Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
Este presente trabalho refere-se a um estudo sobre a atual situação da infraestrutura da Ponte
Governador Newton Bello, também conhecida como Ponte do Caratatiua. Apresenta diversos
problemas visíveis, o que acaba por evidenciar a falta de manutenção estrutural já necessária a
muito tempo. De início, foi caracterizado as principais patologias encontradas em estruturas
de pontes, nas mesmas condições ambientais e estruturas off shore, para que pudesse ter o
melhor entendimento dos problemas encontrados tais como: as patologias de corrosão,
desagregação, problemas oriundos da presença do mar, fissuras, etc. Através do uso do
levantamento fotográfico como coleta de dados, constatou-se os problemas na infraestrutura,
pilares e vigas, e por sua vez, as denotações de propostas de métodos para correções das
patologias encontradas. Foi descrito também, um breve comentário da história da ponte e de
outros problemas encontrados além da infraestrutura, por exemplo, o atual estado da adutora
que passa junto a ponte e a estrutura em aço que a sustenta; e todo o sistema de suporte
estratificado em uma ficha de inspeção.
1 INTRODUÇÃO
As pontes são estruturas de extrema importância para o homem moderno, por tornar os
caminhos mais curtos, vencendo vãos, rios, mares. Na atualidade, sua maioria é produzida em
concreto armado e metal, a escolha é feita ainda no pré-projeto, sempre com a prerrogativa da
viabilidade para cada caso. Contudo, tanto o metal quanto o concreto armado estão sujeitos a
patologias oriundas do ambiente e por perturbações, ou ataques físicos, químicos e biológicos.
O concreto armado é constituído basicamente de concreto (cimento, areia e brita) e
armadura de aço, uma combinação de materiais projetada para resistir a diferentes esforços
que a estrutura é submetida. Todavia, em meio a um ambiente agressivo, não imaginado no
projeto, ou sem manutenção preventiva recomendada, e todos estes fatores associados ao
efeito abrasivo das correntes do elemento hídrico, esse conjunto esta sujeitos a composição de
patologias.
Para que se alcance um maior tempo de vida útil de qualquer estrutura em concreto
armado, é imprensídivel a previsibilidade de patologias, para que a realizações de medidas
protetoras na fase de projeto, execução e manutenção sejam descritas e efetivadas. Ainda
1
João Henrique da Silva Gomes - joaohenri.08@gmail.com
2
Armando Machado Castro Filho – Ms. Prof.- amcf3008@gmail.com
3
Luiz Raimundo Carneiro de Azevedo – Esp. Prof. – Luizraimundoazevedo@globo.com
assim, vistorias são indispensáveis para obtenção do máximo aproveitamento da estrutura
com o transcorrer dos anos.
Este estudo consiste em realizar uma análise na infraestrutura da Ponte Governador
Newton Bello, buscando avaliar seu grau de degradação, possíveis patologias presentes na
estrutura, e a posterior, apresentar soluções de recuperação e correlacionar o que foi visto e
detalhado na ponte com algumas bibliografias existentes.
O objetivo deste trabalho compõe-se em um estudo de caso, com a visibilidade de
diagnosticar as patologias presentes na infraestrutura e propor sugestões de recuperação na
Ponte Governador Newton Bello, situada em São Luís – MA. Para alcançar o objetivo foi
necessário realizar um levantamento fotográfico da infraestrutura da ponte, bem como uma
revisão bibliográfica sobre as patologias em concreto de infraestrutura de pontes.
Em seguida, identificou-se as principais incidências patológicas na infraestrutura da
ponte, e correlacionou-se as referências encontradas no levantamento bibliográfico.
As hipóteses iniciais apontam grandes pontos de deterioração da infraestrutura, que
seguidos de uma análise e inspeção, observou-se uma necessidade de recuperação das peças
de aço e concreto armado. Ou seja, em áreas como recobrimento, aço do concreto armado,
deterioração do concreto, desagregação do concreto.
A recuperação torna-se necessária não apenas para suporte mecânico da ponte, mas
para evitar que patologias como corrosão e desagregação do concreto voltem a manifestar-se
com pouco tempo de uma correta manutenção.
2 PONTE
De acordo com Pfeil (1983), ponte pode ser definida como uma obra destinada a
carregar tráfego sobre obstáculos a continuidade de uma via. Estes obstáculos podem ser rios,
braços de mar, outras vias, córregos, ou outros.
A infraestrutura são os elementos de fundação que recebem as cargas da mesoestrutura
que é composta pelos pilares, aparelhos de apoio e cintas de travamento, enquanto a
superestrutura é formada por tudo aquilo que está acima do aparelho de apoio, como
tabuleiro, pavimento, guarda corpo.
A figura 1 apresenta as três partes na qual uma ponte é dividida, em superestrutura;
mesoestrutura; e, infraestrutura.
Figura 1- Elementos de uma Ponte
Fonte: AMORIM (2012)
Segundo Souza e Ripper (2009), pode-se designar por patologia de estrutura o novo
campo da Engenharia que ocupa-se do estudo das origens e formas de manifestações, assim
como as consequências das falhas e dos sistemas de degradação das estruturas.
Logo, entende-se como patologia, a área que estuda as doenças que levam a
deterioração do concreto, causando em perda de função estrutural ou apenas em deformação
estética e arquitetônica. Procura entender as causas que levaram a presença patológica na
estrutura, mas também busca meios de evitar, na fase construtiva, com métodos preventivos
que combatam tais problemas.
Este tema torna-se cada vez mais indispensável na formação de profissionais da área,
tanto que, ainda na academia, constitui-se corpus de conteúdo de aulas e disciplina obrigatória
para conclusão do curso, justamente com o intuito de preparar para eventuais contratempos
desta natureza que podem surgir no decorrer de sua carreira.
As causas de formações patológicas de deterioração do concreto podem ser divididas
em dois grupos: físicas e químicas. Mas, além destas duas ainda existe a biológica,
proveniente de vegetação e/ou animais, mas, quando comparada com as demais, percebe-se a
baixa incidência deste fator. Na realidade, as manifestações patológicas geralmente dar-se por
uma combinação de agentes, externos e internos, culminando na deterioração.
A deterioração física (Figura 3) ocorre por meio de vibrações, deformações excessivas
decorrente do alto carregamento da estrutura, consumando no aparecimento de fissuras,
trincas, esmagamento e outras.
A deterioração química é mais observada na corrosão dos materiais do concreto, bem
como no aço aplicável na estrutura. E por sua vez, tornou-se um desafio para todas as obras,
haja vista que, quando mal planejada sobre os agentes agressivos locais, após entrega da obra,
a brevialidade de possíveis reparos são inerentes.
Há ainda o desgaste por abrasão, erosão e cavitação. BAUER (2002) entende por
abrasão como o processo que desgasta o concreto superficialmente por conta do contato
suscitando em fricção, esfregamento. A resistência superficial, bem como a maior dureza do
concreto, são capazes de combater este desgaste. A erosão dá-se quando há o deslocamento da
água na superfície do concreto, uma movimentação abrasiva de fluídos, culminando no
desprendimento de pequenas partículas.
Similarmente, possíveis efeitos de temperaturas também prejudicam o concreto, seja
de origem interna ou externa. Externos como as condições climáticas, umidade de ar e vento,
enquanto no interno o calor gerado pela hidratação do concreto é a mais notável influência.
Os efeitos do calor no concreto despontam grandes patologias. As estruturas de
concreto armado e seus elementos podem absorver calor a tal ponto de sofrerem
transformações indesejáveis, afetando suas características mecânicas. As altas temperaturas
podem afetar a resistência da estrutura de uma maneira notável, chegando até a
transformações críticas ou seja, na estrutura.
Para dada temperatura, LAPA (2008 apud CÁNOVAS, 1988) afirma que:
[...] água livre ou capilar do concreto começa a evaporar a partir dos 100°C. Entre
200°C e 300°C, a perda de água capilar é completa, sem que se observem alterações
na estrutura do cimento hidratado e sem redução considerável na resistência. De
300°C a 400°C produz - se a perda de água de gel do cimento, ocorrendo uma
sensível diminuição das resistências e aparecendo as primeiras fissuras superficiais
no concreto. Aos 400°C, uma parte do hidróxido de cálcio procedente da hidratação
dos silicatos se transforma em cal viva. Até os 600°C, os agregados que não têm
todos os mesmos coeficientes de dilatação térmica, se expandem com diferentes
intensidades, [...].
Na imagem Figura 3, é possível observar estas zonas e algumas das suas principais
patologias e agentes causadores.
Um dos maiores vilões a respeito da durabilidade e vida útil das grandes construções
hoje em dia é a corrosão nas estruturas de concreto armado.
De acordo com Cascudo (1997), pode-se definir corrosão sendo a interação que
implica na inutilização de um material com o meio ambiente. A corrosão nada mais é que a
deterioração do aço, onde o metal é convertido em não-metal, ou seja, perde suas
características como ductilidade, resistência mecânica e elasticidade.
A Imagem 5 exemplifica uma estrutura de ponte (mesoestrutura) que apresenta a
patologia de corrosão.
Imagem 5 - Corrosão Em Pilar de Ponte
Fonte: CONGRESSO BRASILEIRO DE QUÍMICA (2014)
Para evitar essa patologia o recobrimento é fundamental, pois evita o contato direto
entre água e o aço. Mas nem sempre é possível desviar esse contato, justo a porosidade do
concreto, que é um conjunto de vazios ou poros que forma no interior do concreto, e finda por
permitir a penetração da água e outros resíduos.
Para uma boa durabilidade, toda construção em concreto armado deve levar em
consideração o ambiente que a obra está sendo executada. Cada ambiente possui um agente
agressivo para os materiais utilizados na construção, por exemplo: o gás carbônico; distância
da construção em relação ao mar; umidade relativa do ambiente; entre outros. Uma solução
criada para impedir a fomentação patológica é o correto emprego da espessura recomendada
para a obra. A Associação Brasileira de Normas Técnicas criou a NBR 6118 responsável por
Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento, em que tabela as espessuras indicadas para
cada meio agressivo presente nas obras.
Para isso, é necessário primeiro identificar o nível de agressividade presente naquele
ambiente, como descrito no Quadro 2 – Classes de agressividade ambiental, retirado da
ABNT NBR 6118/2014.
Quadro 2 - Classes de Agressividade Ambiental
Fonte: ABNT NBR 6118/2014 (2014)
Após identificar qual a classe adequada para a obra, é necessário determinar qual será
o recobrimento, a espessura de concreto que protege o aço da armadura de patologias. O
recobrimento pode variar entre 20 mm e 55 mm, como o Quadro 3 apresenta. Esta tabela
também é encontrada na NBR 6118.
Além destas duas tabelas apresentadas, a NBR 6118/2014 detalha ainda uma terceira,
apontada no Quadro 4, e esta apresenta a qualidade do concreto que deve ser utilizado em
combinação com o recobrimento adequado. Vale ressaltar que, é o valor mínimo, se a
estrutura regozijar de uma maior resistência necessária para o recobrimento, estará de acordo
com a norma.
Posto aqui a combinação de meios para evitar as patologias de corrosão, logo também
a de desagregação que comumente é de decorrência da corrosão.
Quando a estrutura está exposta a água do mar, Lima e Morelli (2004), afirmam que a
corrosão das armaduras denota, na maioria dos casos, devido a ação do cloreto. O sulfato
dispõe de uma menor preocupação, pois para chegar a atacar a armadura ele precisa vencer
toda a matriz do concreto até conseguir chegar ao aço.
A zona da estrutura que encontra-se saturada com a água do mar usualmente sofre
menor corrosão, pois os íons de cloreto também necessitam de oxigênio para a reação de
corrosão. O cloreto se torna ainda mais agressivo porque em sua reação com os íons de ferro,
o íon de cloreto não é consumido, tornando-se capaz de reagir com vários outros íons de ferro.
A corrosão pelo íon cloreto dá-se pela for de pite, que produz pontos de corrosão ao longo da
peça de aço. A corrosão diminui a seção do aço, criando placas que desprende-se da barra
original. Essas placas, possuem maior volume que sua forma inicial, e dessa forma, é o
responsável por criar fissuras no concreto, que costuma estar com a cor alaranjada, decorrente
da ferrugem formada internamente.
4 RECUPERAÇÃO E REPARO
São Luís, a capital do Maranhão, patrimônio da humanidade, foi fundada por franceses
no dia 8 de Setembro de 1612, logo invadida por holandeses e sucessivamente portugueses.
Sua colonização foi portuguesa, e foi nesse ponto que começou de fato, a deter de um sistema
mais sólido de economia, política e comercial (O Imparcial, 2015).
O aumento significativo da densidade demográfica deu-se a partir do século XVIII,
principalmente por conta da agronomia, o que apontou na preocupação inicial referente
urbanização da cidade, tanto no planejamento de ruas e vias urbanas, como na limpeza das
existentes (MORAIS, 2006. apud MOTA, 1997). A seguir deste século e nos posteriores, São
Luís já era conhecida por suas belas e grande casas que eram construídas em seu centro.
Alguns dos seus principais bairros foram criados principalmente pela influência de
fábricas que estavam localizadas em pontos mais próximos, criando assim a periferia da
cidade.
No início do século XX, a cidade de São Luís crescia apesar da difícil situação
econômica que passava o Estado, resultante da crise final do modelo
agroexportador. Muitos casarões que outrora representaram a opulência da capital,
no início deste século transformavam-se em cortiços, moradia das camadas
populares e meio de sobrevivência de seus proprietários. O parque fabril, uma
alternativa de investimento diante da crise da agroexportação no final do XIX,
contribuía para o crescimento populacional da cidade uma vez que representava uma
das poucas possibilidades de emprego para os pobres urbanos e do campo, vítimas
do êxodo rural. Essa situação de crescimento desordenado gerava uma periferização,
com a suburbanização nos limites da cidade, surgindo bairros ligados ao entorno das
fábricas, como Fabril, Cambôa e Anil. (MORAIS, 2006. p. 29)
Muito se mudou do século XX até os dias atuais. Alguns casarões foram demolidos
entre os anos de 1940 e 1950, abrindo espaço para grandes vias centrais, e alargando algumas
já existentes. Essas obras foram realizadas pelo Interventor Federal Paulo Ramos, este detinha
de uma visão futurística para a cidade em seu tempo de comando. Por alguns anos seguintes, a
principal preocupação dos governos como Paulo Ramos, Matos Carvalho e Newton Bello,
foram a preparação e modernização da cidade para o desenvolvimento da capital (BARBOSA,
2005).
Atualmente, com sua localização privilegiada entre as regiões Norte e Nordeste do
Brasil, e banhada por um litoral que fica estrategicamente bem localizado para grandes
exportações a capital beneficia-se do Porto do Itaqui (sediado na própria ilha), e segue
crescendo majoritariamente do setor industrial, exportando produtos tanto provenientes do
próprio estado quanto de todo o país.
6 PONTE GOVERNADOR NEWTON BELLO
A Ponte Governador Newton Bello, também conhecida como Ponte do Caratatiua fica
localizada no Bairro da Alemanha e corta o Rio Anil. É uma ponte de mão única e tem sentido
Avenida dos Franceses (Ivar Saldanha) para Avenida Daniel de La Touche (IPASE).
Por se tratar de ponte de mão única, a Ponte do Ipase é responsável pelo tráfego de
sentido contrário. São pontes antigas e estão representadas na Imagem 7.
7 ESTUDO DE CASO
O estudo de caso deste trabalho dá-se na Ponte Governador Newton Bello, localizada
em São Luís – MA, mais precisamente no bairro Alemanha e tem por finalidade o cruzamento
do Rio Anil, assim como a ponte vizinha, Ponte do Ipase.
Consiste no levantamento em campo e a análise sobre as patologias encontradas na
infraestrutura da ponte.
É necessário lembrar que nem todos os pilares e vigas da ponte foram analisados, haja
vista que, os mais próximos da passagem do Rio Anil estavam soterrados ou não foi possível
ter contato com a peça devido a vegetal do mangue ali presente.
Ao realizar o levantamento de campo observou-se a presença de uma adutora
amarrada na ponte e, aproveitou-se para avaliar seu estado e fazer uma análise do percurso da
mesma que transpassa o rio juntamente com a ponte, utilizando-se de uma estrutura metálica
vinculada a ponte para sua sustentação. Conforme apresentado na Imagem 12, o estado desta
estrutura em metal está totalmente precária, todas as peças apresentam corrosão, e outras que
desprenderam-se por completo em decorrência dessa patologia, como é o caso de algumas
cintas que prende a adutora a estrutura.
Utilizaremos o método do Diagrama de Pareto para realizar uma análise estatística das
incidências patológicas. Consiste em utilizar um recurso para estabelecer uma ordenação nas
causas de perdas que devem ser sanadas. Foi criado por um economista e sociólogo italiano,
Vilfredo Pareto, que nasceu em 1848 na cidade de Paris, e morreu em 1923, em Genebra.
O diagrama é composto por um gráfico de barras que ordena as frequências das
ocorrências dos casos de patologias, em ordem decrescente, permitindo a análise dos
problemas vitais e a eliminação de problemas menores, evitando perda de tempo e material.
Está ferramenta também permite a identificação de pequenos problemas que são críticos e
causam grandes perdas.
No Diagrama de Pareto são apresentados os valores em porcentagem e o valor
acumulado das ocorrências. Com base nessas informações, é possível avaliar o efeito
acumulado dos itens pesquisados.
Gráfico 1 - Análise das patologias pelo Diagrama de Pareto
Fonte: O autor
Para a patologia de corrosão, usaremos a peça Pilar 3 por apresentar maiores manchas
avermelhadas que configura como corrosão interna do aço da armadura. Neste caso, são
notáveis manchas acentuadas na parte superior do pilar, próximo ao ponto de encontro com a
viga. Percebe-se deformidades na superfície do concreto de recobrimento do pilar, o que pode
facilitar a penetração de gases e água que são necessários para que ocorra o processo de
corrosão.
A corrosão é a deterioração química mais comum em materiais da construção, e um
desafio a ser contido quando se trata de estruturas off shore, pois, como visto no Quadro 1
desse artigo, a composição química da água do mar é bem agressiva aos materiais do concreto
armado.
O Pilar 3, apresentado na Imagem 14, assim como a maioria dos outros pilares, estão
sujeitos a maré do mar, que, no processo de cheia e baixa da maré, desponta a possibilidade
da penetração de sais pelos poros do concreto que ao baixar a maré, perdem a umidade,
expandindo e fissurando a estrutura. Desse modo, a armadura fica mais exposta intempéries
do mar.
Imagem 14 - Pilar 3
Fonte: O Autor
A patologia de fissuração será analisada com base na Viga 2, em que o caso estava
mais evidente. Depara-se com fissuras localizadas na parte inferior, e seguida também de
desagregação em consequência do seu alto nível de fissuração. Esta patologia costuma vir
acompanhada de outra, como, neste caso, da desagregação.
É caracterizada como causa física de deterioração do concreto, e, como visto na Figura
2, existem uma série de fatores que podem originá-la. Neste caso, é mais provável que tenha
ocorrido expansão volumétrica no aço do interior da peça, fazendo com que fissurasse em
decorrência dos esforços de tração resultantes dessa expansão.
Imagem 15 – Viga 2
Fonte: O Autor
Como é possível observar na Imagem 15, a peça encontra-se com fissuras percebíveis
em sua extensão.
As trincas e fissuras são fenômenos próprios e inevitáveis do concreto armado (Norma
DNIT 083/2006), e, de acordo com a Norma DNIT 083/2006 – ES, para corrigir fissuras do
tipo especiais (de origem da corrosão do aço), é necessário que haja uma remoção total do
concreto afetado e proceder todo o tratamento cabível ao aço corroído. Logo, realizar o reparo
com concreto adequado ao projeto inicial.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Abstract
Study on the current situation of the infrastructure of the Governador Newton Bello Bridge,
also known as the Caratatiua Bridge, which has been without structural maintenance for
several years, already presenting several problems visible to those who use it. Initially, the
main pathologies found in bridge structures, in the same environmental conditions and off-
shore structures, were characterized in order to better understand the problems encountered,
such as corrosion pathologies, disintegration, problems arising from the presence of the sea,
cracks . Using the photographic survey as data collection, we presented the problems
observed in the infrastructure, pillars and beams, as well as proposed methods for correcting
the pathologies found. A brief comment was also made on the history of the bridge and other
problems found in addition to the infrastructure, such as the current state of the bridge passing
through the bridge, the steel structure that supports it and the entire support system, more
detailed in a inspection form.
REFERÊNCIAS
HASPARYK, Nicole Pagan; LOPES, Anne N. M.; ANDRADE, Moacir A. S.; SANTOS,
Sérgio B. dos. Deformações por Retração e Fluência. In: ISAIA, Geraldo Cechella (Ed.)
Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações. São Paulo: IBRACON, 2005.
KLEIN,D. L. et al. Estudo das manifestações patológicas das obras de arte de Porto
Alegre. In: I Congresso Latinoamericano de Patologias de la construcciony III de Control de
calidad. Anais... Cordoba, Argentina, 1991.
PFEIL, Walter. Ponte de Concreto Armado. Rio de Janeiro. Editora SA, 1979.
PFEIL, Walter. Pontes – Curso Básico. ed. Campus, Rio de Janeiro, 1983.
Pilar 4
Viga 3
Na viga 3 observa-se menos desagregação, apenas próximo aos pilares que existem
pequenas áreas desgastadas. Comparando com a Viga 2, está menos atingida pelas
patologias químicas e físicas.
Pilar 5
Viga 4
A viga 4 possui pontos com desagregação do concreto, que podem ter origem de uma
possível corrosão interna do aço da armadura, causando expansão que faz com que o
concreto do recobrimento se solte.
Pilar 7
O Pilar 7 apresenta
pontos com coloração
avermelhada, que são
caracterizadas como
corrosão interna do
concreto. Possui também
o organismo biológico
encrostado em toda a sua
volta.
Pilar 8
Apresenta-se com
desgaste acentuado no
topo de encontro com a
viga, denota lascas de
concreto já desagregado.
Aponta também o
organismo biológico
encrostado em toda a sua
superfície.
Viga 5
Viga 6
A Viga 5 está com poucos casos de desagregação, apresentando apenas pequenas áreas
em que dispõe desta patologia. Não há sinal de corrosão nesta peça.
Pilar 11
O Pilar 11 está
envolvido pelo
organismo biológico,
e não apresenta
maiores patologias.
Pilar 12
O Pilar 12 apresenta
desgaste na
extremidade superior,
no ponto de encontro
com a viga. Está
envolvido pelo
organismo biológico,
e possui uma área com
coloração
avermelhada que é
sinal de corrosão
interna do aço da
armadura.
Viga 7
A Viga 6 apresenta
fissuras em suas
bordas inferiores,
assim como coloração
avermelhada seguidas
de fissuras que
aparentam
desprendimento do
concreto na região da
corrosão.