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Escola Politécnica
Departamento de Engenharia de Construção Civil
SÃO PAULO
Maio de 2002
i
ÍNDICE
1 Introdução......................................................................................................................... 1
1.1 Apresentação ............................................................................................................ 1
1.2 Os Polímeros na Construção Civil............................................................................ 1
1.3 Objetivo ..................................................................................................................... 2
1.4 Importância ............................................................................................................... 2
1.5 Histórico .................................................................................................................... 3
2 Fundamentos.................................................................................................................... 5
2.1 Definições Principais................................................................................................. 5
2.1.1 Monômeros ........................................................................................................ 5
2.1.2 Polímeros........................................................................................................... 6
2.1.3 Polimerização .................................................................................................... 6
2.1.4 Homopolímeros e copolímeros ......................................................................... 6
2.1.5 Polímeros Termoplásticos................................................................................. 7
2.1.6 Polímeros Termofixos........................................................................................ 7
2.1.7 Elastômeros....................................................................................................... 7
2.1.8 Aditivos............................................................................................................... 8
2.1.9 Cargas................................................................................................................ 8
2.1.10 Temperatura de transição vítrea ....................................................................... 9
2.2 Estrutura dos Polímeros ........................................................................................... 9
2.2.1 Moléculas Poliméricas....................................................................................... 9
2.2.2 Estrutura Molecular.......................................................................................... 10
2.3 Principais Características Termomecânicas .......................................................... 13
2.4 Principais Aplicações dos Polímeros como Materiais de Construção................... 15
2.4.1 Instalações prediais de água, esgoto sanitário e águas pluviais ................... 15
2.4.2 Instalações elétricas ........................................................................................ 15
2.4.3 Fechamentos - Fachadas e Coberturas.......................................................... 16
2.4.4 Outros .............................................................................................................. 16
3 Durabilidade dos Polímeros - Principais Formas de Degradação e Meios de
Prevení-las ............................................................................................................................. 17
3.1 Introdução ............................................................................................................... 17
3.1.1 Degradação de polímeros ............................................................................... 17
3.1.2 Avaliação e modelagem da durabilidade de materiais plásticos.................... 17
3.2 Exposição à Radiação Ultravioleta ......................................................................... 21
3.2.1 Espectro da radiação solar.............................................................................. 21
3.2.2 Mecanismos de fotodegradação dos polímeros ............................................. 22
ii
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação
O setor da construção civil vem sofrendo uma série de alterações, tanto no sistema
de produção da construção civil como no tipo de materiais utilizados, buscando o aumento
da produtividade e a redução de custos. Para atender às exigências decorrentes das
transformações ocorridas no campo econômico, político, social e cultural do país, as
empresas vêm recorrendo a novas estratégias de atuação, visando redução de custos de
produção e melhorias na qualidade dos produtos, especialmente quanto à durabilidade.
1.3 Objetivo
1.4 Importância
construído. Com base nesta definição, durabilidade pode ainda ser definida como a
propriedade de um produto, conjunto, componente de construção civil ou construção
manter sua capacidade de serviço por um determinado período de tempo.
No caso específico dos materiais poliméricos, por serem de história mais recente
em comparação com outros materiais tradicionais como o concreto, aço e as cerâmicas, a
questão durabilidade é de extrema importância. Ter segurança que um determinado
componente designado para utilização em uma dada construção é essencial para o
projetista do mesmo; no caso dos materiais tradicionais muito de seu desempenho com
relação à durabilidade uma série de ambientes é conhecida, tendo-se experiência prévia
de utilização dos mesmos, o que permite sua especificação com relativa segurança quanto
ao desempenho. No caso dos polímeros a experiência passada é limitada, o que faz com
que muitas vezes o projetista ou especificador dos materiais de construção civil optem por
materiais tradicionais exatamente pela falta de experiência prévia e confiança em seu
desempenho, o que é justificado pela falta de dados em grande quantidade.
Pihlajavaara (1980) aponta uma série de motivos pelos quais uma melhor
compreensão da durabilidade de componentes para construção civil é necessária:
(a) A durabilidade e o desempenho de materiais de construção civil são muitas vezes mal
definidos e mal documentados, apesar de evoluções recentes nestes assuntos;
(b) A expectativa de vida útil de materiais e componentes deve ser sempre correlacionada
com as condições de uso reais;
(c) A descrição dos fenômenos de deterioração das propriedades com o passar do tempo
devem ser expressos claramente;
(d) Programas de manutenção das construções durante sua vida útil devem ser
especificados;
(e) Necessidade de desenvolvimento de técnicas de envelhecimento acelerado que
apresentem correlação com as condições de uso real do componente;
(f) Definição de critérios e limites claros para a capacidade de serviço do componente,
bem como sua classificação em ordem de importância. Como por exemplo, alterações
na aparência nem sempre significam que o componente perdeu sua capacidade de
serviço.
1.5 Histórico
Após a Segunda Guerra Mundial, iniciou-se uma fase de “calmaria” devido ao novo
direcionamento das indústrias em busca de novos materiais poliméricos, pois até então o
primeiro passo era descobrir um novo material para depois investigar suas aplicações.
Porém, após as agitações comerciais devidas à última guerra, passou-se a definir as
propriedades desejadas para depois investigar o produto ideal (CHAVES, A. L. O.).
1
Liebig, Barão Justus V. – químico alemão, famoso professor e investigador.
2
Regnault, Enrique V. – físico e químico francês, n. em Aquisgrán (1810) e m. em Paris (1878), França.
3
Berzelius, Barão de J. J. – químico sueco.
Durabilidade de Polímeros 5
2 FUNDAMENTOS
2.1.1 Monômeros
Cloreto de vinila
Isobutileno
Metil matacrilato
Tetrafluoretino
2.1.2 Polímeros
2.1.3 Polimerização
O aquecimento é usado para dar formato a uma peça, apenas uma vez, visto que,
o mesmo não pode mais amolecer. Ao serem aquecidos os termofixos formam as ligações
cruzadas entre as cadeias lineares, criando uma estrutura de cadeia tridimensional estável
que impede um novo deslocamento das moléculas do polímero. Com o aquecimento e
pressão, somente haverá o rompimento da cadeia, resultando em degradação das
propriedades.
2.1.7 Elastômeros
2.1.8 Aditivos
2.1.9 Cargas
As cargas são substâncias, normalmente sólidas, em que uma das suas funções é
diminuir o custo do produto final, reduzindo a quantidade de polímero empregado, elas
também controlam outras propriedades como a dureza e a resistência à abrasão. Estes
constituintes também são chamados de substituintes de volume, pois há a introdução de
uma carga de baixo custo no composto a ser transformado, dentro de certos limites que
não alterem as propriedades do produto final e, assim, se torne uma vantagem econômica.
H H H H F F
C C C C C C
H H H Cl F F
PE - Polietileno PVC – Poli (cloreto de vinila) PTFE – Poli (tetrafluoretino)
H H H H H CH3
C C C C C C
H CH3 H H C O CH3
PP – Polipropileno
O
PS – Poliestireno
PMMA – Poli (metil metacrilato)
OH
CH3 O
CH2 CH2
O C O C
CH3
CH2
Policarbonato
Fenol formaldeido
São estruturas tridimensionais que têm sua origem na ligação covalente das
moléculas lineares, em pontos que não são os seus extremos. O agente de ligação usado
entre as cadeias e o método de reticulação podem fazer com que elas variem em número
e em comprimento. As condições específicas empregadas, também são importantes.
Assim, será feita uma breve ilustração dos principais componentes construtivos e
seus subsistemas, acentuando-se também os polímeros com os quais estes sistemas
forma obtidos.
Em instalações prediais de água, há uma utilização cada vez maior dos seus
componentes produzidos em polímeros, sendo o PVC (poli (cloreto de vinila)), o polímero
mais utilizado para condução ou manuseio de água à temperatura ambiente e, no caso de
água quente são indicadas as tubulações de CPVC (poli (cloreto de vinila clorado)),
semelhante ao PVC, porém com maior estabilidade em relação à água quente.
2.4.4 Outros
3.1 Introdução
A degradação dos materiais plásticos frente aos agentes da natureza ocorre como
resultado do ataque químico e físico pelo ambiente, normalmente através da combinação
de uma série de agentes de degradação cujos mecanismos são bastante variados. White;
Durabilidade de Polímeros 18
Turnbull (1994) comentam como exemplo que a maioria dos materiais plásticos são
sensíveis ao intemperismo, processo no qual interagem a incidência de radiação
ultravioleta e o oxigênio atmosférico. As reações químicas envolvidas neste processo
podem ser aceleradas pelo efeito da temperatura causada pelo aquecimento solar do
componente, ou mesmo pela presença de tensões, tanto aplicadas sobre o mesmo,
quanto residuais do processamento. Estes parâmetros e suas interações devem ser
considerados caso se deseja avaliar de maneira ampla a durabilidade de um componente
plástico destinado ao uso externo, incluindo-se construção civil.
A avaliação pode ser realizada de acordo com uma série de técnicas, dentre as
quais podem ser destacados os ensaios de exposição natural e acelerado. White; Turnbull
(1994), entretanto, destacam que independente da técnica, a complexidade dos processos
degradativos dos polímeros limita a modelagem da taxa de degradação a sistemas
específicos, de forma que as predições não podem ser generalizadas.
Pode ser considerada a que mais se aproxima das condições reais de uso do
componente, porém tem a desvantagem de que o período de exposição deve ser igual ou
maior que a vida útil requerida para que os resultados possam ser utilizados com
confiança. Isto se torna impraticável no caso de produtos cuja vida útil seja longa, como
por exemplo 50 anos. Uma possibilidade pode ser a exposição do componente a
condições climáticas mais severas que as realmente presentes no ambiente real de
utilização do componente; deste modo, é possível correlacionar a dose de irradiação entre
os dois locais para estimar o coeficiente de aceleração da exposição natural (Andrady et al
1998).
(a) Carga mecânica aplicada: a tensão aplicada sobre o componente deve ser a
mesma que ocorre na situação real de aplicação do mesmo, uma vez que tensões
mecânicas têm efeito considerável sobre o desempenho do material frente ao
envelhecimento. Se possível, a mesma combinação de tensões deve ser utilizada;
(b) Condições de envelhecimento: devem ser considerados:
i. Radiação – comprimento de onda na região do ultravioleta, irradiação
espectral e total e duração do tempo de iluminação;
ii. Temperatura – do ar, da superfície e interior do corpo prova, bem como
o gradiente de temperatura ao longo do mesmo;
iii. Umidade – duração e quantidade de precipitação, natureza, pH, e
presença de poluentes (impurezas);
iv. Ar – umidade relativa, concentração de substâncias agressivas (dióxido
de enxofre, cloretos, nitretos, ozônio), porcentagem de poeira, velocidade e
direção;
v. Parasitas biológicos.
White; Turnbull (1994) destacam que não existe uma definição formal para o termo
“correlação” em envelhecimento. É assumido que não existe na realidade correlação entre
resultados de exposição ao intemperismo natural e acelerado na forma de relação
quantitativa, mas sim observação de tendências semelhantes. É evidente que uma série
de mecanismos que ocorrem no processo de envelhecimento natural dos materiais não
são reproduzidos nas condições aceleradas. Deste modo, ensaios de exposição ao
intemperismo acelerado devem somente ser considerados como indicativo grosseiro do
comportamento do material em condições de uso naturais, pemitindo a seleção de
formulações mais adequadas porém impossibilitando a predição da vida útil do mesmo.
Outra tendência importante é destacada por Andrady et al. (1998). Em função das
alterações climáticas sofridas pelo globo nos últimos anos passa a ser importante o
conhecimento da distribuição espectral da radiação solar, ou seja, a variação da proporção
dos diferentes comprimentos de onda presentes no especto solar. Além disso, é
importante passar a conhecer qual o comportamento dos materiais plásticos frente
diferentes comprimentos de onda (dose-response characteristics), de modo a possibilitar a
correta dosagem de agentes protetores adequados a cada material e aplicação.
Durabilidade de Polímeros 21
Por outro lado, grande parte dos polímeros possuem em suas estruturas grupos
químicos capazes de absorver radiação ultravioleta de comprimento de onda capaz de
atingir a superfície da Terra, podendo sofrer reações degradativas quando expostos à luz
solar. Isto se soma ao fato de que estes polímeros possuem contaminantes dispersos na
massa, ou mesmo defeitos estruturais, os quais podem absorver ainda mais a radiação
ultravioleta incidente e provocar o início do processo de degradação.
Gugumus (1990b) destaca que são dois os princípios básicos que governam os
processos de fotodegradação dos polímeros:
(a) A luz incidente sobre o polímero pode ser refletida pela superfície e difratada ou
absorvida pela massa do mesmo. De acordo com a primeira lei da fotoquímica
(Grottus-Draper), somente a porção da radiação efetivamente absorvida leva a
transformações fotoquímicas, ou seja, degradação.
(b) A segunda lei da fotoquímica (Stark-Einstein), por sua vez, complementa o item
anterior: o processo de absorção da radiação incidente é quântico, ou seja,
somente quantidades definidas de energia podem ser absorvidas pelos grupos
sensíveis.
normalmente associada à exposição a altas temperaturas, até sua aplicação final, seja na
forma de componentes utilizados em ambientes aquecidos, como fios e cabos elétricos, ou
expostos ao intemperismo, como revestimentos externos, esquadrias, tintas, dentre outros.
In ic ia ç ão :
H H H H H H H H H H H H H H H
C C C C C C C C C C C C C C C C +H
Pr op a ga ç ão :
H H H O H H H H
C C C C C C C C
C C C C C C C C + O2 +
C C C C C C C C
H H H O
C C C C
H H H O H H H H H CH3 H CH3
C C C C C C C C +
H H H H
H CH3 H CH3 H CH3 H CH3
C C C C
H CH3 H CH3
Figura 7: Ilustração do processo de iniciação e propagação da oxidação
PO2 + HO R POOH + O R
O R O R
Antioxidantes secundários: estes aditivos, por sua vez, agem sobre os radicais
hidroperóxi (PO2Ÿ), principais responsáveis pela propagação o processo de oxidação dos
polímeros. Exatamente por este motivo são também conhecidos como decompositores de
hidroperóxi, ou mesmo antioxidantes preventivos. As classes químicas principais
consistem dos chamados fosfitos e sulfitos orgânicos (notadamente tioéteres), também
disponíveis no mercado sob um amplo espectro de marcas comerciais.
É importante ainda destacar que existe grande sinergia entre estas duas classes de
antioxidantes, sendo os mesmos utilizados comumente em conjunto.
É difícil falar de um tipo de degradação sem mencionar outro, uma vez que a
temperatura provoca excitação eletrônica e propensão à oxidação.
3.5.2.1 Manchamento
3.5.3.1 Bioestabilização
4.2 Impermeabilizações
na estrutura molecular do PVC torna sua molécula polar, o que aumenta sua afinidade e
permite sua mistura com uma gama de aditivos muito maior que a de qualquer outro
termoplástico, possibilitando a preparação de formulações com propriedades e
características perfeitamente adequadas a cada aplicação.
O átomo de cloro atua ainda como um marcador nos produtos de PVC, permitindo
a separação automatizada dos resíduos de produtos produzidos com este material
misturados com outros plásticos em meio ao lixo sólido urbano, facilitando assim sua
separação para reciclagem.
material de origem orgânica que contenha em sua estrutura carbono e hidrogênio, como é
o caso do PVC e da madeira, geram dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono
(CO) e vapor de água durante o processo de combustão. Tanto o dióxido de carbono
quanto principalmente o monóxido de carbono são considerados gases asfixiantes, uma
vez que deslocam o oxigênio do ambiente tornando o ar não respirável. Estes gases são
extremamente perigosos em condições de incêndio uma vez que, devido à ausência de
odor, não podem ser detectados. Sabe-se que a grande maioria das mortes em situações
de incêndio ocorrem não por queima, mas sim por asfixia.
O PVC, devido à presença do cloro em sua estrutura química, forma ainda cloreto
de hidrogênio (HCl) durante sua combustão. O cloreto de hidrogênio é um gás irritante,
sendo facilmente detectado pelo odor, servindo portanto como alarme. Em situações em
que a liberação de cloreto de hidrogênio é crítica devido a problemas de corrosão, a
formulação do composto de PVC pode receber supressores de fumaça, os quais reduzem
sua emissão.
Em linhas gerais, a vida útil dos materiais de PVC utilizados na construção civil é
da mesma ordem da vida útil das edificações - mais de 50 anos, conforme alguns produtos
da Alemanha, manufaturados no pós-guerra, têm demonstrado (Trikem 1999).
Evidentemente, para a obtenção de uma durabilidade adequada, a formulação do PVC
deve ser considerada levando-se em conta a degradação a que o produto final estará
exposto. Por exemplo, aplicações externas como janelas, perfis de sidings e venezianas,
sofrem a ação do intemperismo - sol, chuva, agentes poluidores do ar, atmosferas ácidas
ou marinhas, entre outros. Nesses casos, o composto deve conter aditivos que melhorem
seu desempenho em relação a esses agentes agressivos, como por exemplo, os
absorvedores de radiação ultravioleta.
marrom escuro (Owen 1984). Este processo é conhecido como desidrocloração e a Figura
9 mostra suas etapas.
H H H H H H H H H H H H
PVC
C C C C C C C C C C C C
H Cl H Cl H Cl H Cl H Cl H Cl
Mero
Calor, radiação UV
H H H H H H H H H H H H
C C C C C C C C C C C C
H Cl H Cl H Cl H Cl H Cl
HCl
Calor, radiação UV
H H H H H H H H H H H H
C C C C C C C C C C C C
H Cl H Cl H Cl H Cl
HCl
Calor, radiação UV
H H H H H H H H H H H H
C C C C C C C C C C C C
H Cl H Cl H Cl
HCl
Figura 9: Esquema do processo de desidrocloração em uma cadeia do polímero PVC segundo Owen (1984).
(
t = t o exp E RT ) [15]
onde t é o tempo para início da degradação, to é uma constante, E é a energia de ativação
para a degradação térmica do PVC nas condições e/ou composições propostas, R é a
constante ideal dos gases e T é a temperatura do material na escala absoluta. A energia
de ativação para a degradação térmica do PVC rígido é da ordem de 25,9 kcal/mol.
Quanto menor este valor, maior a facilidade de um polímero ser degradado.
4.3.7 Fotodegradação
Vale lembrar que o dióxido de titânio, apesar de ser lembrado como pigmento de
cor branca, é utilizado principalmente em compostos de PVC rígido para exposição às
intempéries, tais como em perfis para esquadrias, calhas e outros perfis de acabamento
para uso externo. Quanto maior a concentração de dióxido de titânio na composição
destes produtos maior a proteção à radiação UV. Para este propósito, recomenda-se
utilizar entre 6 e 12 pcr de dióxido de titânio na formulação do composto. O dióxido de
titânio, devido ao seu alto índice de refração, possui forte efeito de dissipação da radiação
Durabilidade de Polímeros 49
UV, principalmente quando suas partículas são revestidas com óxidos de alumínio e
silício.
4.3.8 Oxidação
A água e o vapor de água, bem como a atmosfera marítima não são agentes
agressivos ao PVC.
O PVC caracteriza-se por uma notável resistência química, o que o aponta como
um dos melhores materiais para aplicação em ambientes sujeitos à poluição atmosférica e
Durabilidade de Polímeros 50
gases industriais. Sob esse aspecto, os únicos agentes químicos que merecem atenção
em relação ao PVC são:
- Solventes clorados, aromáticos, cetônicos e tetrahidrofurânicos (THF), os quais
podem ser eventualmente encontrados em algumas tintas e vernizes, em certos
produtos de tratamento de madeira, colas e mastiques;
- Alguns poluentes atmosféricos, tais como o sulfeto de hidrogênio (H2S) que, em
presença de certos aditivos como estabilizantes térmicos baseados em
compostos de chumbo, podem provocar alteração de cor.
Este artigo foi publicado no principal journal relativo à tecnologia do PVC, publicado
pela SPE – Society of Plastics Engineers, com sede nos EUA. Este periódico é bastante
respeitado tanto no meio acadêmico quanto no meio industrial, notadamente no meio que
lida com pesquisa básica, síntese, formulação, processamento e aplicação do PVC em
todos os segmentos.
Fica como crítica ao autor o fato de que não comenta sobre a realização de
ensaios de envelhecimento natural para validação do desempenho encontrado através do
ensaio acelerado; porém, na discussão dos resultados, comenta superficialmente que este
processo foi realizado, sem entretanto detalhar os resultados encontrados (referência
número 4 deste artigo, citada à p. 239).
Vale ainda citar o fato de que o parâmetro escolhido pelo autor para quantificar a
melhoria trazida pela pintura foi a cor da chapa após exposição ao ultravioleta,
particularmente o amarelamento da mesma. Chapas de PVC transparentes são
comumente utilizadas em processos de termoformação a vácuo, para produção de
embalagens. Um parâmetro interessante do ponto de vista de engenharia seria a
quantificação através da resiliência ao impacto, que mostraria a retenção de propriedades
mecânicas da chapa com e sem pintura.
Durabilidade de Polímeros 53
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 ANEXO
The light stability of poly(vinyl chloride) plates has been substantially increased
by protecting their surface with a UV-cured acrylic clearcoat containing both a UV
absorber and a HALS radical scavenger. To ensure a long-lasting adhesion, the
coating was photochemically grafted onto the PVC substrate. The coated PVC sam-
ple remained transparent, non-colored, and glossy upon accelerated QUV-B weath-
ering for up to 3000 hours. An additional advantage of this method of photostabi-
lization is to improve some of the surface properties of the coated polymer, such as
its resistance to solvents, abrasion, and scratching. The method was also success-
fully used to recover highly photodegraded PVC and make it even more weathering-
resistant than the original polymer.
JOURNAL OF VINYL & ADDITIVE TECHNOLOGY, DECEMBER 2001, Vol. 7, No. 4 235
Christian Decker
UV-Curing
The formulation was applied as a uniform film of 40
m thickness, either on a BaF2 crystal for IR analysis
or on a stabilized clear PVC plate (Lucoflex). The sam-
ple was exposed for 3 s to the UV-radiation of a med-
ium pressure mercury lamp (600 mW cm–2) at ambi-
ent temperature, in the presence of air. Infrared
spectroscopy was used to follow the disappearance of
the PUA acrylate double bond at 1410 cm–1, and thus
determine accurately the cure extent. Figure 1 shows
the IR spectrum of the acrylic resin in the 1300–1700
cm–1 region, before and after UV exposure. In the sta-
bilized UV-cured polymer, the amount of unreacted
acrylate double bonds was measured to be 5% of the
original amount, just after the UV exposure. This
value dropped down to zero after a few hours of QUV
accelerated weathering, as well as that of the residual
photoinitiator. These two factors have therefore no
Chart 1. Basic principle and main characteristics of UV-radi-
ation curing. significant effect on the light stability of the UV-cured
coating.
hexanediol diacrylate (HDDA) as reactive diluent (30
Weathering
wt%), and a bisacylphosphine oxide photoinitiator, as-
sociated to a hydroxyphenylketone in a 1 to 3 ratio, at The coated plates were placed in a QUV accelerated
a total concentration of 3 wt% (Irgacure 1700 from weatherometer equipped with UVB-313 or UVA-340
Ciba Specialty Chemicals). Two types of light stabilizer fluorescent lamps and operated under wet cycle con-
were added to the liquid resin: a hydroxyphenyl-s-tri- ditions: 8 h UV irradiation at 70°C, followed by 4 h of
azine as UV absorber (2 wt%) and a N-alkoxy substi- dark water condensation at 50°C. The chemical modi-
tuted HALS (1 wt%) as radical scavenger, Tinuvin 400 fications occurring upon QUV weathering were moni-
and Tinuvin 123, respectively, from Ciba Specialty tored by IR spectroscopy, and the yellowing by UV-vis-
Chemicals. Both additives are well soluble in the liq- ible spectroscopy. The weathering resistance of the
uid formulation and are thus homogeneously distrib- PVC plate was evaluated by discoloration, transparency
uted in the tridimensional polymer network formed. A and resiliency measurements. Figure 2 shows how
typical formulation of the UV-curable acrylate resin is these quantities vary upon QUV-B aging for the un-
given in Chart 2. protected but stabilized PVC sample.
236 JOURNAL OF VINYL & ADDITIVE TECHNOLOGY, DECEMBER 2001, Vol. 7, No. 4
Photostabilization of Poly(vinyl chloride) by Protective Coatings
RESULTS AND DISCUSSION in the near UV (Irgacure 1700) and by doubling the
exposure time to 3 s, a nearly complete cure of the
UV-Cured Acrylic Coatings
whole PUA coating could still be achieved (6).
The polymerization of the acrylate double bond of Under those conditions, the UV-cured coating
the PUA formulation proceeds rapidly upon exposure showed a good adhesion on the PVC substrate before
to the high intensity radiation of the mercury lamp, photoaging. To ensure a long-lasting adhesion and
with formation of a tight tridimensional polymer net- avoid unwanted delamination upon extended weath-
work represented schematically in Fig. 3. This mater- ering, the coating was covalently bonded to the PVC
ial is totally insoluble in the organic solvents and plate by a photografting process (7). The polymer sub-
shows a good resistance to abrasion and scratching, strate was first coated with a thin layer of a benzophe-
as required for a polymer to be used for coating appli- none solution in a diacrylate monomer and briefly UV-
cations. As expected, light stabilizers have a detrimen- irradiated. The PVC radicals thus generated at the
tal effect on the photopolymerization process because surface initiate the polymerization of the acrylate dou-
they compete with the photoinitiator for the scaveng- ble bonds. In a second step, the PUA formulation was
ing of the incident photons. This leads not only to a applied and UV-irradiated to promote a copolymeriza-
slower polymerization but also to a cure depth gradient tion with the acrylate double bonds previously grafted
that may cause insufficient polymerization at the coat- at the PVC surface.
ing/substrate interface and thus lead to adhesion fail- While the coating improves some of the surface
ure (Chart 3). By selecting a photoinitiator that absorbs properties of the PVC plate, it may yet impart some
JOURNAL OF VINYL & ADDITIVE TECHNOLOGY, DECEMBER 2001, Vol. 7, No. 4 237
Christian Decker
brittleness and reduce its impact resistance. To over- advantage of performing a double exposure of two 20-
come this problem, we have applied the double layer m-thick coatings, rather than a single exposure of a
concept, where an elastomeric-type coating was cov- 40-m-thick coating, is that this procedure reduces
ered by a second high-modulus coating. Both UV- substantially the radiation inner filter effect, thus pro-
cured coatings were stabilized with a UVA HALS viding a faster and more uniform deep-through cure.
combination. The PVC plate thus treated showed a In spite of its high crosslink density, the UV-cured
great impact resistance and excellent surface properties coating was still found to undergo degradation when
with respect to scratching and abrasion. An additional it was exposed to accelerated QUV weathering, as
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Photostabilization of Poly(vinyl chloride) by Protective Coatings
Fig. 5. Infrared spectra of a stabilized UV-cured acrylic coating, before and after 2000 h QUV-B aging.
JOURNAL OF VINYL & ADDITIVE TECHNOLOGY, DECEMBER 2001, Vol. 7, No. 4 239
Christian Decker
240 JOURNAL OF VINYL & ADDITIVE TECHNOLOGY, DECEMBER 2001, Vol. 7, No. 4
Photostabilization of Poly(vinyl chloride) by Protective Coatings
Fig. 6. Photoaging of a stabilized clear PVC plate protected by a UV-cured acrylic clearcoat containing a UV-absorber (2 wt% Tinuvin
400) and a HALS (1 wt% Tinuvin 123).
absorber lifetime in the considered coating. The great filter effect and the buildup of the conjugated poly-
efficiency of this method of polymer stabilization was enes, which absorb in the near UV and visible range.
confirmed by photoaging experiments carried out in a By removing this top layer by abrasion, the color of the
Xenon weatherometer for up to 10,000 h, as well as photodegraded PVC plate disappeared completely,
outdoor. It was also successfully used to increase the while the impact resistance was restored. This me-
weathering resistance of pigmented PVC-based mate- chanical surface treatment has, though, the disadvan-
rials and prevent color fading upon solar exposure. tage of rendering the PVC plate opaque. The original
An additional beneficial effect of this method of pho- transparency of the PVC glass was recovered by simply
toprotection is that, because the UV-cured coating is spraying a 40-m-thick film of the UV-curable acry-
totally insoluble in the organic solvents, the coated late resin onto the eroded surface. A 1 s exposure to
PVC plate becomes resistant to chemicals, and in par- high intensity UV radiation was sufficient to get a
ticular to tetrahydrofuran. If needed, the coating can hard and tack-free clear coating. By introducing a UV
be made hydrophobic by introducing small amounts absorber into the resin formulation, we finally ob-
(1 wt%) of a fluoro-acrylate monomer in the resin for- tained a transparent PVC plate that was more resis-
mulation. The contact angle of a droplet of water was tant to weathering than the original material. The
found to rise from 60° to 110° for the coated PVC
plate, compared to a value of 65° for the uncoated
PVC plate. The strong hydrophobic effect of such a
small amount of fluoroacrylate monomer is actually
due to a fast migration of this compound toward the
surface of the liquid film, before the photoinitiated
crosslinking polymerization. The reduced wettability
of the UV-cured coating, together with its great resis-
tance to strong acids like HCl, NO3H or SO4H2, makes
the coated PVC plate very resistant to acid rain and
pollutants when it is used in exterior applications.
PVC materials that have suffered severe degradation
upon extensive outdoor use are generally difficult to
recycle. The surface treatment by a UV-cured coating
proved to be a powerful method to recover photode-
graded clear PVC plates and make them even more re-
sistant to weathering than the original material. The
basic principle of this recycling process is represented Fig. 7. Correlation between the stabilization efficiency (SE)
and the lifetime of various UV absorbers (1 wt%) introduced
schematically in Chart 5. Photooxidation in a UVA in the HALS stabilized UV-cured coating (1 wt% Tinuvin 292).
stabilized PVC plate was found to proceed mainly in SE tcoated PVC/tPVC, where t is the QUV-B exposure time re-
the 50-m-thick top layer, because of the UVA inner quired to reach a yellow index of 10.
JOURNAL OF VINYL & ADDITIVE TECHNOLOGY, DECEMBER 2001, Vol. 7, No. 4 241
Christian Decker
CONCLUSION
The weathering resistance of PVC-based materials
can be substantially enhanced by means of photo-
cured urethane-acrylate clearcoats containing a UV
absorber and a HALS radical scavenger. By filtering
the most harmful solar radiation, such protective
coatings delay the onset of the PVC degradation, thus
extending its service life in outdoor applications. An
additional benefit of this method of photostabilization
lies in the improvement of some of the surface proper-
ties of the coated polymer by making it more resistant
to organic solvents, chemicals, abrasion and scratch-
ing. The distinct characteristics of this method of pho-
toprotection are summarized in Chart 6. Fig. 8. Recovery of a photodegraded PVC plate by surface
This fast and environment friendly process was suc- erosion and application of a stabilized UV-cured acrylic
cessfully used to recover highly photodegraded PVC clearcoat.
242 JOURNAL OF VINYL & ADDITIVE TECHNOLOGY, DECEMBER 2001, Vol. 7, No. 4
Photostabilization of Poly(vinyl chloride) by Protective Coatings
and transform it into a material that had even better 2. C. Decker, in Polymer Durability, ACS Symp. Ser. (1996),
weathering performance than the original PVC. Such 294, p.319.
3. C. Decker, K. Mouss, and T. Bendaikh, J. Polym. Sci.,
a simple method of recovering polymers that have Polym. Chem. Ed. (1991), 29, 739.
suffered extensive deterioration upon outdoor expo- 4. A. Valet, Progr. Org. Coat., (1999), 35, 223.
sure can be applied to any type of polymeric materials, 5. C. Decker and K. Zahouily, Polym. Degr. Stab., (1999),
provided that degradation reactions be restricted to 64, 293.
the radiation-exposed top layer, which is particularly 6. C. Decker, K. Zahouily, and A. Valet, Macromol. Mater.
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the case for pigmented systems. 7. C. Decker and K. Zahouily, J. Polym. Sci., Polym. Chem.,
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