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Acessibilidade em Museus
Acervo Museológico
Sumário
Módulo 3 – Difusão das Informações.......................................................................3
Sistema DONATO/SIMBA.......................................................................................... 9
Encerramento do curso........................................................................................... 15
Módulo 3 – Difusão das Informações
Chegamos ao terceiro e último módulo.
Quando falamos em informação associada a museus, logo nos vêm à mente, por ló-
gica, os objetos constituintes do seu acervo, quer estejam em exposição ou não.
Entretanto, surge uma pergunta: como gerir tamanha gama de informações associa-
das a eles?
Importante
Na atualidade, a linguagem mais difundida na web, para troca de informa-
ções - metadados entre museus, é a XML (Extensible Markup Language),
em português: Linguagem Extensível de Marcação Genérica. A linguagem
em formato XML é compatível com programas, softwares, que geram e
editam planilhas, sendo um dos mais conhecidos, o Office Excel.
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Pré-requisitos para um bom Sistema de Documentação
Museológica
O primeiro pré-requisito é o entendimento de que a documentação, “mais do que um
conjunto de informações sobre cada item da coleção, é um sistema composto de
partes inter-relacionadas que formam um todo coerente, que intermedia fontes de
informação e usuários” (FERREZ, 1994).
Clareza e exatidão
As informações sobre os objetos devem ser claras, exatas e as mais completas pos-
síveis. Não podem existir “informações de boca”: tudo deve ser documentado no sis-
tema. Ferrez cita um exemplo: “Um objeto catalogado como brasão, feito de madeira,
e pertencente ao donatário de uma das capitanias hereditárias do Brasil colonial. Ao
perguntarmos sobre essa raridade do século XVI, fomos informados de que se trata-
va de uma réplica recentemente adquirida. Esse pequeno dado, que muda substan-
cialmente a qualidade do objeto, não estava registrado no sistema”. Como podemos
observar, a falta de exatidão na inserção dos dados no sistema pode gerar interpre-
tações equivocadas em relação ao tratamento do objeto, levando a outras falhas em
efeito cascata.
Definição dos campos de informação que irão compor a base de dados do sistema.
“O sistema não só deve poder abrigar um número ilimitado de campos de informação,
como esses precisam ser definidos de acordo com a estrutura informativa dos objetos
e com as necessidades de informação de seus usuários”. (FERREZ, 1994). Exemplos:
número de identificação do objeto, seu nome, procedência, material e técnica, local e
data de produção, autor ou fabricante, histórico, etc.
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Consenso sobre normas
Controle de terminologia
Definidos os campos de informação, a entrada de dados, além de clara, deve ser nor-
malizada, com terminologia controlada. Isso impede que informações relevantes se-
jam perdidas porque vários termos foram usados para designar uma mesma coisa.
Ela se dá por meio de vocabulários controlados, que variam desde simples listas au-
torizadas de termos até instrumentos mais sofisticados, como o Tesauros. Exemplo:
vocês lembram da boneca de pano que entrou no museu? Se a nossa nova boneca
foi catalogada como “bruxinha” ou “marionete”, sendo que as demais bonecas com-
ponentes da coleção foram catalogadas como “bonecas de pano”: a recuperação da
informação ficará prejudicada em razão do não uso de controle de terminologia – vo-
cabulário controlado.
Catálogos
Por mais sofisticado que seja um sistema de documentação, ele se torna completa-
mente inoperante se os objetos perderem seu número de identificação. O número é a
ponte entre o objeto e as suas informações, portanto, a perda do número caracteriza
o risco de dissociação, como vimos anteriormente neste curso.
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Segurança da documentação
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Legislação
Lei n.º 11.904/2009:
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Percebe-se que é uma via de mão dupla, uma simbiose, pois da mesma forma que o
museu serve como fonte para o pesquisador externo, este também pode alimentar as
informações do museu.
Saiba mais
Você sabia que o Instituto Brasileiro de Museus – Ibram abriu seleção
de bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do
CNPq (PIBIC)? A seleção visa estimular o desenvolvimento do pensamento
científico e iniciação à pesquisa de estudantes de graduação do ensino
superior e tem como principal objetivo possibilitar maior interação entre
alunos de graduação e as pesquisas desenvolvidas no campo museal.
Fonte: http://www.museus.gov.br/ibram-abre-selecao-para-projetos-de-iniciacao-cientifica/
Das duas possibilidades citadas, ambas têm vital importância no melhor funcionamento
do museu, pois são componentes capazes de contribuir na construção de uma
instituição museológica mais centrada, dinâmica e observadora da realidade.
Importante
Pensar a pesquisa no museu é compreender que a instituição, com acervo
e temática específicos, é uma fonte de conhecimento, de informações,
geradas pela equipe técnica e disponibilizadas para seus públicos.
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Apesar de todo o desenvolvimento tecnológico atual, a maior parte dos museus ainda
permanece como espaços físicos e presenciais, sendo os objetos do seu acervo
os principais norteadores e desencadeadores dos seus mais variados processos.
Entretanto, diante desta nova realidade, a instituição não pode estar alheia às novas
tecnologias, formas, ferramentas, modalidades e espaços de pesquisas, em especial
no mundo virtual.
Dica
Sistema DONATO/SIMBA
A base de dados DONATO foi pioneira no Brasil, sendo desenvolvida por técnicos do
Museu Nacional de Belas Artes - MNBA, no Rio de Janeiro, para atender às necessidades
de documentação e consultas de técnicos e pesquisadores interessados nas
informações sobre o acervo do museu, ou seja, suas coleções de pintura, escultura,
desenho e gravura.
Com o passar dos anos, a equipe técnica do MNBA detectou a necessidade de melhorar
a organização, o controle, o acesso e a divulgação das informações contidas na sua
base de dados, criando assim o Projeto SIMBA - Sistema de Informações do Acervo
do Museu Nacional de Belas Artes, em 1993.
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BA, gerou o Programa Donato, uma propriedade do MNBA/Ibram. O sistema já foi
distribuído gratuitamente para 121 museus, tanto públicos quanto privados, nacional
e internacionalmente, em plataformas de uso gratuito (MySQL e PHP).
Saiba mais
Para ter acesso ao sistema, o museu formalizava a solicitação ao MNBA,
via correspondência convencional (carta por correio) ou eletrônica (e-mail),
junto com informações que permitiam uma amostragem do acervo,
para avaliação e verificação de compatibilidade no sistema. Aprovada a
solicitação, eram enviados, junto com o Termo de Recebimento, o CD-ROM
com o programa (software) e os manuais de instalação e catalogação.
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A seguir veremos alguns exemplos de “prints” de telas do Sistema Donato/Simba.
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Dica
Considerações finais
Neste curso, vocês aprenderam como um objeto se torna um bem cultural musealizado;
o tratamento que ele recebe nas diversas áreas técnicas da instituição; a importância
da criação de métodos para a documentação; e como essas informações são fontes
de conhecimento e divulgação para o museu e para a sociedade.
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Encerramento do curso
Parabéns, você concluiu o Curso de Documentação de Acervo Museológico.
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