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Patologia das edificações em concreto

originadas na fase de uso


Postado em 22/06/2015 por Midias

Introdução

O aquecimento do mercado imobiliário fez com que a indústria da construção civil


tivesse uma significativa expansão, que trouxe a reboque o aumento da
competição entre as construtoras. Os construtores foram obrigados a reduzir
custos e garantir um menor prazo de execução da obra, o que muitas das vezes
fez com que as edificações tivessem a sua qualidade comprometida, decorrente
de utilização de técnicas construtivas mais rápidas e menos onerosas, porém
ainda não aprimoradas.

Uma nova tendência do mercado imobiliário são estruturas arquitetônicas mais


esbeltas, que dão sensação de uma edificação mais leve. Essa tendência dificulta
o trabalho dos engenheiros calculistas, que necessitam de elementos cada vez
mais robustos para suportar as ações impostas sobre e/ou pela estrutura, ou até
mesmo para atender os normativos de cálculo estrutural (ABNT NBR 6118).
Devido a esses fatos os elementos estruturais podem ser levados ao estresse,
podendo ocorrer patologias estruturais em edificações.

As patologias em edificações são muitas das vezes causadas por erros


executivos, mas podem também ser originadas na fase de confecção do projeto
estrutural, ou até mesmo na fase de utilização do empreendimento.

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 5674


(1999), os elementos estruturais são projetados para um determinado período de
tempo, no qual o desempenho mínimo atende aos requisitos nos quais foram
projetados, se obedecidas as hipóteses de uso e manutenção previstas.

Devido às ocorrências descritas anteriormente surgiu a necessidade de estudos


para a execução de reparos ou reforços estruturais nas edificações.

As propostas corretivas em edificações podem ser classificadas como simples,


para as quais o problema pode ser resolvido com solução já padronizada, não
sendo necessário um estudo aprofundado da decorrência, e as complexas, como a
própria denominação são soluções que demandam um conhecimento aprofundado
da situação especifica, sendo necessária uma análise individualizada do
problema. (SOUZA; RIPPER, 2009, p. 14). Este artigo tem como objetivo:

1. Realizar um apanhado de informações referentes ao tema patologias em


construção civil originadas da fase de utilização do empreendimento. 2. Descrever
os métodos corretivos / preventivos para as patologias em edificações em
concreto armado decorrentes da fase de utilização.
3. Avaliar os sintomas e diagnosticar as patologias.

4. Descrever procedimentos de reparos / reforços estruturais em elementos de


concreto armado a fim de evitar / minimizar o processo de degradação destes
elementos estruturais.

Essas abordagens proporcionarão aos usuários de edificações um conhecimento


técnico e teórico sobre o comportamento das estruturas e os alertas quanto à
correta utilização e a importância de se realizar manutenções preventivas nas
edificações.

Por outro lado, proporcionará aos construtores a possibilidade de se


conscientizarem sobre a importância de se investir na realização de ações que
previnam as ocorrências de patologias em edificações. Para concretização deste
artigo foi realizado um levantamento bibliográfico, baseado nas seguintes ações:

1. Leituras de livros, artigos de jornal, trabalhos acadêmicos, revistas técnicas


periódicas e sites.

2. Estudos de normas técnicas referente à confecção dos projetos estruturais,


construção de edifícios e normas referentes à manutenção em edificações.

3. Levantamento de recomendações propostas para a manutenção e conservação


de edificações.

Revisão bibliográfica

De acordo com Lichtenstein (1985), patologia da construção civil é a ciência


voltada para estudar as origens, catalogar causas, descrever mecanismos de
ocorrência, manifestações e consequências das situações onde a estrutura ou
parte não apresenta um desempenho mínimo preestabelecido.

Segundo Ernesto Ripper, a patologia da construção civil pode ser entendida pelo
baixo ou pela não existência de desempenho estrutural do empreendimento ou de
elementos isolados, mas também pode estar relacionada com a estabilidade,
estética e a sua funcionalidade de serviços.

Para dar embasamento teórico ao tema estudado alguns conceitos devem ser
bem esclarecidos: de durabilidade, de desempenho e de vida útil.

O conceito de durabilidade pode ser entendido como o parâmetro que relaciona a


aplicação destas características a uma determinada construção, individualizando-
a pela avaliação de resposta que dará aos efeitos da agressividade ambiental, e
definindo, então, a vida útil dos materiais / elementos.

Para uma construção durável, deve-se adotar um conjunto de decisões e


procedimento que garantam à estrutura um desempenho satisfatório ao longo da
vida útil da construção. (SOUZA; RIPPER, 2009, p. 14).
Segundo Souza e Ripper (2009), entende-se por desempenho o comportamento no
que diz respeito ao serviço de cada produto, ao longo da vida útil, sendo medida
relativa ao comportamento estrutural desenvolvido nas etapas de projeto,
construção e manutenção de um empreendimento.

Ainda segundo Souza e Ripper (2009), a vida útil de um material é compreendida


pelo período durante o qual as propriedades permanecem acima dos limites
mínimos especificados, pois as estruturas e seus materiais, com o passar do
tempo, se deterioram, mesmo quando existe um programa de manutenção
definido. Como se pode visualizar na FIG. 1, as estruturas possuem um
desempenho mínimo já estabelecido, que com o passar do tempo “perdem” o
desempenho, até ser necessária uma intervenção técnica, de maneira que a
estrutura volte a ter um desempenho mínimo aceitável (“Linha do Desgaste
Natural”).

Observou-se através da “Linha Acidente”, a ocorrência de alguma ação externa


(na fase de utilização) ao empreendimento em que se faz necessária a
intervenção técnica, assim como foi possível visualizar a falha de projeto ou falha
na execução e, nesse caso, a edificação já inicia com a vida útil de forma não
satisfatória, necessitando uma intervenção técnica precoce (“Linha Reforço”).

Para se obter um desempenho mínimo aceitável em um empreendimento é


inevitável a realização de uma manutenção e, mesmo com um plano de
manutenção eficiente, com o passar do tempo tem-se a necessidade de realizar
uma obra de recuperação do empreendimento. Na Fig. 2 pode-se observar a
influência da manutenção e recuperação no desempenho do empreendimento na
construção civil.
Na FIG. 3, o fluxograma mostra a relação entre os conceitos de durabilidade e
desempenho. Podem-se observar que estes conceitos estão intimamente
relacionados à água, a partir da qual se determina a relação da quantidade de
ligante. Isto determinará as características físicas como densidade,
compacidade, porosidade, permeabilidade, capilaridade e fissuração, que por sua
vez, determinam o quanto se deteriora o concreto e a armadura, definindo o
desempenho da estrutura.
Estudos mostram que as origens das manifestações patológicas em edificações
são as mais variadas possíveis, e pode-se considerar uma lista extensa de
pesquisadores que procuram correlacionar, percentualmente, as diversificadas
causas para as ocorrências de problemas patológicos. De acordo com TAB. 1,
pode se visualizar, percentualmente, as causas dos problemas patológicos em
estruturas de concreto em diversos países.

Tabela 1

Causas dos problemas patológicos em estruturas de concreto em percentual de


ocorrência
Ao se construir um gráfico com as características de patologia e os percentuais
de ocorrência de patologias no Brasil, observa-se (GRAF. 1) que as principais
causas de patologias em edificações foram originadas na fase de execução, com
52%, seguido pela fase de projetos, com 18% dos casos registrados, com a
utilização ocupando a terceira principal causa de patologia com 14% dos casos
levantados. Dez por cento dos casos de patologias são decorrentes de outros
fatores, como por exemplo, ações externas a edificação, enquanto os materiais
de construções computam os 6% restantes dos casos registrados de patologia
das edificações.

Gráfico 1

Causas dos problemas patológicos em estruturas de concreto – BRASIL


Para analisar as causas de patologias em edificações separadamente, dividiu-se o
processo construtivo de um empreendimento em três principais fases: fase de
projeto estrutural, fase de execução da obra e, por último, a fase de manutenção
do empreendimento. As principais decorrências de cada fase foram agrupadas e
relacionadas a fatores intrínsecos e extrínsecos.

Segundo Souza e Ripper (2009), as causas intrínsecas podem ser classificadas


considerando-se o processo de deterioração do empreendimento, e em
edificações de concreto, as causas podem ser naturais ou de falhas humanas nos
processos de construção ou utilização. Na tabela TAB. 2, podem-se observar as
causas intrínsecas dos problemas patológicos em estruturas de concreto.

Tabela 2

Causas intrínsecas dos problemas patológicos em estruturas de concreto


Ainda segundo Souza e Ripper (2009), as causas extrínsecas podem ser
classificadas em função das ações externas ao corpo estrutural da edificação,
sendo que falhas humanas durante o projeto ou durante a utilização, junto com
ações mecânicas, físicas, químicas e biologias são fatores que agridem o
empreendimento “de fora para dentro”. Na tabela TAB. 3, podem-se observar as
causas extrínsecas dos problemas patológicos em estruturas de concreto.

Tabela 3

Causas extrínsecas dos problemas patológicos em estruturas de concreto


As patologias geradas na fase de concepção do projeto podem ser originadas
durante o estudo preliminar, onde é criado um modelo de cálculo para idealizar o
empreendimento, podem surgir quando da execução do anteprojeto, ou na
elaboração do projeto final de engenharia (projeto executivo). (SOUZA; RIPPER,
2009, p. 24).

Na concepção dos projetos podem ser listadas: modelização inadequada da


estrutura; má avaliação das cargas; detalhamento errado ou insuficiente;
inadequação ao ambiente; incorreção na interação solo-estrutura; incorreção na
consideração de juntas de dilatação.

Ainda segundo Souza e Ripper (2009), as dificuldades técnicas e o custo para


solucionar uma patologia originada na fase de projeto são diretamente
proporcionais à “antiguidade da falha”, ou seja, quanto mais antiga for à origem
da patologia, maior será a dificuldade e o custo para a solução da ocorrência. De
forma genérica pode-se afirmar que uma patologia gerada durante a elaboração
do estudo preliminar terá uma solução mais complexa e onerosa se comparada
com uma falha ocorrida na fase de anteprojeto.

Além das falhas na fase de projeto citadas por Souza e Ripper, pode-se
acrescentar duas causas de patologias para esta fase; a falta de compatibilidade
entre os projetos e especificação do concreto deficiente ou inapropriada.

Para o processo construtivo de um empreendimento tem-se, como sequência


lógica, que a execução deve ser iniciada somente após a finalização da etapa de
concepção dos projetos; entretanto, embora seja o lógico e o ideal, raramente
ocorre, mesmo quando se trata de obras de maior porte. (SOUZA; RIPPER, 2009, p.
25).
Souza e Ripper (2009) informam que estas alterações ou até mesmo
simplificações executivas no projeto executivo, na maioria dos casos, acabam por
contribuir para a ocorrência de falhas construtivas nas edificações.

Em resumo, o não atendimento dos critérios normativos da ABNT 6118 (2003), que
traça os requesitos básicos exigíveis para o dimensionamento estrutural,
implicará em problemas de relativa gravidade. (SOUZA; RIPPER, 2009, p. 41).

Durante a construção do empreendimento podem ocorrer falhas resultantes de:


deficiência de concretagem; inadequação de fôrmas e escoramentos; deficiências
nas armaduras; utilização incorreta de materiais de construção; inexistência de
controle de qualidade.

A NBR 14931 (2004), que descreve e estabelece os requisitos gerais para a


execução de estruturas de concreto, ressalta que é válida somente em projetos
que foram elaborados de acordo com a ABNT NBR 6118 (2003).

Em sua obra, Souza e Ripper (2009) explicam que as deformidades construtivas


podem ocorrer com grande frequência, tendo como principal origem a
deficiência de qualificação profissional, que por sua vez podem levar o
empreendimento a manifestar patologias significativas.

Na fase de manutenção, os problemas patológicos são ocasionados por


manutenção inadequada ou pela ausência de manutenção. A ocorrência de
patologia nesta fase destaca-se pela falta de um provisionamento de caixa ou
pela falta de orientação sobre a sua importância, e as soluções podem demandar
gastos significativos, podendo em casos específicos, levar à necessidade de
demolição parcial ou até mesmo total da estrutura.

Segundo Souza e Ripper (2009), a principais causas de falhas humanas, na fase de


utilização do empreendimento, são resultantes de ações de imperícias
decorrentes do não conhecimento técnico do comportamento da estrutura e/ou
por considerarem a intervenção a ser realizada como não prejudicial à estrutura.
Nesses casos os usuários do edifício muitas das vezes dispensam a consulta de
técnicos especializados podendo, então, ocorrer patologias como as citadas a
seguir:

1. Alterações estruturais.

A estrutura é submetida a alterações no seu comportamento estático e/ou


resistente, em decorrência de supressão de paredes portantes ou elementos
estruturais; pelo aumento do número de pavimentos no empreendimento, sem o
estudo dos pilares e das fundações e a análise dos novos esforços de cargas do
edifício como um todo; e pela abertura de furos em vigas ou lajes sem a avaliação
das armaduras existentes com a nova distribuição de esforços solicitantes.
(SOUZA; RIPPER, 2009, p. 27-28).

2. Sobrecargas exageradas.
Para Souza e Ripper (2009), o projeto estrutural é desenvolvido obedecendo aos
dados do projeto arquitetônico e cargas fornecidas pela construtora (peso de
equipamentos, depósitos de materiais entre outros). Com estas informações o
projeto é desenvolvido para certa sobrecarga de projeto; no entanto, ao se
observar a sobrecarga de utilização maior que a carga de projeto, o edifício pode
apresentar problemas patológicos. Tais situações podem ser observadas quando
ocorre substituição de máquinas obsoletas ou nos casos de mudança de propósito
funcional de edifício.

3. Alteração das condições do terreno de fundação.

Trata-se aqui dos casos de interação não cuidada entre construções existentes e
novas, e, particularmente, das alterações das condições de estabilidade e
compressibilidade do terreno de fundação, como resultado das novas escavações,
ou da alteração do nível do lençol freático, sendo comum a consequente redução
da capacidade de coesão do solo e a fuga de finos, por exemplo, questões que
frequentemente resultam em recalque das fundações. (SOUZA; RIPPER, 2009, p.
49).

Para que se abordem as principais patologias em edificações que são decorrentes


à fase de utilização/manutenção do empreendimento faz-se algumas definições,
de conformidade com a ABNT NBR 5674 (1999), norma que fixa os procedimentos
de orientação para a organização de um sistema de manutenção de edificações, e
tem como referência a norma ABNT NBR 14037 (1998), que estabelece o conteúdo
a ser incluído no manual de operação, uso e manutenção das edificações, com
recomendações para sua elaboração e apresentação.

Manutenção: segundo Souza e Ripper (2009), o conceito de manutenção pode ser


entendido por conjuntos de ações e/ou atividades necessárias para que haja
mesmo com o passar do tempo, um desempenho satisfatório do empreendimento.

Portanto, um programa eficiente de manutenção define métodos de operação e


execução de obra, levando em consideração uma análise de custo/benefício desta
manutenção.

Segundo a ABNT NBR 5674 (1999), a manutenção também pode ser entendida
como atividades a serem realizadas para atender as necessidades e segurança
dos seus usuários.

Na interpretação de Souza e Ripper (2009), a manutenção estrutural pode ser


classificada como: manutenção estratégica ou manutenção esporádica. Na FIG. 4
observa-se um esquema com os critérios para manutenção das estruturas.
Pode-se observar que a manutenção estratégica é parte de ação já planejada
anteriormente, na qual se inclui um programa de atuação com inspeções
periódicas e condicionadas a ações corretivas e emergenciais; por outro lado, a
manutenção esporádica caracteriza-se por atividades de caráter corretivo ou a
realização de reforços estruturais reparáveis, sendo esta ação não participante de
um plano de manutenção periódica já pré-estabelecido. (SOUZA; RIPPER, 2009, p.
232).

Na visão de Souza e Ripper (2009), a manutenção preventiva pode ser entendida


pela ação executada a partir das informações decorrentes de inspeções
periódicas, e o propósito deste programa de inspeção é a extensão do programa
de vida útil do empreendimento.

Segundo Helene (1988) citada por Pelacani (2010), os custos da intervenção


crescem em uma progressão geométrica para cada etapa do processo construtivo
e de uso do empreendimento. Na Fig. 5 observa-se que para cada correspondência
de etapa o custo segue em uma progressão geométrica de razão cinco.
Ainda segundo Helene (1988) citada por Pelacani (2010), os problemas
patológicos em edifícios são evolutivos com o passar do tempo. Na Fig. 6
observase que as correções serão mais duráveis, mais fáceis de executar e mais
baratas quanto mais cedo forem realizadas as intervenções.

Os custos de manutenção variam de acordo com a localização geográfica das


obras e com o meio ambiente em que estão inseridas, e também de acordo com a
intervenção realizada, conforme se observa na FIG. 6, onde é mostrado o
comparativo de custo para verificar estratégias de manutenção.
Ainda conforme os autores, quando a obra entra na fase de utilização é de suma
importância que os usuários do empreendimento possuam o “Manual de Utilização
e Manutenção”, no qual deverão constar os elementos mínimos: considerações
básicas sobre o projeto; materiais utilizados; registro de ocorrências durante a
construção; e indicações próprias da estratégia de manutenção.

De acordo Souza e Ripper (2009), para que se possa estabelecer um programa de


manutenção estratégica satisfatória, de uma dada estrutura, deve-se ter as
seguintes fases: cadastramento; inspeções periódicas; inspeções condicionadas;
serviços de limpeza; reparos de pequena monta; reparos de grande monta; e
reforços.

O cadastramento da estrutura possibilita manter um controle das rotineiras


atividades de inspeção, programar e registrar, adequadamente os reparos e
reforços que se tornam necessários durante a vida útil do empreendimento.
(SOUZA; RIPPER, 2009, p. 234).

Segundo recomendações de Souza e Ripper (2009), após a conclusão da obra,


realiza-se uma vistoria cadastral que tem como objetivo catalogar possíveis
anormalidades observadas no empreendimento, e, nesta vistoria, poderão se
observar fissuras, flechas excessivas, recalques já estabilizados, sendo
mapeados através de desenhos esquemáticos e registros fotográficos, para que
possibilitem a transcrição para a ficha-resumo do cadastro da estrutura. A vistoria
e a ficha-resumo serão realizadas por um engenheiro estrutural com experiência
comprovada na área de Patologia das Estruturas.

Para Souza e Ripper (2009), a inspeção periódica é elemento indispensável na


metodologia da manutenção preventiva, e, quando for bem executada, pode
garantir a durabilidade do empreendimento, servindo como registro de danos e
anomalias e de avaliação do comportamento e da segurança estrutural.
Ainda segundo os autores, estas inspeções poderão ser realizadas por pessoal
não especializado, desde que sejam treinados e equipados e perfeitamente
familiarizados com os formulários a preencher e com os instrumentos a utilizar.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria


Estrutural (ABECE), José Roberto Braguim, citado por Renato Faria, em artigo
publicado na Revista Téchne (2007), a periodicidade adequada de realização de
inspeções é a cada cinco anos, já que com esse intervalo de tempo é possível a
interrupção de qualquer processo de degeneração que possa ter se iniciado na
estrutura.

Para FARIA, em artigo publicado na Revista Téchne (2007), os principais passos


para se realizar as inspeções que foram sugeridas no plano de vistoria de
estrutura de edificações da ABECE são:

a. Inspeção preliminar. Nesta etapa são levantados dados contendo o histórico de


antecedentes do empreendimento, é realizado um questionário sucinto e, através
de uma filtragem, é concebida uma seleção das unidades a serem vistoriadas.
Após esta seleção faz-se um levantamento para registrar as manifestações e
classificar as gravidades das patologias presentes na edificação. Com este
registro podemos selecionar os métodos de ensaio para realizar uma analise
estrutural e de durabilidade do empreendimento.

b. Inspeção Detalhada. Após a inspeção preliminar é realizado um diagnóstico e


prognóstico contendo as hipóteses para as evidências de patologia, as
consequências desta patologia para o empreendimento e pode-se prever as
intervenções necessários para investigar as ocorrências.

Segundo a ABECE, a inspeção detalhada objetiva a obtenção do diagnóstico e,


nesta fase, deve-se formular hipótese das possíveis causas das manifestações
patológicas encontradas na inspeção preliminar; deve-se buscar evidências que
comprovem as hipóteses e buscar dados que propiciem o prognóstico da
deterioração da estrutura. Na FIG. 8 observa-se um fluxograma para a inspeção
detalhada.
Na avaliação de Souza e Ripper (2009), os pontos críticos da estrutura e as
anomalias mais comuns que podem ocorrer são:

1. Fissuras.

As fissuras são consideradas manifestações patológicas características das


estruturas de concreto, e podem servir de alerta de uma eventual iminência de
colapso em estruturas de concreto armado. Podem também acarretar um
constrangimento psicológico sobre o individuo, seja quanto a questões estéticas
ou dúvidas quanto à segurança da edificação. (ZATT, 2000, apud PELACANI, 2010,
p.101).De posse do mapeamento é feito um estudo para a classificação das
fissuras. Nas FIG. 9 a 14, observam-se algumas configurações genéricas de
fissuras em vigas em função do tipo de solicitação predominante.
Nas FIG. 15 a 20 observam-se algumas ocorrências genéricas de fissuras em lajes
em função do tipo de solicitação predominante.

A fissura por esmagamento é decorrente da reduzida espessura da laje e ocorre


na face inferior da laje, por deficiência de armadura para contrapor aos momentos
negativos.

A fissura por esmagamento é decorrente da reduzida espessura da laje e ocorre


na face superior da laje, por deficiência de armadura para absorver os momentos
positivos.
A fissura por flexão é decorrente da insuficiência de armadura para os momentos
positivos, com a fissura ocorrendo na face inferior da laje.

A fissura por flexão é decorrente da insuficiência de armadura para os momentos


negativos e ocorre na face superior da laje.

A fissura por deficiência de armaduras para combate aos momentos volventes


ocorre na face inferior da laje.
A fissura por deficiência de armaduras para combate aos momentos volventes,
também ocorre na face superior da laje.

Além das fissuras citados anteriormente pelos autores Souza e Ripper, Pelacani
(2010) aborda fissuras causadas pela variação térmica, sendo patologia comum
em lajes de cobertura, pois a face superior geralmente tem a sua temperatura
maior que os elementos inferiores. Na FIG. 21 observa-se a fissura causada pela
movimentação após as ações térmicas.

Em posse do mapeamento e da classificação das fissuras pode-se dar início ao


processo de determinação de suas causas, de modo a estabelecer a metodologia
e procedimentos dos trabalhos de recuperação ou reforço.

2. Alinhamentos e verticalidades.

Segundo Souza e Ripper (2009), o alinhamento vertical pode ser verificado através
de uma referência fixa, com o auxilio de fios de aço bem esticados, e a utilização
de um fio de prumo. Na FIG. 22 pode-se observar, através de uma linha de auxilio,
o desalinhamento do Edifício Núncio Malzoni.
3. Vestígios de corrosão do concreto e do aço. De acordo com Souza e Ripper
(2009), para se verificar a corrosão do concreto e do aço deve-se utilizar, se for
necessário, marretas e ponteiros, ou pacômetros para verificar o posicionamento
das ferragens e a espessura do cobrimento dos elementos estruturais. Na FIG. 23
pode-se observar o resultado de uma corrosão de armaduras em vigas.

4. Estado geral do concreto. Para Souza e Ripper (2009), ao se verificar o estado


geral do concreto deve-se analisar falhas devido a choques, carbonatação,
eflorescências, descolorações, desplacamentos, entre outras causas. a Fig. 24
demonstra o desplacamento do concreto em um pilar.

5. Recalques de fundações.

Na concepção de Souza e Ripper (2009), as deficiências decorrentes da interação


soloestrutura são advindas da adoção de comprimento insuficiente para estacas e
tubulões, a não previsão de muros de arrimos, ou o mau dimensionamento dos
mesmos. A maiorias ocorrências podem ser evitadas pela simples prática de
realização de um relatório de sondagem, que muitas vezes são relegadas ao
segundo plano por ser considerado um custo desnecessário. A FIG. 25 mostra um
exemplo típico relativo à última questão citada no parágrafo anterior, onde se
pode visualizar duas sapatas da mesma estrutura assentadas em terrenos com
características diferentes, o que gera um recalque no pilar menos solicitado,
apesar da taxa de transmissão de esforços ao terreno ter sido a mesma, nos dois
casos.
Ainda de acordo com Souza e Ripper (2009), os recalques das fundações são
caracterizados pelo afundamento do piso no entorno da coluna provocando, com
esse movimento, as fissuras nas alvenarias e vigas. Geralmente só podem ser
verificados em inspeções especiais, com a utilização de aparelhos topográficos.
Na FIG. 26 observase a fissura da viga provocada pelo recalque das fundações.

6. Deformações permanentes.

Na analise de Souza e Ripper (2009), estas deformação permanentes devem ser


mapeadas, medidas e anotadas e, quando possível, feitos croquis elucidativos.

7. Juntas de dilatação.

Ao se executar a limpeza do empreendimento pode-se verificar a existência de


obstáculos nas juntas e os alinhamentos verticais e horizontais das aberturas. Na
FIG. 27 observa-se a ocorrência de patologia por falta de junta de dilatação.
8. Drenagem e escoamento de água. Todos os drenos, tubos, juntas de dilatação,
articulações, aparelhos de apoio e reentrâncias devem ser mantidos limpos e em
condições de escoara água. (SOUZA; RIPPER, 2009, p. 237).

Para FARIA, em artigo publicado na Revista Téchne (2007), os principais locais de


inspeção em um edifício, são: superestrutura (principalmente pilares); cobertura e
último pavimento; reservatórios e casa de máquinas; jardineiras; juntas de
dilatação; fundação; subsolos; e a fachada de um edifício. E para esses locais é
importante a verificação de fissuras e trincas de diversas origens, infiltrações e
vazamentos de água, verificar impermeabilizações e isolamento térmico, corrosão
e oxidação de armaduras, as deformações em elementos estruturais e verificar o
sistema de drenagem do empreendimento. Na FIG. 28 observam-se os principais
locais a serem vistoriados nessa inspeção periódica.

Para os locais de inspeção assinalados foram levantados os principais aspectos a


se verificar e as ações para a prevenção ou tratamento das patologias
observadas:

1. Superestrutura (principalmente pilares).

Para a superestrutura os principais aspectos a se verificar são infiltrações de


água, corrosão de armaduras, fissuras e deformações em elementos estruturais e
fissuras em alvenarias.
Para solução de patologia quanto à infiltração de água nos dias de hoje existem
produtos diversos e eficazes para a impermeabilização, portanto, para resolver
definitivamente essa patologia é necessária a realização de obras de drenagem.
Já para a corrosão de armaduras, partindo do pressuposto do bom
dimensionamento estrutural e correta execução da obra, devese manter sempre
limpos os elementos estruturais e sempre realizar reparos nas peças sempre que
ocorrerem danos e, sempre que possível, proteger os elementos de impactos e
avarias.

Já para fissuras e deformações de elementos estruturais ou paredes de vedação é


comum a utilização de materiais flexíveis, como os impermeabilizantes acrílicos,
para se calafetar as trincas, portanto, para a avaliação e determinação do
tratamento a ser adotado é recomendado a consulta a um engenheiro habilitado,
para verificar as patologias e analisar a real gravidade das anomalias.

2. Cobertura e último pavimento.

Para esse local de inspeção devem-se verificar as calhas, telhado e


madeiramento, fissuras de origem térmica, impermeabilização e o isolamento
térmico. As calhas, telhado e o madeiramento das coberturas devem ser
inspecionados e verificado o estado de conservação dos elementos. Para as
fissuras de origem térmica, o Engenheiro Luiz Sérgio Franco, diretor da Arco e
professor da Poli-USP, aconselhada a aplicação de uma fita adesiva impermeável,
de cinco centímetros de largura, sobre toda a fissura, aplicando com uma
argamassa de prevenção e, após, promover o acabamento.

3. Reservatórios e casa de máquinas.

Deve-se verificar o estado das lajes de tampa, vazamentos e a existências de


trincas. Ao se deparar com vazamento no reservatório de água deve-se remover
toda a impermeabilização comprometida, remoção da pintura existente,
recuperação dos pontos da estrutura de concreto armado, fazendo um corte do
concreto para possibilidade de correção das armaduras e recompondo o concreto
com graute. Após esse procedimento deve-se refazer toda a impermeabilização do
concreto e refazer a pintura externa do reservatório.

4. Jardineiras.

Para as jardineiras deve-se verificar a existência de vazamento e a integridade da


impermeabilização. As soluções são análogas às adotadas aos reservatórios,
devendo-se retirar a impermeabilização existente e aplicar novas camadas de
impermeabilizantes sobre a base tratada e limpa.

5. Juntas de dilatação.

Devem-se verificar as condições físicas e de limpeza das juntas de dilatação,


verificando as condições do elastômero e elementos de obstrução, que
impossibilitam as funções elásticas das juntas de dilatação.

6. Fundação.
FARIA (2007) recomenda aos edifícios com mais de dez anos a inspeção nos
elementos de fundações, mesmo quando a superestrutura não apresentar nenhum
dos sintomas patológicos referentes ao item fundação. Constatado a ocorrência
de patologias oriundas das fundações deve-se consultar um engenheiro habilitado,
para verificar as patologias e analisar a real gravidade da ocorrência.

7. Subsolos.

Para os subsolos deve-se verificar o estado de conservação dos sistemas finais de


esgoto: sumidouros; caixa de visita; sistema de drenagem; valas de infiltração; e
águas pluviais.

8. Fachada.

Em fachadas deve-se verificar o acúmulo de umidade em argamassas de


revestimentos externos, infiltração através de rejuntamentos, caixas de ar-
condicionado, brises, destacamentos dos elementos de revestimentos.

Ao deparar com destacamentos dos elementos de revestimentos deve-se realizar


uma inspeção específica na fachada do edifício, mapeando as possíveis zonas de
destacamento, e providenciar a remoção e a substituição do revestimento
defeituoso. Quanto à umidade deve-se providenciar a retirada do
impermeabilizante existente e a aplicação de um novo material impermeável.

Conclusão

Os problemas patológicos em edificações tem suas origens motivadas por falhas


ocorrentes em todas as etapas do processo de construção ou manutenção da
edificação.

Devido ao elevado número de edificações com problemas patológicos ocorrentes


na fase de manutenção foi realizado um estudo para a conscientização dos
usuários e construtores sobre a importância de se realizar um programa de
manutenção eficiente.

Mesmo as patologias em edificações estando em pauta nas discussões e sendo


de grande ocorrência nas edificações, a maior dificuldade para a realização deste
artigo deveu-se à falta de material de leitura confiável.

As origens das patologias em edificações, em sua grande maioria são de natureza


humana, segundo estudos realizados. Independente da fase que se encontra o
empreendimento, todas as patologias são causadas pelo ser humano, com falhas
que podem se dar nos dimensionamentos dos projetos, na fase de execução do
empreendimento ou na fase de manutenção. Observa-se que pela falta de uma
programação ou até mesmo uma programação defeituosa de manutenção podem
ocorrer problemas patológicos em edificações.

Pode-se considerar a água como um grande vilão para as edificações. O número


de consequências de falhas devido a este elemento é grande, sendo a corrosão e
oxidação em armaduras e as infiltrações listadas como os principais resultados
de patologias nas edificações.

As fissuras são consideradas a mais grave das patologias e é aconselhável o


auxílio de um engenheiro habilitado, no acompanhamento da inspeção detalhada,
para a avaliação da real gravidade das fissuras e o estado físico dos elementos
estruturais.

No que tange ao custo das manutenções em edificações, quanto antes for


diagnosticada e tratada à ocorrência de patologia, mais barata e fácil será a
terapia a ser utilizada.

Infelizmente, para os usuários, o desempenho do empreendimento diminui com o


passar do tempo, sendo inevitável a realização de manutenções periódicas ao
longo da vida útil da edificação. O custo de se fazer manutenção de inspeção
programada é menor se comparado com o custo de manutenção esporádico,
portanto, deve-se realizar um programa eficaz de manutenção periódica.

Com a conscientização dos usuários e construtores, espera-se que o índice de


ocorrência das patologias em edificações tenda a diminuir, tornando os
empreendimentos cada vez menos problemáticos e funcionais. Do ponto de vista
da sustentabilidade, quanto menos intervenções realizadas em um edifício menos
matéria prima será gasta e menos degradado será o nosso meio ambiente.

Com a carência de tempo e recursos, o tema não pode ser totalmente esgotado e
recomenda-se que haja um aprofundamento em busca de dados mais específicos
ao tema estudado, versando, por exemplo, em números percentuais de edifícios
com patologias no Brasil e no mundo, estudos dos novos produtos / tecnologias
disponíveis no mercado para realizar os reparos, e reforços estruturais
necessários para o perfeito funcionamento e correta utilização dos edifícios.

Agradecimentos

Sou grato a Deus pela vida e pela força que me concedeu para alcançar este
objetivo. Agradeço ao meu Orientador e Coordenador do curso de Engenharia Civil
do UniBH, Prof. Francisco Alves Guimarães, demais Professores e Colegas de
curso, que contribuem, a cada semestre, para o enriquecimento do meu
embasamento teórico e profissional.

Aos meus pais pelo incentivo e ajuda nos momentos que mais precisei. Ao meu
irmão Anderson Carvalho pela ajuda nas figuras do trabalho e a minha irmã e a
todos os meus familiares pelo apoio. A minha querida esposa pela compreensão.

Agradeço aos meus amigos Marcelo Aquino, Alexandre Flores, Rodrigo Lisboa e
Rodrigo Eduardo.

Referências
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A.; TEIXEIRA, D.; ASFURA, J.; OLIVEIRA, R.; CERQUEIRA, S.;ANDRADE T. Check
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Autor: Edson Luis de Carvalho Júnior – E-mail: edsonlcjunior@hotmail.com

Professor Orientador: Francisco Alves Guimarães

Coorientadores: Braulio Alves Silva Lara e Luiz Claudio de Faria Pimenta

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