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RESUMO
O presente estudo trata sobre análise voltada para a parte de execução da alvenaria
de vedação estudando formas para solucionar as patologias que encontramos hoje em
diversas edificações que utilizaram esse elemento, mesmo seguindo as recomendações
apresentadas na sua norma ABNT NBR 8545/1984 que está vigente desde julho de 1984.
A problemática que motivou essa pesquisa consiste principalmente no fator dessa norma
não ter sofrido modificações nos últimos 37 anos, mesmo sendo de conhecimento dos
profissionais na área de construção que, os outros sistemas utilizados em conjunto com a
vedação na execução dos prédios, foram ganhando atualizações periódicas e tornaram as
construções dos mesmos cada vez mais altos, mais esbeltos, com maiores vãos e, por
conta disso, mais problemas nas alvenarias de vedação. O objetivo desse trabalho é
pesquisar os processos executivos de construção da alvenaria de vedação apresentados na
norma vigente, estudar os principais problemas encontrados, buscando propor mudanças
na norma para resolve-los.
A metodologia utilizada envolveu principalmente, estudos através da norma
vigente NBR 8545/1984, participação nas reuniões referentes a sua atualização,
procurando compreender seu enfoque para minimização de manifestações patológicas,
analisando trabalhos referentes as patologias encontradas nesse elemento construtivo e
suas soluções propostas, com intenção de examinar sua inclusão na atualização da norma,
método adequado de receber, armazenar e aplicar todos os materiais envolvidos na
execução das alvenarias de vedação, assim como, as devidas providências necessárias
previamente e etapas de cada realização, o tempo necessário de espera que cada passo
executivo requer e as ferramentas e equipamentos necessários para sua correta execução.
Como resultados, após os devidos estudos e análises, foi desenvolvido uma proposta de
redação para a nova norma de blocos cerâmicos de vedação para a parte de execução e
devidas justificativas para essas recomendações quando necessárias.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 7
1.1 Área de pesquisa ......................................................................................................... 8
1.2 Limitação do Tema ..................................................................................................... 8
1.3 Objetivos..................................................................................................................... 8
1.3.1 Objetivo Geral ......................................................................................................... 8
1.3.2 Objetivos Específicos .............................................................................................. 8
1.4 Justificativa ................................................................................................................. 8
2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 9
2.1 Aspectos Históricos da Alvenaria .............................................................................. 9
2.1.1 Pirâmides de Gizé .................................................................................................. 10
2.1.2 Aqueduto de Segóvia ............................................................................................. 10
2.1.3 Coliseu ................................................................................................................... 11
2.1.4 Edifício Monadnock .............................................................................................. 11
2.1.5 Primeiros Edifícios Residenciais no Brasil ........................................................... 12
2.2 Aspectos Históricos do Concreto Armado ............................................................... 13
2.3 Alvenaria .................................................................................................................. 15
2.3.1 Alvenaria de Vedação ............................................................................................ 16
2.3.2 Alvenaria de Vedação Tradicional ........................................................................ 16
2.3.3 Alvenaria de Vedação Racionalizada .................................................................... 17
2.4 Materiais Associados ................................................................................................ 19
2.4.1 Bloco Cerâmico de Vedação ................................................................................. 19
2.4.2 Argamassa de Assentamento ................................................................................. 20
2.4.3 Chapisco ................................................................................................................ 22
2.4.4 Graute .................................................................................................................... 23
2.4.5 Armadura ............................................................................................................... 23
2.5 Ferramentas e Equipamentos .................................................................................... 24
2.6 Execução ................................................................................................................... 25
2.6.1 Marcação ............................................................................................................... 26
2.6.2 Assentamento ........................................................................................................ 27
2.6.3 Encunhamento das Paredes ................................................................................... 29
2.7 Patologias ................................................................................................................. 29
3 METODOLOGIA........................................................................................................ 33
4 RESULTADOS ........................................................................................................... 36
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1 INTRODUÇÃO
O Brasil possui uma cultura bastante difundida para o uso da alvenaria tradicional
como principal componente de vedação interna e externa das edificações
(NASCIMENTO, 2002).
Com os edifícios se tornando mais altos e esbeltos, com menores pilares e vigas,
assim como, menores espessuras nas lajes, os vãos estão cada vez maiores, tornado as
edificações mais deformáveis. Entretanto os estudos das alvenarias de vedação não
tiveram um grande crescimento, ainda sendo, por muitas vezes, usadas de forma empírica.
Em decorrência disso, há uma intensificação na quantidade de patologias nas construções.
Quando os edifícios eram mais baixos e tinham vãos menores, não se tinham tantos
problemas, mas com a grande verticalização sofrida nas últimas décadas, observa-se que
este fator contribui para o surgimento de patologias nas alvenarias.
1.3 Objetivos
1.4 Justificativa
sofrida nas últimas décadas, percebe-se que este fator contribuiu para o surgimento de
mais patologias na alvenaria de vedação.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A alvenaria vem, historicamente, sendo utilizada nas construções das mais simples
casas até grandes aquedutos e igrejas. Acredita-se que o tijolo seja o produto
manufaturado mais antigo do mundo. Com o passar dos séculos, a alvenaria foi
empregada em várias construções, com função estrutural e de vedação como por exemplo
as obras salientadas a seguir:
A Pirâmide de Queóps, a maior das três pirâmides, é a mais antiga das Sete
Maravilhas do Mundo Antigo e a única que permanece em grande parte intacta. Possui
146 metros de altura, uma base quadrada com 230 metros de lado e pesa cerca de 6,5
milhões de toneladas.
O trecho que fica acima do solo mede 728 metros de comprimento, possui 166
arcos que atingem alturas de até 29 metros e 120 pilares com 9 metros de altura. O
Aqueduto de Segóvia foi executado por blocos de granito, manteve seu funcionamento
ao longo dos séculos, fornecendo abastecimento para Segóvia até meados do século XIX
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2.1.3 Coliseu
O edifício descontinuou seu uso para entretenimento na era medieval, porém, foi
reutilizado mais à frente ao longo dos anos com finalidade de habitação, de sede para uma
ordem religiosa, de fortaleza, de pedreira, entre outros.
Entre 1756 e 1774 John Smeaton fez experiências com calcários argilosos e
cimentos, chegando a construir um farol em Eddystone. Em 1824, Joseph Aspdin
estabilizou o processo de fabricação do que ficou conhecido como cimento Portland, isto
é, uma mistura de calcário pulverizado com argila, tratada a altas temperaturas que produz
um cimento capaz de endurecer dentro d’água, também chamado de clincker. Tal como
o aço, o concreto começa a ganhar expressão como material construtivo em meados do
século XIX, justamente quando a industrialização chega à construção civil.
O sistema Monier, que teria também inspirado o sistema Hennebique, teve uma
rápida difusão internacional, incluindo uma filial no Brasil, montada em 1913 por
Lambert Riedlinger. Firma essa que, em 1928, tornou-se a Companhia Construtora
Nacional (SANTOS, 1961).
2.3 Alvenaria
SABBATINI (1984) diz que a alvenaria pode ser entendida como a parede
formada por pedras ou blocos, naturais ou artificiais, ligadas entre si por juntas ou
interposição de argamassa, formando um conjunto rígido e coeso. Originada do termo
árabe al-bannã, a palavra alvenaria significa aquele que constrói (bannã significa
construir).
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Nesse tipo de sistema, é possível realizar cortes na alvenaria sem que haja prejuízo
à estabilidade da estrutura, visto que as lajes, vigas e pilares foram dimensionados para
resistir aos esforços solicitantes do edifício.
instalações, coordenação modular e demais detalhes para uma execução com o melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis (NBR 15270/2017).
argamassa muito fraca resulta em uma baixa aderência entre os blocos e pouca resistência
a compressão, prejudicando a eficiência da parede portante. A plasticidade que a
argamassa obtiver será a responsável por permitir que as tensões sejam transferidas de
modo uniforme de um bloco para o outro.
emprego da argamassa. Para paredes externas não revestidas e/ou em contato com
umidade, a argamassa deve ser impermeável e insolúvel em água (NBR 8545:1984).
2.4.3 Chapisco
Nos casos em que o substrato se encontra muito liso, usa-se o chapisco, que
normalmente é uma mistura de argamassa com cimento e areia no traço 1:3 (uma de
cimento e três de areia) e espessura máxima de 5 mm, para proporcionar rugosidade e
porosidade, desenvolvendo assim a aderência necessária (BAUER, 2005).
2.4.4 Graute
2.4.5 Armadura
2.6 Execução
Lordsleem Júnior (2004) diz que quando se constrói uma parede de vedação de
alvenaria, procura-se atender os critérios de desempenho e que não apresente problemas
patológicos no futuro. Ou seja, procura-se obter uma parede com locação, planeza, prumo
e nivelamentos adequados ao revestimento que será empregado, juntas e fixação
executadas de forma correta. Ainda para o autor a execução da alvenaria segue três etapas,
a locação da primeira fiada, a elevação e a fixação. É necessário, o preparo da superfície
para receber a alvenaria. Ela consiste em quatro etapas: a limpeza do local, a melhoria da
aderência estrutura/alvenaria, a definição das galgas e a fixação das alvenarias aos pilares.
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2.6.1 Marcação
modulação horizontal prevista para a primeira fiada no projeto de alvenaria deve ser
rigorosamente observada (THOMAZ, 2009).
2.6.2 Assentamento
A NBR 8545/1984 ainda garante que devem ser moldadas ou colocadas sobre vãos
de portas e janelas, vergas e contravergas. Elas servem para aliviar as tensões transmitidas
da alvenaria para as esquadrias. Devem exceder a largura do vão de pelo menos 20 cm de
cada lado e altura mínima de 10 cm. Quando os vãos entre as vergas e contravergas forem
relativamente próximos, recomenda-se a união das vergas em uma só, o mesmo se faz
para as contravergas.
2.7 Patologias
• Internas: ocorrem por retração das argamassas do próprio bloco e ação de temperatura
e umidade.
• Externas: ocorrem, principalmente, por causas externas (choques, cargas suspensas,
transferência de cargas pela estrutura).
Em continuidade o autor mostra que, uma outra classificação possível, diz respeito
as fissuras estarem ou não estabilizadas, conforme o seguinte:
repete com relativa frequência a falta de diálogo entre os autores dos projetos
mencionados e os fabricantes dos materiais e componentes da construção, vindo a norma
de desempenho NBR 15575 (ABNT, 2013) colaborar para que o citado problema venha
sendo paulatinamente reduzido em nosso meio. (THOMAZ, 2020)
Nascimento (2002), diz que qualquer que seja o material estrutural, é possível
indicar alguns fatores que predominantemente contribuem para a fissuração:
3 METODOLOGIA
Irei pesquisar através da norma vigente NBR 8545/1984 e participar das reuniões
referentes a sua atualização, procurando, compreender seu enfoque para minimização de
manifestações patológicas. Será analisado trabalhos referentes as patologias encontradas
nesse elemento construtivo e suas soluções, com intenção de examinar sua inclusão na
atualização da norma, ou seja, na nova maneira de realizar a execução de alvenaria sem
função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos buscando a sua segurança, estanqueidade,
durabilidade, conforto, manutenibilidade, desempenho estrutural e demais requisitos
esperados por esse elemento construtivo.
Será visto, para elevação das alvenarias, providências que devem ser tomadas,
como por exemplo: disponibilidade de gabaritos para os vãos de portas e janelas,
disponibilidade de andaimes, recorte prévio das telas para as ligações com pilares ou
ligações entre paredes com juntas a prumo, entre outras.
Até que altura é aconselhável a sua elevação em um dia, quais trechos devem ser
construídos simultaneamente, cuidados em pavimentos mais elevados em relação a região
com ventos fortes e necessidade de escoramentos ou fixações provisórias, maneira de
assentar os blocos, considerações de detalhes previstos em projeto que precisam ser
observadas e condições do ambiente de trabalho, também serão estudados.
argamassas de fixação, de modo a que a fixação como um todo seja capaz de absorver as
tensões geradas pelos deslocamentos por que passam as estruturas ao longo da vida útil
das edificações.
4 RESULTADOS
2.1.1 Recebimento
2.1.2 Armazenamento
Os blocos ou tijolos de vedação devem ser estocados em pilhas com altura máxima de
1,80 m, apoiadas sobre superfície plana, limpa e livre de umidade ou materiais que
possam impregnar a superfície dos blocos. As pilhas devem ser apoiadas diretamente
sobre o terreno seco, regular e plano sobre pallets.
Quando a estocagem for feita a céu aberto, deve-se proteger as pilhas de blocos contra as
chuvas por meio de uma cobertura impermeável, de maneira a impedir que os blocos
sejam assentados com excessiva umidade.
Qualquer que seja o sistema de transporte dos blocos, deve-se evitar que os mesmos
sofram impactos que venham a provocar lascamentos, fissuras, etc.
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2.2 Aço
2.2.1 Recebimento
2.2.2 Armazenamento
O aço deve ser armazenado em local coberto, protegido de intempéries e afastado do solo,
para que não fique em contato com umidade.
O armazenamento do aço deve ser feito em feixes separado por cada bitola, facilitando o
uso.
2.3.1 Armazenamento
2.4 Areia
2.4.1 Armazenamento
A areia deve ser armazenada em local limpo, de fácil drenagem e sem possibilidade de
contaminação por materiais estranhos que possam prejudicar sua qualidade. Os agregados
devem ser convenientemente cobertos ou contidos lateralmente.
3.1 Chapisco
No caso de chapisco rolado produzido em obra, o traço pode variar de 1:2 até 1:3
(cimento: areia, em volume), sendo esta argamassa preparada com um volume de resina
acrílica ou PVA e água.
O assentamento dos blocos pode ser executado com colher de pedreiro, meia–cana,
bisnaga, régua de assentar ou “palheta”.
4 Fiada de marcação
O assentamento da primeira fiada deve ser executado após rigorosa locação das
alvenarias, feita com base na transferência de cota e dos eixos de referência para o
pavimento onde estão sendo realizados os serviços (figura 8). A posição de cada parede
deve ser delimitada independentemente dos eventuais desvios da estrutura. Caso o projeto
de estrutura ou de alvenaria preveja a constituição de juntas de dilatação ou de controle,
a marcação da alvenaria deve respeitar com rigor o posicionamento e a abertura das
juntas. A modulação horizontal, prevista para a primeira fiada no projeto de alvenaria,
deve ser rigorosamente observada.
Com base nos eixos de referência, e em cotas acumuladas é marcada a posição das paredes
inicialmente pelos seus eixos e depois pelas suas faces. A marcação deve ser iniciada
pelas paredes de fachada e pelas paredes internas principais, incluindo paredes de
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Inicialmente, marcam-se as faces das paredes a partir dos eixos ortogonais de referência,
usando-se sempre os valores das cotas acumuladas, materializando-os pelo
posicionamento dos blocos de extremidade.
Com dois blocos externos devidamente posicionados, passa-se uma linha unindo suas
faces externas, determinando o alinhamento daquela primeira fiada, que deverá ser
completada.
Essas amarrações deverão ser posicionadas na altura das juntas pares, a partir da primeira
junta, considerando-se que a primeira seja a de assentamento da fiada de locação. As telas
devem possuir 50 cm de comprimento, assentadas na junta de argamassa, 10 cm na
fixação ao pilar e largura igual à da parede de alvenaria menos 1 cm.
5 Equipamentos e ferramentas
Para elevação das alvenarias devem estar disponíveis todos equipamentos e ferramentas
necessários para o assentamento dos blocos, incluindo colher de pedreiro, meia-cana,
bisnaga, linha, esticadores de linha, réguas de alumínio, prumo de face, escantilhões,
broxa, nível de bolha e nível de mangueira, esquadros de braço longo, furadeira elétrica,
pistola finca-pinos, etc. Tomando por referência a primeira fiada, assentada com os
cuidados anteriormente mencionados, podem ser marcadas nos próprios pilares as cotas
das demais fiadas; é interessante contudo o emprego de escantilhões, suportados por
tripés ou introduzidos sob pressão no reticulado vertical da estrutura (escantilhão
telescópico).
Para o início dos serviços de elevação das alvenarias, todas as providências de logística
devem ter sido tomadas, por exemplo, instalação no andar de guarda-corpos ou bandejas
de proteção, eventual fixação de plataforma de recepção de blocos, forma de transporte e
preparação da argamassa de assentamento (argamassadeiras, caixotes de massa sobre
suporte com altura regulável, etc), disponibilidade de gabaritos para os vãos de portas e
janelas, disponibilidade de andaimes, prévio recorte de telas para as ligações com pilares
ou ligações entre paredes com juntas a prumo e outras.
Quando o projeto prever telas no interior das juntas de argamassa para a ligação de
paredes (quando ocorrer junta a prumo), essas devem ser totalmente embutidas em
argamassa.
Nos pavimentos mais elevados, nas paredes altas ou nas regiões mais expostas a ventos,
deve-se tomar cuidado para as alvenarias, em fase de elevação, não serem danificadas
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No caso da construção das vergas e contravergas com blocos tipo canaleta, deve-se limpar
e umedecer as canaletas antes do lançamento do graute. Para alvenarias com largura
inferior a 11,5 cm e vãos acima de 80 cm recomenda-se que as vergas e contravergas
sejam pré-moldadas ou moldadas no local com o auxílio de formas na espessura da
parede.
Para vãos de até 100 cm podem ser moldadas contravergas com altura em torno de 7 a 9
cm, utilizando-se blocos compensadores; acima dessa medida, recomenda-se que as
contravergas tomem toda a altura da fiada, conforme ilustrado na figura 11.
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A elevação das alvenarias só deve ser realizada após conveniente cura do concreto da
estrutura, recomendando-se para tanto o período mínimo de 28 dias. Em atendimento a
esse prazo, e considerando os ciclos usuais de concretagem de 7 dias, exemplifica-se na
figura 12 as etapas de concretagem da estrutura, marcação e elevação das alvenarias.
7 Fixações
O ideal é que a fixação (“encunhamento”) seja feita de cima para baixo, após 14 dias da
elevação da parede do último pavimento, porém, caso não seja possível realizar dessa
forma devido ao planejamento da obra, recomenda-se fixar (“encunhar”) em grupos de
três pavimentos, de cima para baixo, estando três pavimentos acima com alvenaria já
elevada. De qualquer forma, o pavimento térreo e o primeiro pavimento só podem ser
fixados (“encunhados”) ao final do serviço de fixação (figura 13).
Especial atenção deve ser dada para manutenção da folga entre o respaldo da alvenaria e
a base de vigas ou lajes, conforme previsto no projeto das alvenarias. As quatro últimas
fiadas podem ser ajustados para garantir a espessura da junta de fixação
(“encunhamento”) entre 2 e 3 cm. Caso ocorram variações dimensionais da estrutura ou
da própria alvenaria, correções podem ser feitas com blocos compensadores específicos
para última fiada, fornecidos com diferentes alturas (4 cm, 9 cm, etc.).
8 Embutimento de tubulações
Para execução dos sistemas prediais existem diversos recursos, como o emprego de
shafts, forros falsos, pisos suspensos, engrossamento sobressalente às paredes, “bonecas”,
emprego de blocos mais estreitos nos locais das tubulações e outros.
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As tubulações tanto para instalação hidráulica como para instalação elétrica, podem ser
embutidas nos vazados dos blocos de vedação (no caso de blocos com furo vertical),
recomendando-se, sempre que possível, o caminhamento das tubulações horizontais
através das lajes; no caso de blocos, pelo seus vazados, sem quebra da modulação da
alvenaria e sem necessidade de recortes nas paredes.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uma vez que, os profissionais na área de construção civil utilizam as normas para
realizar de maneira correta a construção de todos os edifícios, fica claro a importância
desses documentos deixar bem informado os materiais, métodos executivos e demais
informações necessárias para essas obras ocorrerem nos dias de hoje sem problemas
patológicos. A NBR 8545/1984, atual norma vigente para execução de alvenaria de
vedação, contêm soluções e procedimentos antigos que precisam ser atualizados em uma
nova norma, para proporcionar metodologias executivas e a adoção de materiais corretos.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. NBR 7480: Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado –
Especificação. Rio de Janeiro, 2007.
______. NBR 8545: Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos
cerâmicos – Procedimento. Rio de Janeiro, 1984.
______. NBR 15270-1: Componentes Cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria – Parte
1: Requisitos. Rio de Janeiro 2017.
______. NBR 15270-2: Componentes Cerâmicos – Blocos e tijolos para alvenaria – Parte
2: Métodos de ensaio. Rio de Janeiro 2017.
______. NBR 16300: Galvanização por imersão a quente de barras de aço para armadura
de concreto armado - Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2016.
______. NBR 16868-2: Alvenaria estrutural Parte 2: Execução e controle de obras. Rio
de Janeiro, 2020.
THOMAZ, Ercio. Trincas em Edifício: causas, prevenção e recuperação. São Paulo: Pini:
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas,
2020.