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PATOLOGIAS NAS EDIFICAÇÕES EM ALVENARIA ESTRUTURAL:

Estudo de caso realizado em uma obra em Extrema M.G.

Suellen Matias Brito1


Jerônimo Alves Borges Neto2
Hélio Françozo Júnior3
Universidade São Francisco
Suuh_matiasbrito@hotmail.com
1
Aluno do Curso de Engenharia Civil, Universidade São Francisco; Campus Bragança
Paulista
1
Aluno do Curso de Engenharia Civil, Universidade São Francisco; Campus Bragança
Paulista
3
Professor Orientador, Curso de Engenharia Civil, Universidade São Francisco;
Campus Bragança Paulista

Resumo. Devido ao atual desenvolvimento da alvenaria estrutural no Brasil na última


década, há necessidade de realização de estudos em busca de melhores condições para a
execução das obras, desde o projeto arquitetônico, integração dos projetos até a fase de
execução, como a estrutura construída terá um pequeno número de patologias. Neste trabalho,
procuramos mostrar os tipos de patologias que podem ocorrer, bem como as formas de evitá-
las. As principais patologias associadas à alvenaria estrutural são fissuras por sobrecarga, onde
o edifício fica sobrecarregado, fissuras causadas por mudanças de temperatura, nas quais os
componentes da parede são deformados, aquelas causadas por retração, principalmente pela
placa de cobertura, movimentos higroscópicos, principalmente devido à umidade no solo e
rachaduras causadas por detalhes de construção incorretos. A correta construção de alvenaria
também é proposta como forma de evitar essas patologias, uma vez que a boa integração dos
projetos e as boas práticas na sua execução são essenciais para um resultado satisfatório.

Palavras-chave: alvenaria estrutural, patologias, fissuras.

Introdução

O sistema de construção em alvenaria é muito antigo. Por volta de 10.000 aC, as


civilizações persa e assíria usaram tijolos secos ao sol. Por volta de 3000 aC, surgiram materiais
mais duráveis, cujos tijolos eram queimados em um forno. Durante séculos, grandes obras
foram construídas em alvenaria estrutural, como as pirâmides do Egito e o ginásio de Roma. A
resistência da estrutura não era conhecida na época, baseava-se apenas em experiências
anteriores. (VIAPIANA, 2009).
O fato é que toda a estrutura se deteriorará com o tempo, mas um bom planejamento
durante a execução pode reduzir os efeitos adversos. Isso reforça a importância da implantação
de um sistema de impermeabilização em edifícios, pois a falta desse sistema de
impermeabilização pode causar danos à edificação, e tem um alto custo de correção, sendo que
a implantação do sistema equivale a cerca de 3% do valor do empreendimento.
A indústria da construção civil é uma das que mais cresce nos últimos anos, atribuído a
grande demanda de projetos que envolve urbanizações, modificações e a própria expansão do
mercado. Além disso, a construção civil vem se inovando a cada dia mais, surgindo assim
produtos que são mais econômicos, possuem maior durabilidade, menor custo, fazendo com
que houvesse uma alteração dos principais materiais. Este conceito visa atender a questão de
implementar modificações a partir da utilização de novos materiais visando assim reduzir
custos.
O objetivo deste trabalho é analisar os tipos de fissuras e compreender as causas que
provocaram o seu aparecimento, de forma a ajudar a identificar problemas na edificação. Além
de mostrar as características que essas patologias podem ter em diferentes casos e classificá-los
de acordo com sua configuração. Para atingir esses objetivos, estudos bibliográficos têm sido
realizados em fissuras e fraturas em particular, bem como em muitas outras patologias
existentes.

Material e Métodos

Os métodos de pesquisa que serão utilizados para a realização deste trabalho


quanto aos objetivos, serão de caráter explicativo e exploratório, uma vez que foram coletados
dados que serviram de auxílio à familiarização com a obra, a fim de melhor compreender
melhor as patologias presentes e suas causas. Quanto aos meios, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica, buscando apoio em teorias de diversos autores.

Trincas: tipos, origens e manifestações

Segundo Grandiski (2013) Uma estrutura com um elemento tão suscetível a


modificações quanto o concreto deve ser constantemente monitorada, bem como planejada e
construída adequadamente. Qualquer falha em um desses processos pode gerar certas
deficiências como trincas e fraturas que levam à perda de uma vida útil predeterminada.
Portanto, diante de patologias e anomalias, é necessário analisar a situação existente e
compreender quais os fatores que atuam contra esses elementos, para que possamos
diagnosticar a causa de sua formação e realizar os reparos necessários para que a estrutura se
recupere e faça não voltar. deteriorar novamente pelo mesmo agente infrator.
As atividades que influenciam as estruturas podem ser externas ou internas. As ações
externas podem ser funcionais ou ambientais. Funcionais são aqueles que já foram planejados
de acordo com o uso da estrutura, como cargas estáticas, cuja mudança é lenta para não afetar
a estrutura com seu movimento, pois geram forças constantes ao longo da vida útil da estrutura,
e as cargas variáveis ou verticais, que podem ser fixas, como móveis, ou móveis, como
guindastes, ou cargas que normalmente não são colocadas em uma estrutura e ocupam posições
diferentes quando operadas. As cobranças móveis podem ser periódicas ou instantâneas, sendo
as primeiras àquelas que se repetem durante um determinado período de tempo, por exemplo,
com um grande número de pessoas em movimento, e as não periódicas que ocorrem
repentinamente ou acidentalmente.
Ainda para Grandiski (2013) essas atividades funcionais afetam as estruturas geralmente
de forma mecânica, gerando tensões, tensões e deformações. As atividades internas que afetam
as estruturas podem ser inerentes, o que é uma manifestação das propriedades dos materiais
como concreto, tipo de cimento utilizado, pegada, entrada de ar e tipo de armadura, bem como
um processo de execução relacionado ao processo de concretagem, como vibração do concreto
e seu endurecimento. Outros efeitos internos que também afetam a carga são os induzidos, ou
seja, as deformações que são atribuídas a problemas estruturais.
Rachaduras podem ser o resultado de cargas inesperadas agindo agressivamente na
superfície. Devido a essas fissuras, a armadura que antes era totalmente recoberta com concreto
agora fica desprotegida, dando espaços para penetração de agressores. Essas medidas despojam
a armadura, tornando-a vulnerável a ataques que podem levar à corrosão.
Causas das patologias

Vários são os fatores que podem causar as manifestações patológicas das edificações.
Machado (2002) descreveu os principais motivos: carga útil, dimensões estruturais incorretas e
descrição insuficiente de materiais e processos durante a execução do projeto. O efeito térmico
interno (gradiente térmico gerado pelo calor de hidratação) e o efeito externo (mudanças
sazonais de temperatura) atuando na estrutura de concreto armado; intempéries, como
mudanças de umidade, diversos fatores atmosféricos agressões ambientais, etc. Uso indevido
de edifícios (mudança de destino aumento de requisitos). Como todos sabemos, problemas
patológicos ocorrerão na maioria dos edifícios, além de apresentarem diferentes formas de
atuação, a resistência em alguns edifícios é maior do que em outros.
As causas das falhas no edifício estão distribuídas de acordo com a Figura 3.

Figura 1- Origem das falhas. (Fonte: BRITO, 2005)

Os dados apresentados são um valor médio de vários países europeus, indicando que a
maioria dos fenômenos patológicos encontrados durante o desenvolvimento do edifício foram
derivados durante a fase de desenvolvimento do projeto. (MESSEGUER, 199, apud BRITO,
2005).
Também pode-se considerar fatores como placas de cerâmica, blocos e argamassa, que
possuem vazios internos, como cavidades, bolhas, células abertas e fechadas e uma enorme
rede de micro canais.

Estudo de caso

O estudo de caso foi realizado através da coleta de dados sobre as manifestações


patológicas associadas às fissuras observadas em um prédio de apartamentos construído em
alvenaria estrutural com o objetivo de registrar com fotos as fissuras existentes e obter
informações sobre sua história, configuração, espessura e atividade.

Fissuras nas Aberturas de Portas e Janelas

Várias fissuras foram observadas originando-se no topo das aberturas de portas e


janelas, propagando-se ao longo de uma trajetória horizontal ou inclinada. Na Figura 10 você
pode observar uma dessas trincas com furo de 1,5 mm que pode ser classificada como trinca ou
rachadura.
Devido à abertura significativa, a fissura causou o rasgo do elemento de alvenaria, ou
seja, um rasgo entre o elemento e a argamassa de alvenaria, dividindo-os visivelmente em duas
partes e, portanto, mais profunda e acentuada, deteriorando a função de vedação da alvenaria.
O vão observado na Figura 2 localiza-se no ápice superior da abertura interna da porta,
com acesso ao banheiro da residência. Tem um furo de 4,0 mm e foi classificado como fissura.

Figura 2- Fissura observada no canto superior de portas internas. (Fonte: Os aurores)

Sua trajetória escalonada segue o contorno do revestimento cerâmico. O desenho real


das fissuras pode diferir do observado devido ao facto da laje poder desprender-se da alvenaria.
Nenhuma placa foi removida para verificar as marcas reais e a espessura das rachaduras, pois
isso não interferiu no exame.
Para que a concentração de tensões no topo das aberturas de portas e janelas não
prejudique a alvenaria, é necessário utilizar elementos de reforço, como vergas e contrafortes,
que devem ser devidamente dimensionados para suportar as tensões concentradas geradas pelas
aberturas.
Seu dimensionamento não está claramente definido nas normas para alvenaria
estrutural. Tanto a ABNT, a NBR 10837: 2000 quanto a NBR 15812-1: 2010 mencionam
apenas o método de determinação da carga.
A ABNT, NBR 15812-2: 2010 especifica que as vergas acima dos vãos das portas e
janelas e as vergas dos vãos das janelas podem ser confeccionadas em canaletas preenchidas
com argamassa, moldadas no local ou pré-fabricadas conforme especificação de projeto.
Segundo Sabbatini (2003, p. 21), as vergas devem ultrapassar o lado do vão em pelo menos “d
/ 5” ou 30 cm (valor mais alto), sendo “d” o comprimento do vão.

Fissuras Horizontais Existentes Entre Laje e Alvenaria

Foi identificada uma fenda entre a laje e a alvenaria na parede da fachada exposta à luz
solar direta em determinados momentos do dia. Ele mostrou um orifício de 0,7 mm de diâmetro
classificado como uma fratura, conforme mostrado na Figura 3.
Figura 3- Fissura entre a laje e a alvenaria. (Fonte: Os autores)

Esse tipo de fissura é causado pelas oscilações diárias de temperatura e ocorre em áreas
com luz solar constante, como telhados e paredes externas, pois são essas áreas que sofrem as
maiores variações de temperatura.

Fissuras Horizontais na Base da Alvenaria

Fissuras com esta configuração puderam ser identificadas no edifício analisado, nas
escadas, localizado em área protegida do sol e da chuva, conforme mostra a Figura 4, com
espessura de 1,20 mm e classificada como fissura.

Figura 4- Fissura causada por movimentação higroscópica na base da alvenaria. (Fonte: Os autores)

Fissuras horizontais na base da alvenaria podem ser causadas por movimento


higroscópico. Ao absorver a umidade, os blocos e a argamassa podem se expandir e causar
movimentos variados entre as fileiras de peças e as juntas da argamassa.
Esse tipo de patologia ocorre quando o processo de impregnação foi mal realizado ou
inexistente. Também pode ser causado pela flexão do membro estrutural sobre o qual a parede
repousa, caso em que é horizontal ou inclinada, ou uma combinação de ambos.

Análise da atividade das fissuras


Para os testes apresentados, as tiras de vidro não se partiram em 10 dias, o que indica a
estabilização de fissuras de origem estrutural, ou seja, sedimentação do solo. Porém, nas
fissuras de origem térmica, apesar das tiras de vidro não tenham se quebrado durante o período
de observação, elas serão consideradas ativas para a seleção de produtos e técnicas para sua
recuperação, visto que a amplitude térmica não foi o bastante para introduzir a tensão necessária
para quebrá-lo.

Mapa de fissuras

O presente item deste capítulo será destinado a determinar a identificação faz fissuras
encontradas. Na Figura 5 mostra-se a planta baixa da edificação analisada, com a localização
de todas as fissuras observadas.

Figura 5- Mapa das fissuras. (Fonte: Os autores)

Resultados e Discussão

Neste item as causas são analisadas em termos de sua relação com os sintomas
patológicos. Pode-se observar na Figura 6 que de um total de dez manifestações internas, quatro
(40% das manifestações internas) têm o movimento térmico como uma das causas; três (30%
sintomas internos) ao movimento higroscópico; e duas (20% manifestações internas) reversão
de argamassa. As demais causas apareceram em apenas uma manifestação. Em um estudo
externo, de um total de seis sintomas examinados, a causa mais frequente foi à proliferação
microbiana e está associada a três sintomas (50% dos sintomas externos). O movimento térmico
é uma das causas de dois sintomas (33,3% dos sintomas externos). As demais causas
apareceram em apenas uma manifestação.

Figura 6- Causas e suas porcentagens de presença. (Fonte: Os autores)

Pode-se observar na Figura 7 que no estudo interno, de um total de dez manifestações,


sete (70% manifestações internas) são de origem design e três (30% manifestações internas)
são execução. No estudo externo, para um total de seis manifestações, cinco (83,3% das
manifestações externas) têm o desenho como fonte; uma (16,7% das manifestações externas)
execução; e um (16,7% dos sintomas externos) falta de manutenção.

Figura 7- Origens e suas manifestações. . (Fonte: Os autores)


As técnicas de restauração da estrutura e correção de fissuras em paredes de alvenaria
foram estabelecidas levando-se em consideração sua configuração, espessura e atividade,
conforme as orientações dos autores estudados. A Tabela a seguir lista as fissuras observadas,
seu mecanismo causal, medidas corretivas necessárias para reconstruir os elementos estruturais
e o método mais adequado a ser utilizado no processo de renovação da alvenaria.
Tabela 1- Medidas corretivas

Código Mecanismo Recuperação da


Características Restauração da Fissura
Fissura Causador Estrutura
Reforço de fundação.
Medidas
complementares: Recuperação com
Recalque impermeabilização do Grampos de Fixação.
R1 Até R9 Transversal
diferencial solo próximo à estrutura, Substituição do
desvio das águas pluviais Revestimento
e remoção de árvores nas
proximidades.
solo próximo à
Medidas
estrutura, desvio das
complementares:
águas pluviais e
impermeabilização do
Horizontal na base Movimentação remoção de árvores nas
H1 e H2 solo próximo à estrutura,
da alvenaria higroscópica proximidades
desvio das águas pluviais
Recuperação com
e remoção de árvores nas
Bandagem de
proximidades
Dessolidarização
Medidas
complementares:
Horizonta entre Substituição das Juntas
T1 Variação térmica Redução da insolação
laje e alvenaria de Assentamento.
sobre a laje e alvenaria de
fachada.
Aplicar sistemas de
impermeabilização. Restauração com
Variação térmica
Medidas Pintura Acrílica;
Horizontal base ou
T2 complementares: Recuperação com
alvenaria Movimentação
Redução na incidência de Bandagem de
higroscópica
insolação direta sobre a Dessolidarização.
alvenaria.
Medidas
Restauração com
complementares:
Pintura Acrílica;
aplicação de sistemas de
Aplicação de Tela de
M1 Até M6 Fissuras mapeadas Diversas impermeabilização para
Poliéster;
impedir a infiltração.
Substituição do
Reduzir a incidência de
Revestimento.
insolação.
Concentração de
Fissuras nos tensão devido a
Injeção de graute ou Restauração com
V1 Até V9 vértices de portas presença de
resina epóxi expansiva. Pintura Acrílica.
e janelas aberturas na
alvenaria
Fissuras nos Concentração de • Substituição do
Injeção de graute ou
V10 e V11 vértices de portas tensão devido a revestimento com
resina epóxi expansiva
e janelas presença de placas cerâmicas
aberturas na
alvenaria

Variações
térmicas ou
Impermeabilização entre
Fissuras Movimentação
esquadria e alvenaria.
horizontais na higroscópica Restauração com
A1 Até A7 Uso de pingadeiras.
base ou topo de causada pela Pintura Acrílica
Reduzir incidência de
esquadrias absorção
insolação.
diferenciada de
umidade
Sobrecarga
Fissura sobre
causada pela Verga sobre a abertura
A8 abertura Grampos de Fixação
abertura na da esquadria
esquadria
alvenaria
Reforço de fundação.
Medidas
complementares:
Recalque impermeabilização do Recuperação com
Ve1 Fissura vertical
diferencial solo próximo à estrutura, Grampos de Fixação
desvio das águas pluviais
e remoção de árvores nas
proximidades
Fonte: Os autores (2021)

Conclusões

As trincas e fissuras causadas pela deterioração das estruturas provem de falhas de


projeto ou de execução, ou na manutenção da edificação. Estas trincas e fissuras devem ser
avaliadas e estudadas para entender o que causou a patologia, para que seja realizada uma
correta recuperação ou reforço da peça em questão. As patologias que são causadas muitas
vezes por falhas, e que podem consequentemente chegar à ruptura, poderiam ser evitadas se as
estruturas fossem cuidadosamente inspecionadas, e reconhecidas antecipadamente as causas
que atuam sobre a estrutura há anos. Por isto é necessário que as estruturas sejam monitoradas,
e avaliadas para assegurar a vida útil das peças.
De acordo com os resultados obtidos, as fissuras surgiram em maior número. Uma das
principais causas é o movimento térmico e / ou higroscópico em torno das janelas ou nos painéis
do telhado, possivelmente devido à falta de detalhamento estrutural nos projetos. A retração da
argamassa foi a grande responsável por algumas das fissuras, tanto na argamassa de
revestimento externo quanto na argamassa de contrapiso, que também foi responsável pelo
descolamento do revestimento cerâmico. Problemas de fundação causaram rachaduras dentro e
fora dos edifícios. As fissuras relacionadas com o verga foram uma das duas manifestações da
importância do seu desenho e execução adequados.
É fundamental que antes da adoção de qualquer medida visando à recuperação da fissura
se conheça sua origem, pois o adequado funcionamento dos sistemas de recuperação está
subordinado ao prévio tratamento dessas. Considerando ainda que as fissuras se movimentam
ao longo do tempo, em virtude das variações térmicas e higroscópicas da alvenaria e do próprio
revestimento, da deformação lenta da estrutura de concreto na qual a alvenaria está inserida, a
capacidade de deformação é sem dúvida a propriedade mais solicitada dos sistemas de
recuperação.
É comum atribuir certos problemas a um erro de execução devido à má qualidade da
obra, mas deve-se ter em mente que geralmente a obra faz o que está especificado e, se não
houver especificações suficientemente claras, ocorrem improvisações em obras que pode
resultar em problemas patológicos futuros. Vale ressaltar que o treinamento dos colaboradores,
principalmente neste tipo de sistema construtivo, também é essencial para um resultado final
positivo. Finalmente, sugere-se para trabalhos futuros quantificar os sintomas patológicos deste
ou daquele edifício (comprimento e profundidade das fissuras, áreas afetadas pela proliferação
microbiana, número de pisos descolados e rachados, número de janelas com problemas de
vedação, etc.) e, com os resultados, estime o custo do reparo financeiro. Complementarmente,
o custo de desenvolvimento de projetos faltantes pode ser estimado e comparado com o custo
de reparos de manifestações resultantes da falta de detalhes no projeto.

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus que nos abençoa com sabedoria e capacidade de


aprendizado diariamente, aos tão competentes mestres por transmitir seus conhecimentos, e aos
meus pais, familiares e amigos que sempre estiveram ao meu lado, me dando apoio psicológico
e me motivaram em momentos difíceis dessa caminhada.

Referências Bibliográficas

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Execução de impermeabilização - Procedimento, 1986.

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9575/2003:


Impermeabilização: Seleção e Projeto, 2003.

ABNT NBR 6118. Projeto de estruturas de concreto —Procedimento. 2014

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.575:


Edificações habitacionais – Desempenho: Requisitos para os sistemas estruturais. Rio de
Janeiro, 2013.

BRITO, J. Mapping defect. Sensitivity in external Mortar Renders. In Journal of


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Grandiski, P. Aprenda a Distinguir "Vícios" dos "Defeitos" nas Relações de


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MACHADO, Ari de Paula. Reforço de estruturas de concreto armado com fibras


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VIEIRA, M. Patologias Construtivas: Conceito, Origens e Método de Tratamento.


IPOG – Revista On-Line Especialize, Goiânia, v. 1, n. 12, dez. 2016.

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