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ÁLCALI – AGREGADO
RIO VERDE, GO
2023
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
GOIANO - CAMPUS RIO VERDE
ENGENHARIA CIVIL
ÁLCALI – AGREGADO
RIO VERDE, GO
2023
RESUMO
A reação álcali-agregada é uma das manifestações patológicas de maior grau de
deterioração do concreto, principalmente em obras de infra-estrutura, barragens e
pontes. Os principais fatores que influenciam a reação provêm de processos
químicos, entre alguns dos compostos mineralógicos do agregado com hidróxidos
alcalinos originários do cimento, água de amassamento e agentes externos, os quais
estão dissolvidos na solução dos poros do concreto. Essa reação, apesar de lenta,
conduz a um quadro patológico irreversível, gera produtos expansivos capazes de
microfissuras no concreto, causando a perda de homogeneidade, de resistência
mecânica e de durabilidade. Apesar de existirem formas eficientes de evitar que a
RAA se desenvolva do ponto de vista preventivo, após a instalação do processo
deletério, os danos causados são irreversíveis e as soluções de recuperação ainda
são paliativas.
1. INTRODUÇÃO 3
1.1 TIPOS DE RAA 4
2. OBJETIVOS 7
3. MATERIAIS E MÉTODOS 8
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 12
5. CONCLUSÃO 14
REFERÊNCIAS 15
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1. INTRODUÇÃO
A RAA ocorre devido ao processo químico que provém da reação de alguns dos
compostos mineralógicos do agregado com hidróxidos alcalinos originários do
cimento, água de amassamento e agentes externos, os quais estão dissolvidos na
solução dos poros do concreto. Essa reação resulta no surgimento de expansão, com
ou sem formação de gel, podendo originar fissuras, aumento de permeabilidade,
diminuição da resistência física e química e consequente ruptura da estrutura.
A reação álcali-agregada é uma das manifestações patológicas de maior grau de
deterioração do concreto e de enorme dificuldade de recuperação, principalmente em
obras de barragens, fatores que a levaram a ser objeto de pesquisa mais aprofundada
visando, entre os outros tópicos, as questões de segurança e durabilidade.
Por ser uma reação lenta, a prevenção é a forma mais eficiente de se evitar a RAA,
pois o comportamento da reação em longo prazo ainda não é plenamente conhecido,
embora existam vários anos de pesquisa no mundo inteiro.
Conforme a NBR 15577 – 1 (ABNT, 2018), é uma reação entre hidróxidos alcalinos,
provenientes do cimento Portland ou outras fontes com certas rochas silicosas ou
minerais silicosos, como opalas, cherts, quartzo, microcristalino, quartzo deformado,
vidro vulcânico, vidros reciclados, e outras, presentes em alguns agregados, que
gera, como produto da reação, gel álcali-sílica, que pode causar expansão anormal e
fissuração do concreto em serviço. Para Silva (2007), após o surgimento do gel
expansivo, a grande preocupação para o alastramento da patologia é sua capacidade
de absorção de água, sendo assim, o volume dessa reação se torna cada vez maior,
resultando em fissuras. Um ponto importante para o autor é que a água absorvida
pelo gel pode ser parte da que não foi usada na hidratação do cimento.
Ainda segundo a NBR 15577 – 1 (ABNT, 2018), é uma reação hidróxidos alcalinos,
provenientes do cimento Portland ou outras fontes, e certos agregados calcários
dolomíticos argilosos, acompanhada de desdolomitização, que, sob certas condições,
pode causar expansão deletéria do concreto ou argamassa. A reação dos agregados
carbonáticos que resulta somente em desdolomitização, sem expansão deletéria, não
é chamada de reação álcali-carbonato.
Para Albertini (2014), é um tipo de reação álcali-agregada em que participam os
álcalis e agregados rochosos carbonáticos. A forma mais conhecida é a
desdolomitização da rocha e consequente enfraquecimento da ligação
pasta-agregada, sendo assim é uma reação onde o gel expansivo não é apresentado,
mas sim cristais que se acumulam nos poros. Sendo assim, essa reação causa o
processo de desdolomitização, que modifica toda a estrutura do calcário, gerando o
aumento de volume. Esse processo continua até que a concentração de álcalis tenha
sido reduzida por reações secundárias, portanto segundo Albertini (2014), é
considerada a reação menos estudada e apresentada nas estruturas de concreto
atualmente.
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2. OBJETIVOS
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
O ensaio visa analisar as barras de argamassa, através das normas da ABNT: NBR
15577 – 1, NBR 15577 – 2, NBR 15577 – 3, NBR 15577 – 4, NBR 15577 – 5, NBR
15577 – 6, NBR 5732 - CP I, NBR 5733 - CP V ARI, NBR NM 76 e NBR NM 17 e da
norma ASTM C 151, afim de comparar as leituras e determinar o grau de reatividade de
um determinado agregado.
Fonte: ABNT
Lava-se cada fração com água corrente afim de remover o pó aderido e as partículas
finas do agregado, após classificação do agregado. Com ajuda de uma peneira, retém-se
frações para secá-las e armazená-las em um recipiente limpo e fechado de forma
individual. Com exceção daquelas frações que serão utilizadas em sequência.
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e ou a ABNT NBR 5733 (CP V ARI – Cimento Portland de alta resistência inicial),
utiliza-se o cimento prescrito;
4. Pelo método descrito na norma ASTM C 151 – Standard Test Method for
Autoclave Expansion of Portland Cement, a expansão em autoclave deve-se ser inferior
a 0,20%;
5. Por fim, passa-se o cimento que será utilizado em uma peneira de malha
850 μm removendo eventuais grumos.
Molda-se pelo menos três barras no modelo (Figura 01), para em seguida proporcionar o
material seco e utilizar uma parte de cimento para 2,25 partes em massa de agregado
através da relação água/cimento (a/c) igual a 0,47 em massa. As quantidades de
materiais secos misturados de uma vez para moldagem de três barras de argamassa, para
agregados com massa específica (d) igual ou superior a 2,45 g/cm³, a partir de
recombinação das frações retidas nas várias peneiras na classificação descrita na Tabela
01, devem ser 440 g de cimento e 990 g de agregado.
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Fonte: ABNT
Porém, para agregados com massa específica (d) menor que 2,45 g/cm³, as quantidades
de materiais secos misturados de uma vez para moldagem de três barras de argamassa
foi 440 g de cimento e m_a=990 d/2,65 , onde m é a massa de agregado, em gramas,
composta a partir da recombinação das frações retidas nas várias peneiras na
classificação prescrita na Tabela 01.
Após o tempo, sem paralisar a operação, inicia-se o acréscimo do agregado (as cinco
frações previamente homogeneizadas), com o cuidado de que todo o agregado seja
colocado gradualmente durante o intervalo de tempo de 30 segundos. Após o término do
acréscimo do agregado na cuba, imediatamente muda-se para a velocidade alta,
misturando os materiais durante 30 segundos. Desliga-se o misturador durante 1 minuto
e 30 segundos após o término do tempo anterior.
Nos primeiros 15 segundos, com auxílio de uma espátula, retira-se a argamassa aderida
às paredes da cuba e à pá e que não foi suficientemente misturada, colocando-a no
interior da cuba. Durante o tempo restante, a argamassa deve ficar em repouso na cuba,
coberta com pano limpo e úmido, imediatamente após esse intervalo, liga-se o
misturador na velocidade alta, por mais 1 minuto.
Para a realização da moldagem das barras de argamassa, molda-se dentro do tempo total
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decorrido de até 2 min e 15 s, após a conclusão da mistura original da argamassa. A
colocação da argamassa nos moldes, feita com auxílio de uma espátula, em duas
camadas com alturas aproximadamente iguais onde cada camada foi adensada com 20
golpes do soquete.
Trabalha-se a argamassa nos cantos, ao redor dos pinos, e ao longo das superfícies do
molde com o soquete até obter uma barra de argamassa homogênea. Após a última
camada ter sido adensada, realiza-se o rasamento e alisamento da superfície da barra de
argamassa, com uma espátula.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Onde:
Expansão% = variação de comprimento ou expansão de cada barra de argamassa numa
determinada idade (%), com aproximação de 0,001%;
Li = comprimento inicial (leitura zero);
Lf = comprimento na idade considerada;
Obs: 285 é o comprimento inicial da barra logo após a moldagem.
Sabendo também que a expansão numa determinada idade é a média das expansões das
três barras de argamassa correspondentes, calculou-a com aproximação de 0,01%.
Portanto foram então realizados os cálculos necessários e os valores apresentados na
Tabela 1.
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Tabela 1: Valores das leituras de monitoramento e porcentagem da expansão das
barras da argamassa.
1,67 OK
1 1,73 0,021% 0,19%
2,03 OK
3 2,08 0,018% 0,19%
Média 0,020%
Fonte: Autoral
O limite de expansão aceitável estabelecido pela NBR 15577-1 é de 0,19%, aos quais
os agregados com expansão inferior a esse limite são considerados potencialmente
inócuos, e expansões superiores são consideradas potencialmente reativas.
Com a realização da medida da expansão dimensional das barras e expansão numa
determinada idade obtida foi possível então concluir que esta combinação cimento
agregado apresentou-se potencialmente inócuos para uso em concreto, já que em
média apresentaram 0,02% de expansão, valor esse que está bem abaixo do limite
permitido pela norma brasileira.
Segundo a NBR 15577-1(2008) caso os valores sejam superiores ao limite
recomenda-se realizar o ensaio em prismas de concreto de acordo com NBR 15577-6
ou realizar avaliação da mitigação da expansão conforme NBR 15577-1 ou, ainda
realizar outra escolha de combinação cimento-agregado. Porém, nesse caso obteve-se
resultado satisfatório, podendo então ser concluído com o ensaio aqui realizado.
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5. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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