais recentemente na região amazônica;
VARIAÇÕES NO ESPAÇO — EXEMPLOS
VARIAÇÕES NO TEMPO — EXEMPLOS
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DA SAÚDE

o Tem como objetivo agrupar um grande número de registros,


armazená-los e recuperá-los., correspondendo às funções dos
bancos de dados;

o Serviços de atendimento em saúde usualmente registram suas


atividades;
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DA SAÚDE

o Para realizar um estudo de demanda, precisamos trabalhar com um


conjunto de documentos:
1º — A relação de atendimentos do período que pretendemos estudar;

2º — Levantamos os prontuários dos pacientes e completamos sua


identificação consultando o cadastro de pacientes;

3º — De posse deste conjunto de documentos, produziremos um


conjunto de tabelas que caracterizam o perfil da demanda do serviço no
período de estudo;
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DA
SAÚDE
• Portanto, um conjunto de objetos – pacientes,
profissionais, turnos de atendimento, atividades –
geram um número de registros que são
agregados segundo critérios preestabelecidos,
criando um conjunto de números que resumem
os registros individuais;
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
NO BRASIL
• São armazenados em banco de dados (Sistemas de
gerenciamento de bancos de dados (SGBD));

• São fontes importantes que podem ser empregadas rotineiramente


na pesquisa científica no campo da saúde pública;

• Neles contem registros de nascidos vivos, mortalidade, doenças de


notificação, internações hospitalares, entre outras informações;
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES SOBRE
MORTALIDADE (SIM)
• Na década de 1970, o Ministério da Saúde (MS) promoveu em Brasília
reunião com o objetivo de implantar um Sistema de Vigilância
Epidemiológica em nível nacional;

• Em 1999, foi implantado um novo software do SIM – SIM para


Windows, o novo sistema desenvolvido pelo Datasus facilita o
processo de crítica das variáveis, minimizando as inconsistências nas
bases de dados;
FLUXO DE INFORMAÇÕES

• As DO são impressas em três vias pré-numeradas


sequencialmente, pelo MS, através do Centro Nacional de
Epidemiologia – Cenepi da Fundação Nacional de Saúde – FNS, e
distribuídas pelas SES (estadual) e SMS (municipal), que as
repassam aos estabelecimentos de saúde, institutos médico legais,
serviços de verificação de óbitos, médicos e cartórios;
FLUXO DE
INFORMAÇÕES
CODIFICAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE
ÓBITO
• O codificador deve ser treinado no uso da Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à
Saúde – CID;
• O codificador deve estar apto a saber selecionar a causa básica da
morte, definida como “a doença ou lesão que iniciou a
cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram
diretamente à morte, ou as circunstâncias do acidente ou
violência que produziram a lesão fatal”;
CODIFICAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE
ÓBITO
• As variáveis de cada óbito:
1 — Indispensáveis: ano do óbito, tipo de óbito, município de
ocorrência e causa básica. Não são computados os óbitos que não
tenham a definição dessas variáveis;
CODIFICAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE
ÓBITO
• As variáveis de cada óbito:
1 — Essenciais: sexo, idade, município ocorrência e de residência,
causa básica e tipo de violência. Essas variáveis que são as mais
frequentemente usadas em estudos de mortalidade, têm prioridade
para crítica e correção dos dados;
CODIFICAÇÃO DAS DECLARAÇÕES DE
ÓBITO — INDICADORES
Para organizar os dados no SIM, são utilizados vários indicadores:

• mortalidade proporcional por causas;


• mortalidade proporcional por faixa etária;
• taxa ou coeficiente de mortalidade geral;
• taxa ou coeficiente de mortalidade por causas e/ou idade
específicas;
• taxa ou coeficiente de mortalidade infantil;
• taxa ou coeficiente de mortalidade materna
SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE
NASCIDOS VIVOS (SINASC)
o Foi implementado em 1994 e tem como objetivo reunir
informações epidemiológicas referentes aos nascidos vivos em
todo território nacional, tendo como população-alvo toda a
população brasileira; sua abrangência geográfica é nacional, com
detalhamento no nível estadual e municipal;
SISTEMA DE
INFORMAÇÕES
SOBRE NASCIDOS
VIVOS (SINASC)
SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE
NASCIDOS VIVOS (SINASC)
o Entre os indicadores que eles avaliam para organizar o sistema,
estão:
A) taxa bruta de fecundidade;
B) taxa bruta de natalidade;
C) taxa ou coeficiente de mortalidade infantil;
D) taxa ou coeficiente de mortalidade materna;
E) proporção de mães adolescentes;
F) proporção de partos cesáreos;
EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR
o O objetivo da vigilância epidemiológica hospitalar é detectar e
investigar doenças de notificação compulsória atendidas em
hospital;

oEm 2004, instituiu o Subsistema Nacional de Vigilância


Epidemiológica em Âmbito Hospitalar com a criação de uma rede
de 190 núcleos hospitalares de Epidemiologia (NHE) em hospitais
de referência no Brasil;
EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR
oA finalidade da criação do subsistema é o aperfeiçoamento da
vigilância epidemiológica a partir da ampliação de sua rede de
notificação e investigação de agravos, em especial doenças
transmissíveis, com aumento da sensibilidade e da oportunidade
na detecção de doenças de notificação compulsória (DNC).
EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR
oA notificação de DNC permite ao município a adoção de medidas
de controle, possibilitando a interrupção da cadeia de transmissão
de doenças entre a população. A instituição da rede de hospitais
de referência serve de apoio para o planejamento das ações de
vigilância e constitui ferramenta importante para o planejamento
e gestão hospitalar;
EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR
oOs serviços são categorizados em três níveis:
Nível I:
— hospital de referência regional com unidade de emergência e
UTI;
— hospital de fronteira internacional com no mínimo 50 leitos;
— hospital geral ou pediátrico, universitário ou de ensino, com no
mínimo 100 leitos;
EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR
Nível II:
— hospital geral ou pediátrico, universitário ou de ensino, com no
mínimo 100 leitos;
— hospital geral ou pediátrico, universitário ou de ensino, entre
100 e 250 leitos, com unidade de
emergência e UTI;
— hospital especializado em Doenças Infecciosas com menos de
100 leitos.
EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR
Nível III:

— hospital especializado em Doenças Infecciosas com mais de 100


leitos;
— hospital geral com mais de 250 leitos, com unidade de
emergência e UTI.
EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR
EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR

o Importante ressaltar que a vigilância dos vírus respiratórios de


relevância em saúde pública possui uma característica dinâmica, devido
ao potencial de alguns vírus respiratórios causar epidemias e/ou
pandemias, motivo que justifica as constantes atualizações deste Guia
de Vigilância Epidemiológica;

o Assim, este documento visa garantir a atualização do sistema de


vigilância da covid-19 devido ao atual cenário pandêmico no país;

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