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Apresentação........................................................................................................... 3
O macroambiente.......................................................................................................4
O edifício.....................................................................................................................5
Fatores de degradação...............................................................................................8
Luz e radiação....................................................................................................9
Poluentes..........................................................................................................10
Humanos...........................................................................................................11
Apresentação
Olá!
Iniciamos agora o Módulo 3 do nosso curso de “Conservação preventiva para acervos
museológicos”.
Como já vimos os principais agentes de deterioração que ameaçam os acervos
museológicos, aprenderemos como realizar diagnósticos das condições ambientais.
Vamos lá?
As referências bibliográficas deste curso estão disponíveis na plataforma.
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Módulo 3 – Diagnóstico das condições ambientais
Na sequência, veremos alguns desses fatores e a forma como eles impactam a con-
servação dos bens.
O macroambiente
A partir de 1980, com a publicação da Carta de Burra, o macroambiente passou a ser
considerado para a elaboração de diagnóstico do estado de conservação dos bens,
levando os profissionais de museus (museólogos, conservadores-restauradores etc.)
a identificar e analisar como os fatores externos e ambientais influenciam o estado de
conservação do edifício (considerado também como uma das camadas envoltórias)
e o próprio acervo. Na maioria dos casos, não podemos acabar com a ação destes
fatores, porém a instituição pode estar preparada para mitigar seus impactos.
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Módulo 3 – Diagnóstico das condições ambientais
O edifício
Entre as várias questões a serem analisadas, no que se refere ao edifício que abriga o
museu, deve-se considerar a idade e a técnica construtiva, sua localização e o estado
de conservação que apresenta. É importante também observar reformas e alterações
realizadas na edificação e se essas alterações impactaram de alguma forma a estru-
tura da edificação.
Vários museus são instalados em edificações históricas do período colonial, que fo-
ram adaptadas para o novo uso. Algumas dessas edificações apresentam técnica
construtiva vernacular, como adobe e pau a pique. Esse tipo de material é um exce-
lente isolante térmico, mantendo a temperatura dos ambientes internos sempre equi-
librada devido à inércia térmica.
Uma edificação que sofre variações bruscas de temperatura pode apresentar dilatação
do material construtivo, ocasionando o surgimento de trincas e fissuras nas paredes.
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Módulo 3 – Diagnóstico das condições ambientais
Outro fator importante a ser observado é a umidade, que pode ser do tipo ascendente,
ou seja, que vem do solo e sobe pelas paredes por capilaridade, gera manchas, bolor
e desenvolvimento de micro-organismos, podendo atingir mais de 1 metro de altura,
ou descendente, que ocorre quando há infiltração da água pela cobertura ou através
de fissuras existentes na própria construção.
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Módulo 3 – Diagnóstico das condições ambientais
A incidência de luz natural nas áreas internas da edificação deverá ser medida e ma-
peada, a fim de evitar possíveis danos ao acervo. É recomendável a identificação, mo-
nitoramento e implantação de um programa de controle de pragas (insetos, roedores,
aves e outros animais). O mesmo procedimento deverá ser adotado na avaliação e
identificação de possíveis fatores de riscos relacionados a incêndio na edificação e à
segurança do edifício.
É importante que haja um projeto de prevenção contra incêndios, que deverá conter:
No aspecto segurança, toda equipe deverá estar preparada e atenta para lidar e iden-
tificar problemas na segurança da edificação que levem à ocorrência de furtos, van-
dalismo e acidentes que envolvam o acervo e os visitantes.
O controle dos aspectos relativos à segurança deverá ser realizado com inspeções
periódicas na edificação, com o objetivo de detectar possíveis incidentes antes de
sua ocorrência ou de solucionar problemas já existentes.
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Módulo 3 – Diagnóstico das condições ambientais
Fatores de degradação
Temperatura e umidade relativa inadequadas são algumas das causas mais comuns
da degradação de acervos, e a ação destes fatores, que, inevitavelmente, fazem parte
do ambiente e agem em conjunto, quando não é mantida em níveis aceitáveis, contri-
bui consideravelmente para desencadear ou acelerar o processo de degradação dos
objetos.
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Módulo 3 – Diagnóstico das condições ambientais
Luz e radiação
A incidência de radiação ultravioleta e da luz visível é nociva aos objetos, uma vez que
seus efeitos são constantes, cumulativos e irreversíveis, provocando danos muitas
vezes irreparáveis, principalmente nos objetos orgânicos, como a descoloração, ou
provocando a alteração de propriedades mecânicas, como a elasticidade de um tecido,
ou, ainda, favorecendo a formação de ligações cruzadas nos vernizes e consolidantes.
A extensão destes danos está diretamente relacionada à intensidade e ao tempo de
exposição do objeto a estas radiações.
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Módulo 3 – Diagnóstico das condições ambientais
Luxímetro
Poluentes
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Módulo 3 – Diagnóstico das condições ambientais
Humanos
Nos últimos anos, roubos e furtos de bens culturais no Brasil e no exterior têm ocorrido
com bastante frequência, o que preocupa países e instituições culturais cada vez
mais. Esta situação gerou a necessidade da formulação de estratégias conjuntas
para a prevenção e combate ao tráfico ilícito de bens culturais.
Um bom exemplo é o método 5W2H, que consiste em uma espécie de checklist das
atividades que precisam ser desenvolvidas pela equipe envolvida no projeto, permi-
tindo o planejamento das atividades e estabelecendo o que será feito, por que, onde,
quando, por quem, como e quanto custará. É um método simples, eficaz e flexível, que
permite a inclusão ou omissão de etapas de acordo com a necessidade apresentada,
e pode ser combinado a outros métodos para facilitar sua compreensão.
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Módulo 3 – Diagnóstico das condições ambientais
Vandalismo Roubo
Ausência de seguranças
durante os turnos da manhã
e tarde no museu Ausência de seguranças durante os
MUBAN turnos da manhã e tarde no museu
Segurança
Falta de compromisso dos professores Ausência de sistema de segurança
PLANO DE AÇÕES que levam suas turmas ao museu (camêras e alarmes)
Distração da equipe
Furto
Acidentes envolvendo o acervo e os visitantes
Uma maior participação dos professores poderá ser solicitada imediatamente. Já os reforços
Quando será feito
na segurança e na instalação de sistema de monitoramento dependem da autorização do Ibram.
Por quem será feito Equipe de funcionários do m useu, Ibram e técnicos especializados.
Através de uma conversa com os professores, explicando a necessidade da participação
Como será feito
deles durante a visitação. Envio de projeto e solicitações ao Ibram.
Deverão ser elaborados projetos para cada fator de degradação identificado. Esses
projetos devem ser construídos de forma colaborativa, com todos os membros da
equipe.
Os projetos deverão estar acessíveis para a execução, bem como para consultas,
elucidação de dúvidas e monitoramento dos fatores de degradação (riscos), com o
objetivo de conferir se as estratégias, metas e indicadores traçados no Plano de Con-
servação Preventiva estão sendo alcançados.
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Módulo 3 – Diagnóstico das condições ambientais
Encerramento do Módulo 3
Agora que já entendemos um pouco mais sobre como se planejar para mitigar o pro-
cesso de degradação dos bens musealizados, o próximo módulo tratará dos equipa-
mentos e materiais para conservação preventiva. Vamos continuar?
Até o Módulo 4!
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