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REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO: SEUS EFEITOS E AÇÕES

PREVENTIVAS

Marcelo Gomes da Silva Junior1 - Unitoledo


Prof. Me. Mozart Mariano Carneiro Neto2 - Unitoledo

RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo enfatizar a Reação Álcali-agregado (RAA) no concreto,
evidenciando sua ação destrutiva nesse tipo de material. Demonstrar as causas da RAA, com
os sérios riscos às estruturas, podendo comprometer a durabilidade e em alguns casos levar a
estrutura ao colapso. Apresenta-se o contexto histórico, no qual as primeiras reações
encontradas no concreto foram apresentadas, não deixando de fora o surgimento e a importância
desse problema em diferentes países do mundo e principalmente no Brasil. Aponta-se ainda que
a recuperação da estrutura que sofre pela RAA se torna viável por meio dos ensaios preliminares
que são indispensáveis para ajudar a eliminar altos investimentos com a contenção da reação.

Palavras-Chave: Estruturas; Patologia; Materiais de Construção.

ABSTRACT

This research aims to emphasize the Alkali-aggregate Reaction (AAR) in concrete, evidencing
its destructive action in this type of material. Demonstrate the causes of AAR, with serious risks
to structures, can compromise durability and in some cases lead the structure to collapse.
Starting with the historical context in which the first reactions found in the concrete were
presented, not leaving out the emergence and importance of this problem in different countries
of the world and especially in Brazil. Also pointing out that recovery of the structure it suffers
from the AAR becomes feasible through preliminary tests that are indispensable to help
eliminate high investments with the containment of the reaction.
Keywords: Structures; Pathology; Construction Materials.

1 INTRODUÇÃO

1
Graduando do curso de Engenharia Civil na instituição Centro Universitário Toledo.
2
Mestre em Engenharia Civil e Ambiental, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FEB-
UNESP – 2019). Professor do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Toledo.
1
Atualmente, o concreto é considerado um dos materiais mais utilizados na execução de
pequenas a grandes construções. De acordo com Nogueira (2010), a grande utilização do
concreto se dá principalmente pelo fato da abundância de insumos para a sua preparação,
facilidade de manuseio e pelo baixo custo se comparado a outros materiais de construção.
Diante da sua composição de cimento e agregados, o concreto depois de endurecido pode sofrer
mutações por causa dos hidróxidos alcalinos (composto do cimento), agregados reativos e
umidade. Uma vez apresentada, esta reação pode causar sérios riscos à estrutura podendo
comprometer a durabilidade. Essa reação é resultante de expansões internas podendo provocar
fissuras, aumento de permeabilidade, e, consequentemente diminuição da resistência (química
e física) podendo em alguns casos levar a estrutura ao colapso.
Portanto, existem inúmeras patologias decorrentes do concreto, dentre elas, encontra-se
a RAA (Reação Álcali-Agregado), considerada como o “câncer do concreto” (COLLINS et al.,
2007). Por causa deste câncer se torna imprescindível a realização do controle tecnológico nas
obras e laboratórios, de modo que sejam identificados possíveis problemas que podem no futuro
reduzir a vida útil das estruturas pela possibilidade de ocorrência de colapsos e manifestações
patológicas precoces (MIZUMOTO, 2009).

1.2 Manifestações da RAA, contexto histórico

Por volta de 1920 a 1930, foi identificado os primeiros indícios de reação álcali-
agregado na California, após se observar fissuras e expansões em estruturas de concreto. Algo
que gerou preocupação no meio. Só então em meados da década 40, segundo Bonato (2015) a
RAA foi estudada na América do Norte por Stanton, que observou em estruturas tais como:
prédios, escolas, pontes e paredões beira mar, possíveis reações. Só aí Staton decidiu realizar
os primeiros estudos, onde foram extraídos testemunhos de concreto, observando-se que as
reações sujeitas em estruturas de concreto, era capaz de formar eflorescências brancas podendo
afetar na diminuição da elasticidade e durabilidade do concreto. Após essa descoberta, Staton
chamou de reação álcali-agregado.
Após a iniciativa de Stanton, várias pesquisas na área foram surgindo, na tentativa de
encontrar explicações para tal problema que surgia, tais como as de Meissner (1941), Berkey
(1941), Stanton (1942) e Hansen (1944) de acordo com (PREZZI et al., 1997 apud GOMES,
2008 p. 11):
A primeira teoria para explicar o mecanismo de expansão do gel, nomeada de pressão
osmótica, foi elaborada por Hansen, em 1944, onde hipoteticamente, produtos da reação

2
ficavam confinados dentro de uma membrana semipermeável da pasta de cimento, a qual,
devido às pressões hidráulicas, causava expansão na estrutura de concreto (PAULON, 1981
apud NOGUEIRA, 2010, p. 6).
O estudo desse fenômeno perdeu forças durante um período, mas na década de 1970 o
assuntou voltou de forma mais rigorosa, devido ao surgimento desse fenômeno em diferentes
países.
Conforme Silveira et al (2006) após o mundo tomar conhecimento da RAA, muitas
estruturas foram diagnosticadas com essa falha, como trechos de vias urbanas e expressas, e
principalmente em barragens. Exemplos citados:
• Barragem Val de La Mare (Reino Unido)
• Barragem de Sandouping (China)
• Barragem La Tuque (Canadá)
• Via urbana Johannesburg (África do Sul)
• Via expressa Hanshin (Japão)

1.2.1 Surgimento da RAA no Brasil

Segundo Albertini (2014), o primeiro caso relacionado à RAA no Brasil se deu em 1946,
na usina hidrelétrica Peti. Com o passar do tempo, surgiram mais ocorrências com essa
reatividade em mais hidrelétricas. As primeiras pesquisas no Brasil se iniciaram na década de
60, com a construção da usina hidrelétrica Jupiá.
Segundo Mizumoto (2009) no ano de 1996, foram identificadas pela SABESP –
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo S.A - inúmeras fissuras na estrutura
de concreto da Tomada d’Água do túnel 6 – Sistema Cantareira.
Segundo Marques (2009), define que no Brasil os casos confirmados de barragens
afetadas por esta reação passam de 20. Estarão dispostos no anexo “A” tabela 2 deste artigo as
obras afetas pela RAA.
Em 2004, foi constatado casos em sapatas e blocos de fundação, um dos primeiros casos
de reação em obras prediais na região metropolitana de Olinda e Recife/PE (MIZUMOTO,
2009). Esse incidente despertou a preocupação do meio técnico quanto à importância dos
conceitos de vida útil e durabilidade das construções (MIZUMOTO, 2009), sendo assim devido
ao acontecimento, foram realizadas diversas revisões em prédios nas regiões de Olinda e Recife,
verificando-se possíveis erros de execução e degradação por fissuras devido à RAA.

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A Figura 1 apresenta o estado de deformidade de algumas fundações prediais do
município de Recife afetas pela RAA.

Figura 1 - degradação e fissuração em blocos de fundação

Fonte: (Salles et. Al., 2003 apud Mizumoto, 2009).

De acordo com o autor, o motivo de existirem predominância no número de casos foi a


falta de estudos preliminares dos materiais constituintes do concreto e erros de execução,
resultando nos efeitos da reação.

1.3 Mecanismos de expansão da RAA

Segundo Zambotto (2014), o concreto é um material resultante da mistura de cimento,


agregados, água e, eventualmente, aditivos minerais e químicos.
Diante a composição do concreto os processos químico-físicos vêm sendo apresentados
ao longo da sua vida, dependendo do tipo de ação, podem afetar sua durabilidade e qualidade.
Dentre as ações que ocorrem no concreto ao decorrer do tempo, destaca-se a RAA
considerado como o câncer do concreto segundo Collins et al (2007).
O termo utilizado Reação Álcali-Agregado (RAA), pode ser definido como uma reação
química que ocorre no concreto endurecido e é considerada um dos fenômenos patológicos
mais importantes atualmente. Ocorre internamente em uma estrutura podendo interferir
diretamente na durabilidade das estruturas de concreto.
Algumas substâncias do agregado reagem com os hidróxidos alcalinos, através dessas
substâncias é gerado na envoltória do agregado um gel, que consequentemente, começa a se
expandir gerando tensões internas. Quando essas tensões internas forem superiores à resistência
do concreto haverá surgimento de fissuras, e, por consequência um alívio de tensões.

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A Figura 2 ilustra o processo de formação do gel até seu último estado, podendo ou não
causar fissuração.
Figura 2 – Fluxograma do processo da reação Álcali-Agregado

Fonte: (Adaptado de: Ferraris, 2000 apud Zambotto, 2014).

1.4 Agentes causadores da RAA

No entanto, para ocorrer o mecanismo de expansão, segundo Gomes (2008), são


necessários fatores causadores da reatividade que é condicionante, seria o agregado reativo que
está diretamente ligado à velocidade da reação, alto teor de álcali que geralmente está
proveniente do cimento e presença de umidade.
De forma geral, são necessários três fatores condicionantes, trabalhando
simultaneamente para que ocorra a reatividade. Gomes (2008) ressalta que o fenômeno não só
ocorre quando a estrutura está ligada diretamente em contato com a água, superestruturas
térreas, por exemplo, viadutos e pontes podem sofrer expansão devido à umidade relativa do
ar.
Sendo assim, segundo Andrade e Silva (2006), estruturas de concreto que não estão em
contato direto com a água, e sim fatores relacionados à umidade relativa do ar, para que se torne
importante à combinação que seja superior a 80% por um longo período de tempo. Já Figueirôa
e Andrade (2007) consideram 85% umidade relativa do ar.

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A Figura 3 ilustra os três fatores condicionantes da RAA. Por se tratar de um material
heterogêneo e de uma reação complexa, elementos de concreto afetados pela RAA podem
responder de maneira bem diferente um dos outros, no entanto na ausência de um destes fatores,
a reação com caráter deletério não ocorrerá.
Figura 3 – Os agentes situantes na RAA.

Fonte: (Couto, 2008).

1.5 Tipos de RAA

Segundo Mizumoto (2009), o processo químico de deterioração pela RAA no concreto


pode ser classificado em função do tipo e da mineralogia do agregado reativo envolvido, de três
formas: reação álcali-sílica (RAS), reação álcali-silicato (RASS) ou reação álcali-carbonato
(RAC).

1.5.1 Álcali-Sílica

Segundo a NBR 15577 – 1 (ABNT, 2018), é uma reação entre hidróxidos alcalinos,
provenientes do cimento Portland ou outras fontes com certas rochas silicosas ou minerais
silicosos, como opalas, cherts, quartzo, microcristalino, quartzo deformado, vidro vulcânico,
vidros reciclados, e outras, presentes em alguns agregados, que gera, como produto da reação,
gel álcali-sílica, que pode causar expansão anormal e fissuração do concreto em serviço.
Para Silva (2007), após o surgimento do gel expansivo, a grande preocupação para o
alastramento da patologia é sua capacidade de absorção de água, sendo assim, o volume dessa
reação se torna cada vez maior, resultando em fissuras. Um ponto importante para o autor é que
a água absorvida pelo gel pode ser parte da que não foi usada na hidratação do cimento.
Segundo Silva (2007), a reação álcali-sílica, diante inúmeras patologias, devido à sua
composição se torna a reação mais conhecida e registrada no mundo.
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De forma geral, a RAS se torna a reação com maior número de casos no mundo, sua
grande característica é o consumo de água absorvida pelo gel expansivo, surgindo através da
hidratação do cimento ou em contato com a umidade. Mas, para que ocorra tal patologia serão
necessários outros agentes presentes, são eles: os hidróxidos alcalinos e a sílica presentes nos
agregados.

1.5.2 Álcali-Silicato

Segundo a NBR 15577 – 1 (ABNT, 2018), a reação álcali-silicato se comporta da mesma


maneira que a reação álcali-sílica, encontrando-se os álcalis e os silicatos presentes, e contando
com a presença da água.
Para Nogueira (2010), a reação álcali-silicato está ligada diretamente à reação álcali-
sílica, de uma maneira mais lenta e complexa, é o tipo de RAA mais encontrada no Brasil,
devido a seus minerais reativos estarem mais dispersos na matriz da rocha constituinte dos
agregados, sendo assim responsável pela deterioração das estruturas de concreto.
Segundo Valduga (2002), é uma reatividade de grande predominância nas estruturas de
concreto no Brasil. Tem-se destacado as barragens que apresentam este tipo de reação, pelo
simples fato de serem construídas com agregados provenientes de rochas de composição
quartzo-feldspáticas.
Na reação álcali-silicato os minerais reativos normalmente tem reticulo cristalino
deformado. O quartzo está entre esses minerais, pois devido a tensões de origem geológica, na
maioria das vezes apresenta o reticulo deformado, sendo que a deformação do quartzo se reflete
sob a forma de extinção ondulante. A presença de quartzo microcristalino também potencializa
a reação, além da presença de cristais de silicatos deformados (ARRAIS, 2011).
Segundo (Gillot, 1986 apud Nogueira, 2010), um fator importante para o mecanismo de
expansão para a reação álcali-silicato é a entrada e saída de água, que por sua vez, é apresentado
em todos os casos, por considerar que a estrutura da rocha tem relevância considerável no
mecanismo, proporção e no grau de expansão, sendo assim grande parte dos minerais isolados
são componentes expansivos.
De forma geral, apesar da semelhança entre as reações, ambas possuem uma
característica muito importante em relação à absorção de água, o que diferencia uma da outra é
que na reação álcali-silicato o comportamento de expansão se torna mais lento, pela a utilização
de rochas de composição quartzo-feldspáticas. Portanto, entre vários estudos relacionados, tal
patologia no Brasil se torna o alvo principal, pelo motivo da utilização de minerais reticulo

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cristalino, e o quartzo se enquadra neste mineral, que é muito encontrado em estruturas de
grande porte, principalmente barragens que estão em contato direto com a água se tornado um
alvo mais frágil a expansão. Sendo assim, a análise petrográfica citada no item 1.6.3 deste
artigo, se torna indispensável à verificação da potencialidade reativa dos agregados.

1.5.3 Álcali-Carbonato

Segundo a NBR 15577 – 1 (ABNT, 2018), é uma reação hidróxidos alcalinos,


provenientes do cimento Portland ou outras fontes, e certos agregados calcários dolomíticos
argilosos, acompanhada de desdolomitização, que, sob certas condições, pode causar expansão
deletéria do concreto ou argamassa. A reação dos agregados carbonáticos que resulta somente
em desdolomitização, sem expansão deletéria, não é chamada de reação álcali-carbonato.
Para Albertini (2014), é um tipo de reação álcali-agregado em que participam os álcalis
e agregados rochosos carbonáticos. A forma mais conhecida é a desdolomitização da rocha e
consequente enfraquecimento da ligação pasta-agregado, sendo assim é uma reação onde o gel
expansivo não é apresentado, mas sim cristais que se acumulam nos poros.
Sendo assim, essa reação causa o processo de desdolomitização, que modifica toda a
estrutura do calcário, gerando o aumento de volume. Esse processo continua até que a
concentração de álcalis tenha sido reduzida por reações secundárias, portanto segundo Albertini
(2014), é considerada a reação menos estudada e apresentada nas estruturas de concreto
atualmente.

1.6 Métodos de avaliação da RAA

A norma brasileira foi subdividida em sete partes e contempla todos as informações


necessárias para o correto estudo da RAA. A parte 1 é o ponto de partida, que faz o link com
todas as outras partes da norma e contempla ainda todo o sistema de classificação de risco e
suas respectivas medidas preventivas.

1.6.1 NBR 15577 – 1

A NBR 15577 – 1 (ABNT, 2018) é responsável por guiar a avaliação da reatividade


potencial e medidas preventivas para uso de agregados em concreto. De forma geral a parte 1 é
a principal e responsável por ligar toda as outras partes da norma dando um roteiro para se obter

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o estudo e classificação, de agregados potencialmente reativos, agregados potencialmente
inócuo, agregado deletério e por fim medidas de mitigação.

1.6.2 NBR 15577 – 2

A NBR 15577 – 2 (ABNT, 2018) é responsável pela coleta, preparação e periodicidade


de ensaios de amostras de agregados para concreto.

1.6.3 NBR 15577 – 3

A NBR 15577 – 3 (ABNT, 2018) é responsável pela análise petrográfica para


verificação da potencialidade reativa dos agregados graúdos em presença de álcalis do concreto,
e para agregados miúdos serão vistas na NBR 7389 – 1.

1.6.4 NBR 15577 – 4

A NBR 15577 – 4 (ABNT, 2018) é responsável pela determinação da expansão em


barras de argamassa pelo método acelerado (30 dias).
Segundo tal norma, antes de obter o ensaio da NBR 15577 – 4, deve-se determinar o
ensaio disposto no item 1.6.3, para que se possa classificá-lo quanto ao grau de reatividade do
agregado conforme apresentado na tabela 2, disposta na NBR 15577 – 1, encontrado no anexo
A, da tabela 1 deste trabalho.
Segundo a NBR 15577 – 1 (ABNT, 2018) a classificação de reatividade potencial do
agregado mencionado na tabela 2 da NBR 15577 – 1, traz resultados como expansão das barras
de argamassa aos 30 dias, para resultados de expansão menor que 0,19 % aos 30 dias pode ser
considerado como agregado potencialmente inócuo e para maior ou igual a 0,19 % aos 30 dias
o agregado é considerado potencialmente reativo. Para que se tenha uma confirmação precisa é
necessária a utilização do ensaio de longa duração dos prismas de concreto aos 365 dias (NBR
15577 – 6), prevalecendo o seu resultado em caso de divergência.

1.6.5 NBR 15577 – 5

A NBR 15577 – 5 (ABNT, 2018) é responsável pela determinação da mitigação da


expansão em barras de argamassa pelo método acelerado (30 dias).
Segundo essa norma, para que se tenha confirmação da mitigação, o resultado do ensaio
realizado seja menor a 0,19 % aos 30 dias.
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1.6.6 NBR 15577 – 6

A NBR 15577 – 6 (ABNT, 2018) é responsável pela determinação da expansão em


prisma de concreto pelo método de longa duração (365 dias).
Segundo a norma, após a determinação do resultado para classificação da reatividade
potencial do agregado, seguirá a mesma tabela da norma 15577 - 4 mencionada no item 1.6.4
deste trabalho. De forma resumida, agregados potencialmente inócuos para critérios de
determinação da expansão pelo método de longa duração considera-se menor 0,04 % período
de um ano, e maior ou igual 0,04 % para agregados potencialmente reativos no período de um
ano.

1.6.7 NBR 15577 – 7

A NBR 15577 – 7 (ABNT, 2018) é responsável pela determinação da expansão em


prisma de concreto pelo método acelerado (20 semanas). É recomendada a utilização dessa
parte sete da norma para a determinação do grau de reatividade do agregado pelo método
acelerado, considerando que valores menores que 0,03 % na idade de 20 semanas é considerado
agregado potencialmente inócuo, e para maior a igual que 0,03 % na idade de 20 semana
considerasse agregado potencialmente reativo.

2 DESENVOLVIMENTO

A expansão do concreto ou argamassa, é a principal consequência da RAA. Uma vez


que a reação provoca fissuras de forma aleatória. Segundo Gomes (2008) a reação Álcali-
Agregado (RAA) processa-se em argamassa ou concreto, entre os íons hidroxila (OH) gerados
no processo de hidratação do cimento.
Nos anos 1920 e 1930, nos Estado Unidos, foram notadas em algumas obras o
aparecimento da RAA, sendo essas obras de pontes e pavimentação que apresentaram as
consequências já mencionadas acima. Nenhuma explicação a princípio foi dada, porém
surgiram algumas hipóteses que se confirmaram ao longo do tempo, voltando os olhos à reação.
No que diz respeito ao restante do mundo, em outros países foi possível notar a presença
dessa reação em diferentes obras de engenharia, levando destaque as barragens, como expõe
Gomes (2008), que em um trabalho conjunto do Instituto Brasileiro de Concreto (IBRACON)
e do Comitê Brasileiro de Grandes Barragens (CBGB), publicado no ano de 1998, listou 132
estruturas hidráulicas (barragens), localizadas em 23 países, onde foram observadas ocorrências
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de Reação Álcali-Agregado, em sua grande maioria confirmadas e algumas em fase de estudos,
na ocasião.
A figura 4 demonstra o número de barragens afetadas pela RAA em diferentes países
do mundo. Tendo como total 147 barragens em 23 países até o ano de 1997.

Figura 4 – número de barragens de concreto com evidências de ataque de RAA

Fontes: IBRACON / CBGB, 1998 e ANDRIOLO, 1992.

Em caso de atualização dos dados, Gomes (2008), estima que mais de 50 países
poderiam ser afetados com a RAA, uma vez consideradas outras estruturas com essa reação.
Aqui no Brasil algumas regiões foram afetadas pela reação, o fenômeno também foi
encontrado nos Estado Unidos, na década de 1950 foi visualizado o perigo da RAA no país a
partir de pesquisas desenvolvidas a fim da estruturação de obras do setor elétrico, especificando
as hidroelétricas, já que é considerado rara a aparição da reação em outras estruturas.
Porém, em 1999, aponta Gomes (2008), que a primeira obra diagnosticada como sob a
ação da RAA, na região Metropolitana do Recife (RMR), foi a Ponte Paulo Guerra, também
conhecida como Ponte do Pina. Demostrando que outras estruturas não estariam totalmente
livres da reação. Nos anos seguintes, outras estruturas apresentaram esse problema, como o
caso de um edifício de 15 andares com 28 anos de idade, situado na Praia de Piedade no Recife,
que ruiu devido problemas encontrados nos pilares nas fundações.
Após esse caso outros edifícios dessa região metropolitana através de vistorias
constaram problemas semelhantes em sua estrutura.
Os problemas causados pela RAA podem ser notados em diferentes países, o que leva
essas regiões a procurarem soluções por meio de reparos e monitoramento. Segundo Gomes
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(2008), em muitos países têm sido aplicadas vultosas somas de recursos no reparo e na
manutenção de estruturas de concreto afetas pela RAA. A figura 5 representa a demolição da
barragem Drum After Bay, nos EUA em decorrência do diagnóstico da reação.

Figura 5 – Barragem Drum After Bay, nos EUA

Fonte: KUPERMAN, 2007 apud GOMES, 2008

As pesquisas ao longo dos anos apontam que rupturas repentinas das estruturas afetadas
pela RAA são raras, mas podem ocorrer. Esse fato contribui para a realização de pesquisas na
área, na busca de soluções e na manutenção dessas estruturas, uma vez notada a reação é
possível recuperar a construção, desde que seja levada em conta toda a causa do problema.

2.1 Patologias

A reação álcali-agregado foi e ainda é um marco importante tanto para os engenheiros


como para pesquisadores da área. Tudo começou nos meados de 40 onde se obteve os primeiros
estudos sobre o assunto em questão. Ao decorrer do tempo novas pesquisas e métodos foram
desenvolvidas para que se possa evitar que a reação se manifeste sobre a estrutura, sendo assim
é considerada uma patologia de extrema importância mundialmente.
Já no Brasil, segundo o IBRACON (2016), os primeiros estudos sobre RAA foram feitos
quando da construção da barragem de Jupiá. Sob orientação do Roy Carlson, foram efetuados
ensaios de RAA sob coordenação do Heraldo de Souza Gitahy.
Sendo assim o tópico busca mostrar estruturas afetadas pela patologia decorrentes da
RAA no território brasileiro.

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2.1.1 Patologias em blocos de fundação

A figura 6 representa a ponte Paulo Guerra, sediada em Pina, um bairro da cidade do


Recife, capital do Pernambuco.

Figura 6 – Vista Longitudinal da ponte Paulo Guerra

Fonte: CONCREPÓXI, apud GOMES, 2008

O caso analisado trata-se da ponte Paulo Guerra que foi construída no ano de 1977.
Segundo Gomes (2008), a estrutura possui 453 metros de comprimento contendo uma faixa de
rolamento de 15 metros, passeios laterais de 2 metros de largura e guarda rodas com 50 cm de
espessura, localizado em Recife-PE. O método construtivo da ponte foi do tipo “cálice”,
basicamente seria uma caixa de concreto armado que sobreponha as estacas, sendo assim
desprezando o método tradicional da construção dos blocos de concreto.
Só então em 1999, através da observação de engenheiros da prefeitura e pescadores
locais, tiveram o primeiro contato com o surgimento de fissuras na ponte, sendo necessária a
contratação da empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (EMLURB) onde foi constatado no
relatório técnico n° 01 – EST/99, elaborado pela FADE/EUPE sugestões de mitigação.
Segundo Júnior (2019), o ambiente destinado a obra apresenta um índice de
agressividade alto, por levar em consideração a elevada umidade local além dos sais oriundos
de atmosfera marinha. Diante desse cenário, foi realizada uma contratação de uma nova
empresa para se obter informações mais precisas sobre a patologia e analisar o ambiente local.

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Segundo Gomes (2008), a empresa contratada para a determinação de agressividade
local do ambiente apresenta o relatório com as seguintes informações:
• A elevação dos teores de cloretos, magnésio e sulfatos, apresentando grau de
agressividade da água nível 4 (muito forte)
• Elevado teor e cloretos pode ocasionar a corrosão das armaduras do concreto
armado graças a despassivação do aço com o passar do tempo, além, obviamente, do alto risco
de ocorrência de RAA tendo em vista a grande umidade do local e o grau de saturação nas
estacas e blocos de coroamento das estacas.
Além dos resultados obtidos anteriormente, foi constatado segundo Gomes (2008),
a utilização de agregados que apresentavam propriedades contribuidoras, tais como: cristais
de quartzo micro granulados (grãos < 0,15mm) e cristais de quartzo com forte extinção
ondulante, contribuindo assim, com a redução do módulo de elasticidade, redução da
resistência à compressão e à tração.
Sendo assim após a confirmação da RAA e presença de outras patologias, a
prefeitura local através de processo licitatório que foi realizado em 2004 pela EMLURB,
segundo Júnior (2019) a empresa ganhadora foi Concrepóxi Engenharia Ltda, onde a
mesma contratou serviços de outra empresa J.L.C. Engenharia de projetos Ltda, onde foi
apresentado uma alternativa de reforço e reparo dos blocos de fundação.
Só então teve início em 2005 o projeto de recuperação da ponte Paulo Guerra, se
encerrando em 2006.
As medidas de recuperação foram as seguintes:

• Fechamento das fissuras com epóxi (figura 7).

Figura – 7 Fechamento das fissuras

Fonte: Acervo da construtora, apud GOMES, 2008

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• Foi adicionada uma camada de concreto em cada face lateral em toda extensão
dos blocos.
• Em cada bloco foram inseridos 3 cabos de protensão possuindo 12 cordoalhas
com aço CP – 190 RB sendo inseridos nas 2 laterais.
A figura 8 ilustra o processo de protensão lateral da ponte Paulo Guerra.

Figura – 8 Vista lateral do bloco, com a aplicação da protensão

Fonte: Acervo da EMLURB, apud GOMES, 2008

• Colocação de consoles metálicos nas laterais acima dos blocos (nos apoios),
possibilitando o macaqueamento da estrutura para a substituição dos aparelhos (Figura 9).

Figura – 9 Aplicação dos consoles metálicos

Fonte: Acervo da EMLURB, apud GOMES, 2008

• Após a realização das trocas dos aparelhos de apoio, o aspecto final do bloco
pode ser visto, conforme Figura 10.
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Figura – 10 Vista do bloco pronto

Fonte: Acervo da EMLURB, apud GOMES, 2008

2.2 Ações preventivas e inibidoras da RAA

Como citado neste artigo, a RAA é um processo químico que ocorre no concreto
endurecido, devido aos agregados reativos reagirem com os hidroxilos alcalinos presentes nas
soluções dos poros da pasta do concreto, podendo acarretar ou não a formação do gel
higroscópico expansivo. Quando identificada a reação, podem ocorrer deslocamentos, aumento
da permeabilidade, diminuição da resistência (química e mecânica do concreto) e fissuras.
Segundo o Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON, 2016), para que não ocorra tal
reação devem-se tomar medidas preventivas e inibidoras da mesma, tais como:

• Evitar utilizar agregados potencialmente reativos ou reativos: neste sentido, é


imprescindível realizar ensaios dos agregados para identificar o potencial reativo; baixos teores
de agregados reativos são permitidos se forem empregados neutralizadores da RAA no
concreto;
• Limitar o teor de álcalis solúveis no concreto: a principal fonte de álcalis é o
cimento, que deve possuir teores abaixo de 0,4%, entretanto, é preciso examinar a água de
amassamento, e os aditivos, as adições minerais e até mesmo os agregados, pois todos são fontes
fornecedoras de álcalis;
• Proteger o elemento estrutural contra o contato com o lençol freático;
• Reduzir a relação água-cimento: o excesso de água, além do necessário para a
hidratação do cimento, é fonte de umidade e aumenta a porosidade do concreto;
• Reduzir o consumo de cimento: podem-se usar adições minerais com critério;
• Aditivos (superplastificantes e redutores de água): esses compostos contêm
álcalis que se somarão aos outros, portanto, o uso de aditivos deve ser feito com critério;

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• Usar cimento com baixo calor de hidratação: é uma tentativa de evitar a elevação
da temperatura;
• Fôrma: evitar usar fôrma lateral com alvenaria, pois dificultam a dissipação do
calor e alteram a relação água-cimento nas faces dos blocos, podendo ocorrer fissuras por
ausência de cura.
Caso a reação já esteja ocorrendo, segundo o IBRACON (2016), o melhor que deve se
fazer é um estudo especifico, extraindo testemunhos do concreto e posteriormente aplicação de
protensão e impermeabilização, já que são procedimento mais frequentes adotados, sendo assim
o monitoramento é essencial para que se possa observa se a reação foi extinta, reduzida ou
aumentada. Portanto, não há um estudo conclusivo sobre quais medidas devem ser tomadas
sobre a reação já desenvolvida na estrutura.
Por meio dos resultados obtidos dos testemunhos, inicia-se o processo de cura da
estrutura afetada pela reação.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A reação álcali-agregado é uma manifestação patológica que pode representar alto grau
de deterioração do concreto, principalmente em obras de infraestrutura, como barragens,
pavimentos e pontes, além das fundações em geral. Essa reação causa fissuras no concreto que
podem acarretar dados graves à estrutura, com o isso os estudos sobre a RAA são
importantíssimos, uma vez que esse problema acontece em todo o mundo, tendo relatos
inclusive no Brasil, mais especificamente no Recife. Atualmente os estudos preliminares da
reação não têm extrema importância de como deveria ter.
Acredita-se que os estudos são importantes para prevenção, já que para diagnosticar
uma estrutura que sofre de RAA é necessário todo um procedimento. A extinção da reação
sobre a estrutura é possível a partir das ações preventivas, o que também contribui para diminuir
o custo de manutenção da estrutura futuramente, ainda que não exista uma solução definitiva,
ficar atento aos sinais da estrutura é muito eficaz.

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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15577 – 1/2018: Agregados ― Reatividade álcali-
agregado Parte 1: Guia para avaliação da reatividade potencial e medidas preventivas para uso de agregados em
concreto.

__ . NBR 15577 – 2/2018: Agregados - Reatividade álcali-agregado Parte 2: Coleta, preparação e periodicidade
de ensaios de amostras de agregados para concreto.

__ . NBR 15577 – 3/2018: Agregados - Reatividade álcali-agregado Parte 3: Análise petrográfica para
verificação da potencialidade reativa de agregados em presença de álcalis do concreto.

__ . NBR 15577 – 4/2018: Agregados - Reatividade álcali-agregado Parte 4: Determinação da expansão em


barras de argamassa pelo método acelerado.

__ . NBR 15577 – 5/2018: Agregados - Reatividade álcali-agregado Parte 5: Determinação da mitigação da


expansão em barras de argamassa pelo método acelerado.

__ . NBR 15577 – 6/2018: Agregados - Reatividade álcali-agregado Parte 6: Determinação da expansão em


prismas de concreto.

__ . NBR 15577 – 7/2018: Agregados - Reatividade álcali-agregado Parte 7: Determinação da expansão em


prismas de concreto pelo método acelerado.

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controle da Reação Álcali-Agregado. Ilha Solteira, 2014. Disponível
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18
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154709/publico/Dissertacao_Danielle_Zambotto.pdf> Acesso em: 14 set. 2020.

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ANEXOS
Anexo A Tabelas
Tabela 1 - classificação da reatividade potencial do agregado

Fonte: NBR 15577 – 1 (2018)

Tabela 2 – Obras decorrentes da RAA

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Fonte: (Isaia, 2011 apud Albertini 2014)

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