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Inspeção Predial em uma escola situada na cidade de Rio Verde-GO

Isabela Eduarda Pereira Bezerra1, Bruna Barbosa dos Santos2, Vinício da Cunha Doro3

Resumo
A patologia tornou-se tema de grande discussão na área da construção civil, tendo em
mente que todas as estruturas, assim como seres humanos e máquinas, têm a necessidade
de reparos contínuos, necessita ser estudado para prevenção dos problemas patológicos
nas construções, tendo assim como objetivo inspecionar uma edificação com a finalidade de
determinar suas manifestações patológicas, o material estudado será uma escola situada na
cidade de Rio verde – Go, será feito uma inspeção com a finalidade de respeitar a vida útil
da edificação e sugerir possíveis correções e manutenções, respeitando o nível de inspeção
e usando o formulário de check-list, para que a maioria das anomalias seja catalogada tendo
como resultado esperado uma forma de manutenção, correção ou terapia para as anomalias
encontradas, para que se possa gerar uma manutenção periódica e alertar as pessoas na
importância da inspeção predial.

Palavras–chave: Inspeção Predial, Anomalias, Manutenção Periódica.

1. Introdução
Quando falamos de estruturas, estamos dizendo de tudo que o ser humano construiu,
ao decorrer do tempo essas estruturas começavam a exibir alguns defeitos que, se não
cuidados e tratados, podem ameaçar a vida de quem utiliza. Todas as estruturas em algum
instante de sua vida útil irão exibir algum tipo de patologia, dependendo da influência do
material utilizado na estrutura temos alguns tipos de manifestações patológicas padrão do
material utilizado (SOUTO 2015).
De acordo com a NBR 15575 de 2014 Patologia e a anormalidade que se manifesta
nas edificações decorrente de falhas de projeto, de execução, de fabricação, na montagem
no uso ou na manutenção, bem como que não seja do envelhecimento natural, já para
Helene 1992 Patologia pode ser entendia como a função da engenharia que pesquisa os
sinais, os mecanismos, as causas e as origens dos problemas da construção civil ou seja o
estuda das partes que compõem o diagnóstico do problema.
A patologia tornou-se tema de grande discussão na área da construção civil, tendo em
mente que todas as estruturas, assim como seres humanos e maquinas, tem a necessidade
de reparos constantes, precisa ser estudado para prevenir os problemas patológicos das
construções, com uma possível manutenção corretiva periodicamente, utilizando praticas
1
eduardaisacivil@gmail.com, Graduando em Engenharia Civil - Faculdade de Engenharia Civil,
Campus Rio Verde Fazenda Fontes do Saber, Caixa Postal 104 Cep: 75901-970 - Rio Verde - Goiás,
2
bruna-11061@hotmail.com, Graduando em Engenharia Civil - Faculdade de Engenharia Civil,
Campus Rio Verde Fazenda Fontes do Saber, Caixa Postal 104 Cep: 75901-970 - Rio Verde - Goiás,
3
vinicio@unirv.edu.br. Professor Mestre Civil - Faculdade de Engenharia Civil, Campus Rio Verde
Fazenda Fontes do Saber, Caixa Postal 104 Cep: 75901-970 - Rio Verde - Goiás.
corretas de construção, garantindo assim um maior tempo de vida útil da edificação
(FERRAZ 2016).
No ramo da construção civil pode-se analisar que existem variados tipos de anomalias
encontradas nas edificações, ocasionadas por diversos fatores, que pode ser identificadas a
partir dos sintomas (LIMA 2017).
Os sinais, também denominados: manifestação patológica, lesões, danos, defeitos ou
anomalias, podem ser averiguados e classificados para encaminhar um primeiro
diagnóstico, a partir de criteriosas observações visuais (IANTA 2010).
O ambiente construtivo tem uma visão atual que inclina-se cada vez mais pela
preservação das edificações, prezando assim pela garantia do seu bom funcionamento,
mudando qualidade de vida dos usuários dessas edificações (BIGOLIN et al 2014).
Ainda segundo BIGOLIN et al (2014) Inspeção predial é uma atividade presente na
construção civil, porém não muito utilizada que visa conservação e o acompanhamento e
controle durante sua vida útil, seu objetivo é identificar os pontos críticos e suas deficiências
e a necessidade de manutenção na edificação, a inspeção predial visa sempre a
conservação e manutenção, vindo assim do princípio das vistorias e do acompanhamento
pós obra, para garantir que a edificação vai permanecer utilizável durante toda sua vida útil.
“Vida útil e o intervalo de tempo ao longo do qual a edificação e suas partes
constituintes atendem aos requisitos funcionais para os quais foram projetados, obedecidos
aos planos de operação, uso e manutenção prevista” (NBR 5674/1.999).
A ocorrência de problemas ou manifestações patológicas pode ter origem em
determinadas etapas de produção e/ou utilização das edificações, correlacionando
diretamente ao nível de controle de qualidade imposto em cada uma dessas etapas, erros
ou falhas no projeto e na execução das múltiplas etapas da construção requer como
consequência, ajustes não previsto no orçamento, gerando assim gastos não previstos
anteriormente (NASCIMENTO 2015).
As etapas de construção e utilização podem ser separadas em cinco grupos: projeto,
planejamento, fabricação de materiais e elementos fora do canteiro, execução propriamente
dita e utilização, um diagnóstico adequado do problema deve evidenciar em que etapa do
processo teve origem a falha (HELENE 1992).
Segundo Alves (2010), as edificações devem ser dentre outras coisas, duráveis,
estáveis, funcionais, vedadas e confortáveis, se tornando assim fundamentais para todas as
atividades humanas, sempre tendo o menor custo possível.

1.1. Objetivo Geral


O Presente artigo tem como objetivo inspecionar uma escola no município de Rio
Verde – Go, com a finalidade de determinar suas manifestações patológicas.
1.2. Objetivos Específicos
 Determinar manifestações patológicas localizadas na edificação
 Sugerir correções e intervenções para futuras reformas.
 Separar as Anomalias por localização
 Identificar as causas e origens das manifestações patológicas evidenciadas na
inspeção de campo.

2. Material e métodos
No presente artigo será estudada uma edificação com fim educacional.
No fluxograma representado pela figura 1, será mostrado todas as etapas a serem seguidas
na inspeção predial.

Figura 1 – Fluxograma de Processos

Fonte: Próprio Autor (2019).

A primeira etapa a ser seguida e a de Selecionar as edificações que será feita a


inspeção do revestimento para que se possa avançar para a etapa seguinte.
Levantamento de dados e a etapa que será levantado todos os dados possíveis sobre
a edificação como, por exemplo, quantas reformas foram feitas e com qual frequência faz as
devidas manutenções para alongamento da vida útil.
Toda inspeção predial é formada por níveis de inspeção que vai do nível 1 ao nível 3
de acordo com o grau de dificuldade, requer responsáveis habilitados ou não dependendo
assim do nível definido.
Nivel 1: De acordo com o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia
(IBAPE 2012), A Inspeção Predial nesse nível é feita por responsáveis habilitados em uma
especialidade, a inspeção e de baixa complexibilidade técnica, de operação e manutenção
de seus itens e sistemas construtivos, sendo assim aplicada em edificações que tenha um
projeto de manutenção sim ou não tenha o projeto.
Nivel 2: De acordo com o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia
(IBAPE 2012). Nesse nível a inspeção requer profissionais aptos em uma ou mais
especialidades, sendo assim nesse nível a inspeção é realizada em edificações com média
complexibilidade técnica, de manutenção e de operação de seus itens e sistemas
construtivos, em grande parte das vezes é aplicada em edificações com vários pavimentos,
com ou sem prjeto de manutenção, porém com empresas terceirizadas contratadas para
execução de atividades específicas como: manutenção de bombas, reservatórios de água,
portões, entre outros.
Nivel 3: De acordo com o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia
(IBAPE 2012). E o nível de inspeção realizada em edificações com o maior nível de
complexibilidade de operação e manutenção de seus itens construtivos, de padrões
construtivos superiores e com sistemas mais requintados, normalmente aplicados em
edifícios com automação e com vários pavimentos. Tem como exigência a vistoria feita por
profissional habilitado e de mais de uma especialidade, responsável técnico, tendo também
um projeto de manutenção com atividades planejadas e procedimento preciso, um softwear
para gerenciar a manutenção e outras ferramentas de coodernação.
A Etapa seguinte e a entrevista com gestor, na entrevista terá que ser abordado as
questões cotidianas do uso e da manutenção da edificação.
Depois de ter definido o nível da inspeção e feito a entrevista com o gestor a próxima
etapa é realizar uma vistoria. A vitória e realizada com equipe multidisciplinar ou não,
depende da complexidade dos sistemas construtivos existentes e do tipo de edificação. A
quantidade de profissional envolvido e a complexidade definem o nível de inspeção a ser
realizada.
Classificar as deficiências e a etapa que se deve analisar a falha pelo sistema
construtivo de acordo com sua origem, que pode ser classificada por: Anomalias
Construtivas (Endógenas), anomalias funcionais e falha de uso e manutenção, nesta etapa
será preciso um formulário de check-list, que se encontra no Quadro 1, a seguir.

Quadro 1: Formulário de Check-List


Fonte: Próprio Autor (2019)

De acordo com a Norma IBAPE/SP de 2007 grau de urgência e o método de


classificação das anormalidades e falhas averiguadas em uma inspeção predial,
relacionadas considerando o risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao
patrimônio, dentro das regras da inspeção.
Classificar os problemas encontrados (Anomalias e Falhas), classificando quanto ao
grau de prioridade, sendo considerado o fator de conservação de acordo com a norma da
IBAPE, a segurança, a funcionalidade e se está ou não comprometendo a vida útil.
Depois de todas as etapas seguidas a última etapa e de propor soluções para as
anomalias apresentadas e um projeto de manutenção frequente.

3. Resultados esperados
Tem-se como resultado esperado a solução para algumas senão todas as anomalias
apresentadas nas edificações e conscientizar as pessoas de que deve ser feito
manutenções periódicas nas edificações para que a durabilidade seja prolongada e a vida
útil respeitada.
Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 5674: Manutenção de


edificações - Procedimento. Rio de Janeiro: Abnt, 1999. 6 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 15575-1: Edificações


Habitacionais — Desempenho. Parte 1: Requisitos gerais ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2013.
60 p.

FERRAZ, Bárbara Thaís Barbosa. ESTUDO DAS PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES


PATOLÓGICAS CAUSADAS POR UMIDADE E INFILTRAÇÕES EM CONSTRUÇÕES
RESIDENCIAIS. 2016. 56 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Departamento
de Engenharia, Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2016. Disponível em:
<https://drive.google.com/drive/folders/1PN2vJitPglkekaqqnjk7J3L6BBhzdqVe>. Acesso em:
29 maio 2019.

HELENE, Paulo. Manual para Reparo Reforco e Protecao de Estruturas de Concreto. 2.


ed. Sao Paulo - Sp: Pini Ltda, 1992. 218 p. Disponível em:
<https://www.ebah.com.br/content/ABAAAhUbcAI/manual-reparo-reforco-protecao-
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INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERICIAIS DE ENGENHARIA SÃO


PAULO. IBAPE - 2007: NORMA DE INSPEÇÃO PREDIAL - 2007. Sao Paulo, 2007. 32 p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERICIAIS DE ENGENHARIA. IBAPE - 2012:


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<https://drive.google.com/drive/folders/1PN2vJitPglkekaqqnjk7J3L6BBhzdqVe>. Acesso em:
29 maio 2019

LIMA, Rayanne Oliveira Medeiros de. ANÁLISE DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NA


CONSTRUÇÃO DO INSTITUTO FEDERAL DA PARAÍBA CAMPUS GUARABIRA. 2017.
53 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal da Paraíba, João
Pessoa/paraíba, 2017. Disponível em:
<https://drive.google.com/drive/folders/1PN2vJitPglkekaqqnjk7J3L6BBhzdqVe>. Acesso em:
29 maio 2019.
NASCIMENTO, Camila de Oliveira. Análise das manifestações patológicas nas
estruturas de concreto do campus Goiabeiras da UFES. Ipog: ESPECIALIZE, Goiania, v.
01/2015, n. 10, p.1-23, dez. 2015.

PUJADAS, Enga Flávia Zoéga Andreatta et al (Org.). Inspeção Predial: “a Saúde dos
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Disponível em:
<https://drive.google.com/drive/folders/1PN2vJitPglkekaqqnjk7J3L6BBhzdqVe>. Acesso em:
29 maio 2019.

SOUTO, Daniela Sant’anna. Manifestações patológicas em pontes de concreto


armado. Ipog: ESPECIALIZE, Goiania, v. 01/2015, n. 10, p.1-18, dez. 2015.

Cronograma de atividades

Cronograma do Trabalho Final de Curso (TFC)


Atividades Prazos
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Definir Nível da Inspeção
Entrevista com Gestor
Realização de Vistorias
Classificação das
Deficiencias
Classificação dos
Problemas
Proposta de Soluções

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