Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ARGAMASSAS
Rio Verde – GO
2017
1
ARGAMASSAS
Rio Verde – GO
2017
2
Lista de Figuras
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 7
1.1 Conceituação Histórica ..................................................................................... 7
2 REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 8
2.1 Tipos de Argamassas ........................................................................................ 8
2.1.1 Argamassas de cal .......................................................................................... 8
2.1.2 Argamassas de cimento ................................................................................. 9
2.1.3 Argamassas Mistas ....................................................................................... 10
2.1.4 Argamassa de gesso .................................................................................... 11
2.2 Seleções das Argamassas .............................................................................. 12
2.3 Funções ............................................................................................................ 12
2.4 Especificações dos Materiais e Equipamentos ............................................. 13
2.4.1 Materiais ......................................................................................................... 13
2.4.2 Cimento portland........................................................................................... 13
2.4.3 Cal hidratada.................................................................................................. 13
2.4.4 Areia ............................................................................................................... 13
2.4.5 Água ............................................................................................................... 14
2.5 Classificações .................................................................................................. 14
2.5.1 Número ........................................................................................................... 14
2.5.2 Plasticidade ................................................................................................... 15
2.5.3 Consistência .................................................................................................. 15
2.6 Argamassa de Assentamento para Alvenaria ............................................... 16
2.6.1 NBR 8798 – Execução e controle de obras em alvenaria estrutural de
blocos vazados de concreto ................................................................................. 18
2.6.2 NBR 8545 – Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e
blocos cerâmicos ................................................................................................... 18
2.7 Argamassa de Revestimento .......................................................................... 19
2.7.1 Emboço .......................................................................................................... 19
2.7.2 Reboco ........................................................................................................... 20
2.7.3 Chapisco ........................................................................................................ 21
2.8 Traço das Argamassas .................................................................................... 22
2.9 Dosagem ........................................................................................................... 22
3.0 Patologias Argamassa de Revestimento ....................................................... 23
3.1 Normalização .................................................................................................... 24
3.2 Forma de Preparo da Argamassa ................................................................... 27
3.2.1 Argamassa preparada na obra ..................................................................... 28
6
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS
maior do que as de cimento, sendo caracterizada como muito elástica o que reduz
dessa forma a demanda de aglomerantes para sua produção e para obter-se uma
massa com trabalhabilidade própria para rejuntamentos e revestimentos. Entretanto,
pode-se utilizar também a cal em argamassas magras de cimento o que garante
maior trabalhabilidade.
Outro aspecto importante para as argamassas de cal é a sua retenção de
água de amassamento por maior tempo, pois as pedras, os tijolos e blocos das
alvenarias, quando secos, retiram a água das argamassas de cimento mais
rapidamente do que das argamassas de cal.
Esses parâmetros demonstram ser eficazes para adquirir a trabalhabilidade
das argamassas utilizando a cal aérea. Todavia, as resistências dessas argamassas
são relativamente baixas tomando como valor referencial de resistência de 10
Kgf/cm².
Em suas exigências, a NBR 7175, ressalta limitações para os óxidos não
hidratados presentes nas cales hidratadas, que é observado e exigido do fabricante.
Entretanto, é recomendável hidratar previamente a cal antes do seu emprego
(deixar a argamassa de cal em repouso), tal procedimento melhora também a
trabalhabilidade da argamassa.
2.3 Funções
Como citado anteriormente a preferência da argamassa deve ser realizada
durante o projeto de criação e este deve levar em conta as funções que o
revestimento deva cumprir. Para MACIEL et al. (1998) a aplicabilidade do
revestimento argamassado é: preservar e coadjuvar os elementos envolvidos na
vedação de intempéries, como isolante térmico e acústico, regularização de
superfície e fins estéticos. Imperfeições geométricas consideradas grosseiras não
são corrigidas pelo revestimento, este já representa um comprometimento quanto a
função da argamassa segundo o raciocínio de que a falhas na execução da
estrutura e das vedações, é uma pratica comum no ambiente da obra mas que pode
gerar espessuras maiores que as admissíveis e práticas não recomendadas.
A argamassa de assentamento segundo a NBR 8545 (1984) tem como oficio
ter consistência para suportar o peso dos tijolos e conserva-lo no alinhamento no
átimmo do assentamento. É complementado por MARTINELLI et al. (1991) a função
das argamassar de promover a conexão de juntas.
13
2.4.1 Materiais
A NBR 11172 (ABNT, 1990) aponta os aglomerantes de cimento e cal, como
cruciais para obtenção de argamassa. O Manual de Revestimentos da ABCP (2002)
caracteriza esses matérias-primas e evidencia suas funções e aplicações
2.4.4 Areia
De acordo com a NBR 9935 (ABNT, 2011) a areia é definida como o
agregado miúdo, emanado no decorrer de processos naturais ou artificiais de
desintegração de rochas, ou oriunda de processos industriais. A granulometria dos
grãos segundo CARNEIRO et al. (1999) interferem na capacidade de deformação,
14
2.4.5 Água
2.5 Classificações
2.5.1 Número
As argamassas podem ser divididas em dois tipos segundo seu número de
aglomerantes, quando se tem apenas um aglomerante a argamassa é denominada
simples e quando é composta por dois ou mais aglomerantes dá-se o nome de
argamassa composta ou mista. Dentre os aglomerantes mais utilizados podemos
citar: cal, cimento e gesso.
As argamassas mistas, produzidas com os aglomerantes cimento e cal, são
empregadas para emboço ou reboco, pela sua plasticidade, circunstâncias
favoráveis de endurecimento, elasticidade, e possibilitam acabamento/arremate
plano e regular. Todavia podem também ser empregadas na aplicação no
assentamento de alvenarias de vedação.
Figura 05 - Cal
Fonte: http://www.siote.com.br/blog/para-que-serve-cal-hidratada/
15
2.5.2 Plasticidade
Segundo Rilem (1982 apud por ISHIKAWA, 2003*) a plasticidade “[...]
consiste em que a argamassa tende a manter a sua deformação sem ruptura, após
a redução do esforço que a originou [...]”. Ela está ligada as forças de tensão
superficial dos materiais e da água de amassamento, alguns fatores influenciam
nessa propriedade, tais como: teor de ar incorporado, natureza e teor de
aglomerantes e intensidade da energia da mistura.
2.5.3 Consistência
Seguindo os conceitos propostos por Rilem (1982 apud por ISHIKAWA,
2003*) a consistência compreende a propriedade na qual a argamassa tende a
16
resistir as deformações que lhe são impostas. Quando está no estado plástico a
argamassa deve se apresentar trabalhável, de tal forma que quando manuseada
pelo pedreiro ela deve se manter coesa e quando aplicada na alvenaria deve fluir
sem aderir a colher de pedreiro, sendo fácil o seu espalhamento.
De acordo com Barros (1991 apud por NUNES, 2014*) classifica se as
argamassas quanto a presença de água, em plásticas e secas. Entende se por
argamassa plástica, aquela que tem a mesma consistência da argamassa de
revestimento, porem o seu uso é restrito em contrapisos devido à grande dimensão
dos equipamentos usados no adensamento e também a elevada umidade que
potencializa a fissuração.
A argamassa seca apresenta dosagem e composição semelhante a
argamassa de revestimento, porém a quantidade de água utilizada na mistura é
menor, o que permite a compactação manual e cura mais favorável, graças a baixa
umidade.
Segundo Isaia (2010, p.35) na argamassa fluida as ”[...] partículas dos
agregados estão imersos no interior da pasta aglomerante, sem coesão interna e
com tendência de depositar-se por gravidade (segregação). Os grãos de areia não
oferecem nenhuma resistência ao deslizamento, mas a argamassa é tão liquida que
se espalha sobre a base, sem permitir a execução do trabalho”.
Isaia (2010, p.35) em relação a densidade de massa da argamassa, usa a
caracterização leve para argamassas que possuem densidade menor a 1,40g/cm 3,
a qual é utilizada em isolamentos térmicos e acústicos, argamassas consideradas
normais, são as que apresentam densidade de massa no intervalo de 1,40g/cm 3 a
2,30g/cm3 e são utilizadas em aplicações convencionais, a argamassa que
ultrapassa o valor 2,30g/cm3 é considerada pesada, para blindagem de radiação.
Trabalhabilidade;
Resistência mecânica inicial;
Retenção de água;
Estanqueidade;
Aderência;
Resistência mecânica final;
Estabilidade volumétrica
Capacidade de assimilar deformação;
As propriedades podem ser facilmente associadas ao tipo de assentamento
desejado como pode ser observado na Figura 02 e 03.
18
Esta norma trata das condições que devem ser obedecidas na execução e
controle de obras em alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto.
No quesito assentamento, a norma afirma que os locais de aplicação devem estar
limpos e sem agregados soltos, a quantidade de argamassa a ser aplicada não
deve corresponder a um tempo de colocação dos blocos que superem o início da
pega ou perda da trabalhabilidade, a argamassa deve ser aplicada em todas as
paredes do bloco e em dois cordões verticais, de modo a forma a junta horizontal e
junta vertical respectivamente, em dias secos, quentes e com ventos, a alvenaria
deve ser umedecida antes da aplicação da argamassa. A argamassa não deve
avançar no interior dos blocos superando 1cm e o seu excesso que fica retido nas
juntas pode ser misturada novamente com a argamassa seca, porem a que cair no
chão ou do andaime deve ser descartada.
2.7.1 Emboço
O emboço que também é chamado de massa grossa, é uma camada que tem
como função principal regularizar a superfície de alvenaria, apresentando
obrigatoriamente espessura média variando de 15 mm a 25 mm. Com a base já
preparada (com ou sem chapisco), o emboço é diretamente aplicado e é destinado
a receber as camadas seguintes do revestimento, tais como reboco, cerâmica ou
outro revestimento final. Com isso, se exige porosidade e textura superficiais
compatíveis com a capacidade de aderência do acabamento final planejado. Essas
características são determinadas pela granulometria dos materiais utilizados e pela
técnica de execução.
20
2.7.2 Reboco
O reboco também conhecido como massa fina, é a camada de acabamento
dos revestimentos de argamassa. Tal é aplicado sobre o emboço e sua espessura é
de tal forma que seja o suficiente para construção de uma película contínua e
integra sobre o emboço, podendo ter no máximo 5 mm de espessura.
Essa massa tem como função conferir a textura superficial final aos
revestimentos de múltiplas camadas, como por exemplo, na maioria das vezes a
pintura é aplicada diretamente no reboco. Devido isso, não pode apresentar
21
2.7.3 Chapisco
O chapisco, não considerado como uma camada de revestimento, é apenas
um procedimento de preparação da base que possui espessura irregular.
O chapisco é executado a fim de melhorar as condições de aderência da
primeira camada do revestimento ao substrato, em situações críticas tais como:
limitações na capacidade de aderência da base(quando há uma superfície muito lisa
ou apresenta uma porosidade inadequada, tais como, concreto ou substrato com
capacidade de sucção incompatíveis com a aderência do revestimento; e
revestimento sujeito a ações de maior intensidade(revestimentos externos e de
teto).
22
2.9 Dosagem
Para que a argamassa tenha as propriedades desejadas, independente do
estado (fresco ou endurecido), é preciso que ela seja preparada de acordo com o
traço especificado. Para isso se faz a dosagem.
23
Figura 15: Processo de deterioração dos revestimentos argamassados (SILVA, 2014, p.37).
24
3.1 Normalização
Segundo a NBR 7200 (ABNT, 1998), argamassa é a mistura de
aglomerantes, agregados e água, possuindo capacidade de endurecimento e
aderência.
A NBR 13281 (ABNT, 2001) prescreve que argamassa é a mistura
homogênea de agregado(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos e
adições, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em
obra ou em instalações próprias (argamassas industrializadas).
De acordo com suas características, as argamassas são classificadas em
diferentes tipos por normas específicas, relacionadas nas tabelas abaixo:
do tempo em aberto
Argamassa colante industrializada para
NBR 14084 2004 assentamento de placas cerâmicas – Determinação
da resistência de aderência à tração
Argamassa colante industrializada para
NBR 14085 2004 assentamento de placas cerâmicas – Determinação
do deslizamento
Argamassa colante industrializada para
NBR 14086 2004 assentamento de placas cerâmicas – Determinação
da densidade de massa aparente
A. R. - Argamassa à base de cimento Portland
NBR 14992 2003 para rejuntamento de placas cerâmicas –
Requisitos e métodos de ensaios
corpos-de-prova cilíndricos
Cal hidratada para argamassas – Determinação de
NBR 9290 1996
retenção de água
Argamassa e concreto – Câmaras úmidas e
NBR 9479 2006
tanques para cura de corpos-de-prova
Tipo/Uso
Alvenarias Cimento Cal Areia
Tijolo Comum/Alicerce 1 2 8
Laminado (1 tijolo de espessura) 1 1 6
Tijolo Furado 1 2 8
Bloco de Concreto de Enchimento 1 0,5 8
19cm
6,5cm 1 0,5 6
Blocos de Vidro 1 0,5 5
Pedras Irregulares 1 - 4
Chapisco Cimento Cal Areia
Sobre Concreto 1 - 3
Para impermeabilização 1 - 2
Sobre Alvenaria 1 - 4
Emboço (Massa Grossa) Cimento Cal Areia
Uso Externo 1 2 9
Uso Interno - 1 4
Assentamento de Cerâmica ou 1 2 8
Pastilhas
Assentamento de Azulejos ou - 1 4
31
Ladrilhos
Emboço de Forros 1 2 9
Reboco (Massa Fina) Cimento Cal Areia
Emboço de Forros - 1 2
Reboco para Pintura/Colagem - 1 4
Reboco Externo para Pintura - 1 3
Reboco para Cimento Alisado 1 - 1,5
Assentamento Interno de 1 1 5
Azulejos e Ladrilhos
Assentamento Externo de 1 1 6
Pastilhas
Assentamento Externo 1 0,5 5
Litocerâmica
Pisos Cimento Cal Areia
Piso Cimentado
Piso para Receber Tacos 1 - 4
Piso/Base Niveladora para 1 - 5
Ladrilhos
Piso/Colocação de Ladrilhos 1 0,5 5
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS
______. NBR 11172: Aglomerantes de origem animal. Rio de
Janeiro: ABNT, 1990.
______. NBR 7175: Cal hidratada para argamassa. Rio de Janeiro, 2003.
http://www.cimentoitambe.com.br/concrexap-lanca-argamassa-pronta/ <acesso em
20/04/2017>
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-
construtivos/4/logistica/planejamento/68/logistica.html <acesso em 20/04/2017>
http://www.usinafortaleza.com.br/produto/detalhes/17/argamassas_assentamento/ci
mento_colante_ac_i__interior<acesso em 20/04/2017>
https://suaobra.com.br/dicas/inicio-da-obra/tipos-de-cimento<acesso em
20/04/2017>