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SUMÁRIO

OS TIPOS DE SOLO E A IMPORTÂNCIA DETERMINANTE NA


CONSTRUÇÃO CIVIL ...................................................................................... 03
FUNDAÇÕES ................................................................................................... 09
DIFERENÇA ENTRE FUNDAÇÃO DIRETA E INDIRETA ............................... 12
ALVENARIA ..................................................................................................... 13
TRAÇOS (AS MISTURAS) DO CONCRETO ................................................... 19
ARGAMASSA (TRAÇOS) ................................................................................ 23
CHAPISCO, EMBOÇO E REBOCO ................................................................. 25
IMPERMEABILIZAÇÃO.................................................................................... 28
COLUNAS ........................................................................................................ 31
VIGAS .............................................................................................................. 32
CONTRAPISO .................................................................................................. 34
TRINCAS E FISSURAS ................................................................................... 37
TIPOS DE LAJES ............................................................................................. 41
TELHADOS ...................................................................................................... 45
ESTRUTURA DE MADEIRA TELHADO .......................................................... 54
ENCANAMENTOS ........................................................................................... 59
ESQUADRIAS .................................................................................................. 61
TIPOS DE ACABAMENTO PARA PISO .......................................................... 65
TIPOS DE ACABAMENTO PARA PAREDES .................................................. 70
COLOCANDO PORCELANATO ...................................................................... 74
COLOCANDO CERÂMICA .............................................................................. 79
COMO FAZER UM ORÇAMENTO ................................................................... 83
CRONOGRAMA DE OBRA .............................................................................. 85
REFERENCIAS ................................................................................................ 91

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OS TIPOS DE SOLO E A IMPORTÂNCIA DETERMINANTE NA
CONSTRUÇÃO CIVIL

Conhecer os tipos de
solo é de primordial importância
quando o assunto é
construção. Afinal, os
diferentes tipos de solo são
fatores determinantes para as
fundações, as estruturas e o
tipo de edificação a ser erguida
em determinado local. Eles
podem ser um limitador ou um facilitador ao uso do terreno. E no limite, pode
trazer muita dor de cabeça tanto aos profissionais quanto aos proprietários
caso não seja bem conhecido – e trabalhado.
Portanto, cabe ao engenheiro ou arquiteto o mínimo entendimento na
área. Mas, em muitos casos, a assessoria de um geólogo ou geofísico se faz
importante.

A importância do solo na construção civil

O terreno faz parte


integrante de qualquer
construção, afinal é ele que dá
sustentação ao peso e também
determina características
fundamentais do projeto em
função de seu perfil e de
características físicas como
elevação, drenagem e localização. Em construções maiores é necessário
realizar uma sondagem para ver em que nível do solo a camada é mais
resistente em geral a melhor camada para as fundações é o leito rochoso ou
acima dele, desde que permita a execução.
Em fundações que não descarrega muita carga para o solo, não é
obrigatório fazer a análise de solo. Embora seja uma vantagem saber o tipo de
solo em que se pretende construir, evitando como por exemplo, acidentes
como o ocorrido no morro do Bumba em que foram construídas casas em cima
de um lixão desativado.
Alguns solos não oferecem uma rigidez para uma construção, e esta por
sua vez não exige uma fundação profunda. O método que pode ser adotado é
o radier em que as cargas são distribuídas por toda a estrutura. No que tange à
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mecânica dos solos, é importante conhecer os três tipos básicos de solos:
arenoso, siltoso e argiloso.

Os diferentes tipos de solo

Mesmo com a divisão


básica em três tipos de solo, ela
não pode ser considerada exata.
Isto acontece, pois na natureza é
justamente a mistura de diversos
materiais que forma a crosta
terrestre. Deste modo, é incorreto
dizer que o solo arenoso é
composto completamente por
areia ou o argiloso somente por
argila.
Os tipos de solo são divididos, sobretudo, de acordo com a densidade
da sua composição, das necessidades especiais que possuem para a
construção e como o solo se comporta quando aplicada determinada pressão
sobre ele. São fatores relevantes na composição do solo, a densidade, a
porosidade, a consistência e a relação do solo com a água.

O solo arenoso

É o tipo de solo composto


predominantemente por areia. Os
componentes da areia possuem
diâmetro que varia entre 0,05 mm a
4,8 mm.
O solo arenoso não possui
grande índice de coesão, isto é, se
movimenta facilmente e é
altamente permeável. Para a
construção, isso representa um
grande desafio, já que onde há
lençóis freáticos o solo arenoso pode permanecer firme enquanto em contato
com a água, mas outras construções abaixam o lençol e movimentam o
terreno.
O solo arenoso requer fundações profundas com estacas, geralmente de
aço ou concreto armado, para evitar esse efeito e garantir a segurança da
estrutura. Normalmente, as construções portuárias se utilizam dessas estacas
preenchidas com betão para aumentar a resistência da fundação.
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Quem já percebeu aqueles prédios inclinados na orla de Santos/SP sabe
bem o que estamos falando. Quando da construção destes edifícios, não houve
preocupação com as fundações, que foram feitas de forma superficial. Com
isso, quando novas construções foram sendo erguidas, o lençol freático baixou
o nível – o solo não aguentou a carga e afundou.
Já em relação às estradas construídas em solo arenoso há certas
vantagens. Elas não se tornam um
lamaçal em época de chuvas, assim
como não levantam poeira na seca.
O motivo desta condição é
justamente o tipo de grão do solo
arenoso. Por serem pesados e de
difícil aglutinação, não são
transportados e nem se tornam barro
com facilidade. Ao contrário, por
exemplo, do solo argiloso.
Exemplo de edificações em solo arenoso sem fundações corretas acontece em
Santos. Atualmente, no entanto, as novas edificações utilizam fundações de
até 50m.

O solo argiloso

É o tipo de solo mais


comum em todo o Brasil. Sua
importância é tamanha que há
milhares de anos já era usado
como argamassa. No Brasil,
historicamente ele foi utilizado
para a construção das famosas edificações de taipa (de casas a igrejas). Além
disso, sua importância econômica na construção se dá pela fabricação de
tijolos, telhas, azulejos e pisos cerâmicos.
O solo argiloso tem importância histórica e econômica no Brasil, como a
construção de telhas cerâmicas.
No entanto, podemos
considerar o solo argiloso como o
oposto ao solo arenoso. Ele
possui grande capacidade de
aglutinação, ou seja, de torna-se
lama com facilidade. Os grãos da
argila são microscópios (de até
0,005 mm), enquanto da areia

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são visíveis a olho nu. O solo argiloso é altamente denso quando não há
umidade ou presença de água. Ao umidificar-se, ele torna-se viscoso.
Algumas características do solo argiloso:
O terreno argiloso caracteriza-se pelos grãos microscópicos, de cores
vivas e de grande impermeabilidade. Como conseqüência do tamanho dos
grãos, as argilas:
• São fáceis de serem moldadas com água;
• Têm dificuldade de desagregação.
• Formam barro plástico e viscoso quando úmido.
• Permitem taludes com ângulos praticamente na vertical. É possível
achar terrenos argilosos cortados assim onde as marcas das máquinas
que fizeram o talude
duraram dezenas de anos.
Ao trabalhar com o tipo de
solo argiloso, portanto, é
altamente recomendado realizar
um estudo de solo aplicando a
geofísica para saber exatamente
qual fundação utilizar.
Porém, normalmente as fundações rasas são as mais utilizadas nesses
tipos de solo, sendo que caso seja necessário reforçar as sapatas, o uso dos
radiers é recomendado. Para atingir mais segurança, o uso de estacas também
é recomendado, mas não usual.

Os solos siltosos

O silte é considerado um tipo


“ruim” de solo. Ele é microscópico,
assim como a argila, possui
diâmetro de 0,005 mm. a 0,05 mm.
Mas nem de longe possui o mesmo
grau de coesão. Do mesmo modo,
não há a plasticidade que o solo
argiloso possui quando molhado.
Os piores tipos de estradas
são as que estão em solo siltoso.
Formam grandes atoleiros em
épocas de chuva e muito pó no período seco. Outra característica do solo
siltoso, aliás, é a grande possibilidade de ser vítima de erosão e desagregação
natural. É um tipo de solo que demanda muito mais cuidados e manutenção.

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A mistura dos solos

Como dito anteriormente,


não há um tipo de solo que seja
único. Há variações, nunces e
misturas entre eles. Justamente
por isso é aconselhado o
assessoramento e estudo
detalhado daquele solo antes de
empreender uma edificação. Há
solos classificados como “argiloso-
silte-arenoso” ou ainda “areia
argilosa”, etc.
Veja alguns outros termos:
• Piçarra — Rocha muito decomposta e que pode ser escavada com pá
ou picareta.
• Tabatinga ou turfa — Argila com muita matéria orgânica, geralmente
encontrada em pântanos ou locais com água permanente (rios, lagos),
no presente ou no passado remoto.
• Saibro – Terreno formado basicamente por argila misturada com areia.
• Moledo — Rocha em estado de decomposição mas ainda dura, tanto
assim que só pode ser removida com martelete a ar comprimido.

USO SOLO ARENOSO SOLO SOLO


SILTOSO ARGILOSO
FUNDAÇÃO É adequado, mas Similar ao solo É usual e
DIRETA necessita atenção aos arenoso, porém recomendável,
recalques devido ao é menos mas também
abaixamento do lençol sensível ao ocorrem
freático. Durante a lençol freático e problemas de
execução, é difícil manter também é mais recalques em
a estabilidade das fácil de função do lençol
paredes laterais escavar. freático. Durante
a escavação, é
fácil de manter a
estabilidade das
paredes laterais.
FUNDAÇÃO EM Difícil de cravar frente ao É usual, por ser Usual, mas a
ESTACA atrito lateral. Em terrenos possível tirar estaca
molhados, é preciso partido tanto do geralmente
fazer cravação a ar atrito lateral precisa atingir

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comprimido. quanto da profundidades
resistência de maiores para
ponta para aumentar
aborver a capacidade de
carga. carga.
CORTES E Não recomendável, pois Possível, mas é Possível devido à
TALUDES SEM o talude fica instável. preciso levar grande coesão e
PROTEÇÃO em conta a estabilidade.
coesão e o
ângulo de atrito
para
dimensionar o
talude. A altura
de corte é
menor do que
para as argilas.
ESFORÇOS EM Esforços são maiores, Comportamento Esforços são
ESCORAMENTO levando à necessidade idêntico ao solo menores, o
de escoramento arenoso. escoramento
contínuo. pode ser bem
espaçado e não-
contínuo.
RECALQUES Recalques em solo Intermediário Recalques
FRENTE ÀS arenoso são imediatos à entre areia e extremamente
CARGAS aplicação das cargas, argila. lentos, pode levar
mas podem ocorrer décadas para
posteriormente devido à ocorrer a
mudança do lençol estabilização.
freático.
ADENSAMENTO Adensamento ocorre Há Há adensamento
E apenas se houver perda adensamento se houver perda
COMPACTAÇÃO de água. A compactação se houver de água.
se faz com vibração. perda de água. Compactação é
Compactação é feita com
feita com percussão e com
percussão ou rolos.
com rolos (pé-
de-carneiro)

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DRENABILIDADE Ocorre facilmente, mas Aceita água Alta
precisa cuidado com a passante, mas impermeabilidade
instabilidade das paredes necessita dificulta a
e do fundo das valas. verificação drenagem.
cuidadosa da
coesão e
ângulo de
atrito.
MATERIAL DE Não recomendável, por Utilizável desde Recomendável
BARRAMENTO ser permeável e sem que com maior pela
coesão. Os taludes são coeficiente de impermeabilidade,
instáveis e haveria fluxo segurança. coesão e ângulo
intenso de água pela Tem pouca de atrito
barragem. coesão e os favoráveis à
taludes ficam estabilidade.
mais abatidos
(ângulo menor)

FUNDAÇÕES

A fundação é a estrutura
responsável por absorver todas as
cargas emitidas pela edificação e
distribuí-las ao solo.
Para que qualquer obra
permaneça no lugar, sem rupturas
e sem sofrer instabilidade é preciso
de um alicerce. E esse é,
basicamente, o papel das
fundações: estruturas responsáveis por transmitir as cargas das construções
ao solo e, por isso, devem ter resistência adequada para suportar todas as
tensões. Existem diferentes tipos de fundações.
Para que essa estrutura realmente seja eficaz, o solo precisa ter
resistência e rigidez adequadas para não sofrer rupturas ou deformações que
comprometam a construção.
Assim, para escolher o tipo de fundação é preciso saber quais serão os
esforços sobre a edificação, as características do solo e dos elementos que
formam as fundações. Basicamente há dois tipos de fundações: as superficiais
(rasas ou diretas) e as profundas, definidas pela ABNT NBR 6122/2010.

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Os tipos de fundações

Fundações superficiais

Elementos de fundação em
que a carga é transmitida ao terreno,
predominantemente pelas pressões
distribuídas sob a base da fundação.
A profundidade de escavação é
inferior a 3 metros e são utilizadas
em cargas leves, como residências,
ou no caso de solo firme. Incluem-se neste tipo de fundação: sapatas (corrida
ou associada), bloco, radier e viga de fundação.

Sapata
Elemento de concreto armado,
geralmente quadrada, retangular ou
trapezoidal, dimensionado de modo
que as tensões nele produzidas sejam
resistidas pela armadura, não pelo
concreto. A sapata corrida recebe a
carga distribuída linearmente. A sapata
associada recebe vários pilares, cujos
centros não estão no mesmo
alinhamento.

Bloco de fundação
Elemento com base quadrada ou
retangular com elevação que se
assemelha a um pedestal e absorve a
carga, distribuindo-a sem a necessidade
de armadura.

Radier
Semelhante a uma placa que abrange
toda a área da construção, recebendo
toda a carga e distribuindo-a no terreno.

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Viga de fundação
Elemento comum a vários pilares, cujos
centros estão no mesmo alinhamento.

Fundações profundas

São elementos que transmitem a carga ao terreno pela base, pela


superfície lateral ou por uma combinação das duas. São utilizadas em casos de
grandes projetos, como edifícios altos, nos quais os esforços do vento se
tornam consideráveis e nos casos em que o solo só atinge a resistência
suficiente em grandes profundidades, superior a 3 metros – salvo exceções. Os
tipos mais comuns são as estacas, tubulões e caixões.

Estacas
Elemento executado inteiramente
por equipamentos ou ferramentas,
sem que, em qualquer fase de sua
execução, haja descida de operário.
As estacas têm grandes
comprimentos e seções transversais
pequenas, podem ser de madeira,
aço, concreto pré-moldado, concreto
moldado in loco ou mistos.

Tubulões
Elemento de fundação profunda,
cilíndrico, em que, pelo menos na
sua etapa final, há descida de
operário. Pode ser feito a céu aberto
ou sob ar comprimido (pneumático)
e ter ou não base alargada. Pode
ser de aço ou concreto, com ou sem
revestimento.

Caixões
Elemento de forma prismática, concretado na superfície e instalado por
escavação interna, podendo usar ar comprimido; sua base pode ser alargada
ou não.
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Importância do concreto

Além de escolher entre


os tipos de fundações, é preciso
se preocupar com o
concreto. Concreto é uma
mistura de cimento, areia, brita
e água que, após uma reação
química, endurece e se
transforma em um material
muito resistente. Ele pode ser feito na obra, “virado na obra” ou comprado
pronto do caminhão betoneira e é muito importante certificar-se de sua
qualidade.
No caso do concreto virado em obra, um dos pontos cruciais da sua
qualidade final é o cimento utilizado, que deve ser adequado às aplicações. No
caso de fundações, é imprescindível contar com um cimento com alta
resistência, solidez e secagem ultrarrápida. Por isso, a Votorantim Cimento tem
o cimento Obras Estruturais, específico para fundações, pilares, vigas e lajes.
Outro ponto importante é a quantidade de cada um dos elementos
(cimento, areia, pedra e água), o traço. Para fundações, o traço correto é: 1
saco de cimento Obras Estruturais de 50 kg, 5 latas de areia, 6 latas e meia de
brita e 1 lata e meia de água; o rendimento será de 9 latas ou 0,16 m³ de
concreto. Com materiais de construção de qualidade, boa execução do serviço
e profissionais capacitados, o sucesso da obra está garantido.

DIFERENÇA ENTRE FUNDAÇÃO DIRETA E INDIRETA

Distribuídas sob a base


do elemento estrutural de
fundação e a profundidade de
assentamento é inferior a duas
vezes a menor dimensão da
fundação (é o caso das
sapatas, blocos, radier,
baldrames, etc), enquanto na
fundação indireta a carga da construção é transmitida ao terreno pela base, por
sua superfície lateral, ou pela combinação das duas e que, a profundidade de
assentamento é superior ao dobro de sua menor dimensão em planta (é o caso
das estacas e tubulões).
A sondagem de solo consiste na investigação ou prospecção do subsolo
de um determinado terreno. O projeto de fundação de uma obra não pode ser
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concebido da maneira correta sem que haja um procedimento de sondagem
para determinar as propriedades físicas do solo.
Os ensaios de sondagem devem ser realizadas tanto em obras de
grande porte como de pequeno porte. É comum que em obras de pequeno
porte, como as edificações térreas, os ensaios geotécnicos não sejam
realizados pelos responsáveis da obra sendo realizadas apenas avaliações
visuais do solo. Essa prática está errada! Antes do início de qualquer obra,
deve-se ser feito o estudo do solo através da sondagem de forma a garantir
segurança e economia de materiais, evitando-se que retrabalhos precisem de
serem executados no futuro.
Uma sondagem deve fornecer informações do subsolo como:
• Espessura e dimensão de cada camada do solo até a profundidade
desejada;
• Existência de água com a posição do nível de água encontrado durante
a investigação do solo;
• Profundidade da camada rochosa ou do material impenetrável ao
amostrador;
• As propriedades do solo ou da rocha como permeabilidade,
compressibilidade e resistência ao cisalhamento.

ALVENARIA

Uma obra é composta por


varias etapas e uma das principais
e mais famosa é a alvenaria,
porque é aqui que a obra começa
realmente a aparecer, as paredes
vão tomando forma tanto externa
como internamente.
Na alvenaria há segredos e
macetes que se desconsiderados vão trazer problemas, gerar reflexos em
todas as etapas seguintes e aumentar o custo do empreendimento.
Alguns dos problemas de uma alvenaria mal executada:
• Engrossar o reboco em parede sem prumo
• Excesso de recorte em piso cerâmico ou porcelanato em parede sem
alinhamento
• Trincas, fissuras em portas e janelas sem verga e/ou contraverga
• Retrabalho em vãos de portas e janelas sem dimensões necessárias
Os principais materiais para executar uma parede de alvenaria é o tijolo
cerâmico ou o bloco de concreto.

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Tijolos

Os tijolos são feitos a partir do


barro, por isso, são chamados de
“tijolos cerâmicos”. Eles podem ser
estruturais ou de vedação.

Blocos
Os blocos são feitos a partir de
um traço de cimento, areia e brita. Eles
também podem ser estruturais ou de
vedação.
Há também os blocos de
concreto celular autoclavados. São
blocos de grandes dimensões (30cm x
60cm), porém bem leves (menor
densidade), indicados apenas para
vedação (não estruturais).

Alvenaria Estrutural X Alvenaria de Vedação: Entenda a Diferença


Fundamental

Há dois tipos de alvenarias: a


estrutural e a não-estrutural (ou de
vedação).
A alvenaria estrutural é
aquela que possui em primeiro lugar
função estrutural, ou seja, a
estrutura da edificação (casa, loja,
prédio, etc) é a própria alvenaria. Os
tijolos ou blocos para alvenaria estrutural são chamados de “tijolo/bloco
estrutural”, são sempre vazados na vertical.

Macete 01: A Alvenaria estrutural é


muito utilizada na construção de
prédios residenciais de 04 a 08
pavimentos. Grandes construtoras de
apartamentos de 2 quartos e “Minha
Casa, Minha Vida” utilizam bastante
essa técnica construtiva.
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Macete 02: A construção das paredes de alvenaria estrutural segue uma
técnica construtiva mais apurada, racionalizada e cada parede tem sua
paginação detalhada em projeto. O pedreiro de alvenaria deve seguir fielmente
essa paginação.
A alvenaria de vedação é aquela que não possui nenhuma função
estrutural. Ela tem apenas a função de fazer a separação dos ambientes. O
nome “vedação” é devido essa alvenaria vedar os vãos abertos deixados pela
estrutura. Esse tipo de alvenaria é indicado para edificações com estrutura
convencional de concreto no sistema pilar-viga-laje, ou edificações em
estrutura metálica.

Alvenaria de Vedação

A alvenaria de vedação é aquela que não tem função estrutural. É a


mais conhecida e tradicional das alvenarias e utilizada em construções novas
ou reformas de casas, apartamentos e todos os outros tipos de edificações.

Marcação das paredes


Com o projeto de arquitetura em
mãos, é feita a marcação da alvenaria
no piso, observe as dimensões dos
ambientes, o esquadro, o alinhamento e
deixe os vãos de portas.
Em uma reforma, a locação das
novas paredes é mais fácil porque as
paredes existentes servem como
referência para puxar as medidas.
Macete 03: As paredes podem ser marcadas tanto pelo seu eixo, como pela
face do tijolo / bloco, desde que seja descontado a espessura dos
revestimentos (reboco, azulejos, etc).
Essa atividade também pode
ser chamada de locação das
paredes e pode ser feita por um
topógrafo (depende do porte da
obra e da precisão necessária).

Assentar os Tijolos / Blocos


Para iniciar o assentamento,
coloque próximo ao profissional o
pallet de tijolos/blocos e a argamassa para assentamento.
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O pedreiro vai iniciar assentando as mestras no vértice da parede e, em
seguida, puxar a linha para assentar a primeira fiada.
Ao assentar os blocos o pedreiro sempre deve conferir: alinhamento, prumo,
amarração e o esquadro nos encontros de paredes.
Macete 04: Alvenaria externa em altura, o pedreiro deve estar com cinto de
segurança preso à linha de vida.

Encunhamento
Ao terminar de subir toda a
parede, é comum ficar uma fresta
entre o topo da parede e a viga.
A atividade de fechar essa
fresta é chamada de
encunhamento, ou seja, fazer a
união da parede com a estrutura
da edificação.
O encunhamento pode ser
feito de diversas formas. As mais comuns são:
Encunhamento com espuma
expansiva de PU ou PUR –
Poliuretano

Macete 05: Essa é a técnica mais


rápida e utilizada atualmente. Para
isso a fresta para encunhamento
não deve ser maior que 5cm.

Assentamento de tijolo a vista


ou aparente
Antes de iniciar o
assentamento de tijolo numa
parede, deve-se fazer o
nivelamento da base, devendo
para isso,obter o nível de trabalho.
Depois de executar estas
verificações, deve marcar a
implantação da parede de acordo
com o projeto fornecido.

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As marcações devem ser efetuadas sobre um pequeno revestimento de
argamassa da mesma da que vai assentar os tijolos e executadas com o bico
da colher e o auxílio de uma régua.
Deve distribuir os tijolos na marcação de forma a que possa prever onde
e com que medida terá que executar os cortes que eventualmente sejam
necessários e a permitir um enquadramento estético aceitável.
O assentamento começa-se por assentar um tijolo inteiro em cada
extremo da parede, (caso esta não termine com cortes nos extremos) se isso
acontecer assentam-se estes. Estas peças devem ser cuidadosamente
aprumadas, alinhadas com as marcações e niveladas.
Em seguida fixa o fio de
alinhamento e assenta todos os
restantes tijolos que compõem a
fiada, deixando sempre o espaço
para a junta vertical (espaço
entre cada tijolo), que deve ser
obtida recorrendo a uma bitola
de madeira de 1 centímetro de
espessura. Depois preenche as
juntas com argamassa da
mesma da do assentamento.
Em seguida, assenta os tijolos correspondestes ao inicio da 2ª fiada, em
cada um dos extremos devidamente aprumados e nivelados e verificados os
espaços entre os tijolos.
Deve esticar o fio de alinhamento, usando dois esticadores de fio, e
proceder ao assentamento dos
restantes tijolos e preenchimento
das juntas.
Para o assentamento da
terceira fiada, repete o processo
usado para a primeira fiada.
Tendo sempre em atenção as
juntas verticais para que estas
concordem em todas as fiadas
alternadas.
Para o assentamento da 4ª
fiada, repete o assentamento da 2ª fiada. Á medida que vai executando o
assentamento, vai limpando os tijolos com um pincel de cerdas de nylon e
bastante água limpa, para que as argamassas do assentamento e os
escorrimentos não venham a manchar os tijolos da parede.

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Deve ir repetindo todo o
processo tendo o cuidado de que
as fiadas impares sejam iguais a
todas as impares e as pares com
todas as pares. Controlando
sempre as espessuras das juntas
quer verticais quer horizontais,
usando a bitola de marcação.
Deve ainda ir afundando as
juntas com o bico da colher para
mais tarde as poder tratar, com
argamassa de areia fina ao mesmo traço do usado no assentamento.

Importante: Verifique sempre se as juntas verticais e horizontais (espaços entre


os tijolos) estão coincidindo, ou seja, o espaço entre o tijolo da primeira fileira
deve estar na reta do tijolo da terceira fileira e o da segunda fileira na reto da
quarta fileira e assim por diante.

Atenção: A fiada 1 será igual a fiada 3, igual a fiada 5 e assim por diante
nas fiadas ímpares e a fiada 2 será igual a 4, a 6 e assim por diante nas
fiadas pares.

Argamassa

O traço da argamassa não deve ser superior a 1.5.


Para evitar escorrimentos que
sujem a fachada, deve utilizar a
argamassa com o mais baixo teor
possível de água, que deve ser
potável. Nunca deve utilizar águas
salinizadas.
Aconselha-se o uso de cal
hidráulica ou cal viva apagada,
quando a relação em volume de
cimento e areia for inferior a 1.4.
deve proceder-se ao ensaio em obra, antes do início da aplicação da
argamassa.
Quando se utilizam aditivos (plastificantes, indutores de ar, corantes,
hidrófugos) deve executar-se um murete de prova, para conhecer a interação
da argamassa aditivada com o tijolo face à vista.

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TRAÇOS (AS MISTURAS) DO CONCRETO

Na hora de fazer o concreto é


fundamental respeitar as quantidades de
cada elemento na mistura.
Para cada exigência do concreto
depois de pronto, existe um traço
correspondente.

Resistência do concreto

Sua resistência e durabilidade


depende da proporção entre os materiais
que o constituem.
A mistura entre os materiais
constituintes é chamada de dosagem ou
traço.

Muito importante:
Usar somente pedra e areia limpas (sem argila ou barro), sem materiais
orgânicos (como raízes, folhas, gravetos etc.) e sem grãos que esfarelam
quando apertados entre os dedos.
A água (doce) também deve ser limpa, clara sem impurezas(boa para
beber).

Lembre-se:
Qualquer material (água ou areia) contendo SAL é um inimigo do concreto.

Traços do Concreto

* Traço é a indicação das proporções dos seus componentes.


APLICAÇÕES TRAÇO RENDIMENTO
POR SACO DE
CIMENTO
Para base de fundações e para 1 saco de cimento 14 latas ou 0,25 metros
contrapisos (concreto magro) 8 latas e meia de cúbicos
areia
11 latas e meia
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de pedra
2 latas de água
Concreto para fundações 1 saco de cimento 9 latas ou 0,16 metros
5 latas de areia cúbicos
6 latas e meia de
pedra
1 lata e meia de
água
Concreto para pisos 1 saco de cimento 8 latas ou 0,14 metros
4 latas de areia cúbicos
6 latas de pedra
1 lata e meia de
água

Concreto 1 saco de cimento 8 latas ou 0,14 mertos


para pilares, vigas, vergas, lajes e 4 latas de areia cúbicos
produção de 5 latas e meia de
pré-moldados em geral pedra
1 lata e um quatro
de água

Atenção: 1) A lata de medida deve ser de 18 litros. 2) As pedras devem


ser brita 1 ou 2.

Massa para Reboco

Não existe um traço exato para


fazer a massa de reboco das paredes.
Cada situação vai precisar de medidas
diferentes de cimento cal e areia. Mas a
escolha do traço mais econômico pode
deixar sua construção mais barata.

Massa para chapisco

1:3 - 1 lata de cimento para 3 latas de


areia - indicado para chapisco em
superfícies de concreto ou em tetos.

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1:4 - 1 lata de cimento para 4 latas de areia - massa indicada para chapisco
em alvenaria.

Massa para emboço interno

1:7 - 1 lata de cimento para 7 latas


de areia, com aditivo plastificante,
pois nessa medida a massa tem
pouca liga. Caso contrário será
preciso usar mais cimento na
massa.
1:2:9 - 1 lata de cimento para 2 latas de cal hidratada e 9 latas de areia.

Aditivos para massa de cimento:


Para melhorar a liga da massa, você poderá comprar um aditivo
plastificante, assim você evita o gasto de cimento em excesso,
podendo economizar ao longo de toda a obra, veja abaixo as opções mais
populares:

21
Opção 1: Alvenarit (Vedacit):
• Consumo: 200 ml por 50 Kg de cimento
- Preço: Em torno de 20,00 por galão de
3,6 litros
• Custo: Você gastará R$ 1,11 de aditivo
para cada saco de cimento

Opção 2: Viacal
(Viapol):

• Consumo: 100 ml por 50 Kg de cimento


• Preço: Em torno de 12,00 o frasco de 1 litro
• Custo: Você gastará R$ 1,20 de aditivo para
cada saco de cimento

Opção 3: Sikanol Alvenaria (Sika):

• Consumo: de 100 a 300 ml por 50 kg de


cimento
• Preço: Em torno de R$ 16,00 o frasco de 1
litro.
• Custo: Você gastará R$ 1,60 de aditivo para
cada saco de cimento

Massa para alvenaria de vedação - sem função estrutural

Massa para assentar tijolo com


cimento e areia - sem cal:
• 1:6 - 1 lata de cimento para 6
latas de areia
• 1:8 - 1 lata de cimento para 8
latas de areia

Observações:

22
Para usar o traço de 1:6 ou 1:8 a parede não pode ter função estrutural.
O peso da construção de ser suportado por vigas e pilares de concreto armado.
A massa com esses traços, principalmente o 1:8 fica com uma liga muito
ruim, por isso é recomendável misturar o aditivo plastificante na massa.

Massa de cimento, areia e cal para assentar tijolos:


• 1:2:9 - 1 lata de cimento, 2 latas de cal e 9 latas de areia (é a medida
mais comum para massa de alvenaria com cal)
• 1: 0,5 : 6 - 1 lata de cimento, meia lata de cal e 6 latas de areia (esse
traço é mais resistente e mais barato do que o primeiro, vai
gerar economia na sua obra)

Vantagens da massa de cimento e cal:


A massa fica mais flexível, assim o pedreiro trabalha com mais facilidade
e qualidade.
Desvantagens da massa com cal:
O custo da massa de cimento cal e areia para alvenaria fica de 10% a
30% maior do que o custo da argamassa apenas de cimento e areia.

Massa para assentamento de bloco estrutural

A massa para fazer


alvenaria estrutural pode ter várias
medidas dependendo da
resistência necessária. Nesse caso
é importante seguir a
recomendação do engenheiro
responsável pelo projeto estrutural.

ARGAMASSA (TRAÇOS)

A mistura de água, areia e


cimento, popularmente conhecida
como argamassa, funciona como
uma espécie de cola para quase
tudo o que é feito em obras. Isso
sem mencionarmos a sua função
de impermeabilizar e nivelar
superfícies. Mesmo sendo
conhecida por quem trabalha com
construções, há quem não identifique os diferentes tipos de argamassa.

23
Exemplos de traço de argamassa

Para assentar tijolos


• 1:2:9 – Uma lata de cimento, duas de cal e nove de areia (é a medida
mais utilizada para se fazer massa de alvenaria com cal);
• 1:0,5:6 – uma lata de cimento, meia de cal e seis de areia (esse traço de
argamassa é mais resistente e mais barato do que o primeiro. Ele vai
gerar mais economia para sua obra).

Massa para assentar tijolo com cimento e areia (sem cal)


• 1:6 – Uma lata de cimento para seis de areia;
• 1:8 – uma lata de cimento para oito de areia.

Massa de cimento e areia para assentar tijolos (com cal)


• 1:2:9 – Uma lata de cimento, duas de cal e nove de areia (medida mais
usada para fazer massa de alvenaria com cal);
• 1:0,5:6 – uma lata de cimento, meia de cal e seis de areia (traço de
argamassa mais resistente e mais barato que o anterior).

Traços usados em alvenaria estrutural


• 1:1:6 – Traço de argamassa bastante utilizado na alvenaria estrutural
para construções pequenas.
• 1:4,5:0,5 – é um traço que oferece maior resistência e tração tração na
alvenaria.

Os tipos de argamassa colante (AC)

AC I
Argamassa bastante utilizada para
assentar revestimentos e pisos
cerâmicos em áreas internas. Pode ser
empregada em áreas secas (quartos e
salas) ou úmidas (cozinhas e
banheiros).

AC II
Ao contrário do tipo AC I, a variação AC II pode ser usada tanto em áreas
internas quanto externas. Conseguindo absorver variações de temperatura,
essa argamassa oferece resistência até às ações do tempo. Por conta desses

24
aspectos, o tipo AC II acaba sendo favorável às obras em fachadas e áreas
públicas.

AC III
Esse é o mais resistente dentre
os tipos de argamassa. Com seu
alto poder aderência, o AC III é
indicado para assentar
revestimentos em fachadas,
piscinas e saunas.

AC III E
Voltado para superfícies que ficam constantemente expostas ao sol. Assim
como o tipo AC II, essa argamassa destaca-se por conseguir se adaptar às
condições naturais.

CHAPISCO, EMBOÇO E REBOCO

A diferença entre reboco,


emboço e chapisco é que
são camadas de argamassas de
diferentes espessuras e
finalidades utilizadas para o
revestimento de uma parede ou
muro.
Em linhas gerais, o
chapisco é uma camada que tem a
finalidade de proporcionar maior aderência entre a alvenaria e o revestimento,
o emboço é aplicado para regularizar a superfície do chapisco e o reboco é
uma camada de acabamento.
Quando deseja-se assentar
cerâmicas em uma parede, são
necessários somente o chapisco e
o emboço, sendo então chamada
de camada única. Para os casos
onde irá ser aplicado pintura, faz-se
a aplicação das três camadas para
a obtenção de um revestimento
bem aderido a base e uma
superfície mais lisa.

25
Chapisco

O chapisco é a parte
da argamassa que faz contato direto
com a alvenaria. É a primeira
camada de argamassa a ser
aplicada e tem a função de criar uma
superfície áspera o bastante para
que proporcione maior aderência à
próxima camada, o emboço.
É geralmente preparado com cimento, areia grossa e água com um traço
de 1:3. A sua aparência é de uma textura bem viscosa com consistência fluida,
facilitando a penetração da pasta no bloco ou tijolo a ser revestido.
Se for necessário, pode-se utilizar aditivos para melhorar a aderência do
chapisco e assim obter maior qualidade no revestimento.

Emboço

Após a aplicação do chapisco,


segue-se para a regularização da
superfície com o objetivo de preparar
a parede para o assentamento de
revestimento cerâmico ou para a
execução do reboco para a posterior
pintura.
O emboço é executado com um
traço de 1:2:8 ou 1:2:9 de cimento,
cal, areia grossa ou média e água. A
cal é utilizada para fornecer à pasta maior flexibilidade, melhor aderência e
melhor trabalhabilidade.
Se forem necessárias mais de uma demão, deve-se esperar pelo menos
24 horas para a cura da camada executada e a aplicação da próxima.

Reboco

É a última camada de
argamassa a ser aplicada em um
revestimento. É ele que deixará a
superfície plana e lisa para a
realização dos serviços de pintura.
Para uma boa qualidade do
26
reboco, recomenda-se um traço de 1:2:6 de cimento, cal, areia fina e água.
Aditivos, como por exemplo impermeabilizantes, também podem ser utilizados
desde que sejam comprovados por meio de ensaios em laboratórios de acordo
com os requisitos das normas técnicas.

Espessura da argamassa

Para o revestimento de argamassa, devem ser respeitados alguns


limites para a espessura, garantindo maior controle na qualidade da execução
e menor custo com a compra de materiais e mão de obra. Além disso, respeitar
os limites de espessura evita que problemas maiores ocorram com o
revestimento a ser aplicado, como desplacamentos e trincas, e com a pintura.
• Para ambientes internos: 5 mm ≤ e ≤ 20 mm
• Para ambientes externos: 20 mm ≤ e ≤ 30 mm
• Para tetos internos e externos: e ≤ 20 mm

Por exemplo, para a execução de um revestimento em argamassa em


uma sala de estar, a espessura total das camadas de chapisco, emboço e
reboco deve ser maior do que 5 milímetros e menor do que 20 milímetros.

Cronograma de execução

Após executadas as alvenarias, deve-se esperar pelo menos 14 dias


caso estas sejam estruturais não armadas ou alvenaria de vedação para a
execução do chapisco. Caso a estrutura for de concreto ou alvenaria estrutural
armada, deve-se respeitar o prazo mínimo de 28 dias.
Após a aplicação do chapisco, é necessário esperar pelo menos 3 dias
para a execução do emboço.
Se o emboço for realizado com a adição de cal, o prazo mínimo para a
aplicação da próxima camada deverá ser de 21 dias. Caso for executado com
argamassa mista ou hidráulica, 7 dias.
O reboco deve ser então realizado e com o revestimento pronto, deve-se
esperar pelo menos 21 dias para a cura completa das camadas e o posterior
assentamento do revestimento.

Normas técnicas
Para a correta aplicação de um revestimento de argamassa, deve-se
seguir as recomendações das normas técnicas que definem os critérios e os
requisitos de qualidade a serem seguidos. As principais e as mais utilizadas
são:

27
NBR 7200 Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas
inorgânicas – Procedimento
NBR 13749 Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –
Especificação
NBR 13530 Revestimentos de paredes e tetos de argamassas inorgânicas

IMPERMEABILIZAÇÃO

De forma simples e direta a


impermeabilização é uma técnica
construtiva que utiliza produtos
específicos para criar uma
camada de proteção em
determinada superfície ou
estrutura de concreto em contato
com a água.
Ou seja, impermeabilizar é
proteger as estruturas e superfícies de concreto dos efeitos nocivos que a água
pode produzir. Sendo água de chuva, águas servidas ou até mesmo água
subterrânea.
A água pode causar inúmeros problemas em uma edificação, como
infiltrações, perda da qualidade da pintura e revestimento, aparecimento de
fungos e mofos, comprometer a armadura de aço de uma estrutura por meio da
corrosão e tantas outras anomalias que podem surgir.
Além de garantir o bom aspecto físico de uma edificação a
impermeabilização também colabora com um bom tempo de vida útil e a
segurança da estrutura.

Onde a impermeabilização é utilizada

A impermeabilização é uma
técnica que pode ser aplicada em
diferentes tipos de obra. Em cada
tipo de obra é indicado um produto
específico e uma técnica adequada
que resultará em uma
impermeabilização de qualidade.
Por exemplo, a
impermeabilização pode ser
utilizada em diversas etapas de uma pequena edificação. Na construção de
uma casa os baldrames precisam ser impermeabilizados, a primeira laje de
28
piso, as paredes de arrimos em contato direto com o solo, os pisos de áreas
molhadas como banheiros e área de serviço, sacadas, jardineiras e lajes de
cobertura que não possuam telhado.
Em grandes edifícios, além das áreas citadas acima é importante
impermeabilizar os reservatórios, poço de elevadores, jardins, piscinas, saunas
e qualquer outra superfície que tiver contato direto com a água.
É importante salientar que a impermeabilização é adotada em situações
onde o contato com a água é constante ou temporário.

Principais tipos de impermeabilização

Para quem está


aprendendo o que é
impermeabilização é essencial
conhecer os principais tipos de
impermeabilização. Como a
impermeabilização é adotada
em inúmeras etapas de uma
construção e em diferentes
tipos de obra é normal que
sejam desenvolvidos produtos específicos para cada tipo de utilização.
Isso faz com que o mercado de produtos impermeabilizantes possua
uma infinidade de opções para o construtor. Isso é muito bom, pois surge cada
vez mais técnicas com preço acessível, mas também causa uma grande
confusão para quem vai comprar seus produtos pela primeira vez.
O primeiro passo então é entender que existem duas classificações para
a impermeabilização, que é a impermeabilização flexível e a impermeabilização
rígida.
É válido esclarecer que cada tipo de impermeabilização é mais indicado
para determinado fim. Isso não quer dizer que uma seja melhor que a outra.

Impermeabilização rígida

A impermeabilização rígida
deve ser adotada em partes de
uma construção que estáveis, ou
seja, que não estejam
susceptíveis ao surgimento de
trincas e fissuras.
Este tipo de
impermeabilização pode ser

29
utilizado como um aditivo na argamassa de revestimento da estrutura ou como
uma pintura sobre a superfície que estará em contato com a água.
Os principais locais onde este tipo de impermeabilização é utilizado são
em fundações, piscinas enterradas, baldrames, estruturas de contenção e
pisos em contato com o solo.
Entre as inúmeras opções do mercado você encontrará as argamassas
impermeabilizantes, os cimentos poliméricos, aditivos hidrofugantes, os
cimentos cristalizantes e as resinas epóxi.

Impermeabilização flexível

A impermeabilização flexível é
adotada em situações onde a
estrutura esteja sujeita a
movimentações, surgimento de
trincas, vibrações e variação de
temperatura.
Elas são encontradas no
mercado na forma de mantas ou misturas que podem ser moldadas na
superfície da obra em questão. As mantas podem ser aderidas ou não na
estrutura e as misturas após secas formam uma camada impermeável e
elástica.
São muito adotadas na impermeabilização de lajes de cobertura,
terraços, áreas molhadas como banheiro e área de serviço e reservatórios
elevados.
É encontrada com facilidade no mercado da construção as mantas
asfálticas, as membranas asfálticas, mantas de PEAD, mantas de PVC,
membranas de poliuretano e resinas acrílicas.

Cuidados importantes sobre a impermeabilização

Em muitos casos as técnicas de impermeabilização são simples e


podem ser desenvolvidas por uma equipe com boa experiência em obras e que
conheça os produtos que irá utilizar.
Entretanto, em caso de obras mais complexas é importante que seja
desenvolvido um projeto específicos de impermeabilização. Onde serão
indicados as técnicas e produtos adequados para toda a obra.
Além do projeto é fundamental que exista um acompanhamento de um
profissional com boa experiência nas técnicas indicadas em projeto.

30
Vale destacar que com impermeabilização não se brinca. É uma parte
fundamental de uma obra e a utilização de técnicas inadequadas pode resultar
apenas em um desperdício de dinheiro.

COLUNAS

Cada coluna é um bloco


retangular ou cilíndrico feito de
concreto armado dimensionado
para suportar e distribuir o peso
das vigas para as fundações. As
colunas ou pilares são
elementos estruturais, por isso
devem ser dimensionadas por
um engenheiro capacitado e
fazem parte do projeto estrutural.
Geralmente as colunas são posicionadas no encontro das paredes, ou
no meio quando o vão é superior a 4 metros. Na maioria das vezes as colunas
possuem a mesma largura da parede sem revestimento. Por isso ficam
escondidas quando a casa fica pronta.
Para dar forma de bloco ao concreto é necessário a utilização de fôrmas.
Geralmente as fôrmas são ser feitas com tábuas e sarrafos de madeira e
amarradas com parafuso borboleta ou arame.

Posicionamento da coluna de aço

Geralmente o posicionamento
das colunas é determinado na
construção da fundação. Por isso,
durante a construção das colunas você
deve verificar se os diâmetros (bitola)
das colunas de aço estão iguais ao
projeto estrutural.
Um ponto muito importante é
que não se deve passar nenhum tipo
de duto, principalmente eletrodutos, no
meio das colunas. Exceto quando
previsto no projeto. Caso contrário, a resistência da coluna é prejudicada e ela
pode ser danificada por cortes em manutenção futuras.
As colunas de aço devem ser amarradas aos arranques feitos na etapa
da fundação. Confira se as barras de aço estão fixas e bem presas.

31
Caixarias

Verifique também se as caixarias


estão firmes e alinhadas verticalmente
(aprumadas) e horizontalmente
(niveladas). Neste etapa você deve
checar se as medidas estão iguais ao
projeto. Após a aplicação do concreto
não podem haver vazamentos.

Concretagem

Após centralizar as colunas de aço nas caixarias, é colocado o concreto.


Este pode ser comprado pronto ou pode ser feito na obra
Após a secagem, cerca de 7 dias, o concreto deverá ter uma cor
homogênea e não possuir furos que permitam ver as estruturas de aço. Depois
de construir as colunas ou pilares, o próximo passo é fazer as

VIGAS

As vigas fazem parte


da estrutura de concreto armado que
dá sustentação a sua casa. Elas
ficam apoiadas nas colunas e acima
das paredes.
Cada viga é um bloco
retangular de concreto armado
dimensionado para suportar e distribuir o peso da laje para as colunas. As
vigas são elementos estruturais, por isso devem ser dimensionadas por um
engenheiro capacitado e constar no projeto estrutural.
Geralmente as vigas são posicionadas entre duas colunas e acima das
paredes. Na maioria das vezes, possuem a mesma largura da parede sem
revestimento, por isso ficam escondidas quando a casa fica pronta. A
resistência da viga varia conforme a sua altura, quando mais alta, mais
resistente.
Para dar forma ao concreto é necessário a utilização de fôrmas.
Normalmente as fôrmas são feitas com tábuas e sarrafos de madeira e
amarradas com parafuso borboleta ou arame.

32
Posicionamento das armações de aço
O posicionamento e as
medidas das vigas é
determinado pelo engenheiro
responsável pela sua
construção. Logo, você deve
checar se as medidas estão de
acordo com o projeto estrutural.
Um ponto muito
importante é que não se deve
passar nenhum tipo de duto,
principalmente eletrodutos, no meio das vigas. Exceto quanto previsto no
projeto estrutural. Caso contrário a resistência é prejudicada e a estrutura pode
ser danificada.
As barras de aço das vigas devem ser amarradas ao aço sobressalente
das colunas. Confira se estes estão bem presos.

Caixarias

Verifique se as caixarias
estão firmes e alinhadas
verticalmente (aprumadas) e
horizontalmente (niveladas). Após
a aplicação do concreto não
podem haver vazamentos.

Concretagem

Depois posicionar as colunas de aço e caixarias, é colocado o concreto.


Este pode ser comprado usinado ou pode ser feito na obra. Durante a
aplicação observe se o concreto está pastoso e homogêneo.
Após a secagem, cerca de 7 dias, o concreto deverá ter uma cor
homogênea e não possuir furos que permitam ver as estruturas de aço. Uma
vez feitas as vigas, o próximo passo é construir a laje.

33
CONTRAPISO

O contrapiso é uma
camada de argamassa com 2 a 5
cm de espessura. Ele é
responsável por criar uma
superfície regularizada e lisa para
a instalação dos pisos. Fique
atento, é nesta etapa que é feito a
caída da água para os ralos.
A argamassa não pode ser
aplicada diretamente na terra. Por isso, antes de fazer o contrapiso é
necessário aplicar uma camada
de concreto. Esta base tem de 10
a 15 cm de espessura e é feita
com concreto de baixa
resistência. Este tipo de concreto
é chamado popularmente de
concreto magro. Em algumas
situações é recomendada a
utilização de malhas de aço para
aumentar a resistência desta
base.
Essa base também é importante para criar os desníveis da casa.
Normalmente o piso das salas e quartos são 5cm mais altos do que o piso do
banheiro. Geralmente dentro do banheiro o nível do box (chuveiro) é um pouco
mais baixo do que o restante do
banheiro.
Outro ponto importante é que
antes da concretagem devem ser
feitas as instalações hidráulicas e
elétricas que passam por baixo casa.
Geralmente são as tubulações de
esgoto, águas pluviais e entradas de
energia e comunicação (telefone e
interfone).
Para os casos onde a fundação for o radier ou para casas com mais de
1 pavimento, não é necessário fazer esta camada de concreto magro. Neste
caso, a argamassa do contrapiso é aplicado diretamente sobre o concreto do
radier ou laje.

34
Preparação do solo
A primeira coisa que você
deve verificar é se foram
retirados todos restos de
materiais e entulhos. Verifique
também se o solo foi bem
compactado.
Se for utilizar malha de
aço, certifique-se que ela não
está em contato direto com o
solo. Recomenda-se, para esse caso a utilização de lonas pretas para
construção, espaçadores ou uma camada de pedra brita compactada para
isolar o aço do solo.

Instalação hidráulicas e
elétricas
Verifique também se as
instalações hidráulicas e
elétricas foram feitas conforme
especificadas nos projetos
hidráulico e elétrico.

Concretagem
Após posicionar todas as
tubulações e armações de aço, o solo deve ser molhado e depois colocado o
concreto. Este pode ser comprado
pronto ou pode ser feito na obra.
Durante a aplicação observe se o
concreto está pastoso e
homogêneo.
Após a secagem, em cerca
de 7 dias, o concreto deverá ter
uma cor homogênea e não
possuir furos que permitam ver as
estruturas de aço.

Aplicação da argamassa
A aplicação da argamassa do contrapiso é feita após a cura do concreto.
Certifique que a superfície foi limpa e que a argamassa está com textura de
“farofa” durante a aplicação. Logo em seguida a argamassa deve ser
desempenada, criando uma superfície lisa, mas com aderência para a
argamassa de instalação de pisos.
35
Verifique por último se foi feito o
caimento para os ralos ou fora da
casa. Para isso você pode soltar uma
bola de borracha no lado oposto ao
ralo, se a bola não for para o ralo o
caimento está errado.

Passo a Passo Contrapiso

O primeiro passo é preparar


a argamassa manual ou
mecanicamente. Misture o cimento e
a areia (de preferência média e
peneirada para eliminar impurezas)
até alcançar uma consistência
uniforme. Acrescente água aos
poucos para obter uma massa mais
ou menos úmida. Para saber o ponto
certo, aperte a quantidade de uma
mão cheia e veja se ela escapa pelo
dedos. Se isso não acontecer, a argamassa está pronta.
Em seguida, faça a limpeza do local de aplicação, que não deve ter
restos de argamassa ou concreto nem detritos de substâncias como óleo,
graxa, cola ou pedaços de madeira. Use ponteiro, marreta e vassoura para
deixar o espaço totalmente livre de sujeiras e resíduos.
Fixe taliscas nos cantos da superfície para delimitar a espessura do
contrapiso e deixe-as niveladas (foto acima). Lembre-se de que o nível deve
ser o mesmo em todos os cômodos da construção. Dependendo do local, faça
com que alguns pontos sejam mais altos ou baixos para possibilitar o caimento
da água.
Depois, execute as mestras (marcação feita com argamassa e taliscas),
preenchendo com argamassa o espaço entre duas ou mais taliscas que
estiverem na mesma direção. Com o auxílio da régua de alumínio, deixe-as no
mesmo nível e devidamente compactadas. São elas que servirão de referência
para todo o preenchimento do contrapiso. Após isso, retire as taliscas.
Com a ajuda de uma broxa, deixe a base umedecida e polvilhe um pouco de
cimento com uma colher de pedreiro na quantidade de 0,5 kg por m². Espalhe
com vassoura para obter uma película de nata de cimento que vai garantir a
aderência entre a base e o contrapiso.

36
Finalmente, aplique a
argamassa e realize a compactação
com uma enxada ou um soquete. A
próxima etapa é o sarrafeamento
que vai regularizar a superfície:
apoie a régua sobre as mestras e
faça movimentos de vaivém para
“cortar” a argamassa até atingir o
nível marcado anteriormente.

O processo de sarrafeamento com a régua é feito para regularizar a superfície.

Se o revestimento final for cerâmico, use uma desempenadeira de


madeira para deixar o acabamento mais áspero. Porém, se for do tipo carpete,
o ideal é utilizar uma desempenadeira de aço para que o resultado fique ainda
mais liso.
Quando terminar, basta respeitar o tempo da cura de 28 dias para
instalar o piso. Durante esse período (que pode ser menor caso sejam usados
aditivos), impeça o tráfego de pessoas para evitar o esfarelamento da
superfície. Não se esqueça de umedecer o contrapiso durante esse período,
para evitar trincas ou fissuras e diminuir sua retração.

TRINCAS E FISSURAS

A parede, pilar, laje, viga ou teto


está apresentando um risco suspeito.
Saiba identificar se é uma fissura, uma
trinca ou uma rachadura; sua possível
causa; e o que fazer.

Diferença Entre Viga, Pilar e Laje

Paredes e tetos sabemos bem o


que são.
No entanto, antes de mais nada, é
importante entender a diferença entre
viga, pilar e laje. A imagem ilustra bem.

37
Diferença Entre Rachadura, Fissura e Trinca

Fissura

• A abertura é superficial. Atinge a pintura, massa corrida, azulejo;


• A sua espessura atinge até 1 mm;
• Menor gravidade;
• Estreita e alongada;
• Não possui problema estrutural, portanto, não é perigosa;
É importante observar se a fissura evolui com o decorrer do tempo ou se
permanece estável, pois a fissura pode ser o primeiro estágio da fenda.

Trinca
• É mais perigosa do que a
fissura;
• Sua espessura é de 1 a 3
mm;
• A abertura é mais
profunda e acentuada;
• Ocorre a ruptura do
elemento, separando em
duas partes;
• Pode afetar a segurança
dos elementos estruturais da residência.

Rachadura

• É muito perigosa, requer imediata atenção;


• Sua espessura é acima de 3 mm;
• Ocorre a ruptura do elemento, separando em duas partes;
• A abertura é grande, pronunciada, profunda e acentuada;
• É de fácil observação;
• A água, o vento e a luz são capazes de passar através da parede ou
teto danificado.

Causas Gerais das Fissuras, Trincas e Rachaduras

São diversas as razões que podem estar relacionadas à ocorrência


dessas fendas, tais como:
• Comprometimento estrutural

38
• Acomodação de elementos construtivos: sempre que se constrói uma
edificação, há uma acomodação do solo, um assentamento em maior ou
menor grau. Assim, dependendo de como
foi feita a fundação, uma parte da casa
pode ceder mais que a outra e com esse
deslocamento causar as fendas;
• Sobrecarga de uso calculada
inadequadamente;
• Retirada de elementos de escoramento
durante a fase construtiva;
• Dilatação térmica: algumas partes da casa,
por ficarem expostas ao sol, dilatam ou
retraem mais do que outras, podendo assim
causar as fendas, como uma laje que dilata
com o sol causando as trincas;
• Retração do material: é a perda de água nas camadas de revestimento.
Por exemplo, a tinta no período de secagem, ocorre à perda da umidade
e assim ela retrai, seu tamanho é reduzido podendo causar a fissura;
• Infiltração: quando há algum vazamento ou má impermeabilização da
lajeocasionando a entrada de água da chuva, no caso do concreto a
água penetrará e aos poucos atingirá a armadura de ferro provocando
sua corrosão que ocasionará na pressão do concreto e daí o início das
rachaduras. A consequência disto será a queda de partes do concreto,
deixando a ferragem exposta, acelerando o processo de corrosão;
• Vibrações e trepidações: excesso de veículos trafegando na rua,
elevadores, proximidades com obras e metrô são algumas razões para
ocorrer as vibrações contínuas e assim causar as rachaduras e trincas;
• Defeito na formulação do produto e erros na aplicação.

Causas de Rachaduras nas Vigas

Rachadura vertical: No meio da viga, a


provavelmente o motivo é flexão da
viga. A viga pode se partir.
Rachadura inclinada: Nascendo da
junção pilar e viga, a causa provável é
sobrecarga. A viga pode se separar do
pilar.

39
Causas de Rachaduras em Pilares

Rachadura inclinada: A causa provável é


o afundamento do solo. Pode causar
deformação da fundação.
Rachadura horizontal: O afundamento do
solo ou por cargas fora do eixo do pilar
pode causar essas rachaduras.
Fenda vertical: Seu maior motivo é
sobrecarga do pilar.

Causas de Rachaduras nas Paredes

Rachadura acompanhando a laje: É


comum onde existe a sobrecarga, falta
de amarração da parede com a viga,
ação de temperatura (dilatação e
contração), adensamento da massa de
assentamento de tijolos.
Rachaduras em direções diferentes: A
retração da argamassa, alvenaria ou
falta de aderência da pintura ou da
argamassa à parede são responsáveis por essas rachaduras.
Rachadura inclinada: Seu principal motivo é o assentamento do solo, um dos
lados da fundação está afundando ou já afundou.
Rachadura vertical: A falta de amarração da parede com algum pilar ou outra
parede causa essa rachadura.
Rachadura horizontal próxima do piso: Causada pelo assentamento do solo do
baldrame ou subida de umidade.

Causas de Rachadura no Teto

Rachadura no teto: As causas


prováveis são sobrecarga, falta de
resistência e assentamento do solo
da laje.

40
Como Tratar Fissuras, Trincas e Rachaduras

Existem diversas maneiras


para tratá-las. É necessário
considerar o custo, local e o tempo de
execução do tratamento.
No caso de rachadura por
infiltração, é preciso tomar providência
urgente. Deve ser feito reparo na
parta afetada e estancar a infiltração.
Para isso é necessário contratar
serviço de um profissional para a
avaliação e execução da obra.
Quando se executa uma obra, é necessário fazer uma boa sondagem do
terreno examinando o tipo de solo, deve-se também compactá-lo bem e fazer a
fundação mais adequada para o tipo do terreno. Desta forma, provavelmente,
não terá problemas futuros com rachaduras.

TIPOS DE LAJES

A laje é a primeira cobertura


da casa e o terceiro elemento
da estrutura de concreto
armado que dá sustentação para a
casa.
A laje é uma superfície
plana de concreto armado,
dimensionada para suportar e
distribuir o peso do telhado e caixa
d’água para as vigas. Normalmente as dimensões e sentidos das lajes são
especificadas no projeto estrutural elaborado pelo engenheiro calculista.
Para dar sustentação a laje durante a construção são utilizadas tábuas
de madeira. Essas tábuas de madeiras são fixadas por escoras de madeiras ou
metálicas, alguns chamam esta etapa da obra de paliteiro.
Para evitar que a laje ceda após a retirada das escoras, é feita a contra-
flecha, que é o deslocamento de cerca de 2cm do centro da laje para cima
durante a montagem, formando uma barriga. Assim quando as escoras forem
retiradas a laje voltará para a posição horizontal sem danos em sua estrutura.
Geralmente as lajes são instaladas conforme os cômodos e
posicionadas sobre quatro vigas. Os tipos de lajes mais comuns são: pré-
moldada ou treliçada, maciça com concreto armado ou protendido.

41
Laje Pré-moldada (treliçada)

As lajes pré-moldadas ou treliçadas são as mais comuns nas casas e


podem ser aplicadas em vãos (entre apoios) de até 12m. A resistência da laje
vêm das vigotas de concreto armado, estas podem ser treliçadas ou em “T”.
Quanto maior é a altura da vigota, maior é a resistência da laje. Em
residências, as vigotas mais utilizadas tem 8, 12 e 16cm de altura e são
chamadas de laje para forro H8, laje para piso H12 ou laje para vão grande
H16 respectivamente.
A laje para forro H8 só pode
ser utilizada em vãos pequenos.
Ele suporta somente o peso do
telhado, caixa d’água e pessoas
fazendo manutenção. Já a laje
para piso H12, é utilizada na
divisão dos andares em casas com
mais de um pavimento (sobrados).
E a laje para vão grande
H16, é recomendada para vãos muito largos ou para situações de sobrecarga,
como depósitos e mezaninos. O preenchimento da laje é feito com lajotas de
cerâmicas ou placas de EPS (um tipo de isopor).
Após posicionar as vigotas e enchimentos, são colocadas as malhas de
aço. Estas são amarradas entre si com barras de aço e arame. Depois de
montada a laje, é utilizado um concreto com alta resistência para unir todos os
materiais.
Geralmente as vigotas são construídas fora da obra por empresas
especializadas. A empresa contratada deverá fornecer as vigotas, lajotas ou
EPS e o manual de instruções para a montagem.

Laje maciça com concreto armado

A laje maciça é utilizada em


vãos (entre apoios) de 4 a 7m. A
sua estrutura é composta
basicamente por uma malha de
aço coberta com concreto de alta
resistência.
Para garantir sua estrutura e
formato, em toda a base da laje
são colocadas tábuas de madeira.
Essas tábuas são apoiadas nas escoras de madeira ou metálica. Estas escoras
só deverão ser retiradas após a secagem (cura) total do concreto.
42
Os pontos de atenção para fazer uma laje maciça com concreto armado
são praticamente os mesmos da laje pré-moldada, sendo a única diferença
relevante que a montagem da laje é feita em cima de tábuas de madeiras ou
madeirites.

Laje maciça com concreto protendido

A laje com concreto


protendido é utilizada em
construções que necessitam
maximizar o aproveitamento da
área, como por exemplo salões
de festas e estacionamentos.
Esta técnica substitui a
malha de aço por uma tela com
cabos de aço. Três dias depois
de colocar o concreto, os
cabos de aço são esticados
(tensionados) com um macaco hidráulico. Após a secagem completa do
concreto, o macaco hidráulico é retirado e a resistência do concreto é
aumentada devido a tensionamento dos cabos de aço.
Os pontos de atenção para fazer uma laje maciça com concreto
protendido são praticamente os mesmos da laje pré-moldada, sendo que a
única diferença é que após 3 dias da concretagem realiza-se a protensão da
armadura.

Montagem da laje

O primeiro passo é verificar


se as vigotas e enchimentos
entregues pela empresa
especializada estão com as
mesmas quantidades e medidas
do projeto. Confira também se a
empresa enviou o manual com as
instruções de montagem e se o
pedreiro contratado entendeu as instruções.
Após posicionar as vigotas e lajotas, são colocadas as tábuas e escoras.
Verifique se o escoramento está firme. Normalmente a distância entre as
escoras varia de 1 a 1,3 metros. Preste atenção também se a contra-flecha foi
feita corretamente.

43
Posicionamento das malhas de
aço
As malhas de aço devem ser
sobrepostas e amarradas entre si
com barras de aço e arame. Confira
se elas estão bem presas e
sobrepostas.

Passagem da tubulação
Outro ponto importante é
verificar se as tubulações, eletrodutos e
os pontos de luz foram posicionados
corretamente. Depois da concretagem
as lajes não devem ser cortadas ou
furadas.

Caixarias

Verifique se as caixarias que


delimitam o tamanho da laje estão
firmes e alinhadas verticalmente
(aprumadas). Após a aplicação do
concreto não podem haver
vazamentos.

Concretagem

O concreto deve ser colocado


somente após a montagem completa da laje. O concreto pode ser comprado
pronto ou pode ser feito na obra.Durante a aplicação observe se o concreto
está pastoso e homogêneo.
O processo de secagem do
concreto dura 7 dias, durante este
período é importante manter a laje
úmida para evitar fissuras. Por isso,
certifique-se que o pedreiro está
molhando a laje no mínimo duas vezes
por dia. Após a secagem, o concreto
deverá ter uma cor homogênea e não
possuir furos que permitam ver as
estruturas de aço.
44
TELHADOS

O telhado parece ser uma


solução fácil de se resolver, mas
saber escolher qual a melhor
opção de acordo com o projeto e
o gosto do cliente é fundamental.
Apesar da sua
necessidade, o telhado também
é um item de decoração e
contém vários modelos
diferentes, que, se bem escolhidos podem valorizar mais ainda a residência.
Não se esqueçam, o que determina a inclinação mínima do telhado, é o
tipo de telha que será utilizada, geralmente os telhados de madeira tem
inclinação de 30%.
Fique atento nas indicações dos fabricantes para que seu telhado não
tenha refugo de água em chuvas fortes e tenha uma durabilidade maior.
Abaixo poderá verificar sobre a estrutura do telhado:

Tesoura

É a base do telhado, onde suporta toda a estrutura e é a base para a


cobertura. Os tipos de tesouras são definidos pelas necessidades
arquitetônicas do projeto e das dimensões da estrutura, podendo ser:

45
Para a estabilidade e para o telhado não ficar torto, a tesoura deve estar
no encaixe perfeito entre a empena e a linha.

46
Terças
Consecutivamente as terças são apoiadas nas tesouras para a
sustentação dos caibros, paralela à cumeeira.

Caibros e Ripas
Os caibros são colocados em
direção perpendicular as terças, são
inclinados de acordo com o caimento
do telhado e sustenta as ripas e a
estrutura junto das terças e tesouras.
As ripas são as últimas partes da
trama e são pregadas
perpendicularmente aos caibros.

Empena ou oitão
Parte lateral onde se apóia a
cumeeira e cria a altura entre telhado
e forro.

Água

Característica que classifica o


tipo de telhado (uma, duas, três águas,
etc), e tem a função e inclinação
adequada para escoar a água.

Água furtada
É onde acontece o encontro das
águas que escorrem das partes de um
telhado, é bem conhecido como calha.
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Cumeeira
É uma aresta na parte mais alta do
telhado e que é caracterizada pelo encontro
dos telhados e suas divisões de águas.

Espigão

Bem parecido com a cumeeira, é a


parte em que divide as águas do
telhado. A diferença do espigão é
que esse fica inclinado, enquanto a
cumeeira fica na horizontal.

Beiral
É a parte que vai além das
paredes da casa, criando uma
espécie de “puxadinho” do telhado,
protegendo que a água da cobertura
não escorra diretamente pelas
paredes com janelas e portas.

Testeira
É o acabamento do telhado, fica
posicionado abaixo das telhas e fica
visível exatamente para esconder o
restante da estrutura, como caibros e
vigas.
A partir de materiais naturais
como ardósia e madeira até produtos
artificiais, tais como asfalto, folhas de

48
metal, e polímeros plásticos, existem vários tipos e estilos de coberturas para
escolher. Enquanto cada um tem suas vantagens e desvantagens, todos eles
podem adicionar um elemento de design diferenciado para sua casa.

Prós e contras dos tipos de materiais diferentes para telhados

Alguns tipos de coberturas pode ser mais adequados para a sua casa do
que outros. Fatores como a inclinação do telhado e força do enquadramento
poderiam limitar suas escolhas. Em áreas sujeitas a incêndios e furacões,
procure um produto com uma classificação alta contra incêndio ou boa
resistência ao vento. Além disso, podem ser tomadas medidas durante a
instalação de diversos tipos de coberturas para melhorar a sua resistência ao
fogo ou ao vento. Abaixo está um resumo sobre os diferentes tipos
de telhados disponíveis.

Telhas de asfalto

As telhas de asfalto são um


tipo bem popular de telhas para
casas nos EUA, sendo um pouco
menos populares no Brasil, mas não
deixando de ter seu espaço.

Materiais: feitas de um tapete de


fibra de papel orgânico (melhor para
o tempo frio e resistência ao vento)
ou fibra de vidro (mais resistência ao fogo e resistente à umidade) impregnado
com asfalto e revestida com grânulos minerais.

Aparência: disponível nas tradicionais telhas em conjuntos de 3 ou laminadas


telhas mais grossas, chamadas “arquitetônicas”.

Ecológico: petróleo é um produto que não é ecológico. Pode ser reciclado,


embora muitas vezes são levados para aterros sanitários.

Durabilidade: não muito durável. Telhas resistentes a algas estão disponíveis


em climas úmidos para evitar manchas.

Peso: moderado. Pode causar uma sobrecarga em estruturas mais delicadas

Angulação: pode ser usada em telhados pouco inclinados até mais íngremes.

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Fogo & Vento: boa resistência ao fogo, resistência ao vento aceitável.
Custo: barato a moderado.

Telhas de metal

Embora mais caro do que o


asfalto, coberturas metálicas duram
mais tempo e são mais resistentes ao
vento.

Materiais: pode ser composto por


aço, alumínio, cobre, ou liga de zinco.
Telhados de aço vêm com um
revestimento de zinco ou
acabamento pintado. Telhados de cobre são instalados inacabados e adquirem
uma pátina verde de proteção com a idade.

Aparência: disponível em folhas ou em telhas que se assemelham a outros


materiais. Pode ser instalado com os fixadores ocultos (costura) ou expostos.

Ecológico: pode ser feito a partir de materiais reciclados, e pode ser reciclado
quando substituído. Absorve um terço menos calor do que o asfalto.

Durabilidade: relativamente durável a muito durável, dependendo do material.

Peso: leve.

Angulação: disponível para telhados inclinados baixos ou íngremes.

Fogo & Vento: boa resistência a tanto fogo quanto vento.

Custo: moderado (de aço) para caro


(cobre).

Telhas de polímero plástico

Essas telhas sintéticas


duráveis assumem aparências
diversas, dependendo do molde.

Materiais: moldado a partir de um


50
polímero plástico de alta tecnologia.
Aparência: feito para se assemelhar a ardósia ou madeira, mas pode ter
aparências diversificadas.

Durabilidade: durável e de baixa manutenção.

Ecológico: alguns são feitos a partir de materiais reciclados. Podem ser


reciclados quando substituídos.

Peso: leve a moderado.


Angulação: pode ser usado em moderada inclinação a telhados inclinados
íngremes.

Fogo & Vento: boa resistência ao fogo e vento.

Custo: moderado.

Telhas de argila

Enquanto frágeis e pesadas,


argila pode durar um longo tempo e
são muito resistentes ao fogo.
Também são conhecidas como telhas
de cerâmica.

Materiais: feitas de argila natural, que


é acionada em um forno.

Aparência: visual italiano ou espanhol tradicional, também pode ser feito para
se parecer com placas de madeira ou ardósia.

Ecológico: feita a partir de materiais naturais, mas necessitam de energia


significativa para a fabricação.

Durabilidade: de longa duração e baixa manutenção, mas frágil e pode quebrar.

Peso: pesadas, exigem reforçada estrutura do telhado para se apoiar.

Angulação: pode ser usadas em moderada inclinação a telhados inclinados


mais íngremes.

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Fogo & Vento: Excelente resistência ao fogo, moderada a baixa resistência ao
vento.
Custo: caro.

Telhas de concreto

Menos caras do que as


telhas de barro, telhas de concreto
também são pesadas, mas podem
durar um longo tempo e são muito
resistentes ao fogo.

Materiais: feitas a partir de uma


mistura de cimento e areia.

Aparência: pode ser feita para se parecer com telhas tradicionais de barro,
madeira ou ardósia. A cor pode ser feita em toda a telha ou apenas aplicada
sobre a superfície.

Ecológico: feita a partir de materiais naturais.

Durabilidade: longa e de baixa manutenção, mas podem quebrar.

Peso: pesadas, exigem reforçada


estrutura do telhado para apoiar-se.

Angulação: pode ser usado em


moderada inclinação a telhados
inclinados mais íngremes.

Fogo & Vento: excelente


resistência ao fogo, moderada
a baixa resistência ao vento.

Custo: moderado.

Telhas de ardósia

A ardósia é um dos mais


antigos materiais de construção.
Embora frágil e cara, é muito
durável e resiste tanto ao vento
52
quanto ao fogo.

Materiais: feitas a partir de ardósia natural.

Aparência: cinza normalmente escuro, com aparência irregular.

Ecológico: feita a partir de materiais naturais.

Durabilidade: longa duração, durável (dependendo de onde foi mineirada).

Peso: pesado, exigem estrutura do telhado reforçado para suportar-se.

Angulação: só telhados inclinados íngremes.

Fogo & Vento: boa resistência ao fogo e ao vento.

Custo: muito caro. Requer trabalhadores especialmente treinados para


instalação

Telhas de madeira

As telhas de madeira
são feitas de madeiras
resistentes à podridão e têm baixa
resistência ao fogo se não forem
tratadas.

Materiais: normalmente de cedro,


mas também pode ser feitas de
outras madeiras resistentes.

Aparência: dá aparência natural e envelhece a um cinza prateado. Disponível


em telhas serradas ou mais grossas de divisão.

Ecológico: feita a partir de materiais naturais.

Durabilidade: vida útil curta, requer manutenção periódica.

Peso: moderado.

Angulação: pode ser usada em inclinação moderada a telhados inclinados


íngremes.
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Fogo & Vento: boa resistência ao vento, falta de resistência ao fogo (pode ser
tratada com um retardador de fogo).

Custo: moderado.

ESTRUTURA DE MADEIRA TELHADO

Madeiramento deve ser


fixado e travado para garantir o
desempenho e a segurança da
cobertura.
O madeiramento é a primeira
etapa da construção do telhado.
Além de conferir um acabamento
estético diferenciado, a estrutura de
madeira, no caso de pequenas
obras, é mais econômica do que as estruturas metálicas. Esta última, no
entanto, torna-se mais vantajosa em obras com vãos livres maiores (mais de
15 m, por exemplo).
A montagem da estrutura da madeira consiste de duas etapas principais:
a fixação das tesouras (o principal elemento de sustentação do telhado) e a
montagem da trama (conjunto de terças, caibros e ripas sobre as quais são
colocadas as telhas). Com a industrialização da produção das peças utilizadas,
a instalação do madeiramento, como você confere no passo a passo a seguir,
torna-se mais ágil.

Ferramentas e equipamentos de proteção individual

Martelo, nível de bolha, serra


circular, trena, galga, revólver de
fixação, cinto de segurança
paraquedista, capacete, óculos e
luva.

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Passo 1

Com uma corda ou guindaste,


as tesouras e demais peças da
estrutura do telhado são
transportadas para a cobertura do
edifício.

Passo 2
Distribua as tesouras conforme
indicado no projeto.

Passo 3
Com um conector em L, fixe as
extremidades das tesouras na
alvenaria. Utilize um finca-pinos para
agilizar o processo.

Observação
A parte menor do conector é fixada na tesoura e a parte maior, na laje.

55
Dica
Comece fixando as tesouras nas duas
extremidades na cobertura e coloque uma
linha guia unindo essas peças. A linha
ajudará a achar a posição exata das
demais tesouras.

Passo 4
Pregue sarrafos ou vigas de madeira na
base das tesouras para “amarrá-las” entre si.

Passo 5
Faça a mesma ligação na parte da frente das
tesouras.

Passo 6
Para dar maior estabilidade à estrutura,
amarre as tesouras também com sarrafos de
madeira cruzados entre si
(contraventamento). Meça a distância com

56
uma trena para saber o tamanho exato da peça.

Observação
Os contraventamentos devem ser intercalados:
um na parte mais alta da tesoura, outro no
meio.

Passo 7
Com uma
serra
circular, corte os sarrafos de madeira que
serão usadas na amarração das tesouras.

Passo 8
Pregue a madeira nas tesouras, formando
um X. Com um nível de bolha, sempre
verifique se os sarrafos não estão fora do
prumo.

Passo 9
Repita o contraventamento em todas
as tesouras (sempre intercalando a
posição). Essa é a base da estrutura
do telhado.

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Passo 10
Com a armação pronta, agora são fixadas as
ripas. Elas também são serradas na própria obra.
Cada ripa cobre três ou quatro tesouras.

Passo 11
Comece pregando as ripas a partir do beiral do
telhado, seguindo a distância indicada no projeto.
A posição das seguintes pode ser calculada com
a ajuda de uma galga.

Dica
A galga é uma peça com formato similar ao da
telha. Ela ajuda a marcar a distância entre uma
ripa e outra para que depois a telha possa ser
encaixada corretamente.

Passo 12
Fixadas todas as ripas, a estrutura está
pronta para receber as telhas.

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Montagem das tesouras

Para dar mais rapidez à obra, as tesouras são montadas fora do


canteiro. Com base no projeto de cobertura do edifício, a fábrica monta as
peças de madeira já cortadas no tamanho certo e os conectores metálicos da
estrutura. O conjunto montado passa por um rolo compressor, que une as
peças. A tesoura está pronta para ser levada à obra.

ENCANAMENTOS

Primeiro monte o cavalete para a ligação do medidor de água da


empresa que distribui a água. As lojas de material de construção têm cavaletes
prontos (kits).
➢ Em seguida, coloque a
caixa d’água no ponto
mais alto da casa.
➢ Depois faça a ligação do
cavalete até a caixa
d’água.
➢ Não se esqueça de
colocar uma bóia com
registro, uma saída para
limpeza e um ladrão na
caixa d’água (veja pag.
caixa de água).

Outra idéia!!!

59
➢ Feito isso, desça com a tubulação para cozinha, tanque, banheiro, etc.
➢ Lembre-se de colocar um registro na saída dessas tubulações.
➢ Para o vaso sanitário,existem vários sistemas de descarga.
➢ Pergunte ao encanador (bombeiro) como deve ser feita a instalação.

No piso
Lembre-se que um
projeto (desenho) das
canalizações é muito
importante e trás bastante
economia na hora de passar á
prática.
Antes de fazer o piso,
coloque os tubos de esgoto do banheiro e da cozinha com as esperas para os
ralos. Calce os tubos com concreto magro

Observação:
➢ Não se esqueça dos caimentos para escoar a água dos pisos do
banheiro e da cozinha.
➢ Depois, nivele o chão e soque bem.
➢ Coloque uma camada de, no mínimo, 8 cm de concreto magro sobre o
chão, para formar o contrapiso.
➢ Neste caso, os ralos e tubos de esgoto também já devem ter sido
colocados.

Instalação hidráulica no piso

A saída da caixa de inspeção


para a fossa séptica também é
feita com tubo de 100 mm.

60
Importante: Para evitar mau
cheiro, faça um respiro,
após o ralo sifonado,
subindo um tubo de 40 mm
até o telhado.

Nas paredes

No nível acima do piso toda a


canalização deve ser embutida nas paredes.
Salvo algumas exceções.

ESQUADRIAS

A boa instalação das


esquadrias é muito importante, o bom
funcionamento das esquadrias
depende de sua correta instalação,
pois uma instalação deficiente pode
comprometer todo o desempenho da
esquadria e consequentemente de
sua porta ou janela.
De preferencia a esquadria
deve ser instalada por profissional
habilitado. Para uma boa fixação da esquadria, é importante a existência de
tacos de madeira bem chumbados na alvenaria. Ou se preferir, para a
utilização de espuma expansiva deverá ser efetuado o regulamento interno no
vão.
• Os tacos devem ser colocados durante a execução da alvenaria;
• Colocação de contra-marcos antes da execução do reboco, pisos e
azulejos;
• Colocação das esquadrias externas, após o reboco e a colocação dos
azulejos;

61
• Colocação das esquadrias internas, após a colocação do piso, aplicação
de massa corrida ou selador e pintura nas paredes
• Não use pregos para fixar esquadrias e portas, use somente parafusos,
2 para cada taco.

Madeiras utilizadas

Algumas das madeiras utilizadas nas esquadrias são:


Freijó, Cedrorana, Cedro Rosa, Louro-vermelho, consideradas madeiras
macias (ou leves).

Soleiras e Marcos (uso externo) ;


Ipê, Cumaru e Grápia que são consideradas madeiras duras (mais pesadas e
resistentes).

Procedimentos gerais para uma boa instalação de portas internas (pelo


processo tradicional, com tacos)

Os procedimentos para instalação


de portas internas em geral são os
mesmos das esquadrias externas. O
batente nunca deve estar em contato
direto com a alvenaria.
Devem ser usados calços de
madeira para proporcionar uma fixação
segura e estável.
Os calços devem ser de madeira
seca, tratada contra cupins e fungos,
para que não comprometam a qualidade de todo o conjunto.
Os furos dos parafusos devem ser escareados e bem distribuídos,
obedecendo o alinhamento das dobradiças (3 em cada lado). Em batentes
mais largos, utilizar dois furos em linha.
Os parafusos não devem pressionar o batente a ponto de comprometer
seu esquadro, pois isto inviabiliza o correto funcionamento da porta.

62
Fixação básica de esquadria

Chumbada
A instalação da esquadria onde o
caixilho é diretamente chumbado na
alvenaria não é indicado, entretanto, se esta
forma for escolhida,
orientamos que a face do caixilho a ser
chumbada receba pregos em quase toda
sua extensão.

Tacos
Lembre-se de chumbar tarugos de
madeira nas bordas dos vãos. Usar tacos
de madeira de lei (envolvidos em pixe);
evitar o uso de buchas plásticas, exceto
onde for impossível o uso de tacos de
madeira.
Os tacos deverão ser chumbados na
alvenaria no mínimo 4 dias antes da
colocação da esquadria.
Os batentes de portas e janelas, que
serão instalados depois, vão ser pregados
(aparafusados) nesses tarugos.
Para uma correta fixação da esquadria no vão, é conveniente a
existência de tacos de madeira bem chumbados na alvenaria e em posições
determinadas:
• 20 cm acima do piso
• 20 cm abaixo da verga
• Distância máxima de 90 cm entre tacos
• Os tacos, em geral, medem 11 cm x 11 cm x 4 cm
• Paredes mais largas precisam mais tacos

Use uma argamassa bem forte de cimento e areia (1 parte de cimento e


3 partes de areia) para chumbar os tarugos(tacos).
Na inexistência de tacos, a fixação deverá ser feita mediante buchas
plásticas (8 mm) com parafusos.

63
Esquadrias de Alumínio

Contramarcos:
A correta execução e
assentamento dos
contramarcos, repercutirá na
qualidade final das esquadrias
de alumínio.
Alguns cuidados e
procedimentos básicos devem
ser adotados para a obtenção
de um bom resultado.
Recomendações a serem seguidas:
• Controle na uniformidade de medidas dos contramarcos em um conjunto
de peças de mesmas dimensões, evitando variações que acarretarão
funcionamento inadequado das esquadrias, assim como maiores custos
de instalação.
• Fechamento do quadro do contramarco, com a colocação de vedante de
silicone nos vértices, pontos mais vulneráveis à infiltrações.
• Assentamento dos contramarcos com o auxílio de gabaritos de metalon(
tubos de ferro de 50x30mm com parede de 1.2mm), evitando
deformações e sobretudo garantindo o esquadro dos vãos.
Evitar o uso de gabaritos de madeira.
• Quando do assentamento dos contramarcos, o uso de cunhas de
madeira para a sua fixação durante a pega da argamassa, acarreta dois
problemas:
a) Torsão do perfil, impossibilitando a montagem das esquadrias;
b) Ponto de infiltração, decorrente da não retirada dessas cunhas após a
conclusão do chumbamento.
• Os contramarcos confeccionados em alumínio têm coeficiente de
dilatação diferente do apresentado pelo substrato onde são assentados.
Por compotarem-se de formadiferente, é fundamental para a obtenção
de estanqueidade, a aplicação de um mastique flexível no ponto de
junção entre o contramarco e o material de revestimento.
• Quando da execução do acabamento do vão onde será instalada a
esquadria, deve haver especial atenção quanto à possível redução deste
vão no ato de assentamento do revestimento circundante, o que poderá
dificultar ou até mesmo impossibilitar a instalação da peça.

64
Colocação dos contramarcos de
alumínio

Dicas de instalação
• O vão deve ser
aproximadamente 2 a 5 cm
maior do que o produto a ser
instalado.
• Levante as grapas
(chumbadores), localizados
nas laterais das peças.
• Encaixe a peça no vão e siga
posicionando calços a fim de garantir seu nível e prumo.
• Para que não haja problema com as folhas de correr, é importante
conferir se a peça está no esquadro, se está no nível e o prumo.
Estique uma linha de ponta a ponta do peitoril para verificação e calce
se necessário.
• Inicie o chumbamento das grapas com argamassa.
Somente quando secar, preencha cuidadosamente os vãos,
principalmente o espaço entre a parede e o perfil, evitando futuras
infiltrações.
• Tenha muito cuidado pois o cimento em contato com alumínio provoca
manchas irreversíveis na peça.
A embalagem só poderá ser retirada após a pintura da parede.
A limpeza deverá ser feita utilizando apenas sabão neutro e água.

TIPOS DE ACABAMENTO PARA PISO

1. Cerâmicas

As cerâmicas é o tipo de piso


mais conhecido e usado no Brasil.
São encontradas de vários tamanhos
(desde 20×30, 40×40, 60×60, 80×80,
100×100), texturas, qualidades e
preços.
Podem ser utilizadas em áreas
internas e externas. A escolha para o tipo de ambiente é feita de acordo com o
seu PEI – Resistência à Abrasão.

65
2. Porcelanatos

O Porcelanato é produzido
em massa única já na sua
coloração e com matérias-primas
nobres.
Podem ser semi-polidos, polidos e
peça rústica.
Também há os porcelanatos
esmaltados e os porcelanatos
digitais polidos com a mais alta qualidade e com várias texturas, principalmente
imitando madeiras, mármores e granitos.

3. Laminado de madeira

Esse piso tem esse nome


porque são constituídos de lâminas
de madeira. É um tipo de piso
flutuante porque não é colado no
contrapiso. São assentados sobre
manta, em sistema de encaixe tipo
Click e presos pelos rodapés que
são colados.
São sustentáveis por serem de madeira reflorestada.

4. Granito

O granito é uma pedra


muito indicada para pisos devido
a sua beleza, resistência e
durabilidade. São utilizados
desde residências até em locais
com grande movimentação de
pessoas como shoppings,
supermercados, aeroportos, etc.
Possuem várias tonalidades e quanto mais raro mais caro.
Macete 01: os granitos mais conhecidos são o Cinza Corumbá, Cinza
Andorinha, Preto São Gabriel, Verde Ubatuba, Branco Itaúna.

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5. Mármore

O mármore também é uma


rocha metamórfica, composta
principalmente por minerais de
calcita com colaração mais uniforme
e formação de veios definidos.
É indicado para utilização em
ambientes internos apenas.
Macete 02: O Brasil produz pouco mármore, por isso tem um custo elevado.

6. Silestone

Silestone é um material
composto por grande quantidade de
quartzo, outros minerais em menor
escala, resina de poliéster e
pigmentos. Com porosidade nula,
possui várias texturas e um custo
muito elevado.

7. Piso Vinílico

É um piso produzido com resina


de PVC, com estampas que imitam
madeiras e formatos de réguas com
dimensões que variam de um
fabricante para o outro, mas
geralmente tem dimensões de 15cm X
90cm, 20cm X 120cm, em média.
São instalados com o sistema
Click macho-fêmea sobre manta. São
indicados para áreas internas de
menor tráfego.
Macete 03: Há alguns fabricantes que tem pisos para áreas internas de alto
tráfego (como academias)

67
8. Tábua Corrida

Em madeira natural de lei,


geralmente extraída da Amazônia.
Conferem muita beleza e conforto,
mas não são sustentáveis. Sua
instalação é sobre um ripamento e
possuem encaixe tipo macho-
fêmea.
Macete 04: A tábua corrida após instalada necessita ser raspada e sintecada
(verniz que dá o brilho).

9. Tacão

Os tacos foram sucesso nos


anos 1960 a 1980. Atualmente são
utilizados em ambientes mais
específicos e possuem custo
elevado. Assim como a tábua
corrida, necessitam de raspar e
sintecar. As madeiras mais comuns
para tacão são a grápia, cumaru e
ipê.

10. Lajota ou Ladrilho Hidráulico

Revestimento de muito
sucesso no século XIX,
principalmente os ladrilhos
europeus. Hoje estão de volta a
moda, mas tem um custo muito
elevado se comparado com as
cerâmicas e porcelanatos. São a
base de cimento e tem produção
artesanal.

68
11. Ardósia

Piso em pedra ardósia foi


largamente utilizado nos anos
1980 devido a sua durabilidade e
baixo custo. Podem ser utilizadas
em pisos internos de áreas
molhadas e áreas externas.
Macete 05: Cuidado! É um piso
muito escorregadio quando
molhado.

12. Cimento Queimado

Solução de baixo custo


para pisos e quando bem feita
confere ótimo acabamento.
Indicado tanto para áreas
internas quanto para áreas
externas. Muito utilizado em
bares, boates e galpões industriais.
Macete 06: O cimento queimado foi muito utilizado no passado juntamente com
ceras coloridas conhecidas como Vermelhão, Amarelão, etc.

13. Pedra Portuguesa

Muito utilizadas em
calçadas a pedra portuguesa mais
famosa do mundo é o calçadão de
Copacabana no Rio de Janeiro. A
execução do trabalho é bastante
demorada porque cada pedra é
assentada uma a uma.

14. Pedra São Tomé

Com vários outros nomes


pelo Brasil afora a Pedra São
Tomé é o piso mais utilizado ao
redor das piscinas. São vendidas
em regulares 30x30cm e
irregulares (retalhos).
69
15. Granitina

A granitina é uma massa


de cimento misturada com
pequenas pedrinhas de granito
aplicadas no piso. Após a cura do
piso é polida com discos
diamantados que conferem uma
superfície lisa e brilhante. O piso
em granitina é muito utilizado em
áreas internas e externas de
clubes, escolas, aeroportos.
Macete 07: O aeroporto de Miami tem todo o seu piso em granitina.

Normas Técnicas de Referência


NBR 13816:1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia
NBR 13817:1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Classificação
NBR 15463:2013 – Placas cerâmicas para revestimento – Porcelanato
NBR 15799:2010, versão corrigida 2013 – Pisos de madeira com e sem
acabamento – Padronização e classificação

TIPOS DE ACABAMENTO PARA PAREDES

Ladrilhos hidráulicos

O ladrilho hidráulico existe há


muito anos, mas, de uns tempos para cá,
este tipo de revestimento virou tendência.
O resultado não poderia ser outro: mais
gente procurando e mais opções para se
encantar. A principal característica do
ladrilho hidráulico são os desenhos e
ornamentos que o tornam
um revestimento ideal para quem gosta
de um decor mais retrô.
Normalmente, estes ladrilhos são usados, sobretudo em cozinhas,
próximos às bancadas, no entanto, eles podem ultrapassar esta linha e invadir
cômodos como varanda e banheiro. Algumas vezes, eles podem até estar no
chão de tão versáteis que são.

70
Porcelanato

O porcelanato é um revestimento
encantador. Disponível em várias cores,
este tipo de peça tem por característica
a alta resistência e a uniformidade no
assentamento. Outro detalhe, ele pode
ser esmaltado – o que garante um alto
brilho – ou técnico – que é fosco e mais
resistente a manchas.
Normalmente ele é utilizado no
chão, mas, graças as texturas
disponíveis, você consegue transformar
o espaço todo – como neste caso que o porcelanato imita um painel de
madeira.

Pastilhas

Delicadas, as pastilhas
nunca saem de moda e garantem
lindas composições graças aos
diferentes modelos e matérias-
primas disponíveis. Muito utilizadas
em banheiros e cozinhas, a ideia,
de maneira geral, é fazer com que
este revestimento apareça no
espaço e se integre ao decor de
uma forma completa.
Com inspiração, você pode
fazer uma parede inteira revestida
com pastilhas ou então optar pelas faixas horizontais que separam azulejos. E
hoje em dia, graças as pastilhas
texturizadas, elas podem estar também
em cômodos como quarto e sala.

Madeira ou revestimentos que imitam


madeira

A madeira é uma matéria-prima


muito versátil – com ela, você faz
móveis e mesmo uma casa inteira. Na
decoração, ela também pode se tornar
71
um tipo de revestimento de parede, ideal para quem gosta de dar um ar natural
para casa, dentro de um estilinho mais rústico.
Só atenção: fazer um painel de madeira é uma ótima ideia, no entanto,
atente a qualidade da matéria-prima utilizada para que a madeira não se
desgaste e nem seja um abrigo para os insetos.
Para quem gosta da madeira como textura, uma alternativa bem bacana
é optar por revestimentos que imitam madeira. Fáceis de colocar, e por vezes,
muito mais em conta que uma quantidade de madeira, eles também oferecem
um resultado interessante. Vale a pena pesquisar!

Papel de Parede

De fato, o papel de parede faz


menos sujeira e é bem mais fácil que
uma aplicação de azulejo, por
exemplo, mas não é por isso que não
se deve ter cuidados para evitar
bolhas de ar e um resultado pouco
uniforme.
Os papéis de parede são
divididos em: texturizados, que
podem imitar os mais diferentes tipos
de revestimento, inclusive há opções em relevo que lembram muito a massa
texturizada; os vinílicos, que possuem mais resistência do que os materiais
mais comuns; e os acetinados, que não acumulam poeira e são ideais para
pessoas alérgicas

Massa texturizada

Com a massa texturizada você


consegue criar os mais diferentes tipos
de desenhos na parede, texturizando
conforme o seu gosto pessoal. O
material dispensa o reboco e a tinta, e
aplicação pode ser feita com rolo,
desempenadeira ou compressor. É
claro que aplicar a massa texturizada
exige conhecimento e o ideal é contar
com ajuda profissional para obter
melhores resultados e, claro, texturas mais bonitas.

72
Outros materiais naturais

Para quem gosta de trazer


rusticidade ao ambiente, mas acha que
a madeira é um clichê, existem
outros tipos de revestimentos
naturais igualmente interessantes e
que podem dar um up ao seu
ambiente. É o caso do bambu, que
pode formar um lindo painel, ou ainda
placas feitas com fibras de coco.

Pedras

As pedras também são um tipo de


revestimento de parede bem comum e
são usadas, sobretudo, para dar uma
carinha mais rústica e natural ao espaço.
Podem ser usadas dentro de casa, mas
elas são ótimas para ambientes externos,
como varandas e até mesmo um jardim
de inverno. Uma ressalva que deve ser
feita é com relação à aplicação: como se
trata de um revestimento em alto-relevo,
torna-se inviável realizar a colocação de
outro revestimento em outro momento.

Painéis 3D

Saindo da rusticidade, vamos


agora para a modernidade dos painéis
3D. Eles, aos poucos, estão ganhando o
mercado, e sem dúvida alguma, é
um tipo de revestimento que tem tudo
para ser um grande sucesso, graças à
facilidade de colocação e a aparência,
diferente de qualquer outro revestimento
ou textura. De maneira geral, eles são
vendidos em placas e a colocação é feita
por meio de encaixe ou adesivos.

73
Mármore e granito

Eles dão um toque clássico ao


ambiente e até hoje são bastante
utilizados. Deve se ter em mente que
estamos falando de dois tipos de rochas
muito resistentes, mas que sofrem
desgastes com o passar do tempo. Por
isso, é preciso ter o cuidado na hora da
limpeza (nada de produtos abrasivos) e
com o manuseio de itens como corantes,
óleos e refrigerantes, pois o revestimento
pode manchar. É claro que a aplicação
deve ser feita por um profissional e, de preferência, que ele seja especializado
em mármores e granitos.

COLOCANDO PORCELANATO

Os porcelanatos são divididos em três categorias:

Semi-Polidos: Ou também
chamados de acetinados, o
processo não chega ao polimento
completo, portanto não há brilho;

Polidos: Já os polidos trazem um


brilho que oferece a sensação de
amplitude, mas são mais
escorregadios. Esse tipo tem maior
suscetibilidade a manchas se
comparado ao semi-polido.

74
Peça Rústica: Tanto os Porcelanatos
técnicos quanto os esmaltados
dispõem desse acabamento. As peças
rústicas oferecem maior resistência ao
escorregamento, mas dificulta a
limpeza.

Veja abaixo que é muito fácil assentar porcelanatos, basta seguir o


passo a passo que você terá um serviço de sucesso, qualidade e durabilidade.

Pré aplicação

1. Verifique se a superfície não está irregular, com poças ou caroços;

2. Todas as superfícies devem estar limpas, secas, livre de óleos ou tintas;

75
3. De acordo com o ambiente defina o tipo de argamassa a ser utilizada:
Argamassa Porcelanato; Interna ou Argamassa Porcelanato Externa;

4. Verifique em projeto a paginação do piso e o ponto de início de aplicação;

5. Não é necessário molhar a cerâmica, ou deixá-la de molho no dia anterior.

Modo de aplicação

Aplicar sobre contrapiso/piso-zero ou emboço/reboco curados há 14 dias, ou


seja, executados 14 dias antes de aplicar o revestimento (cerâmica ou azulejo);

Esquadro e Paginação

O esquadro é um dos mais


importantes passos para que o piso
assentado deixe o ambiente bonito.
Verifique se o ambiente onde será
assentado o porcelanato está no
esquadro, ou seja, se as paredes
estão paralelas e os encontros
estão formando um ângulo de 90°
(ângulo reto). Para ambientes onde
as paredes não estão no esquadro,
desalinhadas, você deve procurar
um esquadro onde terá a menor quantidade de recortes.
Macete 01: O Esquadro é verificado com o auxílio de uma linha de pedreiro,
trena e o próprio esquadro de 90°.
Macete 02: Hoje há disponível no mercado os “Esquadros a Laser”.
O sentido de assentamento de porcelanatos (e também as cerâmicas) é
sempre do fundo do cômodo para a porta porque, dessa forma, o instalador
não pisará sobre as peças recém assentadas para entrar no ambiente para
trazer materiais, ferramentas ou para sair quando o serviço estiver terminado.
Andar sobre um piso recém assentado pode afundar, quebrar e desalinhar as
peças.
Entretanto, se a paginação do piso indicar que a peça inteira deve ser na
parede próximo a porta, você deve assentar uma linha de peças como mestra.
Com a mestra pronta, você começa o assentamento das peças do fundo do
cômodo para a porta, sem pisar sobre o piso assentado.

76
Exemplo: você pode deixar os recortes todos apenas em um canto e as outras
paredes com peças inteiras. Ou então, jogar todos os recortes para a parede
onde vai ficar o sofá, estante ou rack. Eles vão esconder o recorte.
Evite deixar recortes em todas as paredes porque vai deixar o cômodo
em desarmonia.
Macete 03: Não é recomendado o assentamento a 45 graus porque gera muito
recorte e perda de peças.

Preparação da Argamassa
Abra um pacote de
Argamassa para Porcelanato em
uma bacia de aplicação limpa e
seca. Adicione água e vá misturando
até ter uma massa uniforme, sem
bolinhas de massa. Dê preferência
para fazer a mistura com um
misturador. Obs: verifique a
quantidade de água na embalagem
da argamassa. Em seguida, deixe a
massa descansar por 10 a 15
minutos;

Aplicação da Argamassa
Inicie aplicando a argamassa na superfície com o lado liso da
desempenadeira, gerando uma espessura de 4mm a 5mm. Aplique a
argamassa em, no máximo, 2h30min;

77
Formação dos Sulcos na Argamassa
Passe a desempenadeira
com o lado dentado na
argamassa, formando sulcos
paralelos;
Macete 04: verifique qual a
dimensão dos dentes da
desempenadeira recomendada
pelo fabricante do porcelanato.
Essa informação encontra-se na
caixa do porcelanato.

Peças maiores que 30cm x 30cm


Passe argamassa no fundo
da peça da mesma maneira.
Primeiro com o lado liso da
desempenadeira, em seguida faça
sulcos com o lado dentado na
direção contrária dos sulcos do
piso;

Assentamento da peça
Aplique a peça no local, vá
movimentando-a levemente para
que chegue na posição correta, não
esqueça de utilizar o espaçador. A
largura do espaçador depende do
tamanho da peça.
➢ Vá batendo na peça com o
martelo de borracha para que
a peça assente
completamente sobre a argamassa, amassando os sulcos criados
anteriormente;
➢ Retirar excesso: o excesso de argamassa que sobe pelas juntas das
peças com uma espátula;
➢ Limpe a superfície das peças cerâmicas com um pano úmido ou estopa ,
ou então com uma esponja, até remover todo o resíduo de argamassa;
➢ Vá repetindo essa operação até fechar todo o cômodo;

78
Rejunte
Deve ser feito com Rejunte para Porcelanato ou Rejunte Epóxi, que
garante um acabamento liso e resistente.

Liberação do tráfego
Para as pessoas da obra após 72 h,
para o público e tráfego após 7 dias;

Os porcelanatos tornam os
ambientes bonitos e requintados,
mas desde que seu assentamento
seja bem feito e por profissional
experiente.

COLOCANDO CERÂMICA

É muito fácil assentar cerâmicas de piso, desde que você conheça os


macetes que vão fazer o seu serviço ter beleza, qualidade e durabilidade.

Pré aplicação

1. Verifique se a superfície não está irregular, com poças ou caroços;

2. Todas as superfícies devem estar limpas, secas, livre de óleos ou tintas;

3. De acordo com o ambiente defina o tipo de argamassa a ser utilizada.

4. Verifique em projeto a paginação do piso e o ponto de início de aplicação;

5. Não é necessário molhar a cerâmica, ou deixá-la de molho no dia anterior;

79
Modo de aplicação

Aplicar sobre contrapiso/piso-


zero ou emboço/reboco curados há 14
dias, ou seja, executados 14 dias antes
de aplicar o revestimento (cerâmica ou
azulejo);
Preparação da Argamassa: abra um
pacote de argamassa em uma bacia de
aplicação limpa e seca. Adicione água
e vá misturando até ter uma massa
uniforme, sem bolinhas de massa. Dê
preferência para fazer a mistura com utilizando um misturador. Obs: verifique a
quantidade de água na embalagem da argamassa. Em seguida, deixe a massa
descansar por 10 a 15 minutos;

80
Aplicação da Argamassa
Inicie aplicando a
argamassa na superfície com o
lado liso da desempenadeira,
gerando uma espessura de 4mm
a 5mm. Aplique a argamassa já
preparada em, no máximo,
1h30min. Em seguida, passe a
desempenadeira com o lado
dentado na argamassa, formando
sulcos paralelos.
Peças maiores que 30cm x 30cm: Passe argamassa no fundo da peça
da mesma maneira. Primeiro com o lado liso da desempenadeira, em seguida
faça sulcos com o lado dentado na direção contrária dos sulcos da parede.

Assentamento das peças


Com as mãos aplique a peça
sobre a argamassa, movimentando-a
levemente para que chegue na posição
correta.
Vá batendo na peça com o
martelo de borracha para que a peça
assente completamente sobre a
armagassa, amassando os sulcos
criados anteriormente;

Com a peça já no lugar, coloque o espaçador entre uma peça e outra.


Em seguida faça o ajuste fino da peça
para que ela fique corretamente
encostada no espaçador e
acompanhe o alinhamento das demais
peças. Veja se as quinas das
cerâmicas estão bem alinhadas. Hoje
está disponível no mercado
espaçadores e niveladores. São duas
pecinhas que trabalham juntas que
deixam o piso com bastante qualidade no quesito alinhamento, espaçamento e
nivelamento.

81
Macete 01: O tamanho do espaçador
vai depender do tamanho da peça
cerâmica (ex.:30cmX30cm,
36cmX36cm, 44cmX44cm) e da
recomendação do fabricante na
própria caixa das peças cerâmicas.
Retire o excesso de argamassa
que sobe pelas juntas das peças com
uma espátula, limpe a superfície das
peças cerâmicas com um pano úmido
ou estopa , ou então com uma esponja, até remover todo o resíduo de
argamassa. Vá repetindo essa operação até fechar todo o cômodo.

Os Recortes de Peças
Os recortes das peças são
feitos com Serra Mármore, feita a
devida marcação anterior com o
auxílio de uma caneta marca texto.
Faz-se pequenos cortes até que abre-
se o furo
Outra forma de fazer os
recortes é com o auxílio uma
turquesa. Esses são cortes manuais
que devem ser feitos com cuidado para não quebrar toda a peça. É sempre
necessário fazer antes a marcação com caneta.

Conclusão do Assentamento
Libere o tráfego para as
pessoas da obra após 72h, para o
público e tráfego após 7 dias;
Como é um serviço de
acabamento, que vai ficar a vista,
deve ser feito com muita atenção
para a qualidade. Uma peça bem
escolhida e de qualidade proporciona
ambientes mais bonitos e elegantes.
Normas Técnicas de Referência
NBR 13753:1996 – Revestimento de piso interno ou externo com placas
cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento
NBR 9817:1987 – Execução de piso com revestimento cerâmico –
Procedimento

82
COMO FAZER UM ORÇAMENTO

O setor da construção civil


vem crescendo dia a dia, sendo
um verdadeiro atrativo para muito
investidores. No entanto, alguns
profissionais que estão
começando neste ramo ainda
sentem uma grande dificuldade
na hora de fazer o orçamento de obras, pois esse é um dos momentos mais
importantes – uma vez que depende do orçamento para que o cliente avalie e
contrate, ou não, os serviços oferecidos.
Para se ter sucesso na área, o primeiro passo é você saber dar o preço
e saber quanto vale o seu trabalho. Para isso, é importante levar em
consideração alguns pontos para que o seu orçamento também seja acessível
para os clientes, de modo que eles percebam que o valor cobrado vale a pena
de ser investido.
Sendo assim, veja algumas dicas para saber dar o orçamento correto de
agora em diante.

Primeiro passo

O primeiro passo é fazer


uma análise completa de todas
as situações que envolvem a
obra. Para isso, é preciso fazer
um memorial descritivo para se
ter uma base do que será
necessário, e então, se possa
começar a pensar em prazos e
valores. O fundamental é não ter pressa para pular logo essa primeira etapa.
Além disso, um estudo aprofundado sobre o projeto e uma visita no local da
obra é imprescindível para ter maior conhecimento e saber direcionar melhor
os próximos passos.

Segundo passo

Depois de conhecer os detalhes desse memorial descritivo e do local em


que será realizada a obra, o segundo passo é começar a pensar em prazos. O
primeiro passo é o da elaboração do projeto, que também é de sua
responsabilidade. Em seguida, você deverá fornecer o prazo do orçamento,
83
pois agora você já tem noção do que será necessário fazer (podas,
terraplanagem) para dar início a construção. É agora também que você precisa
definir quais os métodos serão utilizados para a obra, se vai usar novas
tecnologias ou se adequar às convencionais, pois tudo isso envolve gastos que
precisam aparecer no seu orçamento.

Terceiro passo

O terceiro passo é colocar


a mão na massa. Com o
levantamento de tudo que será
feito, está na hora de definir todas
as despesas, como a contratação
do pessoal para fazer a obra, os
custos diretos e indiretos que
podem ser programados e
também os que podem surgir
durante o processo, e também, a busca de preços de materiais, analisando o
custo e o benefício de cada um, para escolher os que realmente apresentem
vantagens.
Depois de feita toda a pesquisa, o próximo passo é o fechamento do
orçamento da obra, mas antes disso, faça uma revisão completa para se
certificar de que não está esquecendo de nada.

Conclusão para orçamento de obras

Esses são os passos


necessários para uma boa
elaboração de um orçamento.
Portanto, está mais do que na
hora de você começar a cobrar o
valor correto dos orçamentos que
realizar, colocando todos os seus
gastos, o seu tempo e,
principalmente, os seus
conhecimentos, pois sem eles,
nenhuma pessoa conseguiria
fazer uma obra de qualidade.
Para ficar mais fácil e não restar dúvidas, calcule o valor da sua hora
técnica. Para isso, você tem que dividir o resultado das suas despesas pelo
mesmo número de carga horária de uma pessoa que trabalhe sete horas por
dia, durante vinte dias úteis. Pronto! A precificação do seu orçamento está feito!
84
CRONOGRAMA DE OBRA

O gerenciamento de
obras envolve a administração
de tempo, recursos e equipe
para que haja o cumprimento
do cronograma de obra e a
previsão financeira dados no
orçamento.
A maioria das pessoas
não sabe dizer o que é gestão de obra, muito menos quais são os seus pontos
mais cruciais. E isso é normal, até porque se trata de uma tarefa bem
complexa.
Por isso, tenha em mente que o futuro se planeja. Mas, o presente se
gerencia.
Assumir a gestão da obra é uma garantia de que a execução seguirá o
projeto à risca, o que beneficia não apenas o autor, mas também seu
contratante.
A gestão de obras bem sucedida deve conseguir detectar problemas e
vislumbrar alternativas para as situações mais difíceis, antecipadamente.
Com a atuação do gestor, do início ao fim, do planejamento à entrega das
chaves, há mais chances da construtora cumprir todas as diretrizes e metas.
O fator humano e técnico são fundamentais para isso. Não há como
gerenciar obras se privilegiar o trabalho em equipe.

Como gerenciar obras

Gerir uma obra não é apenas


controlar os recursos pessoais ou
materiais.
Há muitas outras questões
importantes que precisam ser dominadas
e administradas pelo profissional, como
a qualidade das tarefas que estão sendo
executadas no canteiro.
Simultaneamente à isso, ele deve
lidar com o controle orçamentário, a contratação de pessoas e equipamentos
terceirizados, e a comunicação interna da empresa. Há várias escalas de
gestão de uma obra.
O modelo mais adequado deve ser definido, previamente, entre todas as
partes envolvidas. Pode-se fazer apenas a gestão parcial de uma obra, ficando
85
certos pontos sob responsabilidade do engenheiro ou arquiteto e outros do
cliente. Ou então, pode-se fazer a gestão total, o que for mais adequado para
cada situação.

O perfil e os desafios do gestor de obras

Cada construtora pode ter um setor com pessoas da área administrativa,


financeira, comercial e de produção. Agora, se ela optar por ter um gestor, este
deve ter uma série de características:

Habilidades necessárias para a


gestão de obras:
• Organização;
• Saber lidar com as pessoas;
• Ter conhecimentos amplos e
multidisciplinares;
• Ser experiente e bem
treinado;
• Capacidade para suportar
situações difíceis (resiliência);
• Saber aplicar as metodologias e ferramentas necessárias.
O gestor será sempre responsável por muitas negociações. Então, ele
não pode hesitar na hora de planejar e investir em suas ideias. Sem essa
iniciativa, não há como gerenciar obras. É ele que controlará o andamento do
projeto.

Veja as responsabilidades principais do gestor de uma obra:

• Contratar e treinar a mão de obra;


• Fazer a compra de materiais;
• Coordenar as etapas de produção;
• Controlar o orçamento;
• Estar atento ao cronograma;
• Delegar responsabilidades;
• Supervisionar o cumprimento das tarefas.
Normalmente, muitas empresas chegam ao fim de um serviço sem
entender os motivos dos seus erros.
Quando um gestor falha, as perdas financeiras e emocionais, além de
qualidade da obra, podem ser irreparáveis.
E cumprir bem o seu trabalho é um desafio, já que muitos colegas nem
sempre se comprometem igualmente.

86
Também há os clientes que, muitas vezes, ficam apressando para que a
obra fique concluída rapidamente.
Saber como gerenciar obras é um desafio para o qual poucos estão
preparados. Suas ações devem ser precisas, mas também flexíveis em certas
questões.
Uma boa estratégia é aderir a uma política de comunicação aberta,
encorajando todos os membros da equipe a expressarem suas opiniões e
preocupações. Isso reduz, significativamente, o risco de erros.
Hoje, a obra ainda é feita de forma artesanal no Brasil, é utilizada pouca
industrialização, o que torna comum o surgimento de problemas. Caso haja
presença e atuação de gestão, é possível contornar esses obstáculos sem
maiores percalços.

Aplicativos para gerenciamento de obras

Não tem como gerenciar


obras sem auxílio da tecnologia.
Ela está evoluindo em todas
as áreas e supre também as
necessidades da construção civil e
da arquitetura.
Décadas atrás, nem se
falava em gerenciamento de obras.
Agora, existem softwares capazes
de ajudar engenheiros e arquitetos
em seu dia-a-dia.
A tecnologia BIM, por exemplo, está mudando a visão dos projetistas
sobre compatibilização de projetos, gerando cálculos menos passíveis de
erros.
Com o software, fica mais fácil ter ajuda ou treinar alguém para fazer
isso de forma mais organizada. O software dá segurança maior para o arquiteto
usar sua equipe para apoiar em orçamento e cronograma.
Existem aplicativos para computador ou dispositivos móveis que o gestor
pode usar para desempenhar tarefas menos complexas.

Os melhores aplicativos e para gerenciamento de obras

MegaMobuss: é um aplicativo que permite fazer um controle dos materiais,


dos equipamentos, dos recursos humanos, da sustentabilidade e da a
produtividade da obra. Ele também auxilia o gestor a reduzir os custos e os
riscos.

87
Stant: oferece um sistema que permite o gestor seguir as boas práticas do
mercado de construção e adequar o projeto às normas técnicas.

Sienge: permite integrar as informações do canteiro de obras com as do


escritório, em tempo real – incluindo planilhas e outros documentos. Com o
aplicativo o gestor ainda pode manter o cliente bem atualizado sobre o
andamento do serviço.

88
Construct App: com esse aplicativo pode-se fazer o acompanhamento de
obras. As informações ficam armazenadas na nuvem, o que facilita a troca ágil
de informações entre colaboradores da empresa. Ainda há uma versão para
mobile e uma própria para computadores.

89
Construction Manager App: permite editar, salvar e compartilhar informações,
como formulários e relatórios sobre orçamentos, solicitações de serviços e
mais. Em Android e iOS.

90
REFERENCIAS

2 quartos
Blog pra construir
Cimento Mauá
E civil net
Engenharia concreta
Escola engenharia
Faz fácil
HP 3D
Luciana Paixão - A Arquiteta
Mapa da Obra
Monta casa
Pedreirão
Téchne
Viva decora

91

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