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PROPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS PARA O REPARO E

PREVENÇÃO DE FISSURAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO


ARMADO
The sustainable solutions for prevention and repair of cracks in structural concrete

Laura Ferreira Velasco (1); Maria Teresa Barbosa (2)

(1) Graduanda em Engenheira Civil; UFJF. Email: laura.velasco@engenharia.ufjf.br


(2) Professora Dra; Faculdade de Engenharia/UFJF. Email: teresa.barbosa@engenharia.ufjf.br

Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Engenharia, Rua José Lourenço Kelmer, s/n -
Martelos, Juiz de Fora - MG, 36036-330

Resumo
Uma das manifestações patológicas mais recorrentes em estruturas de concreto armado é a fissuração, que
provoca diversos danos à edificação, comprometendo sua integridade e durabilidade. Por conseguinte, é
preciso entender o processo de fissuração, suas causas e efeitos e, então, promover alternativas para sua
prevenção e restauração da estrutura acometida. Ademais, devido às condições atuais do cenário mundial,
faz-se necessário adotar soluções sustentáveis para a prevenção e correção de tais patologias, a fim de
contribuir para a inserção do conceito de sustentabilidade no âmbito da construção civil, visto que esse setor
é um potencial destruidor do meio ambiente. Assim, esse estudo tem o objetivo de apresentar alternativas
sustentáveis econômica, social e ambientalmente para solucionar o problema da fissuração no concreto. A
priori, é realizada uma revisão bibliográfica acerca do processo de formação de fissuras, apresentando seus
fatores causadores e suas consequências. Posteriormente, sugere-se, a partir de pesquisas na literatura,
soluções sustentáveis a serem aplicadas no reparo e prevenção dessas patologias. Espera-se que esse
trabalho contribua para os avanços científicos no setor da construção civil e fomente a inovação tecnológica
no processo de correção das manifestações patológicas.

Palavra-Chave: fissuras; concreto armado; sustentabilidade; durabilidade

Abstract
One of the most pathological manifestations in reinforced concrete structures is cracking that it causes several
damages to the building as tit compromises its integrity and durability. Therefore, it is necessary to understand
the cracking process, its causes and effects and, then, promote alternatives for its prevention and restoration
in structural concrete. In addition, due to the current conditions on the world stage, it is necessary to adopt
sustainable solutions for the prevention and repair, in order to contribute to the insertion of the concept of
sustainability in the scope of civil construction, since this sector is a potential destructive of the environment.
Thus, this research aims to present sustainable alternatives economically, socially and environmentally to
solve the problem of cracking in concrete. A priori, a literature review about the crack formation process is
carried out, presenting its causing factors and their consequences. Subsequently, it is suggested, from
research in the literature, sustainable solutions to be applied in the repair and prevention of these pathologies.
It is hoped that this work will contribute to scientific advances in the civil construction sector and foster
technological innovation in the process of correcting pathological manifestations.

Keyword: cracks; reinforced concrete; sustainability; durability.

ANAIS DO 62º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2020 – 62CBC2020 1


1 Introdução

O concreto é o material de construção mais utilizado no Brasil e no mundo devido ao seu


baixo custo, alta durabilidade, facilidade de obtenção e outros fatores. O bom desempenho
das estruturas de concreto armado é assegurado pela atuação conjunta dos materiais
constituintes, o aço e o concreto, garantindo a formação de uma peça solidária e
compensando os esforços solicitantes.
No entanto, diversos fatores como, por exemplo, erros de projeto, imprudência na
execução, utilização inadequada e negligência ou falta de serviços de manutenção
preventiva e preditiva, propiciam o surgimento de diversos tipos de manifestações
patológicas, dentre as quais é possível citar a fissuração como sendo a mais comum
(CARMONA FILHO; CARMONA, 2013).
As fissuras podem ter diversas origens, podendo-se ressaltar: sobrecargas, recalques
diferenciais da fundação, retração, movimentação térmica, assentamento plástico, corrosão
das armaduras, dentre outros. O fenômeno da fissuração é inerente às estruturas de
concreto armado e as fissuras causadas por sobrecarga são devidamente presumíveis
através do cálculo estrutural, prevendo-se, antecipadamente, a abertura de fissuras
admissível para cada situação. Contudo, outros tipos de fissuras podem e devem ser
evitadas e/ou minimizadas, pois são as que, na maioria das vezes, interferem na
durabilidade das estruturas (CARMONA FILHO; HELENE,1986).
De acordo com Carmona Filho e Carmona (2013), a experiência mostra que estruturas de
concreto armado que não têm o fenômeno de fissuração devidamente controlado
apresentam vida útil muito inferior ao esperado. Ainda em consonância com esses autores,
sempre que possível, uma estrutura que manifesta abertura de fissuras deve, sem dúvidas,
ser colmatada para evitar a penetração de agentes agressivos e a consequente
deterioração da edificação, podendo comprometer sua durabilidade.
Paralelamente, segundo Martins (2016), o setor da construção civil é um potencial
destruidor do meio ambiente. Além de consumir um alto índice de recursos naturais, os
resíduos gerados são seriamente poluentes. O processo de produção do concreto é
deveras nocivo ao meio ambiente devido à alta emissão de CO2. Sendo assim, torna-se
necessário estudar formas de reduzir o impacto ambiental causado pelo setor da
construção, desde as etapas de extração e beneficiamento dos materiais até a demolição
da edificação. Uma das formas de se alcançar esse objetivo é inserindo a sustentabilidade
nos serviços prestados pelo setor, como as etapas de manutenção, sejam elas preditivas,
preventivas ou corretivas.
À vista disso, este trabalho tem como objetivo apresentar as soluções sustentáveis
existentes na literatura para a prevenção e correção de fissuras, de modo a fomentar a
inserção da sustentabilidade na construção civil e incentivar os avanços científicos e
tecnológicos nesse setor.

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2 Fatores de fissuração nas estruturas de concreto armado
2.1 Fissuração por causas intrínsecas
Os fatores intrínsecos que provocam fissuração são aqueles inerentes à própria estrutura,
cuja origem ocorre nos materiais e peças estruturais durante o processo de execução e/ou
utilização das obras, podendo ser decorrentes de falhas humanas, características dos
materiais utilizados, reações químicas ou causas físicas (SOUZA; RIPPER, 1998). A figura
1 relaciona as causas intrínsecas de deterioração das estruturas e suas possíveis origens.

Figura 1 – Causas intrínsecas aos processos de fissuração do concreto. Fonte: adaptado de Souza e Ripper
(1998).

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2.1 Fissuração por causas extrínsecas
As causas extrínsecas são aquelas que não dependem da estrutura, nem dos materiais e
componentes ou de falhas na execução da obra, pois, em resumo, ocorrem “fora da
estrutura”, afetando-a e provocando sua deterioração, e podem ser oriundos da etapa de
concepção estrutural ou de utilização da edificação (SOUZA; RIPPER, 1998). A figura 2
relaciona as causas extrínsecas de deterioração das estruturas e suas possíveis origens.

Figura 2 – Causas extrínsecas aos processos de fissuração do concreto. Fonte: adaptado de Souza e
Ripper (1998).

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3 Influência da fissuração na durabilidade das estruturas de concreto
A ocorrência de fissuras no concreto armado é inerente ao material, e pode ser agravada
pela utilização inadequada da estrutura, que provoca tensões acentuadas no concreto e no
aço, comprometendo sua estética, estanqueidade, deformabilidade e, principalmente, sua
durabilidade (MOLIN, 1988).
No que se refere à durabilidade do concreto, constata-se sua interligação com a vida útil do
componente estrutural. O ACI Committee 201 define a durabilidade como a capacidade do
concreto de manter sua forma, qualidade e trabalhabilidade originais quando exposto ao
ambiente para o qual foi projetado, estando condicionado à qualidade do concreto, da
armadura e da própria estrutura (MEDEIROS; ANDRADE; HELENE, 2011).
A vida útil do concreto termina quando suas propriedades são alteradas de tal forma que o
uso da estrutura se torna insegura e/ou inviável economicamente (METHA; MONTEIRO,
2002). Nos últimos anos, o conceito de concreto durável tem recebido maior atenção,
devido ao baixo desempenho de durabilidade das estruturas anteriores, gerando prejuízo
econômico ao setor da construção (BEUSHAUSEN; TORRENT; ALEXANDER, 2019).
Segundo Alexander e Beushausen (2019), até mesmo as estruturas bem projetadas e bem
executadas sofrem lentamente com o processo de deterioração. Porém, o problema maior
tem sido as construções mais novas e modernas, que têm apresentado deteriorações
graves de forma prematura, minimizando seu desempenho de durabilidade.
A durabilidade das edificações também está atrelada à sustentabilidade do ambiente
construído, pois os serviços de manutenção e reparo das estruturas deterioradas também
demandam o consumo de recursos naturais (ALEXANDER; BEUSHAUSEN, 2019). Isso
posto, é preciso atentar-se à qualidade dos materiais utilizados nas construções de
concreto armado, de forma a zelar pela execução de uma estrutura durável e,
consequentemente, viável econômica, social e ambientalmente.
A principal causa da deterioração prematura das estruturas de concreto é a corrosão das
armaduras relacionada à carbonatação e a penetração de cloretos (BEUSHAUSEN;
TORRENT; ALEXANDER, 2019), fatores altamente influenciados pelo processo de
fissuração. Portanto, essa é uma das principais razões pelas quais a abertura de fissuras
deve ser controlada, haja vista que a fissuração excessiva representa perda de proteção
das armaduras contra a corrosão e facilidade de penetração da carbonatação e de agentes
agressores em direção à armadura (MOLIN, 1988).
Dessa forma, torna-se imprescindível o controle e prevenção de fissuras nas estruturas de
concreto armado, a fim de garantir a durabilidade da edificação, bem como contribuir para
a sustentabilidade do ambiente do construído. Portanto, serão elencadas na próxima seção
as formas existentes na literatura de prevenir e reparar fissuras no concreto armado de
forma sustentável.

4 Metodologia de pesquisa
Este trabalho se baseou numa revisão sistemática da literatura (RSL) conforme
recomendações de Carvalho (2019), sendo empregadas como palavras chave: “crack AND
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concrete AND repair AND sustainability”, aplicada às bases de dados Engineering Village,
Science Direct, Scopus e Web of Science. Foi feita a seleção das 50 publicações mais
relevantes nos últimos 15 anos (2005-2020) em cada base de dados pesquisada. Salienta-
se que as bases de dados Scopus e Web of Science retornaram menos de 50 resultados
para a string e o filtro de data utilizados, e para esse caso, todos os resultados foram
escolhidos, sem passar pelo filtro da relevância.
Em seguida, adotou-se a ferramenta StArt, software desenvolvido pela Universidade
Federal de São Carlos, que identifica artigos duplicados e permite, através da leitura prévia
dos resumos, classificá-los em aceitos ou rejeitados para a revisão, de acordo com critérios
de exclusão previamente estabelecidos, os quais foram:
i. Artigo de revisão;
ii. O artigo não aborda a temática da revisão;
iii. O material fissurado não é o concreto;
iv. A solução apresentada não é sustentável;
v. Acesso ao texto completo indisponível.
Nesse processo, foram identificadas 3 soluções sustentáveis para o problema da fissuração
no concreto, a saber: bioconcreto, concreto reforçado com fibras e concreto autocicatrizante
com minerais. A fim de contribuir para a discussão e identificar possíveis outras soluções,
foram feitas pesquisas em outras fontes, como Google Acadêmico. Nesse processo, 18
artigos foram adicionados à revisão. A figura 3 apresenta um fluxograma do procedimento
adotado com o número de artigos obtidos.

Figura 3 – Processo de revisão da literatura. Fonte: elaborado pela autora.

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5 A sustentabilidade na prevenção e reparo de fissuras em estruturas
de concreto armado
Uma das alternativas mais utilizadas na atualidade para a correção de fissuras é a injeção
de resinas epoxídicas (SOUZA; RIPPER, 1998). Ocorre que o epóxi é um polímero
termofixo, não reciclável e ainda, o resíduo de plástico termofixo é inflamável e provoca
inúmeros problemas ambientais devido à emissão de gases tóxicos (MEDEIROS, 2005).
Andrade (2016) destaca a importância do conhecimento do teor de componentes orgânicos
voláteis (COVs) das resinas, uma vez que esses elementos podem evaporar durante a
aplicação e secagem, provocando a formação de ozônio. Considerando o exposto, esta
seção apresenta alternativas sustentáveis para a manutenção de fissuras, seja ela
preventiva ou corretiva.
5.1 Concretos autocicatrizantes
Os concretos autocicatrizantes são aqueles que têm a capacidade autônoma de reparar
suas próprias fissuras, podendo ocorrer de forma química, microbiológica ou por hidratação
contínua (TAKAGI, 2013). Salienta-se que a autocicatrização química utiliza microcápsulas
com resina epóxi na mistura do concreto e, portanto, não será tratada nesse estudo, visto
que o epóxi é um material não sustentável.
5.1.1 Concreto autocicatrizante por mecanismo microbiológico
O mecanismo de funcionamento do bioconcreto consiste no tratamento das fissuras por
bactérias produtoras de minerais na adicionadas ao traço (mistura) do concreto. Essa
biotecnologia permite que os compostos à base de calcário produzidos pelas bactérias
atuem na colmatação das microfissuras, selando-as (JONKERS, 2011).
As bactérias, juntamente com um nutriente, são adicionadas à mistura de concreto e podem
permanecer adormecidas na mistura por até 50 anos, graças à sua capacidade de formar
esporos. Assim sendo, quando o concreto começa a se danificar, a abertura de fissuras
promove a penetração de água no concreto, fazendo com que as bactérias adormecidas
sejam ativadas e se multipliquem. Elas são nutridas pelo substrato e formam minerais à
base de carbonato de cálcio. Esse produto é depositado nas superfícies das aberturas,
colmatando as fissuras (JONKERS, 2011). Além de corrigir as próprias fissuras, o concreto
com bactérias pode apresentar resistência à compressão maior do que o concreto sem os
microrganismos. A tabela 1 mostra os resultados obtidos pelos autores nos testes de
compressão aos 28 dias.
O aumento na resistência à compressão é justificado pelo preenchimento dos vazios do
concreto pelo carbonato de cálcio precipitado pelas bactérias. Esse fenômeno, portanto,
contribuiu também para a redução da porosidade das amostras e, consequentemente, da
absorção de água (RAO; REDDY; SASIKALA, 2017; CHEN; CHEN; TANG, 2020). Assim,
evidencia-se que o uso de bactérias no concreto contribui para sua durabilidade não apenas
por selar as fissuras, mas, também, por diminuir a ocorrência de corrosão das armaduras
devido à baixa permeabilidade. Já a diminuição na resistência obtida nos ensaios realizados
por Jonkers et al. (2010) foi justificada pela alta quantidade de esporos de bactérias
incorporados na mistura. Ainda assim, o decréscimo foi menor do que 10%, o que torna
viável o uso do bioconcreto.
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Tabela 1 – Resistência à compressão de amostras de bioconcreto comparadas a amostras de referência
aos 28 dias.
Resistência à compressão (MPa)
Referências Concentração de adição
Concreto sem
bibliográficas de células bacterianas Bioconcreto D (%)
bactéria
RAO; REDDY;
105 células/mL de água 51,81 61,79 + 19,26
SASIKALA (2017)
CHEN; CHEN;
Não relata 26,89 29,15 + 8,40
TANG (2020)
ISWARYA et al.
15 ml 25,6 26,4 + 3,12
(2020)
JONKERS et al. 6×108 esporos/cm3 de
56 52 -7,14
(2010) concreto

Apesar dos inúmeros benefícios já comprovados para a utilização de bactérias no concreto,


ainda não existe uma norma que regulamente a fabricação deste material. Os resultados
obtidos podem ser muito diferentes devido às muitas variáveis a serem padronizadas, como
o tipo de bactéria, sua concentração, o nutriente a ser adicionado e o tipo de cura das
amostras.
O concreto é um material muito alcalino e, portanto, a bactéria a ser introduzida na mistura
deve sobreviver a um ambiente de alto pH, além de ser capaz de formar esporos
(JONKERS et al., 2010). Bactérias do gênero Bacillus têm essa capacidade e, por isso,
foram escolhidas para a realização dos estudos. Chen et al., (2019) utilizaram bactérias da
espécie Bacillus pasteurii. Iswarya et al. (2020) e Rao, Reddy e Sasikala (2017) ulitizaram
Bacillus subtilis em seus experimentos. Jonkers et al. (2010) fizeram ensaios utilizando
Bacillus pseudofirmus e B. cohnii. E, por fim, Wang et al. (2010) incorporaram Bacillus
sphaericus no concreto.
Com relação ao elemento de nutrição das bactérias, foram encontrados na literatura
ensaios feitos com lactato de cálcio, acetato de cálcio, peptona, extrato de levedura e ureia.
Um estudo realizado por Jonkers et al. (2010) mostrou que esses elementos, quando
incorporados ao concreto, podem reduzir drasticamente sua resistência à compressão, com
exceção do lactato de cálcio, que promoveu um aumento de aproximadamente 10% na
resistência. Com base nesse estudo, outros trabalhos optaram por utilizar o lactato de cálcio
como substrato para as bactérias (JONKERS, 2011; ISWARYA et al., 2020).
Na literatura coletada, também foram encontradas divergências com relação ao tipo de cura
implementado nas amostras. Os processos identificados foram: cura ao ar em temperatura
ambiente (JONKERS et al., 2010; CHEN et al., 2019; CHEN; CHEN; TANG, 2020), cura por
imersão em solução aquosa mista de ureia e acetato de cálcio (CHEN; CHEN; TANG, 2020)
e cura em ambiente com temperatura controlada de 20°C e umidade relativa acima de 90%
(WANG et al., 2010). No estudo realizado por Chen et al. (2019), constatou-se que o método
de cura por imersão em solução aquosa mista de ureia e acetato de cálcio se mostrou mais
eficiente no que diz respeito à precipitação de cristais de carbonato de cálcio para o
preenchimento das fissuras, enquanto que as amostras curadas ao ar em temperatura
ambiente não apresentaram preenchimento adequado.

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Dessa forma, é necessário que sejam feitos ensaios comparativos a fim de determinar as
condições mais eficientes para a fabricação de bioconcreto e, assim, padronizar a
composição e a concepção do material.
O uso de bactérias nas misturas de concreto é uma alternativa sustentável, pois o processo
é natural e livre de poluição. Além disso, o bioconcreto tem vida útil aumentada e baixa
necessidade de manutenção. No entanto, Vekariya e Pitroda (2013) identificaram algumas
desvantagens na utilização desse método, sendo o alto custo já que pode chegar até ao
dobro do concreto convencional. E, finalmente, há necessidade de estudos mais detalhados
que possibilitem minimizar as dificuldades de aplicação, assegurar a eficiência do
procedimento, viabilizar economicamente seu emprego, dentre outros.

5.1.2 Concreto autocicatrizante por hidratação contínua


O mecanismo de autocura de concretos por hidratação contínua consiste na adição de
resíduos minerais na mistura, cuja hidratação ocorre mais lentamente do que a hidratação
do clínquer de cimento. Assim, nos concretos fabricados com essas adições minerais,
poderão existir partículas de minerais não reagidos na mistura, mesmo após vários anos, o
que favorece a autocicatrização das fissuras no concreto
Nos trabalhos incluídos nesta revisão, os agentes de autocicatrização por hidratação
contínua encontrados foram: aditivos cristalinos, escória de alto-forno e cinzas volantes. No
caso das duas últimas alternativas, é feita a substituição parcial do cimento, contribuindo
ainda mais para a sustentabilidade, devido à redução da emissão de CO2 oriunda da
produção de cimento.
Os aditivos cristalinos são materiais hidrofílicos que têm propriedades capazes de reduzir
a permeabilidade dos concretos devido à formação de cristais (REEDY; RAVITHEJA,
2019). Nos trabalhos realizados por Ferrara, Krelani e Carsana (2014) e Reedy e Ravitheja
(2019), foi confirmado o potencial de autocicatrização de fissuras nos concretos contendo
aditivo cristalino. Além disso, as propriedades mecânicas como resistência à tração e
compressão e deformabilidade também apresentaram resultados melhores do que o
concreto convencional.
A escória de alto-forno possui reações de hidratação mais lenta do que a do clínquer de
cimento, logo, nos concretos fabricados com essas adições minerais, poderão existir
partículas de minerais não reagidos na mistura, mesmo após vários anos. Essas partículas
atuam na autocicatrização das fissuras no concreto (LOTHENBACH, 2012 apud HUANG;
YE; DAMIDOT, 2014) já que são capazes de promover a precipitação de cristais de
carbonato de cálcio no interior das aberturas, possibilitando o fechamento de fissuras de
menor abertura (TITTELBOOM, 2012, apud TAKAGI, 2013; HUANG; YE; DAMIDOT, 2014).
Huang, Ye e Damidot (2014) constataram que fissuras de até 10 µm de largura foram
colmatadas em até 53% em um período de 10 dias de cura em solução de hidróxido de
cálcio. Em contrapartida, as amostras da pesquisa realizada por Sahmaran, Yildirim e
Erdem (2013) foram curadas ao ar e, ainda assim, a adição de escória de alto-forno no
concreto se mostrou altamente eficaz para a cicatrização de fissuras. Além disso, o
concreto com escória apresentou um significativo ganho de resistência nos primeiros 7 dias

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de cura, que pode ser atribuído ao efeito fíler, quando as partículas de escória, menores do
que as de cimento, ocupam os espaços vazios entre estas, formando uma estrutura mais
densa.
Por fim, a adição de cinzas volantes também é eficaz para a autocura de fissuras. Com
relação ao comportamento mecânico do concreto com adição, houve divergência entre os
autores. Na et al. (2012) e Sahmaran, Yildirim e Erdem (2013) obtiveram aumento da
resistência à compressão nas amostras contendo cinzas volantes, que pode ter sido
causado pela presença de cal nas cinzas (SAHMARAN; YILDIRIM; ERDEM, 2013). Porém,
Termkhajornkit et al. (2009) e Zhang, Qian e Ma (2014) concluíram que a resistência diminui
com o aumento do teor de cinzas devido à redução da quantidade de cimento no concreto
e, consequentemente, menor quantidade de produtos hidratados. Todos os autores
confirmaram a eficácia da adição das cinzas na autocicatrização de fissuras (NA et al.,
2012; SAHMARAN; YILDIRIM; ERDEM, 2013; TERMKHAJORNKIT et al., 2009; ZHANG,
QIAN; MA, 2014). Assim, o uso de cinzas volantes no concreto é recomendado devido ao
seu potencial para aumento da vida útil do concreto, além da sustentabilidade ambiental
proveniente do reaproveitamento desse resíduo mineral.

Ainda assim, esse mecanismo de autocura mostra-se eficiente apenas para fissuras de
pequenas dimensões, não sendo ainda comprovada sua eficácia para fissuras maiores. Por
isso, algumas adições minerais foram combinadas com a utilização de fibras no concreto
(REEDY; RAVITHEJA, 2019; SAHMARAN; YILDIRIM; ERDEM, 2013; ZHANG, QIAN; MA,
2014). O concreto reforçado com fibras é capaz de promover o controle da fissuração,
gerando fissuras mais espaçadas e estreitas (BANTHIA; ZANOTTI;
SAPPAKITTUPAKORN, 2014; LIAO; CHAO, 2015). Assim, o concreto reforçado com fibras
contendo adições minerais é recomendado, devido à sua capacidade de controlar a
fissuração e promover a autocicatrização por hidratação contínua.

5.2 Reparo de fissuras com argamassa de cimento ecológico


O cimento ecológico é um produto de desenvolvimento da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo que consiste na substituição parcial do clínquer de cimento por
pó de calcário. Além de aumentar a produção de cimento reduzindo o teor de CO2 emitido
na fabricação do clínquer, a adição de pó de calcário permite que seja utilizada uma menor
quantidade de água na mistura de concreto e argamassa, possibilitando, assim, a economia
desse recurso natural (VELASCO; BARBOSA, 2019).
Para o reparo de fissuras, Souza e Ripper (1998) recomendam, além do epóxi, a utilização
de graute para injeção e selagem de fissuras, tipo de argamassa fluida, capaz de alcançar
pequenos espaços vazios e que atinge sua resistência rapidamente.
Assim, recomenda-se o uso de argamassa feita com cimento ecológico para o
preenchimento de fissuras no concreto.

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5.3 Concreto pozolânico
Diferentes materiais pozolânicos são comumente utilizados no concreto como substituintes
parciais do cimento. Essa prática tem se mostrado eficaz no desenvolvimento de
propriedades desse material, além de ser uma alternativa sustentável por reduzir o impacto
ambiental causado pela produção de cimento.
Resíduos agrícolas e agroindustriais vêm sendo estudados para utilização como pozolana
por apresentarem alto teor de sílica, como as cinzas de folhas de bambu, casca de arroz,
espiga de milho (OLONADE, 2017), bagaço de cana (RODIER et al, 2019) e microssílica
(ROSELLÓ, et al., 2015). Diversos estudos comprovaram que a inserção de pozolana na
mistura de concreto é capaz de melhorar algumas propriedades do material. Pesquisas
mostraram que o concreto pozolânico apresentou menor porosidade e, consequentemente,
menor absorção de água do que o concreto convencional, devido à efeito de
empacotamento, em que as partículas de material pozolânico preenchem os vazios entre
as partículas de cimento, diminuindo, assim, a porosidade do concreto. (ABOLWARIN et
al., 2017; ONINEKU et al., 2019; UMOH; UJENE, 2014; DAVID; HASSAN, 2018).
Segundo Carmona Filho e Helene (1986) e conforme ilustrado na figura 1, fissuras por
corrosão das armaduras e por ataque de sulfatos ocorrem devido à porosidade do concreto.
Portanto, um concreto menos poroso, como o concreto pozolânico, é capaz de prevenir
esses tipos de fissuras, sendo indicado para utilização em construções sustentáveis.

6 Análise comparativa da sustentabilidade entre os materiais


empregados no reparo de fissuras
A tabela 1 apresenta uma análise comparativa dos aspectos de sustentabilidade das
alternativas apresentadas para correção de fissuras. Para essa análise, foram atribuídas
pontuações de 1 e 2, sendo que 1 refere-se a uma contribuição desfavorável (vermelho),
ou seja, não há expectativa para o indicador, e 2 a uma contribuição favorável (verde). Cabe
esclarecer que os indicadores de sustentabilidade considerados nessa análise referem-se
aos parâmetros constantes nos sistemas de certificação (LEED, AQUA, etc) que visam
contribuir para a obtenção de construções verdes e foram abordados por Silva (2013).
Deve-se considerar que o reaproveitamento dos rejeitos favorece o conceito de
sustentabilidade na definição da técnica empregada no reparo da fissura, o que torna a
argamassa fabricada com cimento ecológico uma técnica favorável, bem como os
concretos com escória de alto-forno e pozolânico. Salienta-se que as escórias, cinzas
volantes e pozolanas são adicionadas ao traço do concreto como substituintes do cimento,
diminuindo, portanto, a emissão de CO2 em sua fabricação. Já o bioconcreto, segundo
Achal e Mukherjee (2015), por ser uma técnica recente, tende a alcançar elevados índices,
necessitando de pesquisas que viabilizem o seu custo de aquisição na atualidade.

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Tabela 2 – Expectativa do emprego do indicador de sustentabilidade entre materiais de reparo e prevenção
de fissuras em estruturas de concreto armado. (Fonte: adaptado SILVA, 2013)

Argamassa
Indicadores de sustentabilidade dos Resinas Concreto com Concreto
Bioconcreto de cimento
materiais Epóxi minerais pozolânico
ecológico

Materiais reciclados 1 2 2 2 2
Materiais de rápida renovação 1 1 1 1 1
Possibilidade de reciclagem 1 2 2 2 2
Incorporação de resíduos 1 2 1 2 2
Produzidos na região 1 2 1 2 2
Elevada durabilidade 2 2 2 2 2
Baixo teor de COV 1 2 2 2 2
Produção na cadeira produtiva formal 1 2 1 2 2
Manutenibilidade 1 2 2 2 2
Custo de aquisição e operação 1 2 1 2 2
S 11 19 15 19 19

Acerca do aspecto econômico, os critérios utilizados para avaliação foram os custos de


produção e a durabilidade. Sendo assim, o concreto pozolânico apresenta baixo de custo
de produção, pois pode ser fabricado utilizando resíduos provenientes de outros processos
industriais, bem como possui boa durabilidade quando comparado ao concreto tradicional
(FERNANDES et al., 2015; RODIER et al, 2019; DHINAKARAN; CHANDANA, 2016). Já o
concreto com escória de alto-forno, apesar de oferecer baixo custo de fabricação devido à
utilização de resíduo, apresenta durabilidade inferior à do concreto convencional (QIANG
et al., 2013). A argamassa de cimento ecológico recebeu alta pontuação pois a fabricação
desse tipo de cimento exige menor estrutura da indústria e dispensa o uso de forno em uma
das etapas de produção, de acordo com o professor Vanderley John, responsável pelas
pesquisas relacionadas a esse material. As resinas epoxídicas apresentaram pontuação
baixa no quesito econômico, pois apesar de terem boa durabilidade (MOLIN, 1988),
possuem custo elevado de aplicação. Por fim, o bioconcreto apresenta boa durabilidade e
diminui os gastos com manutenção durante a vida útil da estrutura, porém, o seu custo de
produção e aplicação ainda é muito elevado, podendo chegar ao dobro do concreto
convencional.
A partir dessa análise, é possível inferir que as argamassas de cimento ecológico, as
argamassas com minerais (escória de alto forno) e o concreto pozolânico são as melhores
alternativas do ponto de vista da sustentabilidade, pois apresentam baixo custo de
produção, boa durabilidade e reduzem a emissão de CO2. O concreto com adições
(pozolânicas e minerais) age no sentido de prevenir e fissuras em estruturas de concreto
armado, enquanto que as argamassas de cimento ecológico atuam no reparo desses
danos.

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7 Considerações Finais
A sustentabilidade vem se mostrando como palavra de ordem em diversos setores,
inclusive na construção civil. Dessa forma, torna-se fundamental inserir esse conceito em
todos os serviços prestados pelo setor da construção. São altos os gastos gerados pela
necessidade recorrente de manutenção de edifícios, fazendo-se necessário prevenir as
manifestações patológicas e, quando necessário, repará-las de forma sustentável.
Esse estudo buscou trazer soluções sustentáveis para a prevenção e reparo de fissuras em
estruturas de concreto armado. As alternativas encontradas se mostraram eficazes sob o
ponto de vista da sustentabilidade por reduzirem os custos com a manutenção de edifícios
ou reduzirem a emissão de CO2 pela produção de cimento.
Porém, ainda são poucas as opções sustentáveis para reparo e prevenção de fissuras no
concreto. Devido à urgente necessidade de redução dos impactos ambientais gerados pela
construção civil, é necessário que sejam realizadas novas pesquisas na área, a fim de
tornar os serviços de manutenção mais sustentáveis, além de inserir ainda mais inovação
científica e tecnológica no setor.

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