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Resumo
A patologia na construção civil é um evento que tende a culminar em impactos e
danos significativos para os empreendimentos, para os construtores e também para
os proprietários dos imóveis, requerendo assim que se desenvolvam estratégias
para evitar a incidência desses problemas. Um elemento impactado por patologias é
a estrutura de concreto armado, existem vários mecanismos que atuam nesses
componentes e que podem causar danos irreversíveis. Diante disso este trabalho
buscou investigar o seguinte problema, quais são as principais patologias que
ocorrem nas estruturas de concreto armado? Já o objetivo foi avaliar as principais
patologias em estruturas de concreto armado. Para responder à pergunta e atingir
aos objetivos realizou-se uma pesquisa de revisão bibliográfica consultando os
principais trabalhos acadêmicos que tratam do tema. Assim, constatou-se que
existem várias patologias que acometem as estruturas de concreto armado e cada
uma apresenta suas características, requerendo que se busque estratégias para
eliminar sua ocorrência nas edificações.
1. Introdução
O artigo está inserido no campo de conhecimento da Engenharia, uma vez que
discorre acerca das patologias em estruturas de concreto armado. O interesse nesse
tema se deu, pois, a pesquisadora atua profissionalmente nele e constatou que
outros colegas ainda não tem a compreensão exata dos fenômenos relacionados ao
assunto. Esse campo de estudo tem grande relevância devido ao fato de que
através do entendimento das patologias e de seus eventos relacionados consegue-
se desenvolver medidas no projeto que irão minimizar ou eliminar seu surgimento.
Dessa forma é possível reduzir os custos com reparos ou até mesmo com possíveis
impactos à vida humana.
Pode-se apontar que as patologias são eventos críticos que afetam a vida útil de um
empreendimento, especialmente nas estruturas de concreto armado. Existem várias
causas que propiciam o surgimento desse fenômeno que tendem a impactar
negativamente as edificações, trazendo prejuízos para os construtores e os
compradores. Por isso é imprescindível compreender esses fenômenos em sua
totalidade, bem como seus impactos para que se possa assegurar a qualidade das
obras.
Destaca-se ainda que a patologia em estruturas de concreto armado é um campo
relativamente novo no setor da construção civil, despertando o interesse de
faculdades em todo o mundo que tem se engajado a estudar a temática. Nesse
sentido é importante citar que ao se executar empreendimentos melhores e mais
duráveis consegue-se garantir a satisfação dos consumidores, evitar a ocorrência
das patologias e desenvolver estratégias para tratá-las ou eliminá-las. Posto isto,
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2. Desenvolvimento
2.1. Metodologia
Para o desenvolvimento do artigo escolheu-se a natureza básica, isso porque não
existe não uma aplicação prática prevista, apenas discorreu-se sobre as patologias e
os elementos que as impactam em estruturas de concreto armado. Destaca-se que
Gil (2019) aponta que as pesquisas de natureza básica buscam otimizar as teorias
científicas, bem como entender fenômenos, contribuindo para elevar a base de
conhecimento dos pesquisadores.
Quanto a abordagem a pesquisa se enquadra em qualitativa, pois não se utilizou
ferramentas estatísticas para analisar os dados, depois da coleta estudou-se as
principais patologias, bem como os eventos mais relevantes relacionados a ela.
Marconi e Lakatos (2017) apontam que as pesquisas qualitativas se objetivam a
entender quais são as tendências e os comportamentos a partir da realização de
uma análise indutiva depois de se coletar os dados.
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De acordo com Inácio et al. (2019) aponta que o processo de desforma precisa ser
feito somente depois de um período previamente determinado. Esse tempo deve
levar em consideração diversas questões como o cálculo estrutural, o tipo de cura e
o tipo de cimento. Outro cuidado a ser tomado no processo é que a remoção dos
materiais deve iniciar nas extremidades e ir caminhando até o centro. Vale apontar
que a norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) Norma Brasileira
(NBR) 14931 determina que tanto os escoramentos como as fôrmas não podem ser
retirados até que o concreto apresente resistência adequada para:
a) Suportar os danos superficiais durante o processo de retirada.
b) Evitar que as deformações ultrapassem as tolerâncias especificadas.
c) Resistir às cargas impostas aos elementos estruturais nessa etapa.
No que tange à patologia uso inadequado de materiais construtivos destaca-se o
emprego de materiais incorretamente tende a culminar em grandes prejuízos para
os empreendimentos. Nas estruturas de concreto armado é preciso estar atento à
resistência e qualidade dos aditivos, dos agregados e do aço, além disso, é
essencial utilizar o traço definido no projeto para que as solicitações sejam
suportadas pela estrutura (THOMAZ, 2020).
É preciso mensurar a resistência característica do concreto à compressão, uma vez
que isso permite ter um melhor controle da qualidade desse elemento. Pode-se
apontar que o aço é imprescindível nas estruturas de concreto armado, uma vez que
tende a resistir aos esforços de tração de forma satisfatória. Posto isto, deve-se
propiciar que se tenha uma boa aderência entre esses materiais a fim de evitar a
ocorrência de trincas. Recomenda-se que o cobrimento das barras de aço ocorra de
forma efetiva e seguindo o procedimento padrão mínimio a fim de evitar que sejam
degradadas pelas intempéries como a corrosão (DUARTE FILHO, 2018).
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Outra falha muito comum durante a utilização e que tende a culminar em patologias
são os cortes para passar a tubulação, além disso vale destacar que também
existem outras atividades que impactam o desempenho estrutural (SOUZA;
RIPPER, 1998). A figura 7 exemplifica um corte para a passagem de tubulação.
Figura 9 – Desageregação
Fonte: Ribeiro (2018)
Acerca das incorreções das juntas de dilatação é válido apontar que os elementos
que integram a estrutura não se encontram completamente estáticos. Existem vários
fatores que culminam na movimentação da estrutura, portanto esse evento precisa
se dar de forma uniforme para não impactar o desempenho do empreendimento. Um
exemplo é a movimentação devido à variação da temperatura, culminando na
contração ou na expansão estrutural (RIBEIRO, 2018).
Para resolver esse problema é importante que se use juntas de dilatação, por
permitem a separação das partes integrantes à estrutura. Com isso possibilita-se a
movimentação desses componentes sem que se tenha a transmissão de esforços
de uma parte para a outra e vice-versa. Se a execução ou instalação das juntas não
ocorrer adequadamente podem surgir problemas como a fissuração (NABUT NETO
et al., 2020).
Weimer et al. (2018) afirmam que há inúmeras questões que resultam fissuras
estruturais, entre as mais comuns destacam-se:
a) Cargas aplicadas.
b) Variações de temperatura.
c) Recalque diferencial.
d) Corrosão da armadura.
e) Reação expansiva.
f) Deficiência na execução.
g) Retração do concreto.
h) Movimentação dos escoramentos e das fôrmas.
i) Perda de aderência das barras de aço.
j) Contração plástica do concreto.
k) Deficiência no projeto.
A perda de aderência se dá quando há dois concretos com idades distintas ou ainda
entre as barras de aço que constituem a armadura e o concreto. Para evitar a
ocorrência desse evento catastrófico é preciso vibrar adequadamente o concreto
após seu lançamento. Através desse processo será possível diminuir o índice de
vazios existentes no sistema. Se tal atividade não for executado corretamente a
probabilidade de surgir uma fissura na camada mais espessa é elevada (THOMAZ,
2020). Desse modo a figura 12 mostra a perda de aderência.
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3. Conclusão
Os objetivos do trabalho foram alcançados, no que tange às patologias em estrutura
de concreto armado, percebe-se que existem várias como a corrosão da armadura,
a desagregação do concreto, a corrosão e o desgaste do concreto, entre outras.
Diante disso é imprescindível compreender o que origina cada uma, bem como seus
impactos, uma vez que isso permite que se desenvolvam estratégias mais acertadas
para minimizar os impactos advindos desses eventos.
Existem erros executivos e falhas que podem culminar no surgimento das patologias
como deficiência da armadura, inadequação de escoramento e formas, deficiência
na concretagem, uso incorreto dos materiais de construção, causas naturais, físicos,
biológicos e químicos, por exemplo. Cada um desses eventos apresenta suas
particularidades, além de ser bem específicos, requerendo um bom entendimento a
fim de evitar que danos catastróficos ocorram e afetem o meio ambiente e o ser
humano.
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Referências
ARIVABENE, A. C. Patologias em Estruturas de Concreto Armado: Estudo de Caso.
Revista Online Especialize, v. 10, n. 1, 2015.
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
NABUT NETO, A. C. et al. Patologia das construções. 1. Ed. Rio de Janeiro: 2B,
2020.
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TEATINI, J. C. Estruturas de Concreto Armado. 3. Ed. São Paulo: Gen LTC, 2016.