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LAUDO E VISTORIA #001

INSPEÇÃO E ANÁLISE DE PATOLOGIAS


PREDIAIS
DESCRITIVO E INFORMATIVO DAS ANOMALIAS E
CONDIÇÕES DE USO DE UMA INDUSTRIA EM
CAÇAPAVA-SP

PROFISSIONAL RESPONSÁVEL:
Eng. THALLES EDUARDO SIQUEIRA

CLIENTE:
ANTOLIN

LOCAL:
R. VER. GERALDO NOGUEIRA DA SILVA, 1108 - RES. TERRAS DO
VALE, CAÇAPAVA-SP

REVISÃO Nº DATA DESCRIÇÃO REVISOR


00 17/11/2023 Emissão do documento TS

RUA SÃO VICENTE DE PAULA, nº114, SÃO ROQUE, LORENA-SP


Tel: (12)98113-4918
E-mail: thalles.tdpro@gmail.com
SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
2. METODOLOGIA ............................................................................................................. 5
2.1. NÍVEL DE INSPEÇÃO .............................................................................................. 5
2.2. GRAU DE RISCO ..................................................................................................... 6
2.3. CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS E FALHAS ........................................................ 6
2.4. CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE USO ........................................................... 7
3. SISTEMA CONSTRUTIVO INSPECIONADO ............................................................. 7
3.1. ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO .................................................................. 8
4. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................ 9
4.1. IDENTIFICAÇÃO DA INDÚSTRIA............................................................................. 9
4.2. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO .................................................................... 10
4.3. IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL .................................................................... 10
4.4. DATA DA INSPEÇÃO ............................................................................................. 10
5. ANOMALIAS – INTERTRIM ......................................................................................... 11
6. ANOMALIAS –TRIMTEC .............................................................................................. 15
7. REPARO DAS PATOLOGIAS ......................................................................................... 17
8. CONCLUSÃO................................................................................................................ 17
RESUMO
Este laudo técnico tem como objetivo realizar a vistoria construtiva da indústria tendo
como escopo um diagnóstico geral para a indústria em Caçapava-SP, através das
qualidades profissionais a mim concedidas devidamente registradas no CREA de acordo
com as decisões do CONFEA (Conselho Federal de Engenheiros e Agrônomos) que
atende ao disposto na norma de Inspeção Predial/2012 do IBAPE (instituto Brasileiro de
Avaliação e Perícia de Engenharia - Entidade Nacional).
Realizou-se uma vistoria in loco, registada através de fotografias e documentos de das
anomalias e avarias identificadas nos diferentes componentes do edifício utilizando um
critério de análise de risco proposto aos utentes, ao meio ambiente e ao imóvel tendo
em conta as condições tecnológicas de uso, operação e manutenção do edifício. Em
seguida, o responsável pela manutenção foi entrevistado para discutir o uso e
manutenção do dia a dia da indústria. Desta forma, foi possível identificar as
inconformidades encontradas na edificação quanto à sua origem e grau de risco.
1. INTRODUÇÃO

O conceito de conservação, uso, manutenção e desempenho do espaço natural mais


relevante na vida humana, tanto pelo aspecto ancestral como pelas questões
relacionadas com a segurança e conforto é adquirido pela observação permanente dos
edifícios através do uso. (IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de
Engenharia do estado de São Paulo – “Norma de Inspeção Predial Nacional”, 2012)
A vistoria predial caracteriza-se como uma investigação para avaliar o estado de
conformidade de uma edificação, onde serão rotulados o desempenho vida útil,
segurança, estado de conservação, manutenção, exposição ambiental, uso e operação.
necessidade de melhorar os elementos de construção. (NEVES, 2009)
A não conformidade causada pelas anomalias e falhas impactam na perda precoce de
desempenho real ou futuro dos elementos construtivos e na redução do tempo de vida
útil projetada. Podem comprometer também a segurança, funcionalidade,
operabilidade, saúde de usuários, conforto térmico, acústico e lumínico, acessibilidade,
durabilidade, vida útil, dentre outros parâmetros de desempenho definidos na ABNT
NBR 15575. (IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia do estado
de São Paulo – “Norma de Inspeção Predial Nacional”, 2012)
As anomalias ou falhas achadas na edificação são do escopo da vistoria predial que a
classifica de acordo com o grau de risco apresentado, proporcionando ao usuário uma
análise individual ou combinada das condições tecnológicos, de uso e manutenção da
edificação. Essa análise permite planejar todas as despesas, racionalizando os serviços
a serem executados e uma ordem cronológica em que esses serviços devem ser
executados. (NEVES, 2009)
2. METODOLOGIA

2.1. NÍVEL DE INSPEÇÃO


As vistorias prediais são classificadas de acordo com a complexidade do laudo, levando
em consideração as características tecnológicos das construções existentes, sua
manutenção e operação, bem como a necessidade de formação de equipes
interdisciplinares para a realização da obra. Os níveis de inspeção de edifícios podem
ser classificados em três níveis diferentes. A categorização dos níveis é realizada pelo
vistoriador da construção após examinar as características do edificio e de acordo com
a sua finalidade. As vistorias de construção de nível 1 são realizadas em edifícios de baixa
complexidade técnica. Manutenção e operação de elementos estruturais e sistemas.
Eles são frequentemente usados em edifícios com planos de manutenção muito fáceis
ou inexistentes. A inspecção de nivel 2 é realizada em edifícios de média complexidade
técnica, manutenção e operação de seus elementos e sistemas estruturais, padrões
construtivos médios e sistemas tradicionais. Eles são frequentemente usados em
edifícios de vários andares. com ou sem plano de manutenção, mas com permição para
que pessoas de fora realizem certas atividades, como manutenção de bombas,
comportas, caixas d'água, etc. As inspeções prediais de nível 3 são realizadas em prédios
de alta complexidade técnica. Manutenção e operação de elementos estruturais e
sistemas com os mais altos padrões de construção e com sistemas mais complexos. Eles
são frequentemente usados em edifícios de vários andares ou sistemas de construção
automatizados. (IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia do
estado de São Paulo – “Norma de Inspeção Predial Nacional”, 2012)

Esta inspeção é classificada com inspeção de nível 1 pois caracteriza-se como uma
edificação com baixa complexidade técnica, da manutenção e de operação de seus
elementos e sistemas construtivos. Normalmente empregadas em edificações com
planos de manutenção muito simples ou inexistentes.
2.2. GRAU DE RISCO
O nível de risco é um critério para a classificação de anomalias e avarias existentes
num edifício e está incluído na inspecção predial, tendo em conta os riscos para os
utentes, o ambiente e o património no âmbito da inspecção predial. (IBAPE - Instituto
Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia do estado de São Paulo – “Norma de
Inspeção Predial Nacional”, 2012)
O grau de risco crítico da inspeção predial são aqueles que podem causar perigos e
danos à saúde e segurança das pessoas e ao meio ambiente, perda excessiva de
desempenho e funcionalidade ocasionando possível desligamento, aumento excessivo
nos custos de manutenção, recuperação e por fim comprometer com a vida útil do
edifício. (IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia do estado
de São Paulo – “Norma de Inspeção Predial Nacional”, 2012)
O grau de risco médio de risco da inspecção predial é que uma perda parcial de
desempenho e funcionalidade do edifício pode ser causada sem comprometer a
operação direta dos sistemas e danificação prematura. (IBAPE - Instituto Brasileiro de
Avaliação e Perícias de Engenharia do estado de São Paulo – “Norma de Inspeção
Predial Nacional”, 2012)
Os graus de risco mínimo de risco da inspeção Predial são aqueles capazes de causar
riscos com pequenos danos à estética ou à atividade programável e planejada, sem
incidência ou probabilidade de ocorrência de riscos críticos e regulares, além de pouca
ou nenhuma depreciação do patrimônio valor imobiliário. (IBAPE - Instituto Brasileiro
de Avaliação e Perícias de Engenharia do estado de São Paulo – “Norma de Inspeção
Predial Nacional”, 2012)

2.3. CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS E FALHAS

Falhas são inconsistências que resultam em perda antecipada ou futura do desempenho


real ou futuro de elementos e sistemas de construção. e reduzir a vida útil esperada. As
não conformidades podem estar relacionadas a desvios técnicos, qualidade de
construção e/ou manutenção predial.
As anomalias podem ser classificadas como endógenas, pois sua origem está
relacionada à própria edificação (projeto, materiais e execução). Também podem ser
classificados como externos se forem decorrentes de fatores externos à edificação
causados por terceiros. Se a origem vem de um fenômeno natural, é classificado como
natural. E finalmente eles podem classificadas como funcional originaria da degradação
de sistemas construtivos pelo envelhecimento natural e, consequente, término da vida
útil. (IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia do estado de São
Paulo – “Norma de Inspeção Predial Nacional”, 2012)
Falha é qualquer inconsistência no plano de manutenção de um edifício ou sistema
predial que pode levar o mau funcionamento que pode afetar a segurança e a função
do edifício, saúde do usuário, conforto térmico, timbre e luz, estética, acessibilidade,
durabilidade e outros desempenhos. (NBR 15.575- 1, 2013)

As falhas de uso e manutenção podem ser classificadas como de planejamento


decorrente de procedimentos e especificações inadequadas do plano de manutenção,
sem aderência a questões técnicas, de uso, de operação, de exposição ambiental e,
principalmente, de confiabilidade e disponibilidade das instalações, consoante a
estratégia de manutenção. Podem ser classificadas também como de execução,
associada à execução inadequada de procedimentos e atividades do plano de
manutenção, incluindo o uso inadequado dos materiais. Podendo ser classificadas
também como operacionais relativas aos procedimentos inadequados de registros,
controles, rondas e demais atividades pertinentes. E por fim, podem ser classificadas
como gerenciais decorrentes da falta de controle de qualidade dos serviços de
manutenção, bem como da falta de acompanhamento de custos da mesma. (IBAPE -
Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia do estado de São Paulo –
“Norma de Inspeção Predial Nacional”, 2012)

2.4. CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE USO

A classificação das condições de uso é determinada pela análise das condições de uso
da edificação e seus sistemas construtivos especificados nos projetos e de acordo com
os níveis de desempenho estimados. Na ausência de projetos que definam padrões
operacionais para sistemas prediais, as condições de uso serão categorizadas utilizando
padrões especificados e/ou recomendados em normas tecnológicos, formações
tecnológicas ou leis específicas que contemplam tais sistemas.
A classificação das condições de uso pode ser regular, desde que a edificação seja
ocupada e utilizada dentro dos parâmetros estipulados no projeto. Ou pode ser
irregular se o edifício o expuser a um risco não projetado que possa comprometer a
segurança e a habitabilidade. (IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de
Engenharia do estado de São Paulo – “Norma de Inspeção Predial Nacional”, 2012)

3. SISTEMA CONSTRUTIVO INSPECIONADO


Os sistemas construtivos inspecionados da edificação em seus elementos aparentes,
considerando as documentações fornecidas foram:
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO – PILARES E FUNDAÇÕES
ESTRUTURA METÁLICA – COBERTURA
3.1. ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO
O parâmetro utilizado para analisar as anomalias e falhas deste sistema ou elemento
construtivo segue as recomendações da norma brasileira para projeto de estruturas de
concreto - Procedimento - ABNT NBR 6118/2004.
Que define elementos de concreto armado como aqueles cujo comportamento
estrutural depende da aderência entre o concreto e a armadura, e nos quais os
alongamentos iniciais da armadura não são aplicados antes da materialização dessa
aderência. É composto por três grupos distintos relacionados ao desempenho do
serviço que se concentram na classificação dos pré-requisitos de qualidade para
estruturas ou elementos estruturais, a capacitância de durabilidade em caso de falha e
a capacitância da estrutura permanecer em pleno uso. Tolere influências ambientais
definidas. (NBR 6118, 2014)
4. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
4.1. IDENTIFICAÇÃO DA INDÚSTRIA
ENDEREÇO: R. VER. GERALDO NOGUEIRA DA SILVA, 1108 - RES. TERRAS DO VALE
CIDADE: CAÇAPAVA
CEP: 12285-040
NÍVEL ALTIMETRICO: 573 m

Figura 1: AUTOLIN - Fonte : GOOGLE MAPS


4.2. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO

TRIMTEC / INTERTRIM

4.3. IDENTIFICAÇÃO DO PROFISSIONAL


Profissional contratado: Engenheiro Civil Thalles Eduardo Lucio de Siqueira
CREA: 5070496299-SP
CPF: 413.677.258-01

4.4. DATA DA INSPEÇÃO


A vistoria técnica foi realizada na indústria no dia 27 de Outubro de 2023.
5. ANOMALIAS – INTERTRIM

Figura 2: Planta de Layout da industria e cadastro dos pilares


Figura 3: PILAR 01
Grau de risco: Baixo;
Classificação das anomalias: Externo;
Classificação das falhas: De operação;
Classificação quanto as condições técnicas, condições de uso e
condições de operação e manutenção: Regular;

O pilar apresenta sérios danos, com o concreto exibindo sinais de esfarelamento. Além
disso, as armaduras estão expostas, o que agrava ainda mais a situação e coloca em
risco a integridade estrutural do edifício.
Figura 4 e 5 : PILAR 04
Grau de risco: Baixo;
Classificação das anomalias: Externo;
Classificação das falhas: De operação;
Classificação quanto as condições técnicas, condições de uso e
condições de operação e manutenção: Regular;
Figura 6 e 7 : PILAR 12
Grau de risco: Baixo;
Classificação das anomalias: Externo;
Classificação das falhas: De operação;
Classificação quanto as condições técnicas, condições de uso e
condições de operação e manutenção: Regular;
6. ANOMALIAS –TRIMTEC

Figura 8: Planta de Layout da industria e cadastro dos pilares


Figura 9 e 10: PILAR 35
Grau de risco: Alto;
Classificação das anomalias: Externo;
Classificação das falhas: De operação;
Classificação quanto as condições técnicas, condições de uso e
condições de operação e manutenção: Regular;
7. REPARO DAS PATOLOGIAS
Para realizar o reparo do pilar danificado, é fundamental seguir um processo cuidadoso
e eficiente. Inicialmente, é necessário escariar o concreto desagregado na região
afetada. Esse procedimento envolve a remoção do concreto comprometido até atingir
uma superfície sólida e íntegra.
Após o escareamento, o próximo passo consiste no tratamento das armaduras
oxidadas. Essa etapa é crucial para garantir a aderência adequada entre o concreto
reparado e as armaduras, promovendo a durabilidade e a resistência da estrutura. As
armaduras devem ser minuciosamente limpas, removendo toda a oxidação e qualquer
resíduo que possa comprometer a eficácia do reparo.
Com as armaduras tratadas, o último passo é realizar o grauteamento da área reparada.
O graute, uma mistura fluida de cimento, agregados e aditivos, é aplicado para
preencher os vazios deixados pelo escareamento e garantir a conexão adequada entre
o concreto antigo e o novo. Este material é especialmente formulado para proporcionar
resistência, aderência e durabilidade ao reparo.

8. CONCLUSÃO
Em conclusão, embora as patologias identificadas no pilar apresentem, em sua grande
maioria, um grau leve de comprometimento, é imperativo que sejam tratadas
prontamente. O aparente estado inicial pode, muitas vezes, ser enganoso, e
negligenciar a intervenção adequada pode resultar em problemas mais graves no
futuro.
É essencial compreender que as patologias estruturais, mesmo quando aparentemente
sutis, têm o potencial de evoluir para questões mais complexas e onerosas se não forem
devidamente abordadas. O tratamento imediato não apenas preserva a integridade do
pilar, mas também evita possíveis consequências adversas, como o comprometimento
da estabilidade estrutural, o que pode representar riscos significativos para a segurança
do edifício e de seus ocupantes.
Portanto, a tomada de medidas preventivas e o tratamento das patologias em estágios
iniciais são investimentos cruciais para assegurar a durabilidade e a robustez da
estrutura, prevenindo a necessidade de intervenções mais complexas no futuro. O
cuidado proativo diante de patologias leves é essencial para garantir a longevidade e a
segurança das edificações.

ENGº THALLES SIQUEIRA


CREA: 5070496299-SP

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