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Seminário UNL – 9/11/2007

Reforço de Estruturas e Estruturas Mistas

Reforço de Estruturas de Betão Armado


Projecto e aplicações

Júlio Appleton
9 de Novembro de 2007

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 1


ÍNDICE

1. Introdução
2. Reforço por adição de armaduras exteriores
2.1. Com chapas de aço
2.2. Com CFRP
3. Reforço por encamisamento da secção
3.1 Com betão armado
3.2 Com elementos metálicos
3.3 Com CFRP
4. Reforço por introdução de pré-esforço exterior
5. Reforço ao punçoamento
6. Reforço por substituição ou adição de elementos
7. Reforço sísmico de edifícios
8. Reforço sísmico de pontes
9. Considerações finais

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 2


1. INTRODUÇÃO
Tipos de Intervenção de Reforço Estrutural

Metálicas
Reforço por Adição de 
Armaduras Exteriores Fibras de Carbono, vidro, aramida

(CFRP, GFRP, AFRP)

Reforço com Encamisamento (Armaduras e Betão/Argamassas)

Cabos de aço
Pré-Esforço Exterior 
Laminados de carbono

Substituição por Novos Elementos

Adição de Novos Elementos

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1. INTRODUÇÃO
Campos de aplicação preferenciais
Adição de Armaduras
Quando:
• Há falta de armaduras
• O betão é de boa/média qualidade
• É inconveniente o aumento de secções
• O reforço é moderado
Encamisamento
Para:
• Aumentar a resistência de zonas comprimidas
• Grande aumento de resistência/rigidez
• Garantia de boa protecção ao fogo das armaduras do reforço

Pré-Esforço Exterior
• Correcção do estado inicial
• Aumento da segurança
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1. INTRODUÇÃO

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1. INTRODUÇÃO

Reforço à flexão

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1. INTRODUÇÃO

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2. REFORÇO POR ADIÇÃO DE ARMADURAS EXTERIORES
2.1. COM CHAPAS DE AÇO

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 8


2. REFORÇO POR ADIÇÃO DE ARMADURAS EXTERIORES
2.1. COM CHAPAS DE AÇO

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2. REFORÇO POR ADIÇÃO DE ARMADURAS EXTERIORES
2.1. COM CHAPAS DE AÇO

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2. REFORÇO POR ADIÇÃO DE ARMADURAS EXTERIORES
2.1. COM CHAPAS DE AÇO

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 11


2. REFORÇO POR ADIÇÃO DE ARMADURAS EXTERIORES
2.1. COM CHAPAS DE AÇO

MRd MR,i MR,rk MR,r2 Mu


(kNm) (kNm) (kNm) (kNm) (kNm)

1561.2 1034.9 2419 2777 2760

∴γn,M = 1.0
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2. REFORÇO POR ADIÇÃO DE ARMADURAS EXTERIORES
2.2. COM CFRP
 Viaduto Duarte Pacheco
 Reabilitação e Reforço – Reforço das vigas laterais com CFRP

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2. REFORÇO POR ADIÇÃO DE ARMADURAS EXTERIORES
2.2. COM CFRP
 Viaduto Duarte Pacheco
 Reabilitação e Reforço – Reforço das vigas laterais com CFRP

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2. REFORÇO POR ADIÇÃO DE ARMADURAS EXTERIORES
2.2. COM CFRP
 Viaduto Duarte Pacheco
 Reabilitação e Reforço – Protecção superficial

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3. REFORÇO POR ENCAMISAMENTO DAS SECÇÕES
3.1. COM BETÃO ARMADO
 Encamisamento de pilares de betão com betão novo

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3. REFORÇO POR ENCAMISAMENTO DAS SECÇÕES
3.1. COM BETÃO ARMADO
 Encamisamento de pilares de betão com betão novo

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3. REFORÇO POR ENCAMISAMENTO DAS SECÇÕES
3.1. COM BETÃO ARMADO
 Encamisamento de um pilar de betão com betão novo

Aspecto inicial Reforço do nó

Ligação à fundação Aspecto final

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3. REFORÇO POR ENCAMISAMENTO DAS SECÇÕES
3.2. COM ELEMENTOS METÁLICOS
 Encamisamento de um pilar de betão com elementos metálicos - Açores

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3. REFORÇO POR ENCAMISAMENTO DAS SECÇÕES
3.2. COM ELEMENTOS METÁLICOS
 Encamisamento de um pilar de betão com elementos metálicos - Açores

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3. REFORÇO POR ENCAMISAMENTO DAS SECÇÕES
3.3. COM CFRP
 Viaduto da Baixa do Mondego

Secção tipo do estado actual

Secção tipo reparada

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Reforço com pré-esforço exterior
 Considerações gerais

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Reforço com pré-esforço exterior
 Considerações gerais

Efeito do pré-esforço

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Pré-esforço num pavimento (grelha) de um edifício

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Pré-esforço num pavimento (grelha) de um edifício

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Viad. de acesso à Ponte da Figueira da Foz – Reforço com pré-esforço exterior

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Viad. de acesso à Ponte da Figueira da Foz – Reforço com pré-esforço exterior

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte de Soure – Reforço com pré-esforço exterior

Viga contínua com vãos de 40m


Construção inicial – 1887

Objectivo da Intervenção Alteração (catenária, ...) - 1967

Reclassificação da via para as


actuais sobrecargas

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte de Soure – Reforço com pré-esforço exterior
 Sobrecargas ferroviárias
REGULAMENTO/ANO CARGAS POR METRO LINEAR

Circular Francesa – 1877 4.100 t/ml

Circular Francesa – 1891 3.33 t/ml

Regulamento Português – 1897


3.055 t/ml
(sobrecarga rebocada por duas máquinas da série 09-026)

Comboio Regulamentar – 1897 3.38 t/ml

Combio Extra pesado – 1897 6.477 t/ml

Comboio Teórico – 1897 2.531 t/ml

Regulamento de Pontes Metálicas – 1929 7.992 t/ml

Regulamento de Solicitações em Edifícios e Pontes – 1961 8.508 t/ml

Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de


8.406 t/ml
Edifícios e Pontes – 1983
Pontes Ferroviárias – Valores para uma ponte com 40m de vão
(Ponte de Soure)
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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte de Soure – Reforço com pré-esforço exterior
 Fundações

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte de Soure – Reforço com pré-esforço exterior

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte de Soure – Reforço com pré-esforço exterior

cp cp+pe sci cp+pe+sc

1 7 N + 144.7 -252.9 800.2 547.1

M 1.35 -4.09 18.69 14.6

2 21 N +57.4 -119.8 636.9 517.1


Deslocamentos a meio vão do tramo lateral
M 0.70 -4.1 16.8 12.7
δcp = - 6.4mm
3 2006 N -198.8 347.4 -1266.7 -919.3

M 2.8 -0.92 15.0 14.08


δPE = + 14.8
4 2020 N -64.9 152.8 -922.4 -769.6 δSC = -26.9mm
M 0.80 -2.5 14.3 11.8 Esforços nos banzos a meio vão do tramo lateral
5 2130 N -46.2 82.3 -211.6 -129.3 banzo
M -0.07 -0.58 0.41 -0.17 Ncp = 145kN
inferior
6 2160 N -28.1 -11.1 -174.3 -185.4 Ncp+PE = -253 (NPE = - 398kN)
M -0.07 -0.45 -0.04 -0.49 Nsc = +800
Ncp+sc = 945 ; Ncp+PE+sc = 547.1

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte de Soure – Reforço com pré-esforço exterior
 Reabilitação da estrutura metálica e introdução de novos montantes e
desviadores

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte de Soure – Reforço com pré-esforço exterior
 Reabilitação da estrutura metálica e introdução de novos montantes e
desviadores

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 34


4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte sobre o Rio Cávado – Reforço com pré-esforço exterior

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte sobre o Rio Cávado – Reforço com pré-esforço exterior

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte sobre o Rio Cávado – Reforço com pré-esforço exterior

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte sobre o Rio Cávado – Reforço com pré-esforço exterior

ALÇADO DA PONTE
VIEIRA DO MINHO BRAGA

ENCONTRO SUL P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 ENCONTRO NORTE

ALÇADO DA PONTE
VIEIRA DO MINHO

ENCONTRO SUL P1

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4. REFORÇO POR INTRODUÇÃO DE PRÉ-ESFORÇO EXTERIOR
 Ponte sobre o Rio Cávado – Reforço com pré-esforço exterior

CARLINGAS SOBRE OS ENCONTROS


ALÇADO FRONTAL CORTE A - A
A

B B

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5. REFORÇO AO PUNÇOAMENTO
 Reforço da laje de um edifício de escritórios

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6. REFORÇO POR SUBSTITUIÇÃO OU ADIÇÃO DE ELEMENTOS
 Viaduto Duarte Pacheco
 Substituição das lajes dos passeios

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6. REFORÇO POR SUBSTITUIÇÃO OU ADIÇÃO DE ELEMENTOS
 Viaduto Duarte Pacheco
 Substituição das lajes dos passeios

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 42


6. REFORÇO POR SUBSTITUIÇÃO OU ADIÇÃO DE ELEMENTOS
 Armazém industrial
 Adição de contrafortes

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 43


6. REFORÇO POR SUBSTITUIÇÃO OU ADIÇÃO DE ELEMENTOS
 Armazém industrial
 Adição de contrafortes

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7. REFORÇO SÍSMICO DE EDIFÍCIOS
 Edifício no Algarve
 Introdução de paredes

PLANTA DAS
FUNDAÇÕES

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7. REFORÇO SÍSMICO DE EDIFÍCIOS
 Edifício no Algarve
 Introdução de paredes

PLANTA DO PISO 1

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Soluções alternativas de reforço sísmico

A – Reforçar os elementos estruturais


A - Período diminui
Estrutura inicial Implica em geral um
aumento de rigidez - Aceleração sísmica aumenta
[m/s²]

- Deslocamentos diminuem
Aceleração [m/

B – Isolamento sísmico da estrutura


B
A nova frequência da - Período aumenta
C parte isolada é inferior - Aceleração sísmica diminui
à da estrutura inicial - Deslocamentos aumentam

C – Introdução de dissipadores de energia


Aumento da capacidade - Período mantém-se

Período [s] de amortecimento da - Aceleração sísmica diminui


estrutura - Deslocamentos diminuem

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico do Viaduto Duarte Pacheco em Lisboa

1944 – B. CARMONA. REFORÇO AINDA NÃO EXECUTADO.


(Reforço tipo A)

Lisboa
LISBON
DUARTE PACHECO VIADUCT
5 estruturas IN LISBON
independentes Cascais
CASCAIS

43.40 84.80 98.40 85.50 43.00


355.10

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico do Viaduto Duarte Pacheco em Lisboa
 Determinação da capacidade resistente inicial

δ = 0,20 m δ = 0,15 m

VIADUTOS ARCO CENTRAL

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico do Viaduto Duarte Pacheco em Lisboa
 Objectivos a atingir com o reforço sísmico
- Reduzir a deformabilidade e minimizar a intervenção
- Introduzir uma ligação do viaduto intermédio e arco principal aos pilares
=> reforçar as pilastras

flong (antes do reforço - arco) = 0,50Hz → flong (após o reforço) = 1,35Hz


flong (antes do reforço - viadutos) = 0,30Hz

Lisboa Cascais

Pilastra do arco principal Pilastra do arco principal

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico do Viaduto Duarte Pacheco em Lisboa
 Reforço dos pilares do arco principal

Nsd = 82798kN
M’sd = 570330kN.m
M’rd = 309676kN.m
(pilastra existente)

∆Mrd, reforço = 260654kN.m


∆Mrd, reforço = P . d
d = 4.50m → P = 52130kN

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico do Viaduto Duarte Pacheco em Lisboa
 Reforço dos pilares do arco principal

Laminados CFRP

Barras de fixação do tabuleiro

Estrutura metálica

Pré-esforço vertical
Laminados CFRP
Laminados CFRP

Pré-esforço vertical

Sistema de ancoragem Sistema de ancoragem


do Pré-esforço vertical do Pré-esforço vertical

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico da Ponte dos Arcos em Alvalade do Sado

1944 – EDGAR CARDOSO. REFORÇO A EXECUTAR EM 2007.


(Reforço tipo B )

ALÇADO LONGITUDINAL
Ap. Ap.
móveis móveis

Ap. fixos

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico da Ponte dos Arcos em Alvalade do Sado
 Determinação da capacidade resistente inicial
- Longitudinalmente, a estrutura apenas está fixa ao pilar central
- As estacas do pilar central têm 22% da resistência que seria necessária para resistir
à acção sísmica. O reforço das fundações para os esforços de cálculo não se
mostrou viável.

Configuração do 1º modo de vibração


- Modo longitudinal
- Frequência de 0,686Hz

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico da Ponte dos Arcos em Alvalade do Sado
 Pré-dimensionamento do reforço sísmico
- Do modelo realizado obteve-se a massa do tabuleiro e a rigidez dos pilares e
encontros.
- Pré-dimensionaram-se os aparelhos de apoio de alta distorção e alto
amortecimento para a carga vertical. De um catálogo comercial obtém-se a rigidez.
- Os dois tabuleiros apoiam em 8 aparelhos de apoio.
- Determinou-se a nova frequência da estrutura.

1 8 × 1230
f = ⋅ = 0.46 Hz
2 ⋅π 1176.9

- Determinou-se o deslocamento expectável


Cálculo (RSA)
a
δ= = 0.094m ⇒ δ comb. sism. = 1.50 × 0.094 = 0.141m
(2 ⋅ π ⋅ f )2

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 55


8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico da Ponte dos Arcos em Alvalade do Sado
 Comportamento pós-reforço
Amortecimento = 10%
Antes da Após a
Rigidez horizontal dos apoios = 1230kN/m intervenção intervenção

do tabuleiro 121mm 157mm


Deslocamento máximo
do topo do pilar 121mm 11mm

Força longitudinal no topo do encontro 0kN 372kN


máxima transmitida
pelo tabuleiro no topo do pilar 6640kN 732kN

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico da Ponte dos Arcos em Alvalade do Sado
 Comportamento pós-reforço
- Para além do isolamento ainda houve necessidade de reforço ligeiro das
fundações do pilar com micro-estacas.
- Introduziram-se fusíveis para que a ponte mantenha o comportamento actual para
as acções de serviço.

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico dos Viadutos de acesso à Ponte da Figueira da Foz

1982 – EDGAR CARDOSO. REFORÇO EFECTUADO EM 2005


(Reforço tipo C)

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico dos Viadutos de acesso à Ponte da Figueira da Foz
 Descrição da estrutura

Viaduto da
margem esquerda

- Alçado
- Planta

Viaduto da
margem direita

- Alçado
- Planta

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 59


8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico dos Viadutos de acesso à Ponte da Figueira da Foz
 Determinação da capacidade resistente inicial

Fsd = 11268kN
φ40) = 2420kN
Frd (4x6φ

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 60


8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico dos Viadutos de acesso à Ponte da Figueira da Foz
 Objectivos a atingir com o reforço sísmico
- Minimizar a intervenção
- Substituir a ligação fixa entre o tabuleiro e o encontro por um dispositivo de
dissipação de energia
- Reduzir os esforços transmitidos aos pilares
- Limitar o esforço transmitido ao Encontro, evitando o seu reforço

f1 = 0,737 Hz (L)
f2 = 0,941 Hz (T)

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico dos Viadutos de acesso à Ponte da Figueira da Foz
 Dimensionamento do amortecedor (c ; α) F = c.vα
Análise não linear no
tempo com acelerogramas
artificiais (inclui rótulas
elasto-plásticas na base
dos pilares)

Tabuleiro desligado
do encontro

Valor de V associado à
formação de rótulas (Vy)

SISMO LONGITUDINAL SISMO TRANSVERSAL

ESFORÇO TRANSVERSO NA BASE DOS PILARES. ESTUDO PARAMÉTRICO.

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 62


8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico dos Viadutos de acesso à Ponte da Figueira da Foz
 Resultados da intervenção – estudo paramétrico
SISMO A ACTUAR NA DIRECÇÃO LONGITUDINAL SISMO A ACTUAR NA DIRECÇÃO TRANSVERSAL

(Considerou-se a inércia em estado fendilhado) (Considerou-se a inércia em estado fendilhado)

SEM SEM
AMORTE 1000.V0,10 1000.V0,20 1500.V0,10 1500.V0,20 AMORTE 1000.V0,10 1000.V0,20 1500.V0,10 1500.V0,20
-CEDOR -CEDOR
δencontro
79,9 32,0 36,5 28,9 29,2 31,9 14,3 14,5 18,2 13,5
[mm]

δpilar-trans
88,6 39,5 42,9 35,9 37,0 34,4 15,2 16,3 17,7 14,6
[mm]

Famort.
0 802 656 1206 953 0 770 591 1199 891
[kN]

COMPORTAMENTO APÓS REFORÇO ( F = 1500 V0,10 )


- δpilar-trans = 35,90mm (em vez de 88,60mm com apoio móvel no encontro);
- Fencontro = 4824kN (em vez de 11268kN com o apoio fixo existente inicialmente);
- Os pilares já não entram em cedência após o reforço.

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico dos Viadutos de acesso à Ponte da Figueira da Foz
 Pormenor de instalação dos amortecedores
Aparelhos dissipadores
Furos injectados
com grout de energia

A'

7 barras tipo
"dywidag" Ø36mm
7 Chapas
180 x 180 x 22mm

5 barras tipo
"dywidag" Ø26mm
5 Chapas
125 x 125 x 15mm

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8. REFORÇO SÍSMICO DE PONTES
 Reforço sísmico dos Viadutos de acesso à Ponte da Figueira da Foz
 Pormenor de instalação dos amortecedores

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desejo do
Dono-de-obra Proposta do
Arquitecto Proposta do
Eng. Civil

Solução
aprovada

Obra executada
Obra após pelo Empreiteiro
reconstrução

Reforço de Estruturas de Betão Armado – Projecto e Aplicações pág. 66

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