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Zacky José Mabui

Sistemas Construtivos Industrializados-Drywall

Licenciatura em Engenharia de Construção Civil

Universidade Pedagógica

Maputo, Agosto de 2023


Zacky José Mabui

Sistemas Construtivos Industrializados-Drywall

Trabalho de Pesquisa a ser apresentado na


Disciplina de Técnicas de Construção Não
Convencionais-TCNC no Curso de Licenciatura
de Engenharia de Construção Civil, na Faculdade
de Engenharias e Tecnologias, sob orientação da
Docente: Arq. Arsénio Nhavoto.

Universidade Pedagógica

Maputo, Agosto, 2023


1

Declaração de Honra
Declaro por honra que este Trabalho de pesquisa é resultado das minhas
investigações e orientações da Docente, o seu conteúdo é original e todas as fontes
consultadas estão devidamente mencionadas nas notas e na Bibliografia.

_____________________________________

Maputo, Agosto de 2023


2

Dedicatória

"Dedicado a todos que buscam conhecimento e engajamento na sociedade,


dedicado também à minha família."
3

Agradecimento
Primeiramente, agradecer a Deus pela vida, por dar força e por iluminar o meu
caminho. De seguida, aos meus pais pela ajuda e orientação que constantemente têm
dado, aos meus docentes e aos meus colegas.

Muito Obrigado!
4

RESUMO
O sistema construtivo conhecido como Drywall é uma alternativa a alvenaria
comum que ano a ano passa a ter uma maior utilização no Mundo, graças as facilidades
e vantagens que esse método garante. O objetivo desta pesquisa buscou detalhar o
sistema Drywall, suas características e vantagens em relação a alvenaria convencional,
sendo algumas delas uma maior mobilidade dentro da obra, menor peso, facilidade em
manter a obra limpa, menor custo global da obra e cronograma mais enxuto. O processo
de fabricação das placas conta com diversas etapas, desde a extração do recurso,
tratamento para a formação do gesso, produção das placas em diferentes dimensões e a
adição de componentes que garantem características para diferentes usos das placas. Sua
montagem também conta com passos que podem variar para cada projeto, porém, na
maioria das vezes consistem na montagem da estrutura metálica que é composta por
montantes e guias, sendo elas fixadas em uma determinada ordem e distancia uma da
outra, fixação das placas de acordo com a necessidade do local e preenchimento do
espaço entre as placas e os montantes, com fibra de vidro ou outro material que melhore
o isolamento acústico e térmico das placas.

Palavras-chave: Construção, Drywall, Sistemas Construtivos, Indústria


5

ABSTRACT

Keywords:
6

Índice
Declaração de Honra..............................................................................................1

Dedicatória.............................................................................................................2

Agradecimento.......................................................................................................3

RESUMO...............................................................................................................4

ABSTRACT..........................................................................................................5

Índice de Figuras...................................................................................................8

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.............................................................................9

1. Introdução................................................................................................9

1.1 Justificativa............................................................................................10

1.2 Problematização.....................................................................................10

1.3 Objetivos................................................................................................11

1.3.1. Objetivo Geral....................................................................................11

1.3.2. Objetivos específicos..........................................................................11

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................12

1. Revisão Bibliográfica............................................................................12

3. Drywall......................................................................................................13

3.1. Processo de Fabricação..........................................................................13

CAPÍTULO III:...................................................................................................26

4. Metodologia de Trabalho.......................................................................26

CAPÍTULO V: CONCLUSÃO...........................................................................27

5. Conclusão...............................................................................................27

6. ANEXOS...................................................................................................28

7. Referências bibliográficas......................................................................29
7

Abreviaturas

NBR- Norma Brasileira;

ABN- Associação Brasileira de Normas Técnicas;

ABRAGESSO- Associação Brasileira de Fabricantes de chapas de Gesso;

COMAT- Comissão de Materiais e Tecnologia.


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Índice de Figuras

Figura-1. Processo de fabricação: NOGUEIRA; DORNELAS; JABOUR; FLORES;


RODRIGUES; MENDES (2004, p. 23).

Figura-2. Placas de gesso (ABRILCASA, 2011).

Figura-3. Parede de Drywall (ABRILCASA, 2011).

Figura-4. Tabela de Perfis

Figura-5. Cuidados no armazenamento dos materiais.

Figura-6. Cuidados no armazenamento dos materiais.

Figura-2.1. Placa RF ( Drywall resistente ao fogo).


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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1. Introdução

A utilização das chapas de gesso na construção civil começou nos Estados Unidos no
início do século XX. A partir de 1920, as chapas de aço começaram a ser utilizadas em
larga escala e se espalhando pelo mundo em seguida. Em meados da década passada,
cerca de 95% das residências norte-americanas já utilizavam paredes, forros e
revestimentos em chapas de gesso. Na Europa, o sistema já está presente há mais de 80
anos. A tecnologia se disseminou também nos países em desenvolvimento, e não só nos
países desenvolvidos (REIS; MAIA; MELO, 2003, p.09) 4.

Esse termo em inglês significa “parede seca”. Que consiste em placas de gesso
acartonado fixados em perfis metálicos. Essa placa de gesso acartonado é definida pela
NBR 14715 (2021) como chapa fabricada industrialmente mediante um processo de
laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas de
cartão, onde uma é virada sobre as bordas longitudinais e colada sobre a outra. Esse
sistema pode ser utilizado como forro de teto ou paredes, que consiste em chapas de
gesso, geralmente de 1,20 metros de largura por 1,80 a 3,60 metros de comprimento e
espessuras que podem variar entre 10 e 18 milímetros. A NBR 14715-1 (2021) ainda
define os três tipos de chapas de gesso acartonado existentes: as Standard (ST), que é a
placa branca para uso geral de áreas secas, a Resistente à Umidade (RU), também
chamadas de placas verde, para utilização em ambientes sujeitos à uma maior umidade,
e a Resistente ao Fogo (RF), para áreas que exigem maior resistência em um eventual
incêndio, também conhecidas como placas rosa. Essas chapas então são parafusadas em
perfis de aço galvanizado em “U”, sendo essas estruturas de aço divididas entre guias e
montantes, as guias montadas na horizontal, na parte superior e no piso do pavimento,
enquanto os montantes são fixados dentro das guias, na vertical, com espaçamento entre
si de no máximo 60 centímetros (Heringer, 2015).
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1.1 Justificativa
Os sistemas construtivos têm apresentado um grande crescimento na área da construção
civil, desde sistemas construtivos tradicionais e Industrializados. Há uma necessidade de
apresentar as características destas construções com principal enfoque ao Drywall, visto
que tem sido um dos principais sistemas empregues na actualidade.

1.2 Problematização
Apesar destes sistemas terem revolucionado a indústria da construção Civil pela sua
facilidade na execução, elas trazem consigo grandes desafios sendo na sua aplicação,
conservação e manutenção. E é necessário que se entenda que o drywall tem sua
características e exigências de modo que sua aplicação seja segura e sustentável.
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1.3 Objetivos
1.3.1. Objetivo Geral
 Estudar o Drywall como sistema construtivo

1.3.2. Objetivos específicos


 Conhecer os tipos de Drywall existentes;
 Conhecer as características do Drywall;
 Conhecer as vantagens e desvantagens do Drywall;
 Estudar a aplicação do Drywall para diferentes ambientes.
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. Revisão Bibliográfica
2.1. Conceitos
 Componente – unidade integrante de determinado sistema da
edificação, com forma definida e destinada a atender funções específicas
(exemplo: bloco cerâmico ou de concreto, telha, folha de porta etc.);
 Elemento – parte de um sistema com funções específicas. Geralmente é
composto por um conjunto de componentes. Exemplos: vedação de
blocos, painel de vedação pré-fabricado, estrutura de cobertura.
 Sistema construtivo – a maior parte funcional do edifício. Conjunto de
elementos e componentes destinados a cumprir com uma macrofunção
que a define. Exemplos: fundação, estrutura, vedações verticais,
instalações hidros sanitárias, cobertura.

Projeto, segundo a ABNT NBR 13531 (2000) é o conjunto de instruções


construtivas definidas e articuladas em conformidade com os princípios e técnicas
específicas da arquitetura e da engenharia para, ao integrar a edificação, desempenhar
determinadas funções em níveis adequados.

Na ABNT NBR 9062 são apresentados os conceitos de pré-fabricado e de pré-


moldado:

• Elemento pré-fabricado – é em geral executado industrialmente, mesmo em


instalações temporárias em canteiros de obra, ou em instalações permanentes de
empresa destinada para esse fim que atende aos requisitos mínimos de mão de obra
qualificada (a matéria-prima deve ser ensaiada e testada quando no recebimento pela
empresa e previamente à sua utilização).

• Elemento pré-moldado – é executado fora do local de uso definitivo, com


menor rigor nos padrões de controle de qualidade (os componentes podem ser
inspecionados individualmente ou em lotes, por inspetores ou empresas especializadas,
dispensando-se a existência de laboratório e demais instalações próprias necessárias ao
controle de qualidade).
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3. Drywall
Conforme BERTOLINI (2013, p.05)1, trata-se de um método de construir diferente da
alvenaria tradicional. Dispensa os tijolos e as armações convencionais e principalmente
o uso de água na obra. Dessa forma, concreto e cimento preparados na obra também são
dispensados. Uma grande diferença dos métodos a seco com relação aos métodos
convencionais é que os métodos a seco, se bem planejados, confecionados e montados,
podem reduzir sensivelmente os desperdícios da construção. Drywall significa parede
seca. Consiste num sistema de vedação composto por uma estrutura metálica de aço
galvanizado com uma ou mais chapas de gesso acartonado aparafusadas em ambos os
lados. Trata-se de um método construtivo que não necessita de argamassa para sua
execução, reduzindo a quantidade de entulhos gerados pelos métodos que envolvem a
alvenaria convencional (SOUZA; FORTES, 2009, p.22) 2. A construção seca é
composta por vários subsistemas, como fundações geralmente do tipo radier,
isolamentos térmicos e acústicos, perfis estruturais em madeira ou aço galvanizado com
tratamento anticorrosivo, fechamentos externos e internos em placas cimentícias,
painéis de madeira ou gesso acartonado, e instalações elétricas e hidráulicas
(ROSENBAUM, 2009)3.

3.1. Processo de Fabricação


As chapas de gesso são produzidas industrialmente passando por rigorosos
controles de qualidade. As matérias-primas utilizadas são o gesso natural
(CaSO4.2H2O), aditivos e cartão duplex de papel reciclado. O gesso proporciona a
resistência à compressão e o cartão resistência à tração. A união dos dois elementos
resulta em chapas muito resistentes. Variam conforme tipo de chapa, tipo de borda,
espessura, dimensão e peso.
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Figura-1. Processo de fabricação: NOGUEIRA; DORNELAS; JABOUR; FLORES;


RODRIGUES; MENDES (2004, p. 23).

3.2. Componentes
3.2.1. Placas

Atualmente a três tipos de placas de gesso (Drywall), que se diferenciam pelo


tom de cobertura do papel cartão. A placa de gesso é comumente feita com uma das
bordas das três bordas diferentes ao tratamento cônico, onde as longas bordas da placa
são afiladas com um vasto chanfro na parte da frente para permitir que materiais de
junção possam ser nivelados. Utiliza-se na borda fio liso, usado em toda a superfície que
receberá uma fina camada (revestimento do skim) de acabamento de gesso, e,
finalmente, chanfrada em todos os quatro lados, usando-se especialmente produtos
especializados (SILVA, 2010).

Figura-2. Placas de gesso (ABRILCASA, 2011)

3.2.1.1. Placa Branca (ST):

É a variedade mais básica (Standard) dentre as três, amplamente empregada em


forros e paredes de ambientes secos e que serão acabados com pintura posteriormente.

3.2.1.2. Placa Verde (RU):

Popularmente conhecidas pelo termo “placa de Drywall verde”, as placas de


gesso acartonado resistentes à humidade (RU) possuem coloração esverdeada apenas
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para sinalização visual que as diferenciam das demais. No processo de fabricação dessas
chapas, são incluídos na mistura do gesso alguns aditivos de impermeabilização que
normalmente são à base de silicone, que reduzem a taxa de absorção da água pelo
material. Dessa forma, enquanto as chapas Standard apresentam uma taxa de absorção
de água de até 70%, a placa de Drywall verde deve apresentar a taxa máxima de até 5%
de absorção. As paredes em Drywall do tipo RU não são à prova de água, ou seja, não
devem ser utilizadas em ambientes como saunas, pois nesses locais a umidade costuma
ser constante, e nem mesmo em ambientes externos.

3.2.1.3. Placa Rosa (RF):

Essa placa de gesso, tem a característica de ser resistente ao fogo (RF) e possui
uma situação análoga a descrição da chapa RU. Sendo sua composição química a
principal responsável por suas características de resistência ao fogo, sendo sua
coloração rosada apenas como sinalização visual para diferenciá-la. No caso dessa
chapa específica, sua espessura, que pode ser de 12,5 e 15mm, interfere diretamente em
seu desempenho de acordo com ensaios feitos pela ABNT.

Figura-2.1. Placa RF ( Drywall resistente ao fogo).


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Figura-3. Parede de Drywall (ABRILCASA, 2011)

3.2.2. Elementos Estruturais

Segundo COMAT (2012, p. 10) 14, são perfis fabricados a partir de chapas de
aço revestidas com zinco para atender à NBR 15217, essas chapas devem ser de
espessura mínima de 5mm. A designação do revestimento deve ser conforme a NBR
7008:2003.
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Figura-4. Tabela de Perfis

3.3. Combinação do Drywall para diferentes ambientes


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DESCRIÇÃO: Constituída por duas chapas drywall Knauf fixadas de cada lado
de uma estrutura formada por perfis de aço galvanizado com larguras de 48, 70 ou 90
mm. Seu isolamento acústico varia de 42 a 47 dB, sem lã mineral. Com lã mineral, sobe
a até 55 dB nas paredes de maior espessura. Indicada para separar unidades distintas ou
a unidade da área comum (hall de elevador ou corredor).

Constituída por duas chapas fixadas de cada lado de uma estrutura dupla. Seu
isolamento acústico atinge níveis superiores a 60dB (A). Indicado para paredes
hidráulicas, facilitando a incorporação de instalações em seu interior. Nestas paredes,
recomenda-se o uso de chapas RU, em áreas húmidas ou ST em demais localidades. O
sistema W116 atinge grandes alturas, atendendo a necessidades diferenciadas como as
de cinemas, edifícios industriais, entre outros.

DESCRIÇÃO: Parede especial de alto desempenho, normalmente utilizada em


situações que requerem isolamento acústico superior, como em cinemas, salas de
concerto, auditórios e outras.
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3.4. Cuidados com o Drywall

Figura-5. Cuidados no armazenamento dos materiais.

Figura-6. Cuidados no armazenamento dos materiais.

Nessa distribuição verifica-se a dependência das ações, a ordem que elas devem ser
executadas e os itens para se verificar antes de prosseguir de atividade. Para Júnior,
(2008) iniciar a execução do Drywall começa muito antes da chegada do material no
canteiro. É preciso projetar de acordo com o sistema e definir parâmetros importantes
do projeto, como tipos de placas (se existe isolamento termo acústico ou se a parede
deve ser resistente ao fogo ou umidade), espessuras finais e dimensões dos montantes.
Isso sem contar que deve ser feita com a devida compatibilização de outros projetos, os
de instalações como hidráulica, elétrica, luminotecnia, ar condicionado, som,
acabamentos, entre outras.

O objetivo é prever detalhes, verificar limitações, respeitar juntas, prever/estudar


sistemas de instalações, prever/estudar sistemas de embutir ou pendurar e definir juntas
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de movimentação (Guia Placo, 2014). O contra piso deve ser concluído


antecipadamente não só pelo uso da água em sua execução, mas também por que
necessita que o terreno esteja devidamente nivelado. É necessário todo cuidado já que as
placas de gesso não podem de forma alguma molhar na execução, seja com chuva ou
umidade excessiva. Para isso, aberturas como janelas e portas devem estar corretamente
protegidas, assim como qualquer outro serviço que envolva água, como a estrutura de
concreto, alvenaria, contra pisos e revestimento de argamassa, deve ter sido concluído,
principalmente nos encontros com as paredes de Drywall (JUNIOR, 2008). Alguns
cuidados devem ser tomados no canteiro de obra, como no recebimento dos
componentes, deve-se verificar a integridade antes de iniciar a descarga; no transporte
das chapas, os paletes devem ter cantoneiras de proteção nos pontos em contato com
cordas e fitas de amarração utilizadas para a descarga e movimentação do produto;
podem ser empilhados no máximo em três paletes e sobre apoios de no mínimo 10 cm
de largura, espaçados a aproximadamente 40 cm, é importante manter o alinhamento
dos apoios ao empilhar vários paletes e não se deve, jamais, empilhar chapas curtas em
conjunto com chapas longas ou fora de alinhamento. Os paletes podem ser
transportados manualmente ou por empilhadeira, no caso do transporte manual, as
chapas devem ser levadas na posição vertical (KNAUF, 2014).

3.5. Início do Drywall em Divisórias

Principiar a execução do Drywall, que começa muito antes da chegada do


material no canteiro. É preciso projetar de acordo com o sistema e definir parâmetros
importantes do projeto, como tipos de placas (se existe isolamento termo acústico ou se
a parede deve ser resistente ao fogo ou umidade), espessuras finais e dimensões dos
montantes. Isso sem contar que deve ser feita com a devida compatibilização de outros
projetos, os de instalações como hidráulica, elétrica, luminotecnia, ar condicionado,
som, acabamentos, entre outras. O objetivo é prever detalhes, verificar limitações,
respeitar juntas, prever/estudar sistemas de instalações, prever/estudar sistemas de
embutir ou pendurar e definir juntas de movimentação (Guia Placo, 2014). É necessário
todo cuidado já que as placas de gesso não podem de forma alguma molhar na
execução, seja com chuva ou umidade excessiva. Para isso, aberturas como janelas e
portas devem estar corretamente protegidas, assim como qualquer outro serviço que
envolva água, como a estrutura de concreto, alvenaria, contra pisos e revestimento de
argamassa, deve ter sido concluído, principalmente nos encontros com as paredes de
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Drywall (JUNIOR, 2008). O contra piso deve ser concluído antecipadamente não só
pelo uso da água em sua execução, mas também por que necessita que o terreno esteja
devidamente nivelado. As saídas das instalações (hidráulicas, sanitárias, gás, elétricas,
ar-condicionado, sprinklers etc.) devem estar posicionadas de acordo com o projeto.
Quando se faz a opção por uma tecnologia, está só sobrevive se for concebida para
trabalhar de forma integrada com os demais programas que compõem a edificação
(Francisco Paulo Graziano, presidente da ABECE, Associação Brasileira de Engenharia
e Consultoria Estrutura, 2000). As guias são os perfis metálicos utilizados na horizontal,
são fixadas no teto (guia superior) e no piso (guia inferior), com certos cuidados e
recomendações (HOLANDA, 2003). Recomenda - se colocar antes de fixar a guia uma
fita de isolamento na parte de contato com o piso e o teto, com largura compatível ao
perfil metálico. Ela aumenta o desempenho acústico da parede, controlando a passagem
de som e ajuda a não permitir a deformação das paredes em relação à flexão
(TANIGUITI, 1999). A locação das guias tem função de direcionar a divisória de gesso
acartonado, feitas com base em pontos de referência como vãos de portas e pontos de
fixação de cargas pesadas, já previstos em projeto para serem adotados na obra
(HOLANDA, 2003). Na execução é preciso deixar um espaço entre as guias na junção
das paredes em "L" ou "T" para o plaqueamento do gesso acartonado. A fixação é feita
com parafuso e bucha ou pino de aço (pistola de fixação) a cada 60 cm e possuir no
mínimo três pontos de fixação (TANIGUITI, 1999). Na opinião de Silva (2008) “Essa é
uma das atividades mais importantes, exigindo muita precisão em sua realização, na
qual será determinante para o perfeito posicionamento das divisórias de gesso
acartonado.” No caso de montantes duplos, é necessário unir as peças com parafusos
observando um espaçamento de 40 cm entre os parafusos (KISS, 2000). Silva (2000),
afirma que: As paredes de gesso acartonado possuem uma resistência mecânica muito
elevada, capaz de suportar até 30 kg para cada ponto de aplicação. Sendo assim quando
houver a necessidade de suportar cargas superiores, devem ser instalados reforços de
madeira ou metálicos.

A fixação de cargas suspensas poderá ser feita na placa de gesso, desde que
respeitados os limites recomendados de cargas de uso. Neste caso, já será citado no
projeto os locais que não existirá essa etapa, já que não vão precisar de reforços e a
fixação será por meio de chumbadores e buchas desenvolvidas para fixação de peças
nas paredes (KISS, 2000). Para Filho, (1997) em caso de peças que ultrapassem os
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limites estabelecidos pelos fabricantes, devem ser previstos em projeto reforços


internos, como sarrafos ou placas de madeira tratada ou mesmo perfis metálicos. Essas
serão colocadas entre os perfis metálicos e a face da divisória em gesso acartonado.

3.6. Vantagens

Para Stenio de Almeida (2014), Diretor geral da Placo do Brasil, empresa do


grupo Saint Gobain com produtos em Drywall, afirma que: O sistema Drywall tem um
conjunto de características que impacta positivamente em: aumento da produtividade,
desempenho acústico, flexibilidade de layouts, redução de peso, redução de espaços
consumidos por paredes e infinitas possibilidades estéticas - demandas obrigatórias em
construções e reformas de edifícios sem desperdício de tempo e materiais. O Drywall
possui grandes vantagens, grande parte em função de ser uma forma de construção
racionalizada, com suas tarefas executadas somente uma vez, com o mínimo de
retrabalho ou esperas, e de atender as normas com facilidade. O bom disso é não
somente a viabilidade financeira, mas também benefícios físicos que geram economias
indiretas que interferem no custo global da obra. (JUNIOR, 2008). Uma vez que sua
execução é interligada com subsistemas (como estrutura, instalações prediais e
revestimento) e a padronização e sequenciamento de atividades são bem gerenciadas; o
aumento da produtividade nos processos, velocidade na execução, gestão da qualidade,
diminuição dos problemas patológicos e de desperdícios aparecem em virtude a
otimização dos custos e o aproveitamento da qualidade do produto Drywall (JUNIOR,
2008).

3.6.1. Rapidez na Execução

A divisória em gesso acartonado possui um processo de execução rápido,


começando pelos materiais empregados. Como os materiais são pré-fabricado eles veem
devidamente dentro das normas, diminuindo a preocupação de conferência (SILVA,
2000). O transporte interno em uma obra vertical se sobressai comparando com uma
parede feita em alvenaria, tanto em questão de quantidade quanto de limpeza. A redução
do transporte vertical e horizontal no canteiro de obras já desencadeia o menor número
de mão de obra, riscos, barulho, sujeira e confusão. Fatores não quantificados em
dinheiro diretamente, mas em tempo e em qualidade de trabalho e do produto final
(VIEIRA, 2006). Mais uma vantagem do sistema Drywall é a facilidade também em
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reformas e reparos, limpos e ágeis. A agilidade é um ponto positivo se tratando na


diminuição do transtorno de reparos. Outro benefício é a facilidade em detalhes
decorativos, como nichos, luz direta e paredes em curva (GUIA PLACO, 2014). Em
obras com prazo de entrega apertado, como empreendimentos hoteleiros e comerciais e
até cinemas, o gesso acartonado foi bastante aceito. (LEAL, 2005).

3.6.2. Desperdícios Mínimos

Os perfis utilizados chegam em feixes amarrados e os painéis, em paletes, por


chegarem separadamente, acabam favorecendo a estocagem e manejo, conduzindo para
menores perdas e retrabalho. A montagem do sistema também não acarreta geração de
entulho e desperdícios, isso porque não é utilizado material como cimento, cal e areia
para assentamento de blocos cerâmicos e não é preciso “rasgar e quebrar” para a
execução das instalações prediais. O procedimento de sequência lógica desenvolvido na
execução facilita muito na questão de eliminar retrabalho, já que tudo é conferido antes
da próxima etapa, exemplo disso é a etapa da colocação das tubulações antes do
fechamento da parede com a segunda placa de gesso acartonado fazendo que não ocorra
corte posterior para a passagem de alguma instalação (VIEIRA, 2006). Os perfis
utilizados chegam em feixes amarrados e os painéis, em paletes, por chegarem
separadamente, acabam favorecendo a estocagem e manejo, conduzindo para menores
perdas e retrabalho. A montagem do sistema também não acarreta geração de entulho e
desperdícios, isso porque não é utilizado material como cimento, cal e areia para
assentamento de blocos cerâmicos e não é preciso “rasgar e quebrar” para a execução
das instalações prediais. As perdas no canteiro de obras com relação as chapas de gesso
acartonado, segundo a Associação Drywall, é da ordem de 3% a 5% do consumo, os
retalhos de chapas de gesso acartonado resultantes do processo de montagem do sistema
correspondem por uma parcela significativa da geração do resíduo (ABRAGESSO,
2011). O impacto gerado pela deposição do resíduo de chapas de gesso acartonado em
aterros, se dá em função do gesso e dos aditivos presentes na composição, o papel é
desconsiderado já que é biodegradável (DUARTE, 2014).

3.7. Vantagens do Drywall comparado com a Alvenaria


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Figura-7. Vantagens do Drywall

3.8. Desvantagens do Drywall


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26

CAPÍTULO III:
4. Metodologia de Trabalho
 Pesquisa quantitativa e qualitativa;
 Pesquisa explicativa e exploratória;
 Consulta de Literaturas relacionadas com o tema em estudo
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CAPÍTULO V: CONCLUSÃO
5. Conclusão
Constata-se que a aplicação do Drywall constitui uma vantagem enorme em
relação aos demais processos construtivos industrializados, pois a sua fase de aplicação
é rápida e eficiente visando reduzir os custos de operação e construção. Para além destas
vantagens o Drywall constitui uma vantagem muito importante na construção e para o
ambiente, que é o facto desta construção ser sustentável, pois há uma redução enorme
de resíduos sólidos e redução de desperdícios na construção. De modo geral, este
processo construtivo é ideal para construções actuais e para as construções futuras.
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6. ANEXOS

Processo de Fabricação do Drywall

Tipos de Drywall

Parede de Drywall e Componentes de Fixação


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7. Referências bibliográficas

 NOGUEIRA; DORNELAS; JABOUR; FLORES; RODRIGUES; MENDES (2004,


p. 23).

 Sites:
 www.knauf.com.br

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