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Análise das Manifestações Patológicas em Edificações Populares de

Programas Habitacionais na Cidade de Garanhuns-PE


Analysis of Pathological Manifestations in Popular Buildings of Housing Programs in the
City of Garanhuns-PE

(1)Thayná Alexandre Eloy Lins; (2)Maylla Fernanda Araújo Ferreira; (3)Wagner Dmitry Gueiros
Cavalcante; (4)Renan Gustavo Pacheco Soares; (5)Romilde Almeida de Oliveira; (6)Arnaldo
Manoel Pereira Carneiro.

(1) Graduando em Engenharia Civil, Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns


(2) Graduando em Engenharia, Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns
(3) Graduando em Engenharia Civil, Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns
(4) Doutorando, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
(5) Professor Doutor, Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP
(6) Professor Doutor, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
(1)thayna_ael@hotmail.com; (2)maylla.araujo@hotmail.com; (3)wagnerdmitry22@gmail.com;
(4)renangpsoares@hotmail.com; (5)romildeoliveira@gmail.com; (6)arnaldo2164@hotmail.com

Resumo
Prazos curtos, inobservância normativa, materiais de baixa qualidade, fiscalização ineficaz e processo
executivo inadequado são alguns dos fatores que contribuem para o surgimento e propagação de
problemas patológicos em edificações de programas habitacionais. Como consequência, o desempenho em
serviço e vida útil das edificações são comprometidas. O presente artigo tratou da análise de quatro
edificações residenciais unifamiliares de programas habitacionais, objetivando a caracterização das
patologias, bem como propor soluções para cada problema. A inspeção predial realizada se enquadrou no
Nível 1, com a identificação das anomalias e falhas aparentes. Também foi adotado o critério de análise de
riscos e o sistema de ordem de prioridades das falhas (IBAPE, 2012). Os resultados encontrados
destacaram que em 100% das edificações, as fissuras em alvenaria e afundamento de piso estiveram
presentes. Problemas na instalação elétrica, degradação do revestimento e mofo foram identificados em
75% dos casos. Em elementos estruturais e instalações hidrossanitárias, 50% e 75%, respectivamente.
Destaca-se que algumas das patologias são de ordem contínua, visto que a concepção adotada, aliada a
vícios construtivos, fragilizaram as edificações, selando a necessidade de reparos corretivos contínuos.

Palavra-Chave: Patologias; Análise de risco; Inspeção Predial; Edificações.

Abstract
Short deadlines, lack of compliance, poor quality materials, ineffective supervision and inadequate executive
process are some of the factors that contribute to the emergence and spread of pathological problems in
housing program buildings. As a result, the in-service performance, shelf life of buildings are compromised.
The present article dealt with the analysis of four single-family residential buildings of housing programs,
aiming to characterize the pathologies and propose solutions for each problem. The building inspection was
carried out at Level 1, with the identification of anomalies and apparent faults. We also adopted the risk
analysis criterion and the system of order of priority of the failures (IBAPE, 2012). The results found that in
100% of the buildings, the cracks in masonry and floor sinking were present. Problems in electrical
installation, coating degradation and mold were identified in 75% of cases. In structural elements and
hydrosanitary installations, 50% and 75%, respectively. It should be noted that some of the pathologies are
of a continuous nature, since the adopted design, coupled with constructive vices, weakened the buildings,
sealing the need for continuous corrective repairs.

Keywords: Pathologies; Risk Analysis; Property Inspection; Buildings.


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1 Introdução

A necessidade de abrigar-se em locais seguros e protegidos das intempéries levou o


homem a realizar construções de estruturas moldadas a essas necessidades. Com o
avanço tecnológico, toda evolução no sistema construtivo era rapidamente superado.
Nos dias atuais, mesmo contando com todo aparato tecnológico necessário, ainda se é
comum a presença de estruturas em estado de deterioração e vida útil reduzida devido à
problemas patológicos, onde diversos fatores podem estar relacionados ao surgimento
desses problemas. Conhecer estes fatores é indispensável para que se possa realizar
qualquer correção ou reparo necessário e também para garantir que a anomalia não volte
a prejudicar e deteriorar a estrutura (SOUZA; RIPPER, 1998).
De acordo com FRANÇA et al. (2011), nos dias de hoje existem várias técnicas que
podem ser utilizadas para identificar uma manifestação patológica. Dentre elas, ensaios
destrutivos e não-destrutivos podem ser realizados com o intuito de obter o diagnóstico
das doenças nas construções. Esses ensaios são extremamente importantes pois
fornecem dados essenciais para a descoberta da manifestação, como por exemplo a
esquematização da estrutura, a identificação da dimensão, da profundidade, a
circunstância ou estado em que ela se encontra, entre outros. Dessa forma, é importante
que ao se identificar uma patologia, seja ela aparente ou não, um profissional
especializado possa fazer a análise, empregar a técnica cabível a situação e solucionar o
problema da melhor forma. No entanto, o ideal seria que as construções não
apresentassem manifestações com tanta frequência ou em tão pouco tempo de vida útil.
Portanto, o presente artigo tem como finalidade apresentar as patologias mais comuns em
quatro edificações populares de programas habitacionais (denominadas amostras A, B, C
e D), construídas por construtoras distintas, na cidade de Garanhuns, verificando as
possíveis causas para o surgimento dessas anomalias e pontuar as possíveis soluções.
As edificações citadas foram escolhidas pelo fato de serem construções com pouco
tempo de vida útil, dessa forma, não deveriam apresentar tais falhas tão rapidamente.
Visa-se corrigir essas falhas que possam ter ocorrido durante a construção.

2 Patologias

O crescimento acelerado da construção civil, em alguns países ou épocas, trouxe cada


vez mais projetos complexos e com maiores riscos, devido aos métodos construtivos mais
avançados que foram de desenvolvendo ao longo dos anos. Esses riscos, dentro de
certos limites, foram sendo mais aceitos. Isso ocorreu pelo estudo de erros passados que
auxiliam no entendimento de como evitá-los. Apesar disso, ainda ocorrem falhas
involuntárias e casos de imperícia, imprudência e/ou negligência que acabam levando a
que ocorram casos de patologias (SOUZA; RIPPER, 1998).
É visto que as patologias, na construção civil, na maioria dos casos se manifestam
externamente. Mas, vale salientar que existem patologias internas nas estruturas, onde
tornam possível deduzir qual a sua natureza, sua origem e os mecanismos dos
fenômenos envolvidos (OLIVEIRA, 2013).

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De acordo com HELENE (2003), “as correções serão mais duráveis, mais efetivas, mais
fáceis de executar e muito mais baratas quanto mais cedo forem executadas”. Isso
significa dizer que o quanto antes seja detectado e solucionado tal patologia mais fácil
será a execução desta solução como também terá um custo mais baixo.
De acordo com a norma de Inspeção Predial Nacional (IBAPE, 2012), as anomalias e
falhas construtivas devem ser classificadas quanto ao grau de risco aos usuários, ao meio
ambiente e ao patrimônio, podendo ser crítico, médio ou mínimo. O risco crítico diz
respeito ao prejuízo contra a saúde, a segurança dos usuários, o dano contra o meio
ambiente. Ocorre quando uma estrutura tem perda demasiada de sua funcionalidade, ou
seja, já não desempenha a função para qual foi criada. Nesta situação a manutenção e a
recuperação contemplam custos excessivos e inviáveis. O risco médio corresponde a
uma perda fracionária do desempenho e da funcionalidade, podendo ser recuperado a
curto prazo. Por fim, o risco mínimo diz respeito as perdas mínimas, ao custo reduzido na
recuperação ou manutenção. Estes danos são prejudiciais mais a estética e não há
probabilidade de evoluírem para riscos médios ou críticos.

2.1 Origens das Patologias

Juntamente com a modernidade que a Construção Civil obteve nos métodos construtivos,
é visto que o índice das patologias nas edificações cresceu. Isso ocorre devido o fato de
atualmente buscarem uma rápida execução e uma maior economia, o que pode interferir
na qualidade do material a ser utilizado como também a redução da segurança que tal
estrutura necessitaria ter. Com isso, o menor erro durante a execução será gerado
diversas patologias na edificação (SOUZA, 2008).
HELENE (2003) afirma que as manifestações patológicas não acontecem sem motivo,
geralmente estão ligadas a algum erro cometido nas fases de concepção do
empreendimento, sendo importante o conhecimento da origem do problema e também o
histórico de construção para que se possa apontar de onde veio o problema.
VIEIRA (2016) diz que a identificação das patologias é o primeiro passo e principal passo
para se obter um tratamento adequado para o problema, pois com isso se consegue obter
um método corretivo ideal para cada tipo de manifestação patológica, onde será levado
em consideração a sua funcionalidade na estrutura e assim servido de base para peritos
determinarem nos laudos técnicos os possíveis culpados pelo aparecimento das
patologias. PROPSTER (1981 apud Vieria, 2016) apresentou uma tabela onde mostra o
comparativo de países europeus, mais desenvolvidos que o Brasil, que mostra onde estão
as principais causas das patologias.
Tabela 1 – Incidências de problemas segmentadas conforme a origem principal, em pesquisa desenvolvida
em países europeus.
Fase Alemanha Bélgica Dinamarca Romênia
Projeto 40,1% 49,0% 36,6% 34,0%
Materiais 29,3% 22,0% 22,2% 24,2%
Execução 14,5% 15,0% 25,0% 21,6%
Uso 9,0% 9,0% 8,7% 12,2%
Outro 7,1% 5,0% 7,5% 8,0%

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Os dados da tabela anterior foram retirados de países onde os processos construtivos são
bem mais desenvolvidos que os do Brasil, com isso trazendo para a realidade do Brasil,
os números de problemas na execução podem ser um pouco mais expressivos. Esses
dados, também serve para alertar as empresas que os principais problemas estão ligados
à fase de projetos, onde devem redobrar os cuidados em sua concepção para que
diminuam as incidências de problemas.
Diante disso é constatado que os problemas patológicos derivam de um ou mais
processos construtivos, sejam eles das fases de projeto, construção ou utilização.
Intempéries e até mesmo sobrecargas poderão levar a estrutura a sofrer danos.

2.2 Falhas Devido a Projeto, Execução e Utilização


2.2.1 Falhas de projetos

A fase de concepção dos projetos, como apontado em vários estudos, é de onde deriva a
maior porcentagem de falhas que causam as patologias nas edificações, sendo assim é
de extrema importância que sejam seguidos os critérios citados nas normas, como na
NBR 6118 (ABNT, 2014), que mostra alguns cuidados na hora de se projetar.
OLIVEIRA (2013) diz que na etapa de projeto são determinadas soluções que tem grande
impacto em toda a sequência da obra e na qualidade final do produto que será entregue
ao cliente, pois é nessa parte que se define os detalhes construtivos e especificações que
vão facilitar ou não o processo construtivo e também que vão afetar nos custos de
produção. SOUZA e RIPPER (1998) elencam alguns problemas que podem acarretar com
o surgimento de patologias na edificação devido aos erros de projetos, são eles:

 Falta de compatibilização entre os projetos disponíveis;


 Especificação inadequada de materiais;
 Detalhamento insuficiente ou inadequado;
 Detalhes construtivos impossíveis de serem feitos;
 Falta de padronização nos projetos;
 Erros de dimensionamento.

A compatibilização de projetos é uma das coisas que mais vem sendo discutidas e cada
vez mais sendo obrigatória em todas as formas de construção, pois com a
compatibilização, se consegue identificar os possíveis problemas que possam ocorrer
antes mesmo de estar em fase de execução, fazendo com que se otimize o tempo e
reduzam-se os custos de possíveis reparos.

2.2.2 Falhas de execução

CREMONINI (1988) relaciona a etapa da execução, diretamente, com a mão de obra, a


correta execução dos serviços e também com o gerenciamento de todo esse processo.
Sendo assim, boa parte do aparecimento de patologias em edificações, se deve a
métodos construtivos cheios de vícios e falhas, mão de obra desqualificada e materiais de
baixa qualidade. O mesmo autor diz que a maioria dos defeitos na etapa de execução, se
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deve a baixa qualidade da mão de obra e a falta de conhecimento técnico de como
executar corretamente o serviço proposto. SOUZA e RIPPER (1998) citam alguns
problemas recorrentes nas edificações decorrentes da execução:

 Falta de prumo, de esquadro e de alinhamento de elementos estruturais e


alvenarias;
 Desnivelamento de pisos;
 Falta de caimento de pisos em áreas molhadas;
 Execução de revestimentos cerâmicos incorreta;
 Má execução de instalações elétricas e hidráulicas.

SOUZA e RIPPER (1998) dizem que os 3 primeiros apontamentos acima são de fácil
identificação, mas no caso de instalações elétricas e hidráulicas, é difícil identificar os
problemas, onde só serão constatados depois de algum tempo de uso. Também, não se
pode deixar de lado a reponsabilidade de quem está gerenciando toda essa etapa de
execução, pois cabe ao responsável fiscalizar e orientar sobre os processos que devem
ser feitos, afim de que seja feito de maneira correta para não haver problemas futuros.
De acordo com VIEIRA (2016), a falta um conhecimento preciso do que vai ser
executado, pode contribuir para o surgimento de diferentes tipos de patologias. Diante
disso, o construtor não pode se descuidar sobre os métodos de execução e o sobre o
controle contínuo de todas as operações envolvidas.

2.2.3 Falhas de uso inadequado

De acordo com MOLIN (1988), as manifestações patológicas que surgem durante o uso
da edificação, normalmente são decorrentes do mau uso e da falta de manutenção da
edificação, mas não pode eximir de culpa os empreendedores e os responsáveis técnicos
pela estrutura, pois na maioria das vezes não é fornecido um manual técnico com
recomendações de uso. PIANCASTELLI (2005 apud PINA, 2013) cita alguns problemas
derivados da má utilização do usuário:

 Sobrecargas não previstas no projeto;


 Alterações estruturais indevidas em função das reformas;
 Utilização de produtos agressivos na limpeza;
 Falta de inspeções periódicas para detecção de sintomas patológicos.

De acordo com SOUZA e RIPPER (1998), as patologias causadas pela falta de


manutenção da edificação, têm origem no desconhecimento técnico, na incompetência,
no desleixo e em problemas econômicos. Em muitos casos, o simples fornecimento de
um manual de instruções de uso seria necessário para se evitar várias patologias
causadas pelo mau uso da edificação. VIEIRA (2016) faz uma analogia entre o corpo
humano e as edificações, que ambas necessitam de cuidados e acompanhamentos para
se ter um bom funcionamento durante toda sua vida.

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2.3 Principais Patologias
Os defeitos mais comuns visto na Construção Civil são provenientes da água,
independente da forma que a mesma se encontra, além de ser um dos causadores de
patologias com maior dificuldade de solução (SOUZA, 2008).
Dentre as diversas patologias existentes na Construção Civil, será dada ênfase em
algumas, como:

a) Fissuras: De acordo com MOLIN (1988), a fissura é uma das patologias mais
antigas da construção civil, a qual pode ocorrer a longo, médio ou curto prazo. A
fissuração está diretamente ligada ao baixo nível do controle de qualidade nas
etapas do processo da construção civil.
b) Corrosão de armaduras: Entre as formas de degradação da estrutura, a corrosão
de armaduras é a mais comum. A qual compromete não só a estética do elemento
estrutural, como também sua estabilidade e a segurança que o mesmo deve
oferecer. A corrosão de armadura pode ocorrer devido a falta de espaçadores e
também pela alta porosidade do concreto (DÓREA et al, 2010).
c) Eflorescência: De acordo com SOUZA (2008), a eflorescência ocorre em qualquer
elemento da edificação, a qual pode trazer prejuízos meramente estéticos como
também pode degradar a estrutura. De forma simples, a eflorescência consiste no
armazenamento salino, na presença de água na estrutura e na pressão
hidrostática.
d) Bolor: Bastante comum em regiões tropicais, o bolor é uma patologia causada por
a existência de umidade. O bolor traz alterações na superfície, levando-a a
necessidade de reparo ou até mesmo de refazer o revestimento do local afetado
(SOUZA, 2008).

3 Materiais e métodos
O presente estudo de caso atendeu todos os requisitos necessários e exigidos pela
norma de Inspeção Predial Nacional (IBAPE, 2012), pelas recomendações do OT-
003:2015 do Instituto Brasileiro de Auditoria de Engenharia (IBRAENG, 2015) e pela NBR
13752 (ABNT, 1996). Todos os dados foram condicionados à abrangência das
investigações, confiabilidade e adequação das informações obtidas quanto à qualidade
das análises técnicas, sendo a inspeção predial realizada enquadrada no Nível 1
(Identificação das anomalias e falhas aparentes, elaborada por profissional habilitado), de
acordo com a norma de Inspeção Predial Nacional do IBAPE.
Seguindo às sugestões das normas citadas acima, foram visitadas quatro edificações
residenciais, que não tem muitos anos de comercializadas. As edificações foram
construídas por quatro construtoras diferentes (A, B, C e D). As visitas aos locais tiveram
como intuito fazer uma investigação sobre as patologias existentes e fazer registros
fotográficos, assim como entrevista com os moradores, para ter uma maior quantidade de
informações. Esses registros fotográficos foram estudados e comparados com a literatura
existente e constatadas as causas e possíveis soluções para os problemas. Também foi
feito o levantamento de dados das patologias que mais estiveram presentes nas
edificações investigadas.
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A determinação das origens das anomalias construtivas foi orientada por uma sequência
lógica de vistoria, exames, análises e interpretações, cuja ordem foi a seguinte: Inspeção
dos imóveis; Verificação das condições naturais e meio ambiente local; Verificação das
atividades de conservação e manutenção, bem como a análise da documentação técnica
correspondente; Exame das edificações vizinhas aos imóveis; Interpretação de todos os
dados técnicos apurados, para então se expender a conclusão indicativa das origens das
anomalias em geral.
Para a análise das anomalias e falhas detectadas na inspeção predial, foi adotado o
critério da Análise de Risco, que tem por finalidade o estudo das detecções,
vulnerabilidades, impactos, ameaças, contingências e ações fundamentais para garantia
da condição essencial de habitação. Com esse critério, a administração dos riscos é
realizada com a detecção dos pontos que possibilitam a redução, transferência ou
eliminação dos riscos, por meio de ações e estratégicas econômicas e viáveis.
As falhas foram classificadas de acordo com o GUT (gravidade, urgência e tendência).
Esta classificação permite que se possa priorizar os problemas que forem encontrados e
assim analisados e resolvidos (SOTILLE, 2014).
Para COLENGHI (2007), quando uma falha construtiva é classificada quanto a sua
gravidade ela deve considerar o grau desta, que pode ser: total, alta, média, baixa ou
nenhuma. Cada grau possui um peso, respectivamente 10, 8, 6, 3 e 1. Se considerada
total, significa que as perdas serão irreparáveis, podendo ser de vidas humanas, do meio
ambiente e até da própria edificação. Quando alta, quer dizer que causará ferimentos em
pessoas, danos ao meio ambiente ou a edificação. Quando média, expressa desconforto,
deterioração da edificação ou do meio ambiente. Se baixa, representa pequenos
problemas, insignificantes incômodos e remete prejuízos financeiros pequenos.
Quando classificada pela urgência, define que o propósito desta é o de saber avaliar
quando um problema deve ser corrigido após a sua identificação. Onde o grau e peso são
iguais aos anteriores. Se total, o evento está em ocorrência, se alta está prestes a ocorrer,
se média sua ocorrência está prevista, se baixa está adiante e quando nenhuma, este
problema não foi previsto.
Por fim, determina que classificar quanto a tendência, se deseja saber o grau de
desenvolvimento do problema encontrado caso nenhuma medida seja tomada. Se total, o
problema terá um desenvolvimento imediato. Quando alto, a evolução será a curto prazo.
Se determinado grau médio, o seu progresso será a médio prazo. Caso seja baixo, o
avanço será a longo prazo. Quando o problema não for evoluir, o grau deve ser nenhum.
De acordo com o IBAPE, (2012), quanto ao grau de risco oferecido as pessoas, ao meio
ambiente e ao bem material, este pode ser classificado em crítico, regular e mínimo.
Quando um dano causa um impacto irremediável que põem em risco a saúde, a
seguridade das pessoas e do meio ambiente e ainda tem excessiva perda de
desempenho resultando em prioridade máxima de reparo, este é considerado grau crítico.
Para um impacto que pode recuperado quando compromete parcialmente a
funcionalidade do ambiente e seu desempenho, necessitando uma intervenção a curto
prazo, este deve ser classificado como um grau regular. Por fim, o grau mínimo refere-se
a pequenos e recuperáveis impactos, onde se pode fazer interferências a médio prazo,
pois não oferece risco em evoluir para os riscos regular e crítico.

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4 Apresentação e análise dos resultados
4.1 Identificação das manifestações patológicas
4.1.1 Danos encontrados nos Forros

Figura 1 – Danos no forro de gesso (DOS AUTORES, (2018)).

 Diagnóstico: Os danos encontrados nos forros se deram devido às deformações


excessivas das placas advindas da movimentação do sistema de alvenaria, o que
fez com que tensões críticas fossem redistribuídas nas regiões de emenda.
Considera-se também a variação de temperatura um fator contribuinte. Anomalias
endógenas e consequência de solo instável (mal compactado).
 Tratamento: Tratamento das fissuras através de selamento.

4.1.2 Fissuras em Paredes de Alvenaria

Figura 2 – Fissuras em paredes (DOS AUTORES, (2018)).

 Diagnóstico: As situações constatadas são patologias provenientes de tensões


críticas que ocorrem em função de descontinuidade dos elementos que compõe o
sistema estrutural da edificação. Deficiências construtivas, seja de projeto e/ou
execução, são os principais causadores dos problemas. A ausência de vergas e/ou
contravergas nas aberturas das portas e janelas provocam o surgimento de
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concentração de tensões excessivas nesses vértices, tendo como consequências o
aparecimento de trincas, fissuras e infiltrações nos cantos. Essas anomalias ficam
ainda mais evidentes em virtude do assentamento do solo mal compactado,
podendo provocar recalques diferenciais (THOMAZ, 1989).
 Tratamento: Nas regiões de abertura de porta e janela, deverão ser construídas
vergas e contravergas com posterior reboco, massa e pintura de qualidade, de
modo a obter-se uma amarração na parte superior e inferior destas. Caso as
vergas e contravergas sejam presentes na edificação, todas as fissuras existentes
deverão ser tratadas de forma que sejam abertas com o auxílio de ferramentas
manuais com pontas de vídea e escareadas em forma de “V”, com espessura e
profundidade entre 5 e 10 mm respectivamente. As fissuras deverão ser
calafetadas e seladas com a utilização de mastique elástico acrílico
(SELATRINCA) ou similar, para vedação elástica das aberturas acima de 5 mm.
Outra opção é a utilização de tela flexível confeccionada em poliéster de alta
tenacidade e revestida com PVC.

4.1.3 Afundamento do Piso

Figura 3 – Afundamento de piso (DOS AUTORES, (2018)).

 Diagnóstico: O afundamento do piso com grandes trincas na região externa da


edificação, denota um recalque no piso da edificação. Esse tipo de problema pode
ter como causa uma má compactação da camada de solo abaixo da camada do
substrato, contrapiso e placas cerâmicas. Esse tipo de situação também causa
uma redistribuição de tensões em todas as paredes de edificação, onde os pontos
críticos tendem a romper, fissurando. Anomalias endógenas, falhas de
planejamento e execução.
 Tratamento: Retirada das placas cerâmicas de todo piso interno e externo que
apresenta problema de afundamento de piso, compactação da camada de solo
com compactador automático, aplicação de novo contrapiso com traço adequado,
reassentamento das placas cerâmicas do piso, com argamassa de primeira
qualidade e rejuntamento de cor proporcional à cerâmica.
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4.1.4 Mofo/Bolor

Figura 4 – Mofo e Bolor (DOS AUTORES, (2018)).

 Diagnóstico: Mofo/bolor proveniente da impermeabilização deficitária de diversas


paredes dos cômodos da edificação.
 Tratamento: Remoção do mofo e tinta através de espátula, aplicação de massa
acrílica na parede que está sujeita a maior umidade e pintura com tinta acrílica de
primeira qualidade.

4.1.5 Degradação do revestimento

Figura 5 – Degradação do revestimento (DOS AUTORES, (2018)).

 Diagnóstico: Ausência de rejuntamento, impermeabilização e umidade ascendente


proveniente da ausência de impermeabilização e rejuntamento são as possíveis
causas desse tipo de problema.
 Tratamento: Remover as camadas de argamassa de revestimento que se
encontrarem destacadas da alvenaria. Remover todo o emboço e reboco nas áreas
afetadas até atingir a alvenaria de bloco cerâmico. Após remoção, aplicação de
chapisco e novo emboço/reboco (conforme caso) com aditivo impermeabilizante,
com traços e resistências em conformidade com os preceitos normativos vigentes.
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4.1.6 Problemas elétricos

Figura 6 – Fios expostos (DOS AUTORES, (2018)).

 Diagnóstico: Redes elétricas aparentes, com emendas sem isolamento e extensões


precárias, total desatenção às normas técnicas quanto aos aspectos de
dimensionamento e segurança das instalações ao choque e ao curto-circuito
elétrico caracterizam anomalias endógenas, falhas de projeto e/ou execução.
 Tratamento: Correção de todo sistema elétrico, desde a entrada de energia, até o
encaminhamento e isolamento dos cabos alimentadores de força e iluminação,
com a inserção de eletrodutos corrugados em toda extensão do sistema. Nos
ambientes em que a fiação passe no nível do solo, a utilização de eletroduto rígido
de PVC é recomendada.

4.1.7 Problemas hidrossanitários

Figura 7 – Projeto Arquitetônico original (DOS AUTORES, (2018)).

 Diagnóstico: Uma discrepância foi verificada ao se analisar o projeto hidrossanitário


em relação aos reservatórios de água. Não foi verificado em projeto ou execução a
presença de reservatório enterrado. Na Figura 6, a situação de projeto previa um
reservatório em concreto armado com capacidade, segundo cotas de projeto de
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aproximadamente 6,6m³. No entanto, o que foi executado a inserção de quatro
caixas de água de fibra com capacidade de 1m³ cada, assim ficando abaixo do
calculado em projeto.
 Tratamento: Considerando a impossibilidade de se construir um reservatório
enterrado (cisterna) devido à ausência de espaço suficiente no terreno da
edificação que garanta uma distância adequada em relação a fossa e sumidouro
para evitar contaminação de água, faz-se necessário a retirada das caixas atuais e
a construção de um reservatório elevado com estrutura de concreto armado,
conforme consta em projeto, com capacidade mínima de 25m³ de água.

4.1.8 Problemas em elementos estruturais

Figura 8 – Elementos estruturais inadequados (DOS AUTORES, (2018)).

 Diagnóstico: Foram constatadas situações onde as alvenarias de vedação foram


empregadas para suportar o carregamento advindo da caixa d’água da edificação,
fugindo de sua função prevista. Também foram encontradas situações de
elementos de madeira com deformação excessiva. Pilares de concreto
identificados não atendem diversos preceitos normativos estabelecidos na NBR
6118 (ABNT, 2014), como por exemplo a seção transversal mínima de 360cm².
 Tratamento: Demolição de toda estrutura do muro que apresenta pilares com seção
transversal inferior a 360cm² e construção de novo sistema estrutural do muro em
conformidade com os preceitos normativos. Na edificação, proceder a retirada da
caixa atual por se tratar de uma caixa de amianto, peça proibida por apresentar
potenciais patológicos para os moradores da casa, seguida da construção de um
reservatório elevado com estrutura de concreto armado.

4.2 Checklist das Residências A, B, C e D.

Feita a visita técnica ao local e seguido o checklist, as patologias encontradas foram


organizadas em uma tabela elaborada pelos autores, onde é classificada pela sigla, a
patologia, se há ocorrência ou não e a classificação quanto critério de Análise de Riscos.
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Tabela 2 – Checklist das patologias na residência A
Sigla Patologia Ocorrência G U T TOTAL Grau de risco
DEF Danos Encontrados nos Forros SIM 3 6 6 15 CRÍTICO
FPA Fissuras em Paredes de Alvenaria SIM 6 10 10 26 REGULAR
AP Afundamento do Piso SIM 8 10 10 28 MÍNIMO
MB Mofo/Bolor SIM 1 6 6 13 MÍNIMO
DR Degradação do revestimento NÃO - - - - -
PE Problemas Elétricos NÃO - - - - -
PH Problemas Hidrossanitários NÃO - - - - -
PEE Problemas em elementos estruturais NÃO - - - - -

Tabela 3 – Checklist das patologias na residência B


Sigla Patologia Ocorrência G U T TOTAL Grau de risco
DEF Danos Encontrados nos Forros NÃO - - - - -
FPA Fissuras em Paredes de Alvenaria SIM 10 10 10 30 CRÍTICO
AP Afundamento do Piso SIM 6 10 8 24 REGULAR
MB Mofo/Bolor NÃO - - - - -
DR Degradação do revestimento SIM 6 6 8 20 REGULAR
PE Problemas Elétricos SIM 10 10 8 28 CRÍTICO
PH Problemas Hidrossanitários NÃO - - - - -
PEE Problemas em elementos estruturais SIM 10 8 8 26 CRÍTICO

Tabela 4 – Checklist das patologias na residência C


Sigla Patologia Ocorrência G U T TOTAL Grau de risco
DEF Danos Encontrados nos Forros SIM 3 6 8 17 MÍNIMO
FPA Fissuras em Paredes de Alvenaria SIM 6 10 10 26 REGULAR
AP Afundamento do Piso SIM 8 10 10 28 CRÍTICO
MB Mofo/Bolor SIM 1 6 6 13 MÍNIMO
DR Degradação do revestimento SIM 6 10 8 24 REGULAR
PE Problemas Elétricos SIM 8 10 10 28 CRÍTICO
PH Problemas Hidrossanitários NÃO - - - - -
PEE Problemas em elementos estruturais NÃO - - - - -

Tabela 5 – Checklist das patologias na residência D


Sigla Patologia Ocorrência G U T TOTAL Grau de risco
DEF Danos Encontrados nos Forros SIM 3 3 8 14 MÍNIMO
FPA Fissuras em Paredes de Alvenaria SIM 6 10 8 24 REGULAR
AP Afundamento do Piso SIM 6 8 8 22 REGULAR
MB Mofo/Bolor SIM 3 6 6 15 MÍNIMO
DR Degradação do revestimento SIM 6 6 8 20 REGULAR
PE Problemas Elétricos SIM 10 10 10 30 CRÍTICO
PH Problemas Hidrossanitários SIM 8 10 10 28 CRÍTICO
PEE Problemas em elementos estruturais SIM 10 10 10 30 CRÍTICO

Seguindo as análises das residências construídas por quatro construtoras diferentes (A,
B, C e D), foram constatadas, nos resultados, patologias em comum, como fissuras em
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paredes de alvenaria, afundamento de piso, mofo/bolor e problemas em elementos
estruturais.
Em 100% das edificações, as fissuras em alvenaria e afundamento de piso estiveram
presentes. Em 75% das edificações, patologias no forro, mofo/bolor, problemas na
instalação elétrica e degradação do revestimento foram identificados. Patologias nos
elementos estruturais foram encontradas em 50% das edificações. Problemas em
instalações hidrossanitárias em 25%. Dentro da análise, as residências B, C e D foram
classificas em Grau Crítico, com necessidade de intervenção imediata. A residência A
apresentou um Grau Regular, podendo evoluir para critica se não tratado imediatamente.

5 Conclusão

Todas as dependências do imóvel foram inspecionadas sendo constatadas diversas


anomalias endógenas, relacionadas a deficiências de ordem construtiva e vícios
construtivos, falhas de projeto e execução. Essas anomalias e falhas foram registradas,
agrupadas e classificadas por Grau de Risco sendo as endógenas acompanhadas de
breve descrição e recomendação técnica para ações de reparos e adequações.
Quaisquer das situações usuais em que a edificação inspecionada esteve imposta, como
o estado de carregamento, variação de temperatura, ação do vento, bem como situações
adversas como uma acomodação de solo com afundamento de piso (por má
compactação e problemas de contenção) foram causas do surgimento e propagação do
processo de fissuração. Situações como essas fizeram com que o sistema estrutural
adotado da edificação obtivesse uma redistribuição de tensões ao longo das paredes –
que, por sua vez, não foram projetadas para suportar esse tipo de situação – fato gerador
das patologias encontradas.
Os problemas elétricos identificados podem evoluir e gerar curto-circuito e incêndio, visto
que as proteções das fiações não foram executadas de acordo com os padrões
normativos vigentes.
As situações de armazenamento de água devem ser previstas em etapas de projeto, com
o desenvolvimento de um sistema estrutural adequado para o fim a que se destina, não
sendo indicado a locação de caixas de água apoiadas diretamente em alvenaria de
vedação e caibro de madeira.
Salienta-se que algumas das patologias identificadas são de ordem contínua, não
havendo garantias da total eliminação do processo de fissuração, por exemplo, visto que
a concepção estrutural adotada, aliada a vícios construtivos fragilizaram a edificação,
selando a necessidade de reparos corretivos de forma periódica.

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6 Referências
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Componentes cerâmicos – Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural –
Terminologia e requisitos. Rio de Janeiro, 2005.

_______. NBR 15575:2013.. Edificações Habitacionais – Desempenho. Partes 1, 2, 3,


e 4. Rio de Janeiro, 2013.

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DÓREA, S. C. L. et al.. Avaliação patológica da estrutura de concreto armado e dos


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