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4.4.3.1.

Segue modelo I de Laudo de Inspeção Predial - Laudo de Engenharia Diagnóstica:

GABINETE GMJ, Empresa especializada em Perícias de Engenharia e Grafoscopia,


em atendimento à consulta do Engo José Coli, Diretor da FG INCORPORADORA, procedeu
à inspeção técnica do inmóvel mais adiante descrito, cujos resultados vão em seguida expostos
através do presente

LAUDO DE INSPEÇÃO PREDIAL ENGENHARIA DIAGNÓSTICA

PRELIMINARES
Consoante os termos da consulta, a presente inspeção tem por finalidade analisar as con-
diçðes técnicas, funcionais e de manutenção dos componentes construtivos e equipamentos
das áreas externas e internas do Edificio Humaitá, situado à Rua José Papa, 1.100, no bairro
do Jardim Paulista, em São Paulo.
Referida inspeção servirá, exclusivamente, de subsídio técnico extrajudicial, principal-
mente para o planejamento dos serviços e obras necessárias para a boa manutenção do edi-
ficio em questão, em atendimento às exigências da Norma técnica NBR -

5674 preconizada
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

DILIGÊNCIAS
O local de interesse foi vistoriado nos dias 10, 13 e 14 de dezembro de 2.00X pela equipe
do Gabinete GMJ, acompanhada pelo Sr. Dioclécio Gaspar, do Banco Salazar, e a Srta. Fabiola
Banine, da FG Incorporadora, para coligir todos os dados técnicos necessários para a elabo-
ração do laudo.
NÍVEL DA INSPEÇÃO PREDIAL
Os níveis de inspeçãão predial preconizados pela norma técnicas do IBAPE/SP são 0s

seguintes:
NIVELI
ldentificaçao das anomalias e falhas aparentes, elaborada por profissional habilitado.

NÍVEL 2
VIstoria para a identificaçäo de anomalias e
falhas aparentes, eventualmente, identifi-
cadas com o auxilio de equipamentos e/ou aparelhos, bem como análises de documentos
Techicos especificos, consoante à complexidade dos sistemas construtivos existentes.
A lnspeçao Predial nesse nível é elaborada por profissionais habilitados em uma ou mais

especialidades.

NÍVEL 3
Equivalente aos parâmetros definidos para a inspeção de NÍVEL 2, acrescida de auditoria
técnica conjunta ou isolada de aspectos técnicos, de uso 0u de manutenção predial empre-
gada no empreendimento, além de orientações para a melhoria e ajuste dos procedimen-
tos existentes no plano de
manutenção.

A
presente inspeço predial se enquadrou ao NIVEL 2, identificando as anomalias apa-
rentes, identificadas com o auxílio de equipamentos, tendo sido elaborada
por profissionais
de diversas especialidades, contendo indicação de orientações técnicas
pertinentes.

RESPONSABILIDADES
A responsabilidade técnica do presente trabalho está limitada pelo escopo e nível da ins-
peção contratada.

O Gabinete GJM exime-se de qualquer responsabilidade técnica


quanto à não-observação
das recomendações sugeridase demais medidas necessårias para sanar as anomalias e falhas
apontadas, bem como por quaisquer irregularidades decorrentes dos
projetos, construtivas,
de materiais, e de deficiência de manutenção, bem como de suas
consequências.

ORIENTAÇÃO DOS TRABALHOS


Consoante as diretrizes recomendadas para as
inspeções do gênero, foram adotadas as
seguintes medidas:
al levantamento das principais caracteristicas da região, melhoramentos
públicos e vias
de acesso;
b) determinação das caracteristicas gerais do Edificio Humaitá;
c)coleta de informações referentes à conservação, manutenção e bom funcionamento do

edificio e análise de documentações administrativas etécnicas


d) preparação do check-list:
e) inspeção de todos os componentes construtivos das áreas comuns do prédio, com ano-
tação e análise de suas condições técnicas, funcionais e de conservação, com respecti
vas anotações no check-list:
f idem, idem com os equipamentos elétricos, mecânicos, hidráulicos e outros;
8) execução das tomadas fotográficas gerais e de detalhes, através de equipamento
especializado;
h) preparação dos anexos contendo documentação técnica pertinente;
i) preparação dos quadros fotográficos com legendas e assinalamentos;
j) demonstração dos resultados apontados na inspeção predial;
k) determinação das prioridades através da análise de
) exposição das recomendaçòes técnicas;
m) coordenação de todos os dados técnicos apurados;
n) redação e montagem do laudo.

.1.J.1.J.J...J.I.J.I

Isto posto, passa o infra-assinado a apresentar o resultado da

INSPEÇÃo
1)LOCAL
LOGRADOURO
Rua José Papa, 1.100

BAIRRO

Jardim Paulista

CIDADE

São Paulo

QUADRA
Rua José Papa
Rua Campo Verde
Rua Monteiro
Rua Gabriel

MAPA OFICIAL DA CIDADE (MOC)


quadra 133
setor - 86

ILUSTRAÇOES
foto n 01
anexo n9 01

2) CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO
ASPECTOS FÍSICOS E CONDIÇÕES AMBIENTAIS
topografia plana
arborização
meio urbano de região metropolitana

MELHORAMENTOS PÚBLICOS
redes de água e esgoto
rede de energia elétrica
rede de telefonia
rede de TVs a cabo

SISTEMA VIÁRIO
pistas de rolamento de veículos pavimentadas, com camada asfáltica
passeios de pedestres cimentados
vias públicas iluminadas e sinalizadas

EQUIPAMENTOS ESERVIÇOS COMUNITÁRIOS


coleta de lixo
limpeza de vias públicas
policiamento
Correios
assistência médico-hospitalar
rede bancária
escolas e universidades
templos religiosos
comércio de âmbito geral
transporte coletivo (inclusive trem CPTM)

POTENCIAL ECONOMICO E DESENVOLVIMENTO


população de alto poder aquisitivo
tendência de verticalização

PRINCIPAIS REFERÊNCIAS
Marginal do Rio da Pinha
Av. Regimento III

3) CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DO EDIFÍcIO HUMAITÁ


.TIPO DOIMÓVEL
comercial

TIPO DA EDIFICAÇÃO
edificio com múltiplos andares
3 subsolos

SITUAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
esquinas
torre isolada

TIPO DEPADR CONSTRUTIVO


fino, consoante projeto revisado do estudo "edificações - valores de vendas - 1987" do

IBAPE/SP.

IDADE APROXIMADA
5 anos

CONFIGURAÇÃ ARQUITETÔNICA
3 subsolos com vagas de estacionamento para autos, halls dos elevadores, reservatórios
inferiores, casa de bombas de recalque, depósitos, central de pressurização, vestiários
masculino e feminino, sala de supervisão, sala de segurança, sanitários, sala técnica,
sala do gerador, sala dos transformadores e centro de mediço;
pavimento térreo com jardins, recepção, ampla circulação e hall dos elevadores;
mezanino com sanitários e hall dos elevadores;
6 pavimentos-tipo com salão para escritórios, sanitários femininos e masculinos,

copa, sala técnica e hall dos elevadores;


7o e 8° andares com salão para escritórios, terraços, sanitários femininos e masculin0S,

copa, sala técnica e hall dos elevadores;


cobertura com barrilete, sala de equipamentos do ar-condicionado, salas da manutençao,
com
sala de espera com sanitárioe elevador hidráulico de acesso ao heliponto
respectiva casa de máquinas, máquinas do ar-condicionado, casa
de máquinas dosS
elevadores e reservatórios superiores;
obstáculos pára-raios.
iluminação independente, biruta, luzes de
e
heliponto com

ESPECIFICAÇÕES BÁSICAS E EQUIPAMENTOS


estrutura com vigas, pilares e lajes de concreto armado
fachadas pré-moldadas
alvenaria convencional (fechamento)
a látex
revestimento das paredes internas com argamassa pintada
de vidro
esquadrias metálicas com placas
de madeiraa
portas metálicas e
de ar-condicionado embutidas
hidráulicas, telefônicas e
instalaçoes elétricas,
pisos internos elevados

áreas frias com pisos cerâmicos e paredes azulejadas


forros em placas minerais
divisórias em placas de "dry wall
e corrim os em aço inox
escadarias com pisos emborrachados
da escadaria
central de pressurização
automáticos Atlas Schindler
5 elevadores

hidráulico Crel
01 elevador
os pavimentos: térreo e 1° subsolo
escadas rolantes entre
sistema de proteção contra incêndio através de hidrantes, extintores e portas corta-fogo
sistema de para-raios com haste Franklin e gaiola de Faraday possuindo descidas pelos pilares

de monitoramento de segurança
sistema

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Entrada de Energia

entrada de energia é aérea, em media tensão, derivada da rede de


A distribuicão rea
de distribuição de 13,2 kV,
localizada no mesmo lado da calçada na tensão primária
através de três cabos singelos isolados para 15 kV. Proteções com chaves-fusíveis e pa-

raraios tipo válvula.

Subestaçãoe Medição
A subestaçaão está localizada no 1o subsolo e é constituída por 02 transformadores a seco
de 500 kVA 13,2 kV/220 V e 1 transformador a seco de 750 kVA - 13,2 kV/380 V. Um
disjuntor a pequeno volume de óleo de 15 kV, transformadores de corrente e de potencial,
barramentos, chaves-seccionadoras, vide fotos nas 47, 48,49 e 50.

Quadros de força de distribuição


Localizados ao lado da subestação, abrigam os quadros distribuição de força, que recebem
oS ramais secundários dos transformadores, e derivam-se os circuitos de distribuição alimen
tadores dos quadros parciais, alémdos quadros de transferência automática dos geradores. No
local, também existe banco de capacitadores para a correção de potência, vide fotos na% 42, 43,
44, 45, 46 e 49.

Sala dos geradores


Sala localizada no 1° subsolo, que abriga 02 geradores de capacidades 1.000 kVA e 700
kVA, nas tensões de 220Ve 380 V. A tubulação de escape dos gases tem a sua saída protegida
por sistema de tampas metálicas localizadas no pavimento térreo de maneira que as mesmas
somente abrem quando no funcionamento dos geradores. Com a força da expulsão dos gases
faz com que as mesmas se levantem, ficando perpendiculares ao piso, vide fotos n 14, 51,
52, 53 e 54.

Bombas de água - recalque e servidas

Localizadas no 3 subsolo, vide fotos n 127, 128, 129, 130, 131 e 132.

Telefonia - DG

O quadro de entrada DG estava localizado no 1 subsolo, vide foto na 67.

Para-raios
O sistema de proteção atmosférica era constituído por gaiola de Faraday e Franklin,
com descidas pelos pilares, vide fotos n 369 e 374.
Casas de Máquinas dos Elevadores Automáticos e
Hidráulico
Dsicionadas na cobertura do edificio, com
ventilação adequada e amplo
fotos n 338, 339, 348 e 349, pé-direito, vide

Central de Refrigeração e Fan coils


02 chillers localizados na cobertura, vide totos na* 306,
307, 308, 309, 335, 336 e 337, estan-
do os fan coils nos
pavimentose os
quadros elétricos nos halls dos elevadores.

Quadros andares
Localizados nos corredores de acesso às escadas e nas salas técnicas.
Quadros de distri-
buicão de iluminaço e tomadas, energia estabilizada, telefonia e dados. Nos
espaços de cons-
trução (shaft) correm os busway 1 e 2 (barramentos de cobre alimentadores principais), vide
fotos ns 149, 156, 157, 168, 185, 197, 199, 215, 227, 250, 251, 252, 266, 267, 268, 269 e 270.

CFTV
Composto por 112 câmeras fixas, vide fotos n 18, 26, 33 e 377.

4) COLETÂNEA DE INFORMAÇÕES E ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO DO


EDIFÍCIO HUMAITÁ
Informações do administrador
O condomínio vinha sendo administrado por funcionários contratados pelo Banco Sa-
lazar, contando com serviços de conservação, não possuindo, porém, plano de manutenção

periódica.
Consoante informes do Sr. Dioclécio Gaspar, o edificio continha equipe de funcionários
para a conservação do prédio, contando com dois bombeiros com turnos alternados para

eventuais emergências.

Análise da documentação
análises
são recomendadas as
De acordo com a Norma de Inspecão Predial do IBAPE/SP,
dos seguintes documentos:

Documentação Administrativa:
STuição, Especificação e Convenção de Condominio;
9 Regimento Interno do
Condomínio;
Manual do Proprietário;
O Alvará de Construção;
Auto de Conclusão;

OPrograma de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA);


Auto de Verificação de Segurança (AVS);
Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB);
O Plano de Manutenção e Operação e Controle (PMOC);
Selos dos Extintores;
Relatório de Inspeção Anual de Elevadores (RIA);
Certificado de treinamento de brigada de incêndio;
DAtestado do Sistema de Proteção a Descarga Atmosférica - SPDA;

D Certificado de limpeza e análise química referente à limpeza dos Reservatórios;


Ata de instalação do condomínio;
Certificado de ensaios de pressurização em mangueiras;
Laudos de Inspeção Predial;
Alvará de funcionamento;
Certificado de Manutenção do Sistemade Segurança;
Ficam- Ficha de Inscrição no Cadastro de Manutenção deSistema de Segurança;
PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;

Certificado de ensaios de pressurização em cilindro de extintores


Relatório do acompanhamento de rotina da Manutenção Geral;
Relatórios dos Acompanhamentos das Manutenções dos Sistemas Especificos, tais
como: ar condicionado, motores, antenas, bombas, CFTV, Equipamentos eletromecà-
nicos e demais componentes.
Documentação Técnica:
Projeto aprovado;
Projeto modificativo;
Projeto executivo;
Projeto de sondagem
Projeto defundações, contenções, cortinas e arrimos;
Projeto deestruturas;
9 Projeto de formas;

Projeto dearmação;
) Projeto de Instalações Prediais (Instalações Hidráulico-sanitárias, e de água pluviais;s
Instalações de gás; Instalações elétricas, de telefonia e de Para-raios (SPDA); Instala-
ções de ar-condicionado);
Projeto de Impermeabilização;
Projeto de Revestimentos;
Projeto de Pintura.

Os infra-assinados nåo tiveram acesso à documentação administrativa, porém, foi ana-


lisada toda a documentação técnica fornecida pela FG Inc. e esta se apresentava condizente
com a edihcação.

5) RESULTADO DA INSPEÇÃO PREDIAL DO EDIFÍCIO HUMAITÁ - CHECK-LIST

O resultado das inspeçõðes prediais procedidas nos componentes construtivos e equipa


mentos, por meio da verificaç o das condições técnicas (anomalias), de uso (pelo homem.

meio ambiente e segurança), de manutenção (procedimentos) e de desempenho, seguem de


vidamente relacionadas e anotadas no check-list anexo n* 02.

RELAÇÃO DE ANOMALIAS E FALHAS:


vide totos ns
manchas de sujidades nas fachadas, nas muretas dos jardins e nos muros,

29, 30, 32, 35 e 264:


02,03, 04, 05, 07, 08, 09, 15, 16, 17, 18, 22, 24, 26, 27, 28,
nas paredes e tetos dos subsolos,
vide fotos n
Dtrincas, fissuras e manchas de infiltrações
96, 97, 98, 107, 113, 120, 123, 124, 125,
36, 37, 39, 40, 41, 48, 50, 54, 57, 69, 71, 72, 91,
126 e 135;
divisórias dos vestiários dos
auséncia de tampas nas louças sanitárias e de portas nas
lo subsolo, vide fotos nh 60 e 63;
funcionários, no

fiações expostas, vide fotos na 64,


65 e 77
madeira do DG telefonia, vide foto n 67;
apodrecimento do fundo de
vide totos na 74, 89, 90, 92, 99, 105, 106,
dos subsolos com falhas e desgastados,
pisos
108, 133 e 136;
93 l13;
pintura, vide fotos
n* e
tubulações hidráulicas sem

do 2" subsolo, vide foto n* 95;


auséncia de bico do hidrante
de produtos combustiveis
materiais, principalmente
depósito inadequado de
de materiais, impedindo
o acesso e a circulação, vide
nados em locais semn ventilaçào e
178, 179 e 266;
114, 115, 116, 117, 118, 119, 155,
fotosnas hidraulicas e eletricas da casa de bom
nas tubulagoes
0 focos de ferrugem e de umidade
127, 128, 129, 131 e 132:
recalque, vide fotos n
bas de
casa de bombas
de recalque, vide totos n 129, 130e 132:
acúmulo inadequado de água na
valetas de captação de águas do 3 subsolo e ralo da cobertura com sujidades, vide fotos
ns 133, 134 e 305;
falhas nas portas de acesso dos subsolos do elevador privativo, vide foto n° 137
quadros elétricos com fiações, proteções dos disjuntores e portas soltas, vide fotos ns

149, 157 e 168;


falhas nas camadas de proteção dos fundos dos shafts, vide fotos na 156, 199 e 270:
trincas nas paredes internas do 8° andar e nas paredes externas da cobertura, vide fotos
na 274, 312, 351 e 353;
trincas e falhas na camada de impermeabilização das lajes da cobertura e do heliponto,
vide fotos na* 295, 296, 298, 299, 301, 302, 303, 308, 309, 311, 313, 314, 326, 354, 355,
356, 357, 358, 359, 360, 361, 362, 363, 364, 367 e 369;
focos de ferrugem nas
tubulações das instalações elétricas na cobertura e nas grades
metálicas do heliponto, vide fotos na* 353, 354 e 370.

6) ANÁLISE DO RESULTADO DA INSPEÇÃO PREDIAL DO EDIFÍCIO HUMAITÁ


6.1 Conceito
Para se analisar as anomalias falhas de
e
manutenção detectadas na Inspeção Predial do
Edificio Humaitá, que vinha sendo utilizado pelo BANCO SALAZAR, foi adotado o
critério da
análise de risco da edificação, que engloba os estudos das
ameaças, vulnerabilidades, impactos,
detecções, ações e contingências necessárias para garantir a melhor condição de habitabilidade.
O gerenciamento de riscos deve ser procedido com a identificação dos pontos que pos-
sibilitem a eliminação, redução ou transferência dos riscos, utilizando
ações econômicas e
estratégicas viáveis. Os principais pontos a serem identificados säão os seguintes:

a) Identificação dos sistemas a serem protegidos;


b) Análise dos riscos naturais, acidentaise causados por pessoas;
c) Identificação das vulnerabilidades e impactos
d) Determinação das probabilidades de ocorrência das ameaças
e) Estimativa dos prejuízos dos impactos;
f) Tratamento dos riscos com respectivas medidas;
g) Monitoração das medidas;
h) Reavaliação periódica dos riscos.

6.2- Metodologia da Classificação


A metodologia utilizada para a classificação da ordem de prioridades das irregularidades
prediais foi desenvolvida através da adaptção do sistema G.U.T. para a manutenção predial,
cujas funções de criticidade e pesos são as aseguintes:

GRAU GRAVIDADE PESO


Total perda de vidas humanas, do meio - (10)

ambiente ou do próprio edifício


Alta ferimentos em pessoas, danos ao meio - (8)

ambiente ou ao edifício
Média desconfortos, deterioração do meio (6)
ambiente ou do edificio
Baixa pequenos incômodos ou pequenos - (3)

prejuízos financeiros
Nenhuma - (1)

GRAU URGENCIA PESO


Total evento em ocorrência - (10)
Alta evento prestes a ocorrer - (8)

Média evento prognosticado para breve -(6)


Baixa evento prognosticado para adiante -(3)
Nenhumna evento imprevisto - (1)

GRAU TENDENCIA PESO


Total evolução imediata - (10)

Alta evolução em curto prazo - (8)

Média evolução em médio prazo (6)


Baixa evolução em longo prazo -(3)
Nenhuma não vai evoluir (1)
6.3-Ordem de Prioridades e Recomendaçöes Técnicas
As anomalias e falhas de manutenção constatadas e analisadas na inspeção predial do
Edificio Humaitá, com suas respectivas siglas, foram as seguintes:

(SUJ) manchas de sujidades;


(TRI) trincas e fissuras em lajes e paredes;
(INF) manchas de infiltrações em lajes e paredes;
(ATS) ausência de tampas nas louças sanitárias;
(APS) ausncia de portas nas divisórias dos sanitários;
(FIE) fiações expostas
(AFM) apodrecimento do fundo de madeira do DG telefonia;
subsolos com falhas e desgastados
(PDE) pisos dos
(APT) tubulações
hidráulicas sem pintura
(ABH) ausência de bico do hidrante;
de materiais;
(DIM) depósito inadequado
de materiais combustíveis nos subsolos;
(DCS) depósito inadequado
(FFE) focos de ferrugem nas tubulações elétricas;

(FFH) focos de ferrugem nas tubulações hidráulicas;


bombas de recalque;
(AIA) acúmulo inadequado de água na casa de
(SJH) sujidades em valetas de captação de águas e ralos;
(FEP) portas de acesso dos subsolos do elevador privativo, danificada;
(PSO) quadros elétricos com proteções dos disjuntores e portas soltas;

(FSO) quadros elétricos com fiações soltas;


(FCP) camadas de proteção dos fundos dos shafts, incompletas;
(FFG) focos de ferrugem nas grades metálicas do heliponto.

De acordo com a
metodologia da ordem de prioridades, tem-se o seguinte:

ANÁLISE/AVALIAÇÃO DAS PRIORIDADES DAS INTERVENÇÕES


SIGLAS GRAVIDADE URGENCIA TENDENCIANÚMERODE PRIORIDADE
SUJ 6
PONTOS
10
TRI 6 360
10 6 480 80
INF 10 10 800 2
ATS 6
APS 18 19
FIE 10
18 20°
AFM 6
10 800 5
10
PDE 6 360 11
10 6
APT 360 13
ABH 9 21
8 6
DIM 288 14
DCS 10 60 17
10 10
FFE 1000
10 8
FFH 6 640
10 6
AIA 360 12
SJH 10 10 800 3°
FEP 10
3 90
3
6 15
PSO 18 18
FSO 10 8
FCP
8
10 640 6
8 80 16
FFG 10 10
10 800 4
6 360 10
Assim sendo, a ordem de prioridades dos serviços de reparos das anomalias e falhas, de
manutenção com suas respectivas recOmendaçóes técnicas, é a seguinte:

ORDEM DE PRIORIDADES DAS INTERVENÇÕES


10 (DCS) Retirada dos materiais inflamáveis estocados
1000
20 (INF) Reparos nas camadas de impermeabilização - transformadores
800
30 (AIA) Retirada e verificação da água acumulada- casa de bombas
800
40 (FCP) Reparos nas camadas de proteção dos shafts 800
5 (FIE) Reparos nas fiações expostas 800
6 (PSO) colocação das proteções e reparos nas portas soltas dos quadros 640
elétricos
70 (FFE) tratamento dos focos de ferrugem - elétricas 640
8 80 (TRI) | tratamento odas trincas e repintura 480
90 (ABH) Colocação do bico do hidrante 360
10 (FFG) tratamento dos focos de ferrugem - gradil 360
11 (AFM) tratamento do foco de infiltração e substituição da placa de madeira 360
120 360
(FFH) tratamento dos focos de ferrugem - hidráulica

130 (PDE) Reparos dos pisos dos subsolos 360


140 (SUJ) limpeza e repintura dos painéis 360
150 (SJH) Limpeza das valetase ralos obstruídos 90

16 (FSO) Reparos nas fiações dos quadros elétricos 80


170 (DIM) Retirada dos materiais 60
180 Reparose repintura das portas danificadas 8
(FEP)
8
190 (ATS) Colocação da tampa nas louças sanitárias
18
200 (APS) Colocação de porta nas divisórias dos sanitários
9
21 (APT) Pintura dastubulações hidráulicas

Deve-se consignar que, provavelmente, outros serviços serão necessårios, considerando os

naturais e inevitáveis danos decorrentes de eventual mudança do atual locatário.

IBAPE/SP
6.4-Graus de Risco Norma de Inspeção
-

Predial do
De acordo com a Norma de Inspeção Predial do IBAPE/SP, as desconformidades e falhas

são classificadas em:


CRITICO
Impacto irrecuperável, relativo ao risco contra a saúde, segurança do usuário e do meio
ambiente, bem como perda excessiva de desempenho, recomendando intervenção imediata.

REGULAR
Impacto parcialmente recuperável relativo ao risco quanto à perda parcial de funcionali-
dade e desempenho, recomendando programação e intervenç o a curto prazo.

MÍNIMO
Impacto recuperável relativo a pequenos prejuízos, sem incidência ou a probabilidade
de ocorrência dos riscos acima
expostos recomendando programação e intervenção a mé-
dio prazo.
No edificio em
questão, tem-se:

GRAU DE RISCO CRÍTICO

depósito inadequado de materiais combustíveis nos subsolos;


manchas de infiltrações em lajes e paredes;
acúmulo inadequado de água
na casa de bombas de recalque;
camadas de proteção dos fundos dos shafts,
incompletas;
quadros elétricos com proteções dos disjuntores e portas soltas.
ausência de bico do hidrante;

GRAU DE RISCO REGULAR

fiações expostas;
focos de ferrugem nas tubulações elétricas;
trincas e fissuras
em lajes e paredes;
focos de ferrugem nas grades metálicas do
heliponto;
apodrecimento do fundo de madeira do DG telefonia;
focos de ferrugem nas tubulações hidráulicas
sujidades em valetas de captação de águas e ralos.

GRAU DE RISCO MÍNIMO

manchas de sujidades nas fachadas e nos muros;


pisos dos subsolos com falhas e
desgastados;
quadros eletricos Com iaçöes soltas:

. depósito inadequado de materiais;

nortas de acesso dos subsolos do elevador privativo,


danificadac
ausencia de tampas nas louças sanitárias:

ausência de portas nas divisórias dos sanitários:


tubulações hidráulicas sem pintura.

07) CLASSIFICAÇA0 DO ESTADO DE CONSERVAÇAO


A classificação quanto ao estado de conservação deve sempre ser fundamentada. conside
rando a ordem de prioridades e os níveis de aprofundamento da Inspeção Predial realizada.
consoante a norma do IBAPE/SP, cujas classes são as seguintes:

CRÍTICO
Quando o empreendimento contém anomalas e/ou falhas classificadas com grau de risco critico.

REGULAR
Quando o empreendimento contém anomalias e/oufalhas classificadas com grau de risco regular

SATISFATÓRIO
Quando o empreendimento no contém anomalias e/ou falhas significativas;

ao seu estado
OEdificio Humaitá enquadra-se, quanto
com a conservaçao
do
virtude dos cuidados
de
conservação, no patamar REGULAR, em
das
satisfatório com relativa
facilidade, devido à simplicidade
cumcio, podendo atingir o grau

anomalias e falhas apuradas.


SUSTENTABILIDADE
o RECOMENDAÇÖES GERAIS E DE norma de Inspe_ao
Sustentabilidade da
de
Recomendações Gerais
e
item 17
e
-

Predial do Ibape/SP:
administrativos,
de gestãoe
outros
quepossan
LOmenda-se indicar todos os dados
Javorecer a melhor habitabilidade da edificaçdo
melhoria da edificagão que possam
de correção e
ne
se consignar as medidas
Javorecer a sustentabilidade
O conjunto das análises individuais das condiçoes tecnicas, funcionais, de sustentabilidade
e de conservação dos elementos construtivose equipamentos das áreas comuns do Edificio
Humaitá evidenciou que a edificação requer alguns reparos e ajustes para o seu bom funciona-
mento e também para evitar deterioração precoce de suas instalações; sugerindo- se o imediato
atendimento às recomendações propostas, através de empresas especializadas e sob a orientacão
de profissionais habilitados para que o prédio retorne às suas condições técnicas ideais.
Deve-se consignar que todos
reparos podem ser efetuados conjuntamente, sem qual-
os

quer comprometimento na qualidade e prazo dos serviços. Na hipótese do planejamento de


obras estabelecer serviços escalonados, recomenda-se priorizar pela ordem de prioridades
estabelecida.
Recomenda-se, também, o pleno atendimento das recomendações da NBR-5674 da
ABNT, de 01/11/99, principalmente aqueles elencados no item 5. Responsabilidades, que são
os seguintes:

"5.1 O Proprietário de uma edificação, responsável pela sua manutenção, deve observar o esta-
belecido nas normas técnicas e no manual de operação, uso e
manutenção de sua edificação, se
houver.

5.2 No de
caso
propriedade condominial, os proprietários condôminos, responsáveis pela ma-
nutenção de partes autônomas individualizadas e
devem observar e
co-responsáveis pelo conjunto da edificação,
fazer observar o estabelecido nas normas técnicas e no manual de
uso e
manutenção de sua edificação, se houver. operação,

5.3 O proprietário pode delegar a gestão da manutenção de


profissional legalmente habilitado.
uma
edificaço para empresa ou

5.4 A empresa ou
profissional
contratado assume a
responsabilidade técnica pelo sistema de
manutenção da edificação e deve

al assessorar
proprietário nas decisões sobre a manutenção da
o
edificação, inclusive a or-
ganização do sistema de manutenção, conforme a seção 6;
b) providenciar e manter atualizados os registros da edificação, descritos na
seção 7;
c) realizar as inspeções na edificaçäo descritas na seção 8, apresentando relatórios
sobre suas condições, identificando e classificando os serviços de periódicos-
manutenção necessários;
d) preparar previsões orçamentárias de acordo com a seção 9;
e) definir planos de manutenção conforme a seção 10;
f) realizar ou supervisionar a realizaço de projetos e a programação dos serviços de manu-
tenção, de acordo com a seção 11;
g orçar os serviços de manutenção, de acordo com a seção 12;
h) realizar ou assessorar o proprietário na contratação de serviços de terceiros para a reali-
zação da manutenção da edificação, quando for o caso, conforme a seção 13;

i) supervisionar a execução dos serviços de manutenção, conforme a seção 14;


j) definir e implementar um sistema de gestão da qualidade dos serviços de manutenção,
conforme a seção 15;
k) orientar os usuários sobre o uso adequado da edificação em conformidade com o esta-
belecido nas normas técnicas e no manual de operação, uso e manutenção de sua ediff-

cação, se houver;
1) assessorar o proprietário em situações de emergencia.

5.5 Exine-se da responsabilidade técnica a empresa ou profissional quando seu parecer

técnico nãofor observado pelo proprietário ou usuários da edificação.

No tocante à sustentabilidade é recomendável implantar um plano para a adoção da mo-


destacar a imediata possibilidade de melhor aprovei-
derna tecnologia nesse sentido, cabendo
redutores de pressãoe torneiras,
aeradores nas reuso da
tamento água, com a instalação de
da
do ar-condicionado e captação e
armazenamento de
água pluvial para lavageme rega de
água
estabelecer quanto
jardins, sem embargo das demais medidas que um plano completo poderá
etc.
à economia de energia, reciclagem

todos os dados tecnicos apurados, recomenda-se nova INSs-


Considerando, em conjunto,
até jan/200x.
PEÇÃO PREDIAL
#& # & # & # & # & #& # & #

Este laudo vai impresso


em 20 rolhas deste papel, indo acompanhado de 01 anexo e 377
tudo, devidamente, rubricado pelos infra-assinados.
fotografias legendadas,

São Paulo, 31 de janeiro de 200x.

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