Você está na página 1de 120

Engenharia Civil

INSPEÇÃO PREDIAL E LAUDO PERICIAL

Brasília
2017
Instituto Brasileiro de Avaliações
e
Perícias de Engenharia

O Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias


de Engenharia (IBAPE) é um órgão federativo
formado por profissionais de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia, sem fins lucrativos.
Seu objetivo é colaborar com a “saúde dos
edifícios”, sua segurança, funcionalidade,
manutenção adequada e valorização
patrimonial.
Norma de Inspeção Predial Nacional

CONCEITOS
INSPEÇÃO LAUDO
E
PREDIAL PERICIAL
CRITÉRIOS

PRESERVAÇÃO

USO

MANUTENÇÃO

DESEMPENHO
Norma de Inspeção Predial Nacional

INSPEÇÃO PREDIAL
O QUE É?

É a atividade que possui norma e metodologia próprias e que


classifica as deficiências constatadas na edificação, aponta o grau
de risco observado para cada uma delas e gera a ordem de
prioridades técnicas com orientações ou recomendações para sua
correção.
Norma de Inspeção Predial Nacional

INSPEÇÃO PREDIAL
PARA QUE SERVE?

 Determinar as irregularidades prediais;


 Estabelecer providências e responsabilidades;
 Analisar os sistemas construtivos da edificação (estrutura,
alvenaria, esquadrias, revestimentos, fachadas, impermeabilização),
as instalações (elétricas, hidráulicas, gás), e os equipamentos
prediais (elevadores, bombas, ar condicionado).
Norma de Inspeção Predial Nacional

TIPO DE INSPEÇÃO PREDIAL

Define a natureza do sistema ou elemento construtivo a ser


inspecionado (estrutura, alvenaria, fachada, instalações, etc.).

NÍVEL DE INSPEÇÃO PREDIAL

É a classificação da inspeção predial quanto à sua complexidade e


elaboração do laudo final, quanto à necessidade do número de
profissionais envolvidos e a profundidade nas análises dos fatos.
Norma de Inspeção Predial Nacional

NÍVEIS DE INSPEÇÃO PREDIAL

NÍVEL 1 – Normalmente empregada em edificações com planos de


manutenção muito simples ou inexistentes;

NÍVEL 2 – Normalmente empregada em edificações com vários


pavimentos, com ou sem plano de manutenção, mas com empresas
terceirizadas contratadas para execução de atividades específicas;

NÍVEL 3 – Realizada em edificações com alta complexidade técnica


de manutenção e operação de seus elementos e sistemas
construtivos, de padrões construtivos superiores e com sistemas mais
sofisticados. Nesse nível de inspeção, o trabalho poderá ser intitulado
como Auditoria Técnica.
Norma de Inspeção Predial Nacional

INSPEÇÃO DA CONSTRUÇÃO PREDIAL (intrínseca)

A inspeção intrínseca, ou da construção, envolve todos os sistemas


construtivos e visa analisar sua qualidade e desempenho, devendo
ser realizada logo após a conclusão da obra e no decorrer da vida útil
e desempenho ao longo do tempo.

HABITABILIDADE

FUNCIONALIDADE DESEMPENHO

SEGURANÇA
Norma de Inspeção Predial Nacional

INSPEÇÃO DA MANUTENÇÃO PREDIAL (extrínseca)

A inspeção extrínseca é aquela rotineira, na fase do pós-obra até o


fim da vida útil da edificação, para analisar a manutenção, uso e
degradação, visando o bom uso e a preservação da vida útil
projetada.

MANUTENÇÃO

UTILIZAÇÃO PLANEJAMENTO

GESTÃO
OPERAÇÃO
Norma de Inspeção Predial Nacional

GRAU DE RISCO

Critério de avaliação do grau de risco das anomalias e falhas


existentes na edificação, considerando o impacto do risco oferecido
aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio. Essas anomalias
e falhas são classificadas nos seguintes graus de risco:

CRÍTICO
 Risco de provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas
e do meio ambiente;
 Perda excessiva de desempenho e funcionalidade;
 Aumento excessivo do custo de manutenção e recuperação;
 Comprometimento sensível da vida útil.
Norma de Inspeção Predial Nacional

GRAU DE RISCO

MÉDIO
 Deterioração precoce;
 Risco de provocar a perda parcial de desempenho e funcionalidade
da edificação, sem prejuízo à operação direta de sistemas.

MÍNIMO
 Risco de causar pequenos prejuízos à estética ou à atividade
programada e planejada, sem incidência ou probabilidade de
ocorrência dos riscos críticos e regulares;
 Baixo ou nenhum comprometimento do valor imobiliário.
Norma de Inspeção Predial Nacional

ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS

As inspeções prediais deverão ser realizadas por profissionais


legalmente habilitados e devidamente preparados.

COMPLEXIDADE DOS
CARACTERÍSTICAS
SISTEMAS
MULTIDISCIPLINARES
CONSTRUTIVOS
Norma de Inspeção Predial Nacional

DOCUMENTAÇÃO

Recomenda-se analisar, quando disponíveis e existentes, os


documentos administrativos, técnicos e de manutenção e
operação da edificação. Esta lista de documentos pode ser solicitada
em cópia para análise e conferência do inspetor, quanto à sua
existência e condições de arquivamento na edificação.

Projeto de
Alvará de Selos dos
Instalações
Construção Extintores
Prediais

Projeto de SPDA
PPRA
Estruturas
Norma de Inspeção Predial Nacional

CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS E FALHAS

As anomalias e falhas constituem não conformidades que impactam


na perda precoce de desempenho real ou futuro dos elementos da
construção, e na redução de sua vida útil projetada. Podem
comprometer:

Segurança

Acessibilidade

Conforto Térmico Durabilidade


e Acústico
Saúde dos
Usuários
Norma de Inspeção Predial Nacional

DIFERENÇA ENTRE ANOMALIA E FALHA

ANOMALIA é vício construtivo


(projeto, materiais e execução)

FALHA é vício de manutenção


(plano, procedimentos e operação)
Norma de Inspeção Predial Nacional

ANOMALIAS

ENDÓGENAS
(vícios de projeto,
materiais e execução
da construção)
EXÓGENAS
(por terceiros)

NATURAIS
(fenômenos da natureza)

FUNCIONAIS
(envelhecimento natural)
Norma de Inspeção Predial Nacional

FALHAS

 DE PLANEJAMENTO: falhas de procedimentos e especificações


inadequadas no plano de manutenção;

 DE EXECUÇÃO: oriundas dos procedimentos e insumos.

 OPERACIONAIS: relativas aos procedimentos inadequados de


registros e controles técnicos;

 GERENCIAIS: desvios na qualidade e custos dos serviços de


manutenção.
Norma de Inspeção Predial Nacional

FALHAS
Norma de Inspeção Predial Nacional

DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES

Quanto à ordem de prioridades, recomenda-se que seja disposta em


ordem decrescente quanto ao grau de risco e intensidade das
anomalias e falhas, apurada através de metodologias técnicas
apropriadas (ferramentas de gerenciamento de risco).

GUT
(Metodologia de Gravidade,
Urgência e Tendência)
FEMEA
(Metodologia de Análise do Tipo e
Efeito de Falha)

LISTAGEM DE CRITICIDADE
(decorrente da Inspeção Predial)
Norma de Inspeção Predial Nacional

QUALIDADE DA MANUTENÇÃO PREDIAL

PARA A MANUTENÇÃO: o inspetor deverá analisar o plano de


manutenção da edificação e as respectivas condições de execução
das atividades propostas no mesmo.

Após essa análise global, o inspetor poderá avaliar a manutenção da


edificação e de seus sistemas nos seguintes termos: ATENDE,
ATENDE PARCIALMENTE ou NÃO ATENDE.
Norma de Inspeção Predial Nacional

QUALIDADE DA MANUTENÇÃO PREDIAL

DAS CONDIÇÕES DE USO: o inspetor predial deverá analisar as


condições de uso da edificação, bem como os aspectos técnicos
previstos em projeto e níveis de desempenho estimados.
Após essa análise global, o inspetor poderá avaliar a condição de uso
em: REGULAR ou IRREGULAR.

A edificação vistoriada
A edificação inspecionada
encontra-se ocupada e
apresenta uso e
utilizada de
ocupação divergentes do
acordo com o uso
previsto em projeto.
previsto no projeto.
Norma de Inspeção Predial Nacional

TÓPICOS ESSENCIAIS DO LAUDO

Avaliação da
Manutenção Lista de
e Condições Verificação
de Uso

Análise das
Indicação de
Anomalias
Prioridades
e Falhas

Relatório Sugestões
Fotográfico
Técnicas
LEI DA INSPEÇÃO PREDIAL
NACIONAL

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 491/2011


Determina a realização periódica de inspeções em edificações e
cria o Laudo de Inspeção Técnica de Edificação (LITE).

Esta Lei cria a exigência da inspeção prévia e periódica em


edificações, destinada a verificar as condições de estabilidade,
segurança construtiva e manutenção.

Abrangência – todas as edificações, exceto Barragens (Port.


416/12 DNPM) e Estádios de Futebol (Port. 238/10 ME)

PROJETO: Senador MARCELO


CRIVELLA RELATOR:
Senador ZEZÉ PERELLA
LEI DA INSPEÇÃO PREDIAL
NACIONAL

PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 3.370/2012


Dispõe sobre a obrigatoriedade de vistorias periciais e
manutenções periódicas nas edificações constituídas por
unidades autônomas, públicas ou privadas, em todo o
território nacional, e dá outras providências.

As vistorias de que trata esta Lei serão realizadas, por iniciativa


do condomínio ou responsável pela administração da
edificação, por meio de pessoas físicas ou jurídicas,
habilitadas na forma da lei, devidamente registradas no CREA
e no CAU, com base nas normas da ABNT, para operação, uso
e manutenção das edificações.
ENGENHARIA LEGAL

ENGENHARIA ENGENHARIA DE
DIAGNÓSTICA AVALIAÇÕES

C E
A I P E
V I S
P O N
I N
U E C
E N T
S S S
D S O
I R S A
T P P
Í Q N
T U T
O E E
C Í
U O
O I L Ç I
R Ç S
I M
R A T Ã S I
A Engenharia
Ã
I
LEGAL é a ciência da observação T
A I
O O A A
O
A
R C
I
A
ENGENHARIA DIAGNÓSTICA - Ferramentas

 VISTORIA – é a constatação técnica de determinado


fato, mediante verificação “in loco”.
 INSPEÇÃO – é a análise técnica do fato, com base na
interpretação e experiência profissional.
 AUDITORIA – é o atestamento técnico, ou não,
de conformidade do fato.
 PERÍCIA – é a determinação da origem, causa e
mecanismo de ação do fato.
 CONSULTORIA – é a prescrição técnica a
respeito do fato.
ORÇAMENTO DE HONORÁRIOS
Corpo Humano x Edificação
Engenheiro ou Arquiteto Médico

Esqueleto = Estrutura
Músculo = Alvenaria
Pele = Revestimento
Artérias = Instalações
TERMINOLOGIAS DA ENGENHARIA
DIAGNÓSTICA
 ANAMNESE – dados coletados sobre o inicio e
evolução da anomalia construtiva ou falha de
manutenção, desde o projeto ate à vistoria ou
inspeção.

 DIAGNÓSTICO – determinação e indicação


das anomalias construtivas e falhas de
manutenção, mediante auditorias, ensaios
e perícias.

 PROGNÓSTICO – indicação das ocorrências


nas anomalias construtivas e falhas de
manutenção, à prescrição da consultoria.

 PRESCRIÇÃO – estudos das reparações das


anomalias construtivas e falhas de manutenção,
resultado da consultoria.
CONCEITOS DA ENGENHARIA DIAGNÓSTICA

 SINTOMATOLOGIA – constatações e análises dos


sintomas e condições físicas das anomalias
construtivas e falhas de manutenção.

 ETIOLOGIA – determinação dos efeitos, origens,


causas, mecanismos de ação, agentes e fatores de
agravamento das anomalias construtivas e falhas de
manutenção.

 TERAPÊUTICA – estudos das reparações das


anomalias construtivas e falhas de manutenção

 PATOLOGIA – estudo das condições físicas ou


funcionais produzidas pelas anomalias construtivas
ou falhas
EDIFICAÇÃO X PATOLOGIA

Sistemas construtivos com desempenho


incerto, aliados as alterações da edificação e
aos inevitáveis erros de projetos e
execução, provocam o aumento das
manifestações patológicas.

As manifestações patológicas, degradações


não previstas, responsáveis por parcela
importante de manutenção.
Patologias das Construções
Patologia Estrutural - Viga
Patologia Estrutural - Laje
Patologia Estrutural – Viga - Sobrecarga
Patologia Estrutural - Pilares
Patologia Estrutural - Recalque
Patologia das Construções - Umidade
Patologia Estrutural - Alvenaria - Sobrecarga
Patologia Estrutural - Fundações - Recalque
Patologias dos Revestimentos
Patologias dos Revestimentos
VIDA ÚTIL X VIDA ECONÔMICA

Vida útil - resistência física e solidez


estrutural da edificação (principal motivo
da obsolescência)
Vida econômica - capacidade da
edificação gerar renda. (principal motivo
de demolição)
VIDA ÚTIL DE PROJETO – Edificações (NBR 15.575)
VIDA ÚTIL X MANUTENÇÃO
Desempenho x Manutenção
(NBR 15.575)
MANUTENÇÃO PREDIAL

A manutenção predial deve iniciar-se na fase de


implantação do projeto arquitetônico. Manutenção
preventiva e manutenção corretiva (pós- construção)
guardam estreita vinculação com a manutenção
preditiva (pré-construção).

A manutenção preditiva origina-se, como as demais,


na prancheta e destina-se incorporar a edificação
requisitos arquitetônicos, construtivos, de instalação
e de funcionamento capazes de facilitar e tornar
econômica a futura manutenção.
TIPOS DE MANUTENÇÃO

Manutenção Preventiva - antecipa-se ao surgimento de


defeitos, assegurar a operação do edifício.

Manutenção Corretiva - atividades realizadas para


recuperar o desempenho perdido.

Manutenção Não Planejada - realizada para recuperar


o desempenho perdido por causas não previstas ou
externas ao sistema de manutenção
CUSTO DE MANUTENÇÃO x Vida Útil (NBR 15.575)
INSPEÇÃO PREDIAL
LISTA DE VERIFICAÇÃO

Edificações - Áreas Comuns


Térreo, Subsolo, Escadarias, Pavimento Tipo e
Cobertura
Edificações – Sistemas Construtivos
Fundações, Estrutura, Fechamento, Esquadrias,
Revestimentos, Fachadas e Impermeabilizações
Edificações – Instalações
Elétricas, SPDA, Hidráulicas, Telefonia e Segurança

Edificações – Equipamentos
Elevadores, Geradores, Ar condicionado, Automação
eProteção e Combate de Incêndio
Sistema Alvenaria

■ Procedimentos: exame visual para identificar


falhas e anomalias (fissuras, trincas, etc.).
■ Falhas e Anomalias: trincas nos encontros
alvenaria/estrutura, nos vértices dos vãos das
portas e janelas, no encontro das paredes,
na base das paredes, etc.
■ Medidas de Manutenção: tratamento de
fissuras e trincas com material flexível, emprego
de telas metálicas, criação de juntas de
movimentação.
Sistema Alvenaria
Sistema Instalações Hidráulicas

■ Procedimentos: verificação das bombas


(limpeza, vazamentos, ruídos ou vibrações),
infiltrações nas áreas molháveis e de
passagem, análise das caixas d’água (fissuras,
infiltrações, corrosão).
■ Falhas e anomalias: ocorrência de
vazamentos e/ou infiltrações.
■ Medidas de Manutenção: substituição dos
componentes, teste de estanqueidade e
limpeza
Sistema Instalações Hidráulicas
Sistema Estrutura de Concreto
■ Procedimentos: exame visual de pilares, vigas e
lajes, nichos e exposição de armaduras,
deformações, presença de agentes agressivos,
infiltrações e fissuras nos elementos estruturais.
■ Falhas e Anomalias: armadura exposta, concreto
desagregado, fissuras com manchas de
oxidação, eflorescência, lixiviação, umidade,
desplacamento.
■ Medidas de Manutenção: tratamento das
armaduras e nichos de concretagem com graute,
reforço estrutural ou troca de armadura,
recomposição do concreto.
Sistema Estrutura de Concreto
Alerta! Constatações

As patologias mais comuns


relacionadas à deformação na
estrutura se manifestam nas
alvenarias, como esmagamento
de blocos

TIPOS DE PATOLOGIA
Alvenarias - Fissuras, rompimento de parede
Esquadrias - Empenamento de portas e janelas
Argamassas - Fissuras, destacamento do revestimento
Instalações - Rompimento nas instalações (vazamentos)
Perito na Inspeção Predial

Deve analisar:
▪ condições de desempenho potencial ou
perda de desempenho ao longo do tempo;
▪ descrever evolução provável dos
sintomas;
▪ indicar possíveis consequências a curto e
médio prazo, em caso de não-intervenção;
▪ apresentar as orientações técnicas por
ordem de prioridade.
FLUXOGRAMA DA INSPEÇÃO PREDIAL
INSPEÇÃO PREDIAL - ETAPAS

 1ª Etapa – levantamento de dados e documentos


 2ª Etapa – entrevista com o síndico – questionário
 3ª Etapa – vistoria dos sistemas - nível de inspeção
 4ª Etapa – verificação das deficiências - anomalias e
falhas
 5ª Etapa – classificação do grau de risco
 6ª Etapa – elaboração de lista de prioridades técnicas
 7ª Etapa – recomendações ou orientações técnicas
 8ª Etapa – avaliação de qualidade da manutenção
 9ª Etapa – avaliação do uso da edificação
 10ª Etapa – elaboração do laudo de inspeção
VANTAGENS DA INSPEÇÃO
PREDIAL

■ Auxiliar na revisão dos manuais do síndico e proprietários


quando contratada na época da assistência técnica da
construtora;
■ Preservar a garantia da construção e orientar o condomínio
na boa prática das atividades de manutenção;
■ Verificar o estado de conservação e as condições gerais
da edificação;
■ Informar subsídios e orientar os síndicos na ordem de
prioridades dos serviços de manutenção;
■ Auxiliar, atestar e verificar a evolução do estado de
conservação e da boa manutenção;
Inspeção Predial e Manutenção

Inspeção predial não é Manutenção da Edificação.


É uma das ferramentas que auxiliam na
elaboração ou revisão do plano de manutenção
e na gestão predial.

A inexistência de Manutenção nos edifícios


causa prejuízo funcional aos sistemas, perda
precoce de desempenho e redução do prazo
de vida útil.
SERVIÇOS EXECUTADOS POR PROFISSIONAL
NÃO HABILITADO (LEIGO)

Obras de Reforma e de Reparo Estrutural no Condomínio Santa Fé em Capão da


Canoa-RS, Resultando em Monte de Escombros – 4 Mortos e 1 Ferido (Jun/2008)
Falta de Manutenção

Se realizada sem critério técnico, a Manutenção pode causar


falhas, gastos indevidos sem os benefícios esperados, danos
materiais, físicos e psicológicos aos usuários e terceiros, além
de desvalorização acentuada do imóvel, indenizações
acidentárias, condenações jurídicas por negligência,
impedimento ao uso, interdições etc.
SINISTRO DE INCÊNDIO – Curto Circuíto
Falta de Manutenção Elétrica

 Incêndio em Depósito de Loja Térrea Atingindo Apartamentos


do Prédio
REFORMA - FALTA DE EXECUÇÃO DA
INSTALAÇÃO

As Reformas, tanto quanto as atividades de


Manutenção, necessitam de profissionais
habilitados para sua execução, porque envolvem
prestações de serviços de Engenharia e Arquitetura.
Logo, importante existirem responsáveis técnicos.
REFORMA - FALTA DE EXECUÇÃO DA
INSTALAÇÃO

 Instalação Antiga do Banheiro com Manifestação de Vazamentos


e Infiltrações de Esgoto na Laje do Banheiro Abaixo
INSPEÇÃO PREDIAL - TÉCNICA
CONDOMÍNIO EDIFÍCIO ALEGRETE

Volumetria: Torre com 19 pavimentos


Área Construída: 11.943,95m²
Data de Habite-se: 08/11/2011

Avaliação de Conformidades e Desempenho


(Anomalias Construtivas)
CONDOMÍNIO EDIFÍCIO ALEGRETE

Sistema de Estrutura de Concreto Armado

Pontos de infiltração de água através da laje de cobertura do


estacionamento do 1º subsolo de garagem.

Grau de risco REGULAR – impacto econômico para correção


CONDOMÍNIO EDIFÍCIO ALEGRETE

Sistema de Revestimento de Pisos

Descontinuidade do nível de diferentes tipos de revestimento das


pavimentações nos acessos aos elevadores e escadas.

Grau de risco REGULAR


CONDOMÍNIO EDIFÍCIO ALEGRETE

Sistema de Instalações Hidrossanitárias

Conexão inadequada da tubulação de dreno à de esgoto pluvial e


vedação ineficaz da caixa de coletor pluvial sob a laje do 1º subsolo.

Grau de risco REGULAR


CONDOMÍNIO EDIFÍCIO ALEGRETE

Sistema de Cobertura, Casa de Máquinas e Reservatórios

Caimento inadequado com empoçamento de água nas calhas de coletas


pluviais e serviços inacabados de estrutura e proteção.

Grau de risco REGULAR


CONDOMÍNIO EDIFÍCIO ALEGRETE

Sistema de Revestimento de Paredes

Falhas de acabamento de reboco e pintura e falta de arremate de pintura


sobre guarnições de portas de acesso de serviços dos apartamentos.

Grau de risco MÍNIMO – assistência técnica de manutenção


CONDOMÍNIO EDIFÍCIO ALEGRETE

Unidades Autônomas – Elementos Construtivos

Paredes internas com desaprumo de 0,4% e declividade do piso de 1%


contrária à posição do ralo na área de serviço.

Grau de risco CRÍTICO – desempenho defeituoso


CONDOMÍNIO EDIFÍCIO ALEGRETE
ESTUDO DE CASO
Laudo Técnico de Avaliação do Desempenho do Piso de
Concreto Polido da Garagem do Condomínio Via Parque da
Cidade

O objetivo deste laudo técnico é apresentar uma análise técnica


das principais manifestações patológicas encontradas no piso
de concreto polido da garagem do Condomínio Via Parque da
Cidade, Sudoeste (DF).
Localização da Edificação
A edificação em estudo é um prédio residencial, localizado na
SQSW 305, Bloco J, Sudoeste - Brasília/DF.

Descrição da Edificação
O Condomínio Via Parque da Cidade foi construído pela
empresa Via Empreendimentos, é constituído por 6 andares
com 10 apartamentos por andar, totalizando 60 apartamentos.
Área comum é constituída de pilotis, subsolo com 176 vagas de
garagem, 5 caixas de elevadores e escadas, cobertura coletiva e
playground.
Dados do Condomínio Via Parque da
Cidade:
 Tipo do Imóvel: Residencial.
 Tipo da Edificação: Múltiplos pavimentos (subsolo, pilotis,
6 pavimentos e cobertura).
 Data de Emissão do Habite-se: aproximadamente 11 anos.
 Estrutura: Concreto armado.
 Piso do Subsolo: Concreto armado polido.
Metodologia de Inspeção
Levantamento Histórico da Edificação
 Durante o levantamento histórico do edifício foi informado que o
principal problema do piso do subsolo (garagem) é o aparecimento
de fissuras e trincas em toda a área do piso de concreto polido
(aproximadamente de 3521,63 m², descontando a área dos pilares).
Tal problema tem sido alvo de reclamações dos moradores há algum
tempo, pois em alguns casos surgiram desníveis entre as placas de
concreto que podiam ser sentidos ao atravessar com automóveis.

 Foi informado também que foi realizada uma manutenção corretiva


em pontos localizados no subsolo que apresentavam
desplacamentos, onde aproximadamente de 290 m² de piso foram
trocados por um novo piso de concreto com adição de fibras. Porém,
este novo piso estava apresentando patologias semelhantes as
presentes no restante da garagem.
Inspeção Preliminar e Descrição das
Manifestações Patológicas Observadas

 Serão descritas as principais manifestações patológicas e os


danos observados no transcorrer da inspeção preliminar do
piso da garagem do Condomínio Via Parque da Cidade.
 Cabe colocar que se buscou levantar in loco a definição das
características gerais e específicas da edificação. Nesta
etapa as manifestações patológicas foram identificadas,
principalmente, através de inspeções visuais.
 A principal patologia observada nesta etapa foram
trincas/fissuras em todo o piso da garagem.
Diagnóstico, Origens e Grau de Risco dos
Principais Problemas Observados
 As patologias encontradas foram classificadas de acordo com o
grau de risco que as mesmas oferecem para a edificação, a seus
usuários e ao meio ambiente. Os graus de risco são
classificados em:
◦ CRÍTICO: Quando pode provocar danos contra a saúde e segurança das
pessoas e/ou meio ambiente, perda excessiva de desempenho causando
possíveis paralisações, aumento de custo, comprometimento sensível de
vida útil e desvalorização acentuada.
◦ REGULAR: Pode provocar a perda de funcionalidade sem prejuízo à
operação direta de sistemas, perda pontual de desempenho (possibilidade
de recuperação), deterioração precoce e pequena desvalorização.
◦ MÍNIMO: Pode causar pequenos prejuízos à estética ou atividade
programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de
ocorrência dos riscos críticos e regulares, além de baixo ou nenhum
comprometimento do valor imobiliário.
Ensaios realizados
◦ Ensaio de Percussão

◦ O ensaio de percussão foi realizado no dia 02/09/2015.


Neste ensaio foi utilizado uma haste metálica com a qual
foram deferidos golpes em toda a extensão da garagem
(exceto nas vagas onde haviam automóveis
estacionados), afim de identificar onde provavelmente o
piso estava desplacado ou não havia uma boa
compactação do solo. Durante o ensaio observou-se que
grande parte dos locais que apresentavam trincas e
fissuras eram justamente os locais onde o som era cavo,
porém também haviam locais sem trincas/fissuras
aparentes que também apresentaram som cavo.
Após o ensaio de percussão foi elaborado um
croqui detalhado do piso onde foi apresentado
todos os pontos que apresentaram som cavo,
conforme figura abaixo:
Extração e Rompimento de Testemunhos
de Corpos de Prova

 Orientando-se pelo croqui elaborado pelo ensaio de


percussão, optou-se pela extração de 8 testemunhos, sendo 4
em áreas que apresentaram sons cavos e 4 em áreas que não
apresentaram sons cavos.
 Dentre os testemunhos extraídos 2 deles estavam localizados
no piso que foi executado como medida corretiva, sendo 1 em
área com som cavo e 1 em área sem som cavo.
 As figuras a seguir apresentam testemunhos extraídos das
áreas que apresentaram sons cavos.
As figuras abaixo apresentam testemunhos
extraídos das áreas que não apresentaram
sons cavos.
Nota-se que em alguns testemunhos as
camadas não se separaram, porém é observado
a falta de homogeneidade entre as camadas.
A diferença de coloração, atesta que as camadas foram
executadas em momentos diferentes, fica claro também uma
diferença na granulometria dos agregados utilizados.

 Em alguns testemunhos foram encontrados vestígios de solo


entre as camadas, o que demostra que não foi feita a limpeza
necessária para a preparação da ponte aderência entre as duas
camadas de concreto.

 Como parte dos corpos de prova extraídos estavam com as


camadas separadas, não foi possível realizar o rompimento
destes testemunhos. Então, foram rompidos apenas os 3
testemunhos que estavam inteiros.
 Como parte dos corpos de prova extraídos estavam com as
camadas separadas, não foi possível realizar o rompimento
destes testemunhos. Então, foram rompidos apenas os 3
testemunhos que estavam inteiros.
Diagnóstico e Classificação do Grau de Risco
 Após a análise dos dados obtidos através dos ensaios realizados
pôde-se constatar que no caso em questão as manifestações
patológicas existentes estão relacionadas à má aderência entre
camadas no piso da garagem.
 Conforme já citado, não é ideal a realização de duas camadas
concretadas em momentos diferentes, sendo ideal a execução de uma
única camada de concreto.
 Dessa forma, de uma maneira geral, o agravamento dessas patologias
pode ser atribuído a vícios construtivos de execução ou pela falta de
um projeto detalhado com as descrições técnicas necessárias para a
execução do piso.
 O risco da patologia em questão foi classificado como REGULAR,
pois não apresenta riscos contra a saúde e segurança dos usuários
e/ou o meio ambiente. Porém apresenta perda total de desempenho,
deterioração precoce e pequena desvalorização do imóvel.
Medidas Corretivas
Sugere-se para a total recuperação do desempenho e
remoção do grau de risco regular:

 1. Demolição do piso existente com bota fora.


 2. Recompactação do solo ou retirada solo antigo e compactação de solo novo.
 3. Aplicação de camada separadora através de filme PVC (lona plástica).
 4. Utilização de malha de aço dupla de pelo menos 4,2 mm de diâmetro com
espaçadores.
 5. Concretagem com concreto com pelo menos 15 Mpa de resistência.
 6. Polimento.
 7. Execução do piso de granito dos halls dos elevadores.
 8. Execução de juntas de dessolidarização e juntas de movimentação com
disco de corte.
 9. Execução de pintura de sinalização e marcação de vagas no piso.
 10. Re-execução da pintura dos pilares e paredes com um metro de altura.
Planilha Orçamentária e Previsão de Prazo de
Execução
 Foi considerado para elaboração da planilha orçamentária as taxas de
encargos sociais de 98,47% sobre a mão de obra e foi considerado
uma taxa de BDI (Bonificação de Despesas Indiretas) de 25%.

 Foi considerado um prazo de 3 meses de execução de todos os


serviços, devendo ser considerado como premissa a fiscalização das
obras por um Engenheiro Responsável pela obra assim como ter um
mestre de obras acompanhando todas as etapas das atividades.

 O valor total dos serviços para a total recuperação do piso de concreto


polido é de R$ 882.831,80 (Oitocentos e Oitenta e Dois Mil e
Oitocentos e Trinta e Um Reais e Oitenta Centavos), conforme a
proposta técnica da DF Pisos, empresa especializada em polimento de
piso.
Considerações Finais
 Com base nas informações obtidas e conforme foi apresentado,
pode-se concluir que as manifestações patológicas de trincas/fissuras
e desplacamento existentes no piso da garagem, e o seu agravamento
foram atribuídas a vícios construtivos de execução ou falta de
projetos executivos de piso, sem apresentar riscos aos usuários ou ao
meio ambiente.

 Ao romper os corpos de prova foi verificada a ruptura exatamente na


interface entre camadas, evidenciando a falta de ponte de aderência.

 Diante das análises realizadas, sugere-se a demolição de todo o piso


existente e a execução de um novo piso, afim de entregar aos
usuários o mesmo desempenho que é observada no restante da
edificação.
Parecer Técnico do Prédio Comercial Absolut
Jeans

O presente Parecer Técnico tem como objetivo avaliar as condições estruturais


do prédio Absolut Jeans, com a finalidade para a construção de mais um
pavimento superior. Na edificação em questão se encontra em funcionamento
no térreo uma loja de roupas e no primeiro pavimento duas unidades de
apartamento. Estas unidades hoje se encontram desocupadas.
Descrição Da Edificação
 Edificação destinada à utilização como loja de roupas no térreo e moradia
no pavimento superior.
 Área Construída: 294,68 M²
 Idade do prédio em análise: ano do habite-se 1976.
 Pavimentos: Térreo, sobre loja (dois apartamentos individuais).
 Estrutura de concreto armado e alvenaria de vedação.
 Cobertura em concreto armado com laje tipo forro com telha de
Fibrocimento.

Localização Da Edificação
 A edificação em estudo fica localizada em Taguatinga Norte, CNH1 lote
1, Avenida Hélio Prates – Brasília/DF.
Metodologia
 Para a realização do Laudo/parecer foi realizado os
seguintes atividades propostas:

◦ Estudos dos projetos fornecidos pelo cliente


◦ Avaliação in loco da resistência à compressão de peças estruturais
com ensaios não destrutivos por esclerometria e ensaios
destrutivos através de extração de corpo de prova de concreto
◦ Análise do solo, através do laudo de sondagem e verificação do
tipo de fundação existente.
◦ Elaboração de uma simulação computacional através do software
EBERICK com a inclusão de mais um pavimento na edificação
existente, para checar se com os dados conseguidos anteriormente,
a estrutura como se encontra atualmente suportaria a construção
de mais um pavimento.
Verificações do Local e Inspeção Visual
 Durante a vistoria foram encontradas fissuras que podem ter sido
ocasionadas por recalque diferencial da fundação. A manifestação
reconhecível de ocorrência de um recalque diferencial é o aparecimento de
trincas e fissuras. Na edificação em questão foram encontradas fissuras
com características de recalque como pode ser observado nas figuras:
Análises de Projeto

 Foram fornecidos projetos estruturais que estavam de posse


da contratante e elaborados em 30 de março de 1977, para
auxiliar nos estudos para elaboração do laudo.
 O projeto de locação dos pilares também foi fornecido, esse
foi utilizado para a determinação dos pontos onde deveria ser
feito os testes de esclerometria e de extração de testemunho,
nesse projeto não havia especificação da armadura nem da
resistência do concreto utilizado nos pilares.
 Não existe o projeto de fundação completo, sendo assim, não
podemos ter certeza do tipo e profundidade da fundação que
foi executada.
Metodologias de investigação do solo
Para determinar o tipo de solo em que a obra se encontra, foi feito uma
sondagem tipo SPT (Standart Penetration Test), que é um teste a percussão
capaz de amostrar o perfil do solo.
O estudo consistiu na execução de um furo próximo à edificação e com
profundidade média de 21,15 m. o tipo de solo encontrado, predominante foi
solo argiloso e o nível da agua foi encontrado a profundidade de 11 metros.
Metodologia de Ensaio de Extração de
Corpos de Prova
 A estrutura de concreto a ser examinada deve ser dividida em lotes, com o
objetivo de separar um volume de concreto de mesmas características, ou
seja, mesmo tipo e categoria de cimento, mesmos agregados, mesmo traço,
que definam um lote homogêneo de material a ser analisado.
Metodologia de realização de ensaio de
Dureza Superficial (Ensaio de
Esclerometria)
Análise de Desempenho Estrutural

 Durante esta etapa foi utilizado o software Eberick V9 que é


um software para projeto estrutural em concreto armado
moldado in-loco e concreto pré-moldado que engloba as
etapas de lançamento, análise da estrutura, dimensionamento
e o detalhamento final dos elementos.
Resultados e Discussões

◦ Análises de Projeto e Desempenho Estrutural

◦ Pelos estudos e análises realizados nos projetos fornecidos pelo


contratante, não foram satisfatórios, pois os projetos não estavam
completos e alguns casos até ilegíveis o que comprometeu esta etapa.
◦ Após rodar o novo carregamento no EBERICK, obteve se resultados
de carga de locação. Pelo o que foi observado in loco e pelos
resultados de esclerometria e pelos resultados de extração de corpos de
provas os pilares existentes precisariam de reforço.
◦ Através desta nova locação e carga e com o laudo de sondagem, temos
a certeza que o reforço de fundação e estrutural é necessário.
Laudo de Sondagem
 Pela sondagem realizada pôde-se observar que o solo é
praticamente argiloso até a profundidade de 19,45m
ganhando resistência a partir deste ponto, ou seja, um solo
com baixa capacidade de carga.

 Para a execução do novo pavimento seria necessário o


reforço das fundações, e como se trata de uma edificação em
funcionamento, seria viável a utilização de métodos, como
Estaca Raiz, Estaca Mega ou Estaca hollow Auger. Durante
a execução desta edificação deveria ter sido utilizada uma
fundação profunda que tivesse no mínimo de 19 m.
Resultados de Resistência à Compressão de
Corpos de Provas Extraídos
 Foram realizadas apenas 3 extrações. A primeira extração foi
realizada na laje L10, onde foi constatado que a laje não seria
uma laje tipo piso ou maciça, ou seja, que suportaria uma
carga de 300 kgf/m², mas sim uma laje de nervuras com
enchimento em alvenaria, laje apenas de cobertura, não
dimensionada para suportar um pavimento superior.
 Através do resultado do ensaio de resistência à compressão,
podemos concluir que o valor da resistência foi 4,71 MPa,
muito abaixo de 30 MPa, valor mínimo exigido atualmente
pela norma NBR - 6118/2014.
 Devido à necessidade técnica de verificar in loco a
resistência à compressão do concreto, optou-se por realizar
mais 3 extrações de testemunhos de corpos de prova. Os
pontos escolhidos foram no piso da escada de concreto
armado que dá acesso ao 1º pavimento.
Durante esta etapa os resultados obtidos foram:
 Através desses resultados, podemos concluir que os valores
das resistências foram abaixo de 30 MPa, valor mínimo
exigido atualmente pela norma NBR - 6118/2014.

 Resultados dos Ensaios de esclerometria


 O ensaio ocorreu nos pilares P2 e P10 do térreo, nos pilares P1, P2, P7 e
P6 do 1º pavimento e nas vigas V3 e V8 também do 1º pavimento, de
acordo com o que foi especificado no projeto.
 Índices esclerométricos :
 Resistências Superficiais :
A média total das resistências nos 8 pontos deu 25,82 MPa,
porém devemos considerar uma dispersão de +- 4Mpa para cada
ponto ensaiado, com isso os pilares do 1º pavimento P1 e P2 e as
vigas V3 e V8 também do 1º pavimento, e o pilar P10 do térreo
ficariam com resistências abaixo de 30 MPa, que é o valor
mínimo exigido pela norma NBR - 6118/2014. Sendo assim, dos
8 pontos ensaiados, 5 não atingiriam a resistência mínima.

 As resistências encontradas nos ensaios de Esclerometria e


Extração de corpo-de-prova, percebemos que os valores diferem.

 A resistência
obtida no ensaio de Esclerometria possui uma média
de 25 MPa, enquanto que a do ensaio de ruptura ficou abaixo de
20,00MPa.
Conclusões

 Conclui-se que a edificação em questão encontra-se em bom estado de


conservação, necessitando de reparos localizados, pois apresenta
patologias consideradas recuperáveis.
 Pôde-se observar que as alvenarias localizadas na laje de cobertura do
térreo, estão contribuindo para sustentação das lajes de cobertura do 1º
pavimento, o que demonstra que as peças estruturais não estão com o
desempenho adequado.
 Pelos resultados obtidos no que diz respeito à análise de projetos e
desempenho estrutural e aos ensaios realizados in loco, chegou-se à
conclusão de que a edificação não suportaria a criação de mais um
pavimento superior, sem antes serem realizados reforços de fundação e
estrutural.
 Sugerimos a retirada dos materiais de construção que estão sobre a laje de
cobertura do térreo, pois podem danificar essa laje devido ao sobrepeso que
exercem sobre a mesma.

 A retirada/remoção das paredes superiores do pavimento de cobertura do


térreo é inviável, pois podem provocar a queda da laje de cobertura do 1º
pavimento, pois como são elas que estão contribuindo para sustentação
desta laje, se for feita a retirada há uma grande possibilidade da estrutura de
cobertura desabar.

 PeloLaudo de sondagem obtido e pelos resultados do desempenho


estrutural do software EBERICK e pelos ensaios realizados, caso a
contratante opte pela criação de mais um pavimento de acordo com o
projeto de arquitetura do autor Arquiteto Ricardo Luiz CAU A – 18992-8
recomenda-se que seja contratada uma empresa especializada em fundações
para que seja elaborado um projeto de reforço de fundação assim como seja
contratado um projetista estrutural que forneça o projeto de reforço.

Você também pode gostar