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LAUDO TÉCNICO DE IDENTIFICAÇÃO DE PATOLOGIAS NA

FACHADA TESTE PERCUSSÃO

Condomínio Residencial Parque Bela Vista

Rua Doutor Carlos Imbassahy, nº 48, Fonseca, Niterói - CEP: 24.120-440

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1. INTRODUÇÃO
O presente Laudo Técnico foi solicitado pelo Condomínio Residencial Parque Bela Vista
Fonseca, sito à Rua Doutor Carlos Imbassahy, nº 48, Fonseca, Niterói, CEP.: 24.120-440, CNPJ de
nº 27.787.563/0001-28, em Julho de 2021, pelo responsável legal, síndico do condomínio, a Sr.
Marcos, em atendimento ao disposto na LEGISLAÇÃO FEDERAL , determina: O projeto de lei do
SENADO Nº 491/2011 (PL 6014/13 – CÂMARA) determina as inspeções prévias e periódicas em
edificações e cria o Laudo de Inspeção Técnica de Edificação. A Lei da Inspeção Predial é
destinada a verificar as condições de segurança construtiva, estabilidade e manutenção.
LEI 6.400 DE 05 DE MARÇO DE 2013, QUE INSTITUEM A OBRIGATORIEDADE DE REALIZAÇÃO DE
VISTORIAS TÉCNICAS NAS EDIFICAÇÕES EXISTENTES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO”, com
intervalo máximo de 5 (cinco) anos, por profissionais ou empresas habilitadas junto ao
respectivo Conselho Regional de Engenharia, e Agronomia – CREA/RJ ou pelo Conselho de
Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro – CAU/RJ.

2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

2.1. Identificação:

O edifício multifamiliar constitui-se de 2 Blocos com 16 pavimentos, pavimento térreo


com garagem térreo descoberta, telhado e Hall de entrada e Piscina. A edificação existente é
construída em estruturas de concreto armado convencional. Este, datado de 1984, ou seja, com
mais de 5 anos de existência.

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2.2. Realização do Laudo: Responsáveis Técnicos:

Paulo de Castro Junior CREA-RJ 2012123746 Engenheiro Civil e Sanitarista

2.3. Data da Vistoria:

Foram realizadas vistorias técnicas nas fachadas do Condomínio Residencial Parque Bella
Vista, no dia:

✓ 04 de Abril a 12 de Maio de 2022.

E tendo como apoio o Sr. Alex, funcionário do condomínio, ao acompanhamento dos


profissionais qualificados e engenheiro civil presente que assina este laudo, nas área de fachadas
da unidade domiciliar.

2.4. Objeto da Inspeção:

O objeto da inspeção Consistiu na prestação de serviços de engenharia consultiva para


fins de avaliação das atuais condições de conservação e integridade dos pilares em concreto que
compõe as fachadas dos 2 (dois) edifícios do Condomínio do Edifício Residencial Parque Bela
Vista em Niterói/RJ, conforme tratado na proposta técnica comercial, por critério de
amostragem (fotos).

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3. METODOLOGIA:

3.1. Critério utilizado.

A inspeção predial (fachadas) está baseada no “check-up” das fachadas da edificação,


que tem como resultado a análise técnica do fato ou da condição relativa à fachada, mediante
a verificação “in loco” de cada fachada inspecionada, estando a mesma voltada para o enfoque
da segurança e da manutenção predial, de acordo com a Norma de Manutenção em Edificações
- NBR 5674, da ABNT.

A inspeção procede ao diagnóstico das anomalias construtivas e falhas de manutenção


que interferem e prejudicam o estado de utilização das fachadas do prédio, tendo como objetivo
verificar os aspectos de desempenho, vida útil, utilização e segurança que tenham interface
direta com os usuários.

A vistoria, neste laudo foi feita conforme as orientações e normas devido à Pandemia
do COVID19, afim de evitarmos desconforto entre os proprietários e os funcionários que
estiverem presentes no local, sendo verificado e atendidos todos protocolos de saúde.

3.2. Nível da Inspeção.

Esta inspeção é classificada como “Inspeção de Nível 2” (de 1 a 3, de edificações simples


a edificações complexas), representada por análise expedita dos fatos e sistemas construtivos
vistoriados, com a identificação de suas anomalias e falhas aparentes, na fachada do edifícios
multifamiliar com sistema de Rapel utilizado para execução do teste de percussão.

Caracteriza-se pela verificação isolada ou combinada das condições técnicas de uso e de


manutenção do sistema da edificação, respeitado o nível de inspeção adotado, com a
classificação das deficiências encontradas quanto ao grau de risco que representa em relação à
segurança dos usuários, à habitabilidade e à conservação do patrimônio edificado.

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3.3. Grau de risco.

Serão considerados diferentes graus de recuperação, considerando o impacto do risco


oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio.

• GRAU DE RISCO CRÍTICO – IMPACTO IRRECUPERÁVEL – é aquele que provoca danos


contra a saúde e segurança das pessoas e meio ambiente, com perda excessiva de desempenho
e funcionalidade, causando possíveis paralisações, aumento excessivo de custo,
comprometimento sensível de vida útil e desvalorização imobiliária acentuada.

• GRAU DE RISCO REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL – é aquele que


provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à operação
direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.

• GRAU DE RISCO MÍNIMO – IMPACTO RECUPERÁVEL – é aquele causado por pequenas


perdas de desempenho e funcionalidade, principalmente quanto à estética ou atividade
programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos
relativos aos impactos irrecuperáveis e parcialmente recuperáveis, além de baixo ou nenhum
comprometimento do valor imobiliário.

3.4. Documentação analisada.

Não foram utilizadas Plantas de arquiteturas ou nenhum outro tipo de projetos para
executar o ensaio de percussão;

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4. SISTEMAS CONSTRUTIVOS E INSTALAÇÕES INSPECIONADAS:

Os seguintes sistemas construtivos do “Condomínio Residencial Parque Bella Vista


Fonseca” foram inspecionados em seus elementos aparentes, considerando informações do
senhor Sindico e a lista de verificação, conforme abaixo descrito:

• Estruturas da edificação;
• Revestimentos (Emboço) e Fachadas;
• Caixas d’água;

Os sistemas são relatados genericamente, seguindo-se a descrição e localização das


anomalias e falhas detectadas, com a classificação do grau de risco a ser atribuído, conforme
descrito no item 3.3 deste laudo.

4.1 – Estruturas da edificação:

De acordo com a NBR 6118/2004, o conceito de vida útil aplica-se à estrutura como um
todo ou às suas partes. Dessa forma, a durabilidade das estruturas de concreto e/ou alvenarias
estruturais requerem cooperação e esforços coordenados de todos os envolvidos nos processos
de projeto, construção e utilização.

Foram encontradas fissuras ou trincas, significativas, que indicassem alguma patologia


nas estruturas. Não foram realizados ensaios técnicos laboratoriais.

A seguir, amostragem de fotos da estrutura da edificação em questão, deste período, e


de suas patologias.

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Devido a conservação e seu estado, classificamos este item como de “Grau de Risco
Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento e por não apresentarem quaisquer
vestígios de patologias estruturais.

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4.2. Ensaio de percussão

A inspeção é realizada por meio de percussão (através de impactos leves, não


contundentes,)
Com martelo de madeira ou outro material rígido sobre o emboço para identificação de
som Cavo, o que caracteriza inadequação da aderência entre a argamassa de emboço e a
alvenaria cerâmica, tornando-a passível de descolamento e queda. Foram feitos teste nas quatro
fachadas.
Realização de ensaios em panos com diferentes solicitações, notadamente a posição em
relação às Condições de exposição (sol, chuva, vento), altura e tipo de material.

RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA (MPa)


ENSAIOS REALIZADOS NO EMBOÇO ORIGINAL DA
FACHADA
CRITÉRIO MÍNIMO NORMATIVO - NBR 13749 - 0,3Mpa

O ensaio foi realizado por Profissionais especializado em alpinismo industrial. Todo o


treinamento Para realização do ensaio, bem como a definição dos locais a serem ensaiados e
acompanhamento do serviço, foram realizados pela PCM Engenharia ME.
Conforme mostrado em fotos, por meio de técnicas de alpinismo, fixaram-se cordas em
locais apropriados na coberta da edificação e realizou-se a descida ao longo de diferentes
trechos das fachadas para avaliação de possíveis falhas de aderência do revestimento. A seguir
encontram-se os locais onde foram realizados os ensaios e os resultados obtidos.
É importante ressaltar que não há critério normativo que indique níveis aceitáveis para
esse ensaio. Observamos que em todos os pontos estudados apresentaram um percentual de
revestimento com som cavo, de forma geral, como pode ser visto em foto e visualmente
identificados com tinta spray, ficando abaixo de 35% das áreas investigadas.

4.3 – Alvenarias, Revestimento (emboço) e Fachadas:

As fachadas são revestidas em emboço e pintura.

OBS: Fachadas com emboço e pintura com patologias

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Vista parcial fachada dos fundos bloco 2

Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de


“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido à falta de conservação e o estado apresentado de deterioração dos
diversos sistemas construtivos, classificamos este item como de “Grau Risco
Regular” por poder provocar a perda de funcionalidade dos sistemas
construtivos. Estes devem ter a devida atenção e ser incluído em cronograma
de recuperação, principalmente às patologias que causam infiltrações e danos.
OBS: Foi observado a falta de recobrimento e pequenas fissuras no
mesmo assim ocasionando infiltrações na facha

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Vista parcial da lateral Direita bloco 2

Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de


“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.
Obs.: sugiro que é de extrema necessidade que os proprietários dos
imóveis efetuem o mais rápido possível o rejunte das cerâmicas dos
banheiros possível causa destas patologias.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.
Obs.: sugiro que é de extrema necessidade que os proprietários dos
imóveis efetuem o mais rápido possível o rejunte das cerâmicas dos
banheiros possível causa destas patologias.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.
Obs.: sugiro que é de extrema necessidade que os proprietários dos
imóveis efetuem o mais rápido possível o rejunte das cerâmicas dos
banheiros possível causa destas patologias.

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Vista parcial da fachada frontal bloco 2

Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de


“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido à falta de conservação e o estado apresentado de deterioração dos
diversos sistemas construtivos, classificamos este item como de “Grau Risco
Regular” por poder provocar a perda de funcionalidade dos sistemas
construtivos. Estes devem ter a devida atenção e ser incluído em cronograma
de recuperação, principalmente às patologias que causam infiltrações e danos.
OBS: Foi observado a falta de recobrimento e pequenas fissuras no
mesmo assim ocasionando infiltrações na facha.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Vista parcial da lateral esquerdo bloco 2

Devido à falta de conservação e o estado apresentado de deterioração dos


diversos sistemas construtivos, classificamos este item como de “Grau Risco
Regular” por poder provocar a perda de funcionalidade dos sistemas
construtivos. Estes devem ter a devida atenção e ser incluído em cronograma
de recuperação, principalmente às patologias que causam infiltrações e danos.
OBS: Foi observado a falta de recobrimento e pequenas fissuras no
mesmo assim ocasionando infiltrações na facha.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de “Grau
de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de “Grau
de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Obs.: sugiro que é de extrema necessidade que os proprietários dos
imóveis efetuem o mais rápido possível o rejunte das cerâmicas dos
banheiros possível causa destas patologias.

Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de


“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.
Obs.: sugiro que é de extrema necessidade que os proprietários dos
imóveis efetuem o mais rápido possível o rejunte das cerâmicas dos
banheiros possível causa destas patologias.

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4.4 – Cobertura

A cobertura encontra-se no geral com estado ruim de conservação, conforme


apresentadas em fotos a seguir, apresentando algumas patologias construtivas.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.
Obs.: sugiro que é de extrema necessidade que efetuem o mais
rápido possível a troca das telhas o mais rápido possível onde causam
patologias sob o telhado tais como infiltrações nos apartamentos a baixo.

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Vista parcial fachada do bloco 01

As fachada frontal bloco 01 encontram-se com trincas no emboço e descoladas da


estrutura. Estas necessitam de recuperação imediata, afim de eliminar estas patologias
apresentadas.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de “Grau
de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de “Grau
de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de “Grau
de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de “Grau
de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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As fachadas do reservatório encontram-se com trincas, estruturas com armação
aparente e descoladas da estrutura. Estas necessitam de recuperação estrutural imediata, afim
de eliminar estas patologias apresentadas.

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OBS: OBSERVANDO O RESERVATORIO O ESTADO DE
CONSERVAÇÃO E COROSSÃO ESTA MUITO AVANÇADO RECOMENDO A
MATUTENÇÃO O MAS BREVE POSIVEL.

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Vista parcial fachada dos fundos bloco 01

Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de “Grau


de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de “Grau
de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de “Grau
de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Vista parcial da lateral direito bloco 01

Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de “Grau


de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento.

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Vista parcial da lateral esquerda bloco 01

Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de


“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento

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Devido ao seu estado de conservação, classificamos este item como de
“Grau de Risco Mínimo” por não oferecer risco ao empreendimento

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5. Comentários sobre a vistoria e ensaios realizados

5.1 No tocante aos problemas encontrados durante a inspeção e ensaios realizados, podem-
se fazer alguns comentários.
O local de ruptura observado no emboços e pintura soltas: podemos observar nas fotos, na
maioria dos casos o problema aconteceu no emboço, indicando que a existência de corrosão
nas ferragens da estrutura dos blocos e da caixa d’agua do bloco 02 a argamassa de emboço
apresenta uma deterioração e desgaste e comportamento de desplacamento significativos,
devido as intempéries do desgaste natural do tempo previsto para este tipo de produto,
ambos os fatores que podem estar contribuindo para a ocorrência dos problemas.

5.2 Apesar do quadro de degradação dos materiais que constituem a estrutura, não foram
constatados sintomas ou manifestações patológicas que indiquem a perda da funcionalidade
estrutural. Entretanto, cabe-nos salientar que o quadro patológico encontrado nas inspeções
necessita de atenção, pois pode afetar as condições de segurança, usabilidade e potencializar a
degradação das armaduras, afetando assim as condições estruturais do empreendimento.

5.3 A degradação constatada, sobretudo, corrosão das armaduras, apresentam quadro


evolutivo decorrente de três fatores principais: (a) baixa espessura de cobrimento; (b)
manutenção deficiente; (c) exposição ao ambiente agressivo (maresia e intempéries
climáticas). A ação individual ou simultânea destas condições, sobretudo os itens a e b, implica
na formação do mecanismo de degradação, que atualmente é o responsável pela deterioração
das armaduras, nos pilares não encontramos patologias pelo processo de corrosão.

5.4 Pudemos comprovar através de investigações destrutivas que as fissuras nas fachadas
e pontos onde foram feitos os ensaios são decorrentes da evolução do processo de corrosão
das armaduras e trabalhabilidade da edificação. Conforme já explanado, o processo de
corrosão resulta em expansões devido ao acúmulo de óxidos gerando tensões de
tração/arrancamento de dentro para fora, expulsando todo e qualquer material existente no
seu entorno.

5.5 Para correção das anomalias constatadas na inspeção técnica (teste de percussão),
apresentamos no item 6 as recomendações e orientações para que o condomínio implemente
plano de ação para reestabelecimento das condições de integridade dos elementos
estruturais, bem como, permita a elaboração de um plano de manutenção preventivo.

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6 RECOMENDAÇÕES

Diante dos subsídios reunidos na inspeção técnica realizada nos elementos estruturais do
Condomínio residencial parque bela vista, a seguir serão descritas as recomendações para a
recuperação da estrutura:

6.1 Primeiramente deve-se promover a remoção dos materiais (concreto original, emboço
ou reparo) que se apresentem com som cavo (oco), fissurados e/ou degradados. Em seguida,
deve ser realizada uma lavagem integral de toda a superfície da estrutura (pilares, vigas e face
das fachadas) mediante hidrojateamento de média pressão com bicos em forma de leque, a fim
de remover toda a sujidade aderida e expor possíveis anomalias que porventura não estejam
visíveis, conforme estabelecido na metodologia de serviço do Anexo B.1.

Esta metodologia deve ser adotada para a lavagem superficial com a finalidade de remover
incrustações ou outras sujidades depositadas nas superfícies, visando à limpeza anterior às
intervenções a serem realizadas e antes da aplicação de revestimentos e/ou pinturas, bem como
a lavagem das superfícies posteriormente aos reparos e/ou intervenções.

6.2 Com base na inspeção técnica realizada nos elementos estruturais (Item 3.1 deste
relatório técnico), para o restabelecimento das condições de integridade de elementos com
concreto e emboços disgregado, armadura corroída, manchas de umidade e eflorescências,
foram identificadas e feitas as demarcações das regiões a serem tratadas conforme descrito no
laudo, que aborda a metodologia para serviços iniciais de reparo estrutural. Em todas as áreas
a serem recuperadas, deve-se prever a abertura de janelas que sejam expandidas até regiões
com armaduras íntegras, de forma que as ações sejam eficazes e garantam o restabelecimento
da vida útil da estrutura como um todo.
Nos locais em que porventura seja necessária a ancoragem de armaduras no concreto, sejam
longitudinais ou transversais, deverão ser adotadas as prescrições indicadas no laudo.
Para faces inferiores de vigas e lajes e para elementos estruturais cujas áreas de interesse para
recuperação atinjam espessuras de até 5 cm, deve-se utilizar argamassa polimérica, seguindo-
se o prescrito na metodologia indicada no Anexo B.4. Para faces laterais de regiões com possível
necessidade de reparo profundo (entre 5 e 10 cm), deve-se utilizar Graute, seguindo-se o
prescrito na metodologia indicada no Laudo.

Ressalta-se que para os pilares e vigas, caso existam regiões de reparo superiores a 1/4 do
perímetro original da peça, recomenda-se dividi-la em partes iguais, afim de que a recuperação
se processe por etapas, considerando para cada uma delas:
- 1/4 do perímetro da peça;
- 1/3 da altura.

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Nota: A empresa executora deverá verificar a necessidade de eventual proteção da estrutura de
modo a garantir a segurança de todo o procedimento de recuperação estrutural, Caso tenha
necessidade de efetuar reparos em pilares, vigas ou lajes.

É importante comentar ainda que o corte de regiões contíguas de mesma área e elementos
somente deve ser realizado após o ganho de resistência do material da região anteriormente
reparada, ou no mínimo 2 dias, com o objetivo de evitar a indução de vibrações indesejáveis que
venham a prejudicar a aderência do reparo realizado ao substrato e onde houver a necessidade
de reparos às barras de aço.

Prevê-se a utilização de ponte de aderência de base cimentícia aditivada com adesivos acrílicos
sobre substratos na condição de “saturada superfície seca” (poros saturados, sem excesso de
água na superfície do concreto ou emboço). A aplicação do material de recomposição deve ser
realizada sobre a ponte de aderência na condição “pegajosa e/ou úmida”, não sendo permitida
a adoção de ponte de aderência “seca”. Desta forma, deve ser evitada a aplicação de ponte de
aderência em grandes superfícies. Caso ocorra a secagem da ponte de aderência antes da
recomposição da área, deve-se proceder com a remoção mecânica do material e realização de
nova aplicação seguindo-se o prescrito anteriormente.

6.3 Após a realização dos serviços de recuperação estrutural e emboço, considerando-se os


resultados de alguns ensaios de que indicam espessuras da camada fina às espessuras de
cobrimento das armaduras segundo normas da ABNT, recomendamos a realização de uma
proteção superficial integral nos elementos estruturais com o intuito de se prolongar a vida útil
da estrutura, conforme metodologia apresentada no laudo. Ressalta-se que em decorrência da
presença de umidade no concreto, deve-se garantir que o substrato esteja seco antes da
proteção, podendo utilizar inclusive assopradores de calor caso aja necessidade, objetivando
que não ocorra a formação de bolhas ou desplacamento do novo material junto ao novo
revestimento a ser executado (pintura).

Diante do exposto e a fim de restabelecer as condições de integridade e a manutenção da vida


útil e da funcionalidade das edificações, e tendo em vista tratar-se de focos anômalos de
natureza evolutiva, recomendamos a adoção das ações corretivas e/ou de recuperação dos
elementos estruturais descritos a seguir:

Anexo B.1 – metodologia para hidrojateamento / lavagem das superfícies de concreto;


Anexo B.2 – metodologia para serviços iniciais de reparo estrutural;
Anexo B.3 – metodologia para ancoragem de barras;
Anexo B.4 – metodologia para reparos superficiais com argamassa polimérica (E ≤ 5,0 CM);
Anexo B.5 – metodologia para reparos profundos com graute (5,0 CM < E < 10,0 CM);

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Anexo B.5 – metodologia para tratamento e proteção superficial de elementos estruturais /
concreto – estucamento ou emboço / pintura à base de tintas acrílicas;
Anexo B.6 – metodologia para implantação de pingadeiras em estruturas de concreto;

Cabe citar que para serviços e/ou intervenções, o sucesso e o êxito, bem como a garantia da
execução está intimamente ligada com a qualidade dos materiais empregados, a adoção de
adequados procedimentos executivos, sobretudo no que tange o preparo de substratos, limpeza
e tratamento de armaduras, além do respeito entre outros parâmetros, quanto à forma e aos
tempos de aplicação dos produtos, conforme recomendações do fabricante, boas técnicas
executivas e as normas que tangem o trabalho em questão.

6.4 Plano de manutenção e manual de uso, operação e manutenção das áreas comuns

Face a inexistência de um plano de manutenção, bem como, o manual de uso, operação e


manutenção das áreas comuns, recomendamos que seja contratado a elaboração de ambos os
documentos tomando como base os serviços aqui recomendados e o atendimento as seguintes
normas técnicas:

• ABNT NBR 5674:2012 Manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de


gestão de manutenção;

• ABNT NBR 14037:2011 Manual de operação, uso e manutenção das edificações –


Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação.

Finalizando, recomendamos que os serviços concernentes às metodologias propostas neste


relatório técnico sejam executados e acompanhados por empresas qualificadas e por um
profissional qualificado com experiência em execução de obras e de recuperação estrutural.

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ANEXO B – METODOLOGIAS DE RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL

ANEXO B.1 – METODOLOGIA PARA HIDROJATEAMENTO / LAVAGEM DAS


SUPERFÍCIES DE CONCRETO E FACHADAS

ÁREA A RECEBER O HIDROJATEAMENTO:

Esta metodologia deve ser adotada para a lavagem superficial a fim de remover incrustações
e/ou manchas de fuligem, poeiras ou outras sujidades depositadas nas superfícies, visando à
limpeza anterior às intervenções a serem realizadas e antes da aplicação de revestimentos e/ou
pinturas, bem como a lavagem das superfícies posteriormente aos reparos e/ou intervenções.
A fonte fornecedora de água deverá garantir o fornecimento contínuo de água (isenta de óleos,
sais, e outras partículas deletérias ao concreto e emboço) mantendo pressão uniforme, seja por
reservatório ou mediante água servida da rede de abastecimento.

SEQUÊNCIA EXECUTIVA:

Os serviços de limpeza devem garantir a remoção de todas as impregnações existentes nas


superfícies.

1. Remoção manual de todo material particulado das superfícies, tais como solo, restos de
formas e outros materiais, mediante ferramentas manuais como espátulas, vassouras, lixas ou
escovas de aço.

2. Realizar a montagem e conexões das mangueiras e dispositivos do equipamento de


hidrojato.

3. Realizar a limpeza destas superfícies com hidrojateamento de média pressão com bico em
leque com pressão mínima de 10,0 MPa.

4. O jateamento deve ser realizado com água limpa, isenta de contaminações.

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ANEXO B.2 – METODOLOGIA PARA SERVIÇOS INICIAIS DE REPARO ESTRUTURAL

ÁREA A SER REPARADA CASO TENHA NECESSIDADE

As áreas a serem reparadas são as apresentadas no item de inspeção técnica deste relatório.
Esta metodologia trata dos serviços de localização, identificação, avaliação da extensão dos
reparos e de preparo do substrato de concreto e aço.
O projetista estrutural ou engenheiro envolvido na execução dos serviços de recuperação
estrutural deverá avaliar caso a caso quanto à necessidade de escoramento prévio, alívio de
carga nos elementos, bem como na elaboração de estudo quanto ao sequenciamento da
realização destes serviços com vistas à segurança estrutural da edificação.

SEQUÊNCIA EXECUTIVA

1. Localizar e identificar as regiões da estrutura que estejam apresentando manifestações


patológicas dispostas no relatório de patologia, através de inspeção visual;

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2. Demarcação das regiões com anomalias a serem reparadas, criando figuras geométricas
(poligonais, com cantos em ângulos iguais ou superiores a 90º) que envolvam com folga
estas áreas. Não utilizar demarcações em figuras circulares ou onduladas;

3. Para os pilares em que a região de reparo seja superior a 1/4 do perímetro original da peça,
recomendamos dividi-la em partes iguais, a fim de que a recuperação se processe por
etapas, considerando para cada uma delas:
- 1/4 do perímetro da peça;
- 1/3 da altura.
Observação: O corte de regiões contíguas de mesmos elementos somente deve ser realizado
após o ganho de resistência do material da região reparada, ou no mínimo 3 dias, com o
objetivo de evitar a indução de vibrações indesejáveis que venham a prejudicar a aderência do
reparo realizado ao substrato e às barras de aço.

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4. Delimitação das regiões a serem reparadas com serra elétrica circular dotada de disco de
corte diamantado, tipo Makita, com a profundidade de aproximadamente 1,0 cm.

5. Remoção do concreto deteriorado (contaminado, lixiviado, desagregado, segregado ou


desplacado) dentro da área delimitada, até o friso formado pelo disco de corte, através de
apicoamento manual (ponteiros e marretas leves) ou mecânico (rebarbadores
pneumáticos leves, de até 6 kg, ou marteletes elétricos), até a permanência apenas de
concreto são e a exposição mínima de 10,0 cm de armadura sã (sem corrosão), em cada
extremidade do trecho corroído da barra, liberando-a do concreto, em toda a sua
superfície (distância mínima ao concreto de 2,0 cm).

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6. Limpeza das armaduras (todas as barras, em trechos corroídos), através de escovas com
cerdas de aço, deixando-as na condição de metal cinza com cor uniforme.

7. Caso se verifique, em decorrência da oxidação da armadura longitudinal e/ou transversal,


uma redução de seção da barra de aço superior a 20% da nominal e/ou redução do
diâmetro em10% em relação a barra original, deverá ser adicionada para reforço outra
barra de mesmo tipo e bitola da existente, observando-se os transpasses mínimos
estabelecidos pela norma ABNT NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de concreto –
Procedimento.
Para a ancoragem de novas armaduras (estribos suplementares) ao concreto, deve-se
respeitar as recomendações contidas na metodologia de reparo específica.

Comprimento de transpasse
Barra Adicional

Redução de seção

Comprimento de transpasse

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8. Limpeza das superfícies de aço e concreto, com jato de ar comprimido filtrado (isento de
óleos, graxas, água etc.).

9. Aplicação de pintura passivadora nas armaduras (inibidor de corrosão) para a proteção


delas na região dos reparos localizados no concreto. Recomendam-se os seguintes
produtos ou de similar desempenho e qualidade:

- WEBER.GUARD PROTETOR DE ARMADURA QUARTZOLIT de fabricação da WEBER SAINT-


GOBAIN;
- MASTEREMACO P122 de fabricação da BASF-MBT;
- VIAPLUS FERROPROTEC de fabricação da VIAPOL;
- SIKATOP ARMATEC 108 de fabricação da SIKA;
- NAFUFILL KMH de fabricação da MC BAUCHEMIE.

10. Recompor a seção dos elementos conforme as recomendações contidas na


metodologia de reparo específica.

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ANEXO B.3 – METODOLOGIA PARA ANCORAGEM DE BARRAS CASO
TENHA NECESSIDADE

SEQUÊNCIA EXECUTIVA:

Esta metodologia deve ser aplicada para a realização de ancoragens de armaduras


suplementares no concreto caso aja necessidade. As ancoragens de armaduras de flexão
em laje deverão ser feitas conforme a norma brasileira NBR 6118:2014e de acordo com
projeto específico, que deve especificar os comprimentos de ancoragem para cada
situação.

1. Localização prévia das armaduras imersas no concreto utilizando-se de rasgos


superficiais, retirando o concreto de cobrimento;

2. Execução dos furos de ancoragem:

- Utilizar equipamentos elétricos de rotopercussão (furadeira-marreta) para a


perfuração, proibindo-se a utilização de equipamentos percussivos pneumáticos;
- Para ancoragens utilizando-se resinas poliéster, executar furos com duas bitolas
comerciais acima do diâmetro da barra a ser ancorada;
- Para ancoragens utilizando-se resinas epóxi, executar furos com uma bitola comercial
acima do diâmetro da barra a ser ancorada;
- Os furos deverão ser executados com uma leve inclinação descendente da boca para o
fundo, com aproximadamente 1:10;
- A limpeza interna dos furos deve ser realizada escovando-se com buchas de aço ou
nylon, retirando- se o pó prensado nas paredes pela ponta de vídea (metal duro) da broca.
Em seguida, proceder ao jateamento de ar pressurizado filtrado (isento de óleos e água). É
proibida a limpeza dos furos com hidrojateamento;
- O trecho da barra a ser ancorado deverá receber escovação enérgica com escovas de
cerdas de aço, devendo-se evitar contato com as mãos (gordura impede adesão da
resina);

3. Para furos horizontais e verticais para cima (overhead) utilizar resinas epóxi ou
poliéster de consistência tixotrópica (de alta viscosidade, que não escorre); para furos
verticais para baixo, utilizar resinas mais fluidas (auto adensáveis, de baixa viscosidade);
- As resinas deverão ser aplicadas ao longo da superfície da barra (em todo o
perímetro), no trecho a ser ancorado (região limpa com escova de aço), em camadas
generosas (o excesso será expelido, quando da introdução da barra no furo);

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- Paralelamente, preencher totalmente o furo do fundo em direção à boca, utilizando-se
êmbolo apropriado (mangueira cristal cheia de resina, dotada de êmbolo interno, para
empurrar o material após a ponta da mangueira ter atingido o fundo do furo, ou aplicador
tipo
Revolver, introduzindo-se o bico no furo); no caso da resina HIT RE 500 V3, utilizar as
instruções do fabricante.

Deverá ser utilizado um dos seguintes produtos ou similares, preparado conforme


instruções do fabricante:

• Resinas para superfícies secas:

- TECBOND TIX QUARTZOLIT de fabricação da WEBER SAINT-GOBAIN (tixotrópico).


- TECBOND MF QUARTZOLIT de fabricação da WEBER SAINT-GOBAIN (média fluidez).
- HIT RE 500 V3 de fabricação da HILT (base epóxi).
- SIKADUR 31 (tixotrópico) ou SIKADUR 32 (fluido), fabricação da SIKA.
- DENVERPÓXI MAX (tixotrópico) ou DENVERPÓXI (fluido) – DENVER.
- BAUTECH EP TIX de fabricação da BAUTECH.
- VIAPOXI ADESIVO (fluido) ou VIAPOXI ADESIVO TIX (tixotrópico) – VIAPOL.
- MC-DUR 1300 TX (tixotrópico) de fabricação MC BAUCHEMIE.

4. Introduzir a barra no furo com um movimento de giro, de forma contínua e progressiva


(evitar vaie- vem), até atingir o fundo do furo. É necessário que uma parte da resina
extravase pela boca dofuro confirmando seu total preenchimento. Retirar o excesso e
rasar a superfície. Devem-se manter as barras imobilizadas pelo período indicado pelo
fabricante do material.

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ANEXO B.4 – METODOLOGIA PARA REPAROS SUPERFICIAIS COM
ARGAMASSA POLIMÉRICA (e ≤ 5,0 cm)

ÁREA A SER REPARADA:


As áreas a serem reparadas são aquelas dispostas no mapeamento de patologias que
apresentem profundidade de até 5,0 cm com relação à face original do elemento.

SEQUÊNCIA EXECUTIVA:
O preparo de toda superfície deverá ser realizado conforme Metodologia de Serviços
Iniciais para Reparo Estrutural.

1. Após a execução dos serviços iniciais, proceder à saturação do substrato de concreto


com água limpa, deixando-o na condição de “saturada superfície seca” (poros saturados,
sem excesso de água na superfície do concreto);
2. Aplicação, com pincel ou trincha, de ponte de aderência, preparada conforme
instruções do fabricante:

- DENVERFIX ACRÍLICO de fabricação da DENVER IMPER;


- VEDAFIX de fabricação da VEDACIT;
- VIAPOXI ADESIVO ou VIAPOXI ADESIVO TIX de fabricação da VIAPOL;
- NAFUFILL KMH de fabricação da MC-BAUCHEMIE;
- MC-SOLID 1300 TX de fabricação da MC-BAUCHEMIE;
- WEBER.AD BOND AR de fabricação da WEBER;
- SIKADUR 32 GEL de fabricação da SIKA.

Para reparos com pequenas dimensões (área < 0,01m²), pode-se optar pela aplicação
apenas da emulsão acrílica, sem a necessidade do uso da pasta de cimento.
A ponte de aderência deverá ser aplicada somente nas áreas que receberão a aplicação da
argamassa imediatamente em seguida, ou seja, deverá ser evitada a aplicação em grandes
áreas.

3. Imediatamente após a aplicação da ponte de aderência, executar a reconstituição da


seção transversal do elemento estrutural nas áreas de reparo previamente preparadas,
com a aplicação de argamassa polimérica (argamassa de base cimentícia modificada por
polímeros, pré-formulada industrialmente), devidamente misturada e homogeneizada em
misturador de ação forçada ou utilizando-se de uma haste metálica dotada de hélice
helicoidal acoplada a uma furadeira de baixa rotação.
Aplicar a argamassa de reparo em camadas de no máximo 2,0 cm de espessura (observar
recomendações específicas para cada fabricante), devendo-se pressionar muito bem o

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material para evitar a formação de vazios e permitir o preenchimento total do interior da
cavidade, de modo a atingir, inclusive, a parte atrás das armaduras. Deve-se deixar
ranhuras na superfície para facilitar a aderência das camadas subsequentes, com
acabamento dado por desempenadeira metálica.

Deverá ser utilizado um dos seguintes produtos, preparados conforme instruções do


fabricante:

- EMACO S168 de fabricação da BASF-MBT (espessura final máxima de até 40 mm);


- SIKATOP 122 Plus de fabricação da SIKA;
- EUCOREPAIR V50 de fabricação da VIAPOL;
- DENVERTEC 700 de fabricação da DENVER IMPER (espessura final máxima variando
entre 50 e 70 mm, dependendo da área, da posição e da presença de armaduras na
cavidade a ser preenchida);
- TRAFIX S2 de fabricação da BAUTECH (espessura final máxima de até 100 mm);
- VIAPLUS ST de fabricação da VIAPOL (espessura final máxima de até 100 mm);
- ZENTRIFIX GM 2 de fabricação da MC-BAUCHEMIE (espessura final máxima de até 50
mm);
- WEBER.REP S90 de fabricação da WEBER SAINT-GOBAIN (espessura final máxima de
até 100 mm).

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5. Imediatamente após a reconstituição das áreas de reparo com a argamassa de reparo,
promover a cura úmida com água limpa.

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ANEXO B.5 – METODOLOGIA PARA REPAROS PROFUNDOS COM GRAUTE
(5,0 cm < e < 10,0 cm)

ÁREA A SER REPARADA:

As áreas a serem reparadas são aquelas apresentadas no mapeamento de patologias que


apresentem profundidade de 5,0 a 10,0 cm com relação à face original do elemento.
O preparo de toda a superfície deverá ser realizado conforme Metodologia de Serviços
Iniciais para Reparo Estrutural.

SEQUÊNCIA EXECUTIVA:

1. Montagem de formas lisas (plastificadas), estanques e indeformáveis, dotadas de


“cachimbos” (com largura mínima de 15,0 cm), distribuídos em espaços regulares
(máximo de 60,0 cm no caso de vigas);

2. Saturação do substrato de concreto com água limpa, deixando-o na condição de


“saturado superfície seca” (poros saturados, sem excesso de água na superfície do
concreto);

3. Após a saturação do substrato de concreto, aguardar cerca de 30 minutos para


evaporação e secagem da superfície e proceder ao lançamento do graute de base
cimentícia pré-formulado de elevada fluidez (autonivelante e auto adensável);

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ANEXO B.6 – METODOLOGIA PARA IMPLANTAÇÃO DE PINGADEIRAS EM
ESTRUTURAS DECONCRETO

ÁREA DE APLICAÇÃO:
Esta metodologia deve ser utilizada para a realização de proteção das faces de vigas
superiores contraações do gotejamento e escorrimento superficial na estrutura.

SEQUÊNCIA EXECUTIVA:
A seguir será detalhado o procedimento básico para instalação do perfil (pingadeira):
1. Remover todos os detritos e resíduos das formas existentes na superfície onde vai ser
aplicado;
2. Jatear ou lixar as áreas de adesão do perfil para remover as partes soltas
ou contaminadas. Deixar as superfícies rugosas para aumentar a superfície de
aderência;
3. Limpar as superfícies preparadas com estopa ou pano limpo.
Observação: FISSURAS em quaisquer direções próximas à área podem ser potenciais
pontos de infiltrações e vazamentos. Verificar com atenção as superfícies e reparar
apropriadamente as FISSURAS existentes;
Para a perfeita instalação do perfil atentar para que a superfície esteja uniforme e a
superfície do substrato sólida, seca e limpa.

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. PINGADEIRA DE ALUMÍNIO

1. Apicoar e limpar o fundo da laje com o emprego de martelete elétrico e/ou


ponteiro e marreta, a fim de remover os resíduos e conseguir uma melhor
aderência entre o concreto velho e o adesivo àbase de epóxi.
2. Aplicação do adesivo à base de epóxi de pega rápida tipo RAPID GEL da MBT
no fundo de lajee no perfil tipo cantoneira;
3. Colar o perfil tipo “cantoneira” de alumínio com abas iguais de 1” no fundo da
laje nos balançoslaterais, conforme desenho a seguir.

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7. Tratamento da argamassa de emboço original

A argamassa original de emboço também deve ser removida em todos os pontos onde a
mesma se apresentar com som cavo onde foi percutida e marcada. A remoção deverá ser feita
até que se atinja a superfície da base (alvenaria ou concreto). Deve-se refazer os trechos que
foram retirados, utilizando argamassa industrializada específica para revestimento de fachadas
e sempre recompondo com recortes de geometria retangular.

7.1 Estruturação da argamassa de emboço (Recuperação tipo 2)

No tocante às fissuras comentadas no laudo, caso os trechos da argamassa de emboço que


estejam fissurados apresentem som cavo, e denotem a necessidade de substituição completa
da argamassa, deve-se aproveitar o momento para estruturar a nova argamassa que será
aplicada.
Deve-se utilizar argamassa industrializada para realizar essa substituição. A seguir serão
mostrados alguns detalhes de execução de reforço com telas para diferentes situações, como
por exemplo, em extremidades de janelas, encontro de viga com alvenaria e etc.
Com o intuito de evitar as fissuras que surgem nas quinas das aberturas de janelas, pode-se
utilizar telas eletros soldada de arame galvanizado, posicionadas conforme Figura abaixo.
Vale lembrar que a tela deve ficar imersa na argamassa de emboço, não devendo estar
“colada” na base.

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Em outros casos, de forma geral, a tela deve ser fixada na estrutura de concreto, deve-se
então levantá-la, aplicar à primeira “chapada” de argamassa, depois soltar a tela, e aplicar a
segunda camada de argamassa para que assim a tela possa ficar imersa ao longo da espessura
do revestimento.

9. CONCLUSÃO:

Diante do exposto neste laudo podemos informar que:

De principal, as fachadas e revestimentos, voltadas as áreas comuns apresentam-se com


inconformidade e com apresentação de algumas patologias da construção. É notório que a
edificação é nova e que suas instalações se encontram com patologias a serem corrigidas.

Todavia, encontramos pequenas e medias patologias decorrentes de possível falha na


construção (aplicação das pastilhas) e aparentemente baixa qualidade de material utilizado no
revestimento (emboço).

Faz-se necessário a correção das partes danificadas da edificação (fachadas,


reservatório), pois foi detectada patologias e corrosão em pontos das respectivas fachadas.

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10. ANEXOS:

Em anexo, documentações técnicas.

a. ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do responsável técnico.

11. ENCERRAMENTO:

Este Laudo Técnico é composto por 69 folhas impressas e numeradas,


elaborados pelos Engenheiros Paulo de Castro Junior, que os subscrevem.

Niterói, 29 de Julho de 2022

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ANEXOS:

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CONFIDENCIALIDADE:

Por este termo de confidencialidade e sigilo comprometemo-nos:


A não utilizar as informações confidenciais a que tivermos acesso, para gerar benefício
próprio exclusivo e/ou unilateral, presente ou futuro, ou para o uso de terceiros;
A não efetuar nenhuma gravação ou cópia da documentação confidencial a que
tivermos acesso;
A não nos apropriarmos para si ou para outrem de material confidencial e/ou sigiloso
da tecnologia que venha a ser disponível;
A não repassar o conhecimento das informações confidenciais, responsabilizando-se
por todas as pessoas que vierem a ter acesso às informações, por seu intermédio, e
obrigando-se, assim, a ressarcir a ocorrência de qualquer dano e / ou prejuízo oriundo
de uma eventual quebra de sigilo das informações fornecidas.
Neste Termo, as seguintes expressões serão assim definidas:
Informação Confidencial significará toda informação revelada através da apresentação
da tecnologia, a respeito de, ou, associada com a Avaliação, sob a forma escrita, verbal
ou por quaisquer outros meios.

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